A Love Attached To Blood (REV...

By PoetaCJ

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Há séculos, ocorreu um novo avanço tecnológico na medicina, dando poder ao homem para criar novas raças de hu... More

Capítulo 01- Era uma vez
Capítulo 02- Faculdade
Capítulo 03- Primeiro dia
Capítulo 04- De novo?
Capítulo 05- Antisocial
Capítulo 06- Romeu e Julieta
Capítulo 07- Brigas e Preconceitos
Capítulo 08- Intesidade
Capítulo 09- Lembranças?
Capítulo 10- Desentendimentos
Capítulo 11- Festas
Capítulo 12- Vamos conversar
Capítulo 13- Perdão ou afastamento?
Capítulo 14- Estreia
Capítulo 15- Apenas amizade?
Capítulo 16- Encontro diferenciado
Capítulo 17- Quem é a fraca agora?
Capítulo 18- Problemas de montão
Capítulo 20- Novidades e discussões
Capítulo 21- Colocando tudo à mesa
Capítulo 22- Cio atrasado
Capítulo 23- Fim do cio
Capítulo 24- Amigos loucos
Capítulo 25- Você me paga
Capítulo 26- Promessas
Capítulo 27- Minha ômega
Capítulo 28- Dois novos casais?
Capítulo 29- Agentes em ação
Capítulo 30- Explicações
Capítulo 31- Planos em prática
Capítulo 32- Fim
Capítulo 33- Traição e amor

Capítulo 19- Dia tranquilo

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By PoetaCJ

Voltei e dessa vez com maratona. Vamos ter dois capitulos em um só dia.  E para quem não está entendendo, vão até o meu perfil e nas conversas que lá vocês vão entender. Enfim, vai ter mais um capitulo hoje, não agora, vou dar alguns minutos, só pra vocês lerem esse e já posto o outro.

Presente no feriadão. É isso, beijos! ;) 

Narradora Point Of Views

Eram quase três da tarde, Camila e seus amigos do time estavam treinando no campo enquanto eu e Normani observávamos os alfas chocando os corpos contra os outros. Futebol americano é um esporte um tanto quanto agressivo, mas quando se era visto os jogadores com roupas colados no corpo por conta do suor e camisas inexistentes nos corpos, o que é algo sangrento e horrendo, se transformar em um ensaio sensual com muitos e muitas modelos lindos e sarados.

Bom, era o que as ômegas pensavam quando viam os alfas treinando ali, até mesmo eu, mas a diferença era que, eu não penso isso de todos, apenas penso sobre uma pessoa, Camila. A única alfa na qual eu observo e babo toda vez que ela faz um movimento, consideravelmente, sexy.

— Amiga, você é uma mulher de sorte, Camila é muito gata, olha só essa bunda, meu Deus!- Normani comentou enquanto aplaudia junto de outras pessoas, que também assistiam o jogo, um passe que Machine havia acado de fazer para Camila e agora, a mesma estava com a bola.(Imagem do capitulo)

Eu nem mesmo conseguiu discordar, porque era verdade, Camila é uma alfa com tributos muito... chamativos, por assim dizer. Eu não conseguia nem disfarçar meu interesse por eles, já que ficava bem na cara quando eu, literalmente, babava quando a Camila estava por perto. Só que, sabendo a intenção maquiavélica da amiga em tentar me juntar com Camila de vez, não deixei assim e a alfinetei também.

— Vai, Camz!- Gritei com as mãos em volta da boca. Camila jogou a bola para o Brad, que acabou fazendo um touchdown. 

Comemorei junto a pequena torcida que havia. O time reserva estava perdendo feio para o titular, acho arriscado que depois de hoje muitos não participem dos jogos oficiais.

— Dinah também têm bons atributos.- Joguei sem me importar no que iria dar, ela me cutucou, agora que ela aceite as consequências.

— Ela sempre teve, Lauren. Desde quando estudávamos na high school, ela era um sucesso com as ômegas, e isso não mudou.- Percebi que havia a deixado triste, Dinah é um assunto complicado para Normani, pois a loira, mesmo sendo amiga de ômegas, nunca deixou de tratar a todos que ficava como algo qualquer, um mero objeto, e isso, mais que tudo, machuca Normani, pela mesma ter sido vitima de algo assim na adolescência, a doí saber que a alfa que ela sempre gostou, tratar todas as ômegas com que fica da mesma forma que ela foi tratada há alguns tempos.

Um alfa mais velho, bem famoso na escola por ser galinha, começou a dar em cima da Normani, e ela, sem experiencia alguma com relacionamentos, caiu na conversa dele. Resumindo, eles passaram tempos saindo, Normani enfim conseguiu esquecer Dinah por um tempo, logo, ela e esse cara começaram a namorar, eles eram até fofos, todos gostavam dele, só que, o que ninguém imaginava era que ele fosse fazer algo tão repugnante com Normani, pois ele demonstrava realmente gostar dela. Enfim, ele usou a minha amiga de todas as formas, tanto emocionais como físicas, ocasionando em uma grande ferida em Normani, a qual até hoje ela luta para sarar.

Desde então minha amiga se fechou para paixões, inclusive Dinah, que ela ainda gosta, mas prefere se enganar e dizer que não.  

Por fim, ouvi Normani soltar uma lufada alta de ar, por um momento até temi por uma possível recaída dela, porque por incrível que pareça, ela é bem sensível. Desse modo, ela ficou o restante do treino totalmente na dela. Eu virei em direção a ela e fiz menção em me desculpar, mas ela apenas fez uma careta olhando pra trás de mim e falou:

— Boa sorte!- Foi o que ela disse antes de sair em direção a saída. Fiquei sem entender o que ela quis dizer e suspirei.

—  Normani, me espera.- Eu tentei me aproximar dela e dizer o quanto sinto muito pelo que falei, porém, fui interrompida por um corpo forte e suado me abraçando, me fazendo tomar um susto.

— Você está muito linda, Laur.- Bufei e reverei meus olhos tentando sair daquele aperto desnecessário e o desconforto ao estar sendo inteiramente molhada pelo suor de outra pessoa, ainda mais quando não é da pessoa que eu gostaria que fosse.

— Me solta, Keaton. Você está todo suado!- Brando tento me soltar a todo custo de seus braços que, em um movimento brusco, acabo conseguindo me soltar. 

Meu desespero maior não era nem me sujar ou algo mais, era só ao imaginar Camila presenciando essa cena e em como ela reagiria mal. No lugar dela eu não sei como reagiria, provavelmente nunca mais iria deixar ela se aproximar de mim novamente. Foi então que uma onda de desespero se apossou de mim, só de imaginar Camila dizendo que não quer mais sair comigo.

— O que houve, Lauren?- Virei de costa para ele e contei até cinco para me acalmar e não gritar com ele. — Por que está agindo assim, foi algo que eu fiz? - Abro meus olhos a tempo de ver ele descendo o último degrau da arquibancada, indo para o chão e me fitando aflito.

Respiro fundo relaxando um pouco da tensão anterior e a culpa me corroí. Keaton é um bom amigo, ele esteve ao meu lado por um tempo que Camila não esteve, então, ele não merece ser tratado assim.

— Desculpa, Keaton, estou estressada esses dias, tenho tido muito trabalho ultimamente, a peça está há poucos dias da estreia, sem falar nos problemas pessoais que estou tendo. - Solto outro suspiro e mordo meu lábio antes de continuar. — Só... me desculpe. - Peço realmente arrependida, mas, ainda mantendo uma certa distância.

Ele comprimiu os lábios e suspirou colocando as mãos em sua cintura, a expressão dele ainda era um pouco abatida e pra baixo.

— Tudo bem, Lauren, eu ti entendo.- Ele sorriu tristonho e eu me senti ainda mais culpada por ter tratado ele mau. — Eu também ando um pouco ocupado, sabe... com o time.- Ele disse tímido enquanto alisava sua nuca e apontava para trás, onde algumas pessoas ainda corriam ao redor do campo, as quais, uma delas era Camila.

Keaton havia entrado recentemente para os Bulldogs, não sei o que deu nele, porque ele sempre foi contra ao fato da escola dar muita atenção para o esporte e muito pouca para a cultura. Sem falar que ele não tem nenhum jeito para o futebol americano, ele é muito mimadinho pra isso.

— Me desculpe mesmo, Keaton.- Gesticulo nervosa e com medo dele não querer mais uma amizade comigo. Até que tive uma ideia, arregalei meus olhos e falei animada: — Olha, que tal sair comigo e com o pessoal? Hoje nós vamos ao boliche que tem aqui perto. Vai ser legal! - Tentei me redimir ao lembrar do que Camila tinha me dito hoje cedo, que as meninas estavam marcando para irmos sair hoje a noite, assim que terminar nossa última aula.

— Eu quero ir sim, obrigado por me convidar.- Sorrio feliz e bato palmas animada indo abraçar ele, só que, dessa vez, por conta própria. Ele abraça minha cintura enquanto eu abraço o pescoço dele, foi um contato rápido e impulsivo, nada demais. — Fico feliz que não tenha me excluído cem por cento de sua vida. -Não consegui conter minha expressão de surpresa, pois, não imaginava meu pequeno afastamento dele essa semana fosse causar tanta magoa nele. - Eu abri minha boca para responder, mas fui interrompida com alguém o chamando, aproveitei o tempo que ele olhou para quem o tinha chamado e suspirei aliviada, sem ele perceber. — Bom, eu vou ter que ir, o dever me chama! - Ele fez uma pose estranhamente ridícula, a qual eu forcei um sorriso. — Até mais, Laur.- Dito isso, ele saiu correndo em direção ao campo, mas sem antes beijar minha bochecha, me deixando sem ação, já que ele me pegou de surpresa.

Talvez isso possa causar uma futura discussão minha e dela, por causa do que aconteceu há algumas semanas, mas deixarei bem claro que não me afastarei de Keaton, ele é meu amigo e amigos vem primeiro lugar. Então, se ela quiser continuar, ela terá que aguentar ele.

Por fim, assim que deixei de divagar, olhei para onde ele tinha ido e o vi conversando com um moreno alto e de cabelos encaracolados, eles estavam rindo de algo e quando Keaton percebeu que estava o olhando, ele sorriu e acenou para mim, tal sorriso que derreteu as meninas que estavam próximas a mim, fazendo-as cochichas sobre em como ele é um belo alfa. 

E eu não discordaria, se não tivesse com a alfa mais linda da faculdade comigo e me dando bola, e bom, em falar em Camila, cadê ela? Passei meus olhos pelo campo e percebi que Camila não estava mais correndo no campo, aquilo me assustou um pouco e fiquei com medo dela ter visto a cena e ter tirado conclusões precipitadas.

Uma onda de desespero tomou conta de mim enquanto eu entrava em uma procura agitada por ela, o pior de tudo é que eu sentia o cheiro forte dela por perto. Resumindo, passei um bom tempo tentando encontra-la, olhei tudo que é canto, desde as arquibancadas até onde o time descansa, e nada. Meu coração batia forte no peito e minhas suavam muito, eu estava prestes a sair para fazer uma busca mais aprofundada, quando sinto duas grandes mãos tapando a minha visão, o calor e o cheiro me fizeram relaxar e suspirar aliviada. 

— Adivinha quem é?- Me arrepiei com a voz rouca em meu ouvido que me trouxe uma sensação gostosa no peito, a qual foi inevitável não sorrir. Me deixei relaxar junto ao seu corpo e entrei no seu joguinho.

— Hum, eu não sei quem é, me dê dicas! - Mordi meu lábio inferior ansiosa por sua resposta e ela riu aproximando sua boca, dessa vez, do meu pescoço, no qual eu senti sua respiração batendo contra ele.

— Bom, eu não posso dizer muito sem dar dicas, mas o que você precisa saber é que ela é a alfa mais perfeita da face da terra, além de inteligente e bonita sabe como conquistar as pessoas, e ela tem uma integridade invejável.- Prendi o riso que queria sair e ela sorriu contra meu pescoço. — Dizem que ela é um caso raro entre a raça dela.- Ela sussurrou a última frase em meu ouvido usando uma voz forçadamente sexy, o que me fez ter ainda mais vontade de rir.

— Bom, eu estou pensando em alguém agora, mas diria que essa pessoa não tem nenhuma dessas características, a não ser, a parte do bonita. - Ela tirou as mãos de meus olhos e se separou de mim, virei meu corpo e a vi com uma expressão fingidamente ofendida e magoada. 

— Você não sabe nem brincar.- Resmungou cruzando os braços e fazendo um biquinho fofo. Gargalhei me aproximando dela, descruzei seus braços e enlacei seu pescoço com os meus, ficando na ponta do pé para alcançar meu objetivo, morder aquele maldito bico.

O intuito era só provar ela, mas, acabou que o tirou escapou pela culatra, porque ela, com todos os seus atributos, pegada, conseguiu me fazer derreter inteira e me deixar a mercê dela. 

Assim que eu mordi, com certa força, o lindo bico dela, não demorou muito para Camila segurar firme em minha cintura, me puxar contra ela, me fazendo soltar um gritinho pela surpresa e não me dando nenhuma chance de pensar antes me beijar com urgência.

Ela havia adquirido essa mania de me beijar de repente, mas eu nem reclamo, eu amo quando ela faz isso, porque mostra a todas que ela está comigo e que ela também não se importa em demonstrar afeto por mim em publico, ainda mais ela que é super fechada com todos, até mesmo com seus amigos, Dinah me falou isso e eu me perguntei porque dela ser assim. Acho que estou próxima de descobrir.

— Você tem um beijo viciante.- Ela diz ofegante após descolar nossos lábios e colar nossas testas, sorrio e resmungo de dor assim que ela aperta minha cintura com mais força e me ergue no ar, desencostando meus pés do chão e me deixando face a face com ela.

— Você tá me apertando, Camila. - Digo com a voz sofrega por estar, literalmente, sendo exprimida. Ela alivia mais o aperto e eu suspiro aliviada.

— Desculpa, eu me empolguei.- Ela diz sem graça me colocando no chão e alisando carinhosamente onde ela apertou. Esses olhos castanhos e esse olhar de cachorro sem dono ainda vão me trazer muitos problemas, dava pra ver que ela estava se sentindo culpada pelo que aconteceu, o modo como ela ficou cabisbaixa denunciou isso.

Respirei fundo antes de fita-la com mansidão e compreensiva, afinal, ela ainda estava um pouco agitada por causa do treino recente, então, ela nem mediu força ao meu abraçar, sendo assim, ela não tem culpa.

— Tá tudo bem, baby.- Peguei suas mãos que estavam paradas ao lado de seu corpo e juntei com as minhas, ganhando sua atenção elas. — Não precisa ficar assim, abraço nem foi tão forte.- Subi novamente na meia-ponta e segurei seu rosto fazendo ela me olhar em meus olhos, beijei cuidadosamente seus lábios ouvindo-a suspirar entre o beijo. Desencostei nossas bocas e falei: — Você foi incrível hoje, correu bastante, então, que tal a gente comer um lanche rápido antes da última aula?- Tentei fugir do assunto, afinal, não foi algo grave, não precisa de tanto drama,  ficaria uma pequena marca? Sim, ficaria, mas eu não diria isso a ela.

— Por mim tudo bem, só preciso pegar minha bolsa e a gente vai. Me espera aqui.- Dito isso ela saiu, mas sem antes me dá um selinho rápido, resultando em um sorriso idiota em meu rosto.

Não demorou muito e ela voltou vestindo uma calça moletom, uma regata e um chinelo de dedo. Um estilo muito largadão e bem a cara dela, mas nada que não a deixasse menos atraente e linda.

— Vamos?- Ela estica sua mão e eu entrelaço com a minha, logo andando lado a lado com ela em direção a saída da faculdade, o que demorou um pouco, já que o campus é enorme. 

(...)

Enfim, em menos de trinta minutos estávamos em uma cafeteria do outro lado da rua da faculdade, ela sempre está lotada pela acessibilidade com a Yale, e além de ter um café delicioso é aconchegante. 

— Eu já tinha vindo aqui antes, mas foi no inicio das aulas.- Camila comenta assim que sentamos em uma mesa localizada no fundo da cafeteria, pois era a unica que tinha livre. — Eu estava muito estressada no dia, nem deu tempo reparar nos detalhes.- Ela disse enquanto passava os olhos por todo local enquanto eu a observava. Eu não me canso de fazer isso. 

— Eu queria arrumar um emprego aqui, pelo menso para ganhar um pouco de independência.- Coloquei minha bolsa em meu colo para poder tirar meu celular e a minha carteira de estudante, o qual podemos usar pagar qualquer no limite de duzentos dólares por mês.

— Você ficaria bem no uniforme daqui.- Parei de vasculhar a boca e a encarei com a sobrancelha arqueada, ela olhava as garçonetes que passavam pela cafeteria então nem percebeu que eu estava a olhando, e quando percebeu ela arregalou os olhos e se apressou a corrigir toda nervosa. — Eu... eu não quis dizer no... no sentindo sexual, foi sem malicia, eu juro.- Ela ficou tão desesperada pra explicar que eu tive pena e acabei a beijando, só pra ela calar a boquinha.

Assim que nos separamos, ainda segurando o seu rosto entre as minhas mãos, sorri antes de morde o lábio inferior dela e voltar a me sentar normalmente na cadeira.

— Eu não me ofendi, tá bom? Relaxa!- Ela assentiu um pouco grogue e eu sorri pegando sua mão e entrelaçando com a minha em cima da mesa.

— Aqui é lindo, não acha?- Comentei maravilhada pelo lugar, era tudo muito aconchegante.

— Não mais que você.- Ela levou os dedos até a testa, tirou a franjinha de seus olhos e sorriu, tudo isso comigo assistindo tudo com um olhar abobado sobre ela. 

Ela pegou nossas mãos, as virou, deixando a minha com o torso pra ela beijando-a em seguida. Ela me olhou meio risonha com um tipico olhar galanteador, o qual me deixa de pernas bambas. 

— Lauren, você está bem? Está me parecendo tão pálida.- Ela se inclinou sobre a mesa e eu reparei só o movimento que sua boca fez, ela é tão carnuda e rosada, me deu até vontade de beijar ela de novo. 

E então, com esses pensamentos, meu corpo, inconscientemente, foi se aproximando dela aos poucos e sem tirar meus olhos da boca dela e quando eu estava quase a beijando, escuto um pigarrear de garganta e me separo rapidamente dela pelo susto. 

— Boa tarde! Em que posso ajuda-las?-Olho para o lado e vejo uma senhora ômega e atada nos olhando com a sobrancelha arqueada, imediatamente, abaixo minha cabeça sentindo meu rosto queimar escutando uma risada baixa da Camila se divertindo com o meu constrangimento, porque, pelo visto, a sem vergonha ficou de boa com tudo.

— Eu vou querer um capuccino com canela e um cupcake.- Enquanto ela ia fazendo seu pedido, eu olhava disfarçadamente para o cardápio, mesmo já sabendo o que eu iria pedir, era só pra evitar olhar para a mulher. 

— E eu vou querer um expresso duplo com chantilly e um tartelete com baunilha e nozes.- Vejo os preços ao lado dos meus pedidos e depois subo meu olhar pra ela, que para minha felicidade, anotava os pedidos em um caderninho.

— Pronto! Seus pedidos estarão prontos em quinze minutos, com licença.- Ela disse educada e saiu em direção ao balcão de atendimentos, deixando que eu finalmente respirasse normalmente.

Acho que nunca passei por algo tão constrangedor assim, eu devo estar toda vermelha ainda, outro lado negativo de ser ômega, corar por tudo, mas pelo menos essa coloração avermelhada dura menos que a dos alfas, porque, como todos sabem, tanto alfas quanto ômegas, diante de uma situação de constrangimento, de stress ou até de medo, nosso corpo libera o hormônio adrenalina, que aumenta o fluxo de sangue e dilata os vasos sanguíneos do rosto, ocasionando a vermelhidão. Porém, por causa da nossa natureza de submissão, nosso corpo produz esse hormônio em pouca quantidade e já para os alfas ocasiona o contrario, eles já são em alta quantidade.

— Você deveria ver sua cara, Lauren.- Me despertei de meus pensamentos quando escuto Camila falando. Ela sim estava vermelha, ela estava rindo, rindo muito e aquilo me encheu de orgulho. Dinah me disse uma vez que Camila tem dificuldades para demonstrar emoções e a ver tão leve assim me deixa muito feliz, por mais que seja em uma situação como essa.

— Engaçadinha!- Franzi meu rosto em uma careta e dei língua pra ela, que sorriu e se inclinou novamente sobre a mesa.

— Quem dá língua quer beijo.- Ela sussurrou ainda com um sorriso maroto no rosto. Eu ri com aquele frase cafona e muito antiga. Ergui minha sobrancelha e a olhei de um modo desafiador.

— Então vem pegar.- Provoquei de volta, ela me encarou de um jeito psicopata, o qual só me fez rir ainda mais das palhaçadas dela. Eu nunca imaginei que Camila fosse tão divertida, ela tava sempre com uma expressão fechada e um jeito sério de dar medo em qualquer um.

— Olha, Lauren!- Ela diz um pouco alto apontando para a porta de entrada, rapidamente sigo seu olhar e vejo um funcionário grudando um aviso de emprego na vidraçaria da cafeteria. 

Eu me animei e me levantei indo até o balcão, perguntei se o anúncio era verdadeiro e eles disseram que sim, eu acabei dando um currículo que estava dentro da minha bolsa, a balconista leu e logo me aprovou. Voltei toda saltitante para a mesa onde Camila me observava de longe.

— E então, conseguiu?- Ela perguntou ansiosa e eu assenti me sentando na cadeira, soltei um pequeno grito estérico e eu me contive para não pular nela, tamanha minha alegria de ter arrumado um emprego. 

— Vou trabalhar de noite, de terça à sexta, das seis da noite até o último cliente sair. - Contei quase dando pulos de alegria e ela apenas sorria, era bom saber que ela se alegrava com as minhas conquistas, eu vejo pela vida da minha mãe que alfas podem ser muito controladores quanto a vida das ômegas, e me deixar aliviada saber que ela não é um desses. Além do mais, ela me disse que a mãe dela trabalha e que ela se orgulha disso.

— Fico muito feliz por você, Lauren. Você pode estudar o dia inteiro e trabalhar a noite, mas eu posso ti perguntar uma coisa?- Franzo meu cenho, mas assinto. — Você pensa em se candidatar ao estagio da faculdade?- Ela pergunta com receio e eu estranho mais ainda.

— Claro, faltam quatro meses para que as vagas para os estágios abram.- Ela suspirou e se jogou para trás na cadeira. — Agora, por que a pergunta?- Perguntei curiosa e com meu coração batendo forte no peito, era como se ela tivesse julgando meu futuro trabalho, sei lá.

— Por nada, apenas um receio idiota, nada demais.- Resolvo deixar aquilo de lado para não me deixar com a cabeça cheia de complexos, afinal, eu não penso nesse emprego como algo a longo prazo, será apenas pra não ficar sem fazer nada durante o tempo que falta para os estágios.

Por fim, para amenizar o clima que ficou, nossos pedidos chegaram e então voltamos ao clima inicial, aquele de sorrisos bobos, de longos beijos e deliciosos beijos, parecíamos até um casal de namoradas. Bom, eu não me importava nenhum pouco com isso, mas ainda está muito cedo, não quero me precipitar. Portanto, nada de namoro agora.

— E você?- Pergunto assistindo ela dar uma mordida no tarlete dela e limpar o canto da boca com um guardanapo. — Não pensa em procurar nenhum emprego até lá?- Ela suspira e assente com um certo pesar, o qual eu não entende.

— Era o que eu pretendia, mas até agora não consegui sair pra procurar nada. Esses meses têm sido difíceis pra mim, não é fácil ter que ler muitos livros em apenas um dia, sem falar de ter que criar discussões com quase tudo.- Ela suspirou cansada. 

Só então eu parei pra analisa-la com calma, ela tinha olheiras, o rosto estava pálido e parecia que ela não comia direito a algumas horas, tamanha a rapidez que ela devorava tudo. 

— Você tem que se cuidar, Camila.- Brandei séria e ela sorriu amarelo. Estreitei meus olhos em sua direção. — É sério, você sabe que precisa de energia pra tudo o que faz. Acredito que você tenha algum tipo de dieta, não é?- Digo acusatória e ela assente sem dar muito importância. 

— Eu tenho que seguir uma dieta a risca, tanto para que meu corpo reaja bem aos treinos quanto para que eu não tenha distúrbios hormonais e emocionais.- Não me convenci com aquilo, mas não insisti, preferi deixar de lado e voltar ao nosso clima anterior.

— Espero que você esteja fazendo isso.- Tento não soar muito acusatória dando um leve to ameno. Ela riu e concordou, logo mudando de assunto em seguida.

O tempo passou e quando menos percebemos já estávamos nos dando um beijo de despedida antes de ir para a última aula do dia. Eu não queria ir, mas como não tinha nada melhor pra faze, eu fui.

Espero que amanhã seja mais um dia tranquilo e que não haja muitos emoções, amém. 

CONTINUA>>>>>>>>>

Gostaram? Sim? Então comentem bastante, please.


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