PsicoLove.

By ravimatheus99

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Jullie Martins, atualmente com 18 anos, passa por poucas e boas em uma clínica psiquiátrica. Foi diagnosticad... More

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Again and Again
do you hear me?
under the everyone
Mommy
Jane is bad
Robert it's a man
Game over, Jane
Broken heart
Mom, stay in peace.
Just a dream
Who is your mother?
Hey, it's me
Think about decision
I want my mother
Ms. Devenport?!
Robert with Mitchell
Bianca's comeback
End of start
The other side
an angel named Max
maybe a new love
my possible bonus
please, i need that.
IMPORTANTE
countdown
The day I was released
First day. First lesson.
new actions pay off
little escape
black power friend
powerful hands
i need you now.
grandma teacher
here I come
not welcome
R.I.P Mrs. Dom
Diverting or trying
an ice-cream...?
trembling and troubled
go in crazy
sardines and memories
don't touch the wound
la justice en fuite

i hate you

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By ravimatheus99

- Que bom que eu te achei! - falou com um sorriso cansado me olhando aliviada.

Partindo daí, sua voz ainda penetrava minha mente dando eco por todo meu crânio, eu podia sentir algo semelhante a uma pequena corrente elétrica passando por cada parte do meu corpo. Na verdade, eu não sei o que era que me desconcentrava mais, teu sorriso ou tua cara de pau de aparecer aqui e ameaçar expor qualquer que fosse o lance que tivemos...ou temos.

É vero que Aisha deixava pelo menos uma mensagem por dia na minha caixa de entrada do celular. E também é vero que eu não respondia porque meu orgulho é muito maior que qualquer vontade, desejo...saudade. 

 Mas o que estava me deixando encabulada era: como ela me encontrou aqui? Porque cá entre nós, o hospital não é um ponto de encontro cativante ou frequentado. 

Lucy me olhava, e na tua testa só faltou estar escrito: mas que que tá acontecendo aqui? É... era um ponto de interrogação imenso na sua feição. 

- É... Lucy, essa é uma colega de turma da minha sala, Aisha... Aisha, essa é a Lucy - sorri forjada.

- Olá, como vai? - a mistura de árabe com complicação da minha vida vem toda sorridente ao encontro de Lucy, estendendo sua mão e logo depois dando um leve beijinho em sua bochecha. 

- Bem! É, bem! E você? - Lucy retribui entrando na onda da outra garota. 

- Então... - fingo uma tosse interrompendo-as - que veio fazer aqui? -  abri um sorriso exaltando meu nervosismo. 

- Ah, então... é, eu preciso muito falar com você

- Isso não podia esperar? Falta só uma semana para as aulas voltarem... - entrefechei meus olhos.

- Bom, eu vou lá na lanchonete, e já volto - Lucy se levantou da cadeira sorrindo, prevendo que "sobraria" naquela conversinha. Se despediu de Aisha e desapareceu por entre os corredores.

- Olha... - se aproximou de meu leito, se sentando na cadeira em que Lucy ocupava segundos antes - eu sinto muito mesmo, de verdade, eu te mandei mensagem todos os dias, e eu estava tranquila porque até então você pelo menos visualizava, mas ai, passou 4 dias e nada, eu fiquei maluca... e ai, entrei em desespero, e me lembrei que você me disse um dia que morava perto da nossa pracinha - nossa pracinha? Ela é audaciosa né. Respirei fundo - enfim, eu cheguei a ir lá perto, mas não sei travei... não tive coragem

- Coragem realmente não é seu ponto forte! - ri ironizando-a.

Ela suspirou profundamente e me encarou fechando sua boca. Ainda não escutei a parte que gostaria, como ela sabia que eu estava aqui, e peraí, 4 dias? Porque esse mero detalhe foi mascarado das minhas informações? Ok. 

- Tá, e ai? - sugeri que continuasse - como sabia que eu estaria aqui?

- É... então, eu voltei pra casa naquele dia, e meu celular começou a lotar de mensagens e ligações, eu não tinha atendido antes, porque eu estava com o Rick, e... bom, quando fui ver, era o teu número, liguei de volta o mais rápido que pude, e uma tal de Larissa atendeu. Ela me disse que você tinha passado muito mal, que sabia que a gente tinha alguma relação e acharia que ficaria feliz se eu viesse...eu acho que ela se enganou mas...

- Não, calada! - ai, eu vou matar a Larissa, eu juro - primeiro que você não conhece a Larissa, e ela não tá a par do que tivemos pra saber o que é bom pra mim ou não. 

- Mas eu achei que... - tentou.

- Você não tem que achar, Aisha. Eu agradeço por ter vindo, mas quero que vá embora, por favor. Eu tenho amigos, amigos bons, e eu não preciso que você venha e me encha de esperanças de novo, tá bom? 

- Ju, tenta se acalmar, por favor!

- Eu te odeio, Aisha, eu te odeio desde o dia que você me deixou partir, eu não dormi por tantas noites, porque você não saia da minh... 

Meu corpo entrou em choque, não sentia mais controle de mim, e um tremor indomável se apossava de mim, junto com o controle, minha consciência se foi.

-------------------------------------------------

~ Aisha POV'S ~ 

Num minuto Jullie estava me xingando absurdos, e no minuto seguinte começou a convulsionar, foi a cena mais triste que já vi na minha vida.

- POR FAVOR! ALGUM MÉDICO! - saí a procura de alguém para ajuda-la.

Rapidamente, o médico e enfermeiras começaram a segura-la, outra injetou medicamento. Enquanto isso, teus olhos reviravam incessantemente, tua boca salivava e teu corpo tremia, tremia muito mesmo, seus braços estavam contorcidos e me tiraram da sala, me deixando sem visão alguma, sem noção alguma do que estava acontecendo. 

Sentei na sala de espera, minhas mãos segurando meu rosto a essas horas vermelho de tanto chorar, não conseguia cessar as lágrimas, o tremor e o suor frio. Lucy ainda não tinha voltado, e eu não conseguia pensar no que dizer pra ela, eu fiz isso? Eu devo ter provocado isso, e eu juro que não quero pensar no pior, mas me dói saber que antes dessa confusão toda, suas últimas palavras foram declarando teu ódio por mim, e eu a amando em segredo. Juro que eu preferia ela me xingando absurdos. 

--------------------------------------------------------

~ Lucy POV's ~

- Quer saber? Você não muda, você tá cada dia mais distante, e em vez de ajudar a sua amiga, você manda mais uma confusão pra ela? Eu to de saco cheio de você.

Desligo a chamada com Larissa. Esse relacionamento tem me desgastado tanto... Bom, isso é o de menos agora. 

Entro no hospital, e sigo para o corredor do quarto de Jullie. Caminho tranquilamente, imaginando que a essas horas, as duas devam no mínimo estar se pegando. Mas, quando chego no quarto referido, noto a cama vazia, não tinha absolutamente ninguém ali. Me pergunto onde é que estava Jullie... e espero que seja somente mais um check-up. 

Saio dali, e vou a procura de alguém que possa me informar sobre o paradeiro da minha garota. Quando olho de relance a sala de espera, noto que Aisha ali estava, com os braços cruzados, os olhos inchados, uma cara de choro. Imagino que tenham brigado, e também creio que ela deva saber algo sobre. 

Me aproximo logo, sentando a teu lado.

- Oi... - falo gentil - eu sinto muito por você e por ela... 

- Oi - ela me olha, fazendo cara de quem vai soltar o choro novamente.

- Perdão... eu não quis... 

- Não - me interrompe colocando sua mão sobre meu braço - não foi isso, é que... a Jullie... 

- a Jullie... 

- ela passou muito mal e - soluça - levaram ela eu não sei pra onde, eu juro que eu não tive a mínima intenção. 

- Como assim? Intenção de que? - me levanto - cadê a Jullie, Aisha?

- eu...eu sinto muito mesmo. 

Aisha claramente está em choque, não consegue falar mais do que três palavras, nesse momento, corro pra uma enfermeira ali por perto e pergunto.

- Moça por favor, a Jullie do quarto 101 A... o que aconteceu?

A mulher pega o prontuário rapidamente e lê, me informando. Jullie havia tido um quadro convulsivo. Havia sido levada pra sala de cirurgia porque havia perdido as vias aéreas. Minhas pernas bambearam.

Já não era eu, já não sabia o que fazer. Apenas me sentei ao lado de Aisha, segurando ao máximo meus prantos. A enfermeira tinha prometido que me traria notícias assim que houvesse qualquer novidade, então dali eu não sairia... Eu não serei a pessoa que deixará Jullie mais uma vez nessa vida. 

- Olha... - Aisha tentou se desculpar.

- Olha você, escuta... cala essa boca, eu não sei o que aconteceu, mas ela estava bem, ela estava BEM!  - alterei um pouco meu tom de voz - eu não sei o que é que tem entre vocês, ou tinha. Mas se ela sair dessa, se ela voltar... eu não quero te ver jamais do lado dela. 

- Eu não fiz nada, eu...a gente... ela estava chateada comigo, eu juro que não tive a intenção. - a garota falava desesperada e eu, bem...eu, só me segurava pra não me exceder ainda mais.

- Você conhece ela? Você sabe de todos os problemas dela? Ela tem medo! Ela tem medo de se apaixonar, de se machucar, ela é intensa, e ela sofre muito com essas coisas. Você não devia ter brincado com ela sabia? Ela perdeu a mãe jovem, ela não tinha amigos na clínica, ela só tem a mim e a Larissa, então você não ouse a chegar na vida dela e achar que pode fazer o que bem entender! - cai aos prantos sem conseguir dizer mais nada. 

Aisha se levantou e saiu pela porta do hospital, eu debrucei-me sobre minhas mãos perdida. Acho que a incerteza, a falta de informações estava me deixando maluca. Talvez eu tenha dito demais, mas... se eu perder a Jullie, eu... é melhor não pensar nisso. Tudo que sei, é que eu quero ela viva, eu quero ela bem...

Depois de meia hora, vejo um médico se aproximar, e logo me levanto. Respiro fundo, brincando com minhas mãos inquietas. 

- Você é a responsável pela Jullie Martinez? - engulo a seco minha própria saliva.

- Sou sim - noto sua expressão indecifrável e cada segundo parece uma eternidade.

- Jullie está sedada, não sabemos a que horas ela irá acordar, só peço que seja paciente, e não desista dela. A cirurgia foi demorada, devido a complicações com seu coração, mas ela vai ficar bem! 

- Eu posso vê-la? - indaguei tremula.

- Claro, por aqui... - o doutor me guia até seu quarto. 

Me aproximo de seu leito, com meu peito apertado, as lágrimas escorrendo em meu rosto silenciosamente. Toco tua mão morna, e encaro teu tubo novamente em tua garganta.

- Você é forte, Ju... você tem que sair dessa... - falava enquanto acarinhava tua mão - eu vou estar aqui, pra quando acordar... 

Não tinha mais coração pra vê-la daquela maneira, toda debilitada. Eu só ficava relembrando os dias anteriores, em que encontrava ela na cozinha ouvindo música e cozinhando pra gente. Suas conversas sobre a faculdade. Peço que se Deus puder me ouvir nesse exato momento, que não deixe ela ir assim. Pra Jullie, parece mentira...mas ela é tudo pra nós. É o que mantém meu relacionamento com a Lari, é o que anima minhas noites, é o meu motivo de orgulho. 

- Minha pequenina... - beijei tua mão fechando meus olhos, enquanto debruçava minha cabeça sobre o leito. 

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