Imprinting

By EmilyMedina893

187K 14.7K 4.4K

Kayra Black após perder a mãe, a única pessoa próxima, mudou-se para La Push, onde iria morar com seu tio Avô... More

⚠️ | IMPORTANTE | ⚠️
| Créditos |
| Booktrailler Novo |
| Personagens |
| Personagens |
| Personagens |
| Epígrafe |
| Prólogo |
Capítulo 02 - Bem-Vinda à Reserva de La Push - Parte II
Capítulo 03 - Sonhos
Capítulo 04 - Vamos à Praia
Capítulo 05 - O Lobo Audaz
Capítulo 06 - Vamos às Compras
Capítulo 07 - Prado
Capítulo 08 - Cullen's
Capítulo 09 - Uma História na Praia
Capítulo 10 - Almoço de Domingo
Capítulo 11 - Dezessete
Capítulo 12 - O Forasteiro e os Lobos
Capítulo 13 - A Febre
Capítulo 14 - Histórias de Fogueira - Parte I
Capítulo 15 - Histórias de Fogueira - Parte II
Capítulo 16 - Responsabilidades
Capítulo 17 - A Última Folha a Cair
Capítulo 18 - Conheço Este Rosto
Capítulo 19 - Mary Alice Brandon Cullen
Capítulo 20 - Clã Volturi
Capítulo 21 - Nosso Lugar Especial
Capítulo 22 - Explicações
Capítulo 23 - Reunindo Nosso Exército
Capítulo 24 - Conhecendo Nossos Inimigos - Parte I
Capítulo 25 - Conhecendo Nossos Inimigos - Parte II
Capítulo 26 - Novos Membros da Guarda
Capítulo 27 - Clã Falts
Capítulo 28 - Adahy Black
Capítulo 29 - O Visitante Inusitado
Capítulo 30 - Rudá Lahote
Capítulo 31 - O Intruso
Capítulo 32 - Davros Falts
Capítulo 33 - Lembranças
Capítulo 34 - Isabella Marie Swan Cullen - Parte I
Capítulo 35 - Isabella Marie Swan Cullen - Parte II
Capítulo 36 - Contratempo
Capítulo 37 - Epifanias
Capítulo 38 - Jasper Whitlock Hale Cullen
Capítulo 39 - Ao Infinito e Além
Capítulo 40 - O Grande Dia
Capítulo 41 - Batalha
Capítulo 42 - Depois
Capítulo 43 - O Casamento

Capítulo 01 - Bem-Vinda à Reserva de La Push - Parte I

8.9K 582 556
By EmilyMedina893

Após o funeral de minha mãe, peguei um táxi e fui para o aeroporto. Estava fazendo uns 19 °C em Walla Walla, chovia como se o céu estivesse se lamentado pela minha partida. Vestia minha roupa preferida: jeans, uma camiseta sem mangas - apesar do clima - e meu velho tênis All Star.

Na Península Olímpica, no noroeste do estado de Washington, - Estados Unidos - existe uma cidadezinha chamada Forks, que está quase que constantemente coberta por nuvens. Nessa cidade desimportante chove mais do que em qualquer outro lugar do país. A Reserva Quilêute fica próxima a este lugar, e foi daí que minha mãe fugiu aos dezessete anos, me levando consigo - exatamente no dia do meu mêsversário de cinco meses.

Não lembro se conheci Forks, nem nossa reserva, apenas histórias me foram contadas.

Era neste lugar agora que iria residir, estava me mudando para a casa da Família Black, na Reserva de La Push. Tudo que me restava agora, eram duas pessoas das quais não lembro se já vi em minha vida.

Minha mãe se parecia comigo, exceto pelo cabelo curto e o bom humor.

De Walla Walla a Seattle o vôo dura cinquenta e seis minutos, mais uma hora em um pequeno avião até Port Angeles, e então uma hora de carro até a Reserva. A distância não me importava, apenas a ideia da mudança me preocupava.

Quando o avião pousou em Port Angeles, fazia sol, o céu estava um azul perfeito e sem nuvens. Aproveitei para me despedir do Sol.

Billy Black e Leah Clearwater me aguardavam. Leah me deu um abraço forte, e ao mesmo tempo, estranho.

— Bom te rever, Kayra. - Ela me disse, sorrindo.

— Ela não lembra de você,  Leah. A viu quando ainda era muito pequena. - Respondeu Billy, se aproximando com sua cadeira de rodas.

— Você é igualzinha a sua mãe. - Disse ele, sorrindo para mim, enquanto tentava pegar minha mala de minhas mãos.

— Deixa comigo, Billy. - Assegurou Leah, pegando minha mala e a colocando com muita facilidade no porta malas de seu Jeep Liberty.

Walla Walla era um lugar onde o sol era visto frequentemente. Só havia trazido algumas coisas. Havia pego tudo que possuía de roupas de inverno em casa, mas ainda assim, sabia que era pouco.

Billy já havia me matriculado na escola da Reserva de Lá Push, que ficava a quatorze quilômetros da cidade de Forks.

— Suas aulas começam amanhã, na reserva. Não costumamos deixar nosso povo estudar fora de Lá Push. - Alertou Billy.

— La Push? O que significa? - Perguntei curiosa.

— La Push provém do termo francês, La Bouche, que significa a boca. - Explicou Billy.

— É mais como uma referência da localização de La Push, na foz "boca" do Rio Quillayute. - Complementou Leah.

— Vai ser bom estudar em um lugar não tão grande, nunca gostei de ser a novata. - Comentei ironicamente, mudando o assunto.

— Você estudara com meu irmão, Seth, não estará tão sozinha assim.

— Que legal, alguém que não conheço me fará companhia na escola nova, obrigada, Leah. - Falei sem expressar meu verdadeiro sentimento, e nem precisava adicionar que eu ser feliz em La Push, era uma impossibilidade.

Trocamos mais alguns comentários sobre a reserva, a família de Leah e o tempo, que agora estava molhado. No restante do caminho, apenas fiquei olhando pela janela em silêncio.

A reserva era linda, claro, não poderia negar isso. Tudo ali era tão verde, as árvores, o musgo que cobriam os troncos, a grama em frente a cada casa e o chão coberto por pedrinhas e plantas.

Finalmente chegamos a casa do Billy. Ele vivia em uma pequena casa, de três quartos. E ali parado em frente à casa estava Seth, o irmão de Leah, já nos aguardando.

— Prazer em conhecê-la. - Seth aproximou-se e estendendo sua mão para um aperto.

— Prazer. - Respondi, estendendo minha mão e com um sorriso de lado.

— Chega de paquera-la e me ajuda com esta mala. - Leah disse, após alguns segundos do olhar fixado de Seth a mim.

Só precisou de uma viagem para levar todas as minhas coisas para dentro da casa dos Black. Fiquei com o quarto que tinha uma janela para a casa vizinha, a casa de Leah e Seth, lembrando que isso não foi escolha minha.

Aquele lugar todo me era de alguma forma familiar. O chão e as paredes de madeira, as cortinas cinzas e as paredes claras dos quartos, tudo isso fez parte da vida da minha mãe e por apenas alguns meses da minha. Vou ficar com o antigo quarto dela, está da mesma forma que há dezessete anos.

As únicas mudanças foram a retirada do meu velho berço e da cama de solteiro, por uma cama box de casal e uma escrivaninha em frente à janela. Na escrivaninha havia um computador de segunda mão, com fios de internet grampeados pelo rodapé até chegar a tomada próximo à porta e uma estante para livros - do qual tinha deixado a maioria com minha melhor amiga e pego apenas os meus preferidos.

Na casa havia apenas um pequeno banheiro, então teria que dividi-lo com Jacob e Billy. Tentava não pensar nisso, mas em Walla Walla, cada uma possuía seu próprio banheiro.

Uma coisa muito boa sobre o Billy é que ele não fica em cima, fazendo perguntas sobre minha mãe ou coisas do tipo. Ele me deixou completamente sozinha para desfazer as malas e arrumar minhas coisas. Assim como havia pedido, ele adicionou uma estante para minha coleção de livros, aproveitei para organizá-la também.

É bom ficar sozinha, poder chorar e não ter que ficar sorrindo o tempo todo e fingindo estar tudo perfeito. Queria apenas minha vida de volta, minha mãe, nossa casa, a escola, os amigos. Era um alívio poder olhar a minha volta, ver o tempo frio e nublado e deixar escapar algumas lágrimas de saudade.

Não queria iniciar horas de choro, iria deixar isso para a hora de dormir, assim como tenho feito todos esses dias.

A escola de La Push possuía o aterrorizante total de cento e cinquenta e dois - agora cinquenta e três - alunos. Minha escola em Walla Walla possuía cerca de trezentos alunos apenas cursando o ensino médio.

Em La Push, todos haviam crescido juntos. Seus pais, e possivelmente seus avós haviam estudado juntos, minha mãe havia estudado ali. Eu seria a garota nova, que não é tão nova assim, que nasceu aqui mas que mudou para cidade grande. A novata, uma curiosidade, a esquisita, a filha da mulher que abandonou tudo por alguém que mentia.

Em Walla Walla me bronzeava, era esportiva, jogadora de vôlei, líder de torcida, essas coisas normais de uma cidade grande, mas não havia nada disso em La Push.

Quando terminei de colocar minhas roupas no velho guarda-roupa de pinha, peguei minhas coisas de banho e segui para um belo e demorado banho. Encarei meu rosto no espelho enquanto escovava meus dentes, um rosto triste e melancólico.

Enquanto me olhava não consegui mentir para mim mesma. O que estava fazendo ali? Não me encaixava naquele lugar.

Há dezessete anos minha mãe havia fugido daquele lugar, daquelas pessoas. Nunca soube o verdadeiro motivo, no entanto, não queria ficar até descobrir qual era, tendo que tomar as mesmas decisões que ela.

Apesar de toda a popularidade na Walla Walla Valley Education, nunca fui boa em me relacionar com pessoas da minha idade. Justine Tayler fora a única amiga de verdade que tive em anos.

Até minha mãe, que era a mais próxima de mim, calma e atenciosa, perdia a calma comigo. Talvez a verdade fosse que, eu sou o problema, sempre fui, por isso ela fugiu. Por isso ela fugiu e deixou tudo isso para trás.

Não dormi nada bem aquela noite, apesar de ter chorado até adormecer. O som do vento nos ganhos de árvores e da chuva na janela, não saíam da minha cabeça, o som repetitivo do gotejar da água em cima de uma lata, tocava no fundo da minha mente. Tentei usar o travesseiro e os fones de ouvidos para amenizar o som, a posição só ficou ainda mais desconfortável. Não consegui dormir até depois da meia-noite, quando a chuva finalmente deu uma trégua, me permitindo pegar no sono, antes de voltar com toda força novamente até o amanhecer.

Neblina, era tudo que conseguia ver, para cada lado que virasse, apenas via a grossa névoa, por entre as árvores do quintal, na rua a metros da porta, a toda volta.

Pude sentir a minha Homiclofobia. Não se podia ver o céu dali, parecia que eu estava em uma jaula. Meu café da manhã começou como um evento silencioso, até virar um quase desastre.

— Bom dia, Kayra! - Cumprimentou Billy, oferecendo uma xícara de café. — Seth irá te acompanhar para a aula hoje. - Foi em direção a frigideira no fogo.

— Bom dia, Billy. Vou arrumar minhas coisas então. Obrigada pelo café. - Agradeci com a xícara em mãos, voltando para o quarto.

Troquei de roupa rapidamente, como não possuía ainda o uniforme, coloquei a roupa preferida de quinta-feira: o moletom da equipe de torcida - de minha antiga escola.

Terminando de me trocar, ouvi a chegada de Jacob e de mais alguém, uma vibração tão boa, uma sensação de familiaridade seguia essa pessoa.

Voltei para a cozinha e lá está, Jacob, Billy e a garota.

— Jacob, está é sua prima Kayra, ela irá morar aqui agora. - Billy apresentou-me a ele.

— Oi, Kayra, seja bem-vinda a Casa dos Black. Lembro vagamente de você, uma bebê chata e chorona. - Responde Jacob, estendendo a não para um aperto, acompanhado de um sorriso de deboche.

— Esta é Renesmee, namorado do Jacob. - Continuou Billy com as apresentações.

Estendi minha mão para a garota, que aguardou por alguns segundo antes de apertá-la.

— Seja bem-vinda a Reserva de Lá Push.

Seu aperto me fez sentir uma ligação muito forte com ela, como se pudesse sentir o que sentia, e ela está triste.

— Obrigada. Você também mora em La Push? - Perguntei vendo a diferença notável entre os moradores da reserva e a garota.

— Não, ela mora entre a reserva e Forks. - Respondeu Jacob pela garota.

— Entre? - Indaguei procurando mais detalhes.

— Mais precisamente a dez km da reserva e uns doze de Forks. - Jacob novamente respondeu por ela.

— Mora há muito tempo pelos arredores? - Continuei a conversa esperando respostas vindas da garota, e não de meu primo.

— Desde que nasci. - Finalmente ela respondeu.

Antes que pudesse continuar a conversa, Seth bateu na porta à minha procura.

— Vamos Kayra, logo começa a aula. - Disse, me apressando.

— Até mais. - Despedi de todos, pegando minha mochila.

Saí sem perceber que não estava vestindo algo quente, e ao me dar conta, voltei para casa buscar meu parka cinza. Billy não estava mais na cozinha, e pude ouvir Jacob e Renesmee discutirem na sala.

Atravessei a cozinha e o corredor em direção ao meu quarto, peguei meu casaco e ao sair olhei pela porta do quarto de Jacob, que está entre aberta. Renesmee não estava mais lá, apenas Jacob, sentado na cama com a cabeça baixa.

— Ela vai embora não é? - Pergunto sem fazer a menor ideia de como sabia.

— Não é da sua conta Kayra, você já deveria estar na escola. - Respondeu Jacob rudemente.

— Está cedo, não vou me atrasar, posso tentar falar com ela, se quiser.

— Muito gentil da sua parte, mas é bem mais complicado do que parece. - Respondeu cabisbaixo.

— Kayra, vamos nos atrasar. - Gritou Seth, parado à porta.

— Vá Kayra, depois conversamos. Boa aula. - Jacob fechou a porta do quarto.

Agradeci, sabendo que era inútil continuar e discutir, precisava entender o que estava acontecendo com Renesmee antes de tentar fazer algo. Vesti meu casaco - que me fazia parecer uma astronauta sem capacete - e sai para a chuva, fria e fina. Chuviscava o suficiente para me molhar se não andasse rápido. A escola não era muito longe de casa, o barulho das galochas eram irritantes, mas era inevitável já que haviam poças de lamas para todos os cantos. Senti falta do barulho do cimento embaixo de meus pés enquanto caminhava.

Caminhamos em passos rápidos, estava com pressa de sair das gotas de chuva e névoa molhada que se prendia a meus cabelos por baixo do capuz do casaco. Chegar a escola não foi difícil, caminhamos por entre a floresta por pouco mais de um quilômetro, e apesar de nunca ter estado lá, o caminho me parecia familiar. A escola ficava como a maioria das coisas ali, escondido entre árvores e musgo. Havia um grande letreiro na entrada com os dizeres:

Escola Tribal Quileute
Quillayutes Filhos do Lobo.

Parecia um grande barracão, com tábuas deitadas pintadas de vermelho, haviam tantas árvores e moitas que mal pude perceber o seu tamanho de início.

Onde estavam as cercas e detectores de metais, do qual estava acostumada? Ou então os carros dos alunos estacionados no pátio? Parei em frente a uma sala com uma pequena placa que dizia secretaria, e respirei fundo antes de abrir a porta.

Obs: Capítulo Revisado.

Continue Reading

You'll Also Like

211K 13.2K 22
Love Alioth Mikaelson nasceu com um defeito que fez a família de certa forma excluir a garota, ela era muda e humana de mais. Mas ela teve a certeza...
1.2M 74K 77
De um lado temos Gabriella, filha do renomado técnico do São Paulo, Dorival Júnior. A especialidade da garota com toda certeza é chamar atenção por o...
204K 8.9K 55
E se Hayley e Klaus tivessem outra filha além de Hope e se essa filha fosse a rejeitada por ser companheira de seus tios. E se ela fosse mais do que...
81.1K 8.3K 14
" Infantilismo: Condição em que há uma persistência de um adulto em manter certas caracteres morfológicos, sexuais ou psicológicas normalmente encon...