A Pretensão dos Cavaleiros

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O humilde Vilarejo Erban do Reino de Asmabel passou pela mais produtiva das primaveras e a adolescente Eurene... Περισσότερα

| APRESENTAÇÃO |
- Mais Um Belo Dia em Asmabel -
- Tal Mãe Tal Filha -
- O Confeiteiro Enfermo e Seus Desejos -
- O Debate dos Confeiteiros -
- Pães, Bolos e Tortas -
- A Coroa e o Cajado -
- O Respeitado Rei de Vordia -
- O Conto do Primeiro Cavaleiro -
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- Um Confortável Moinho -
- O Filho Esquisito e o Filho Estúpido -
- Um Trabalho Muito Honesto -
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- Hora de Uma Nova História -
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- A Incontestável Crença Alial -
- Uma Proposta Tentadora -
- As Crianças Sem Rumo -
- O Mendigo Caridoso -
- A Trapaça dos Competidores -
- Um Norsel, Um Trenó e Um Punhal -
- Harmonia Mágica e Natural -
- A Fabulosa Cidade de Asmabel -
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- Desavenças na Estalagem -
- Solidariedade e Consequências -
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| COMENTÁRIOS |
- Florescer de Sentimentos -
- O Bondoso Rei de Asmabel -
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- A Fúria do Príncipe -
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- O Terceiro e Quarto Teste -
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| COMENTÁRIOS |
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- A Sagrada Árvore Alial -
- O Quinto Teste -
- Um Comandante Imprestável -
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- Uma Batalha Feroz -
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- Um Ressentimento Profundo -
- As Baixas da Batalha -
- O Duvidoso Destino do Reino -
- Juramento de Lealdade -
- O Filho Indeciso e o Filho Inútil -
- Um Beijo de Despedida -
- A Partida da Cidade de Asmabel -
- O Recomeço dos Ejions -
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- O Jantar Real -
- Uma Coroação Ilegítima -
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- As Rivalidades dos Nobres -

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Metade da quantidade total de alimentos produzidos nesta última estação de primavera, esta é a ordenança de Sua Majestade, o Rei Valandir de Vordia. Os produtos devem ser transferidos em carruagens de acordo com a preferência do emissor e serão entregues próximo à Fronteira Tortuosa. Duas semanas é o tempo fornecido para que a negociação seja completa; caso contrário, poderá haver consequências severas para os moradores do Vilarejo Erban de Asmabel. Além disso...

— Absurdo! 

Malfen imediatamente saiu de seu transe mental quando o homem bateu fortemente o punho na mesa. Abriu os olhos e em um segundo estava de volta ao aconchegante escritório do Senhor Erban. 

— Metade da quantidade total de alimentos produzidos — o homem analisou enfurecido. — É inacreditável a ousadia desse reizinho vordiano!

O Senhor Erban já havia acordado de mau humor nesta manhã mas agora sua insatisfação alcançou o mais alto dos níveis. O governante do vilarejo era um homem gordo de cabelo cuidadosamente penteado para trás. Ao contrário dos demais moradores, ele sempre usava cores simples em seus paletós devido seu desagrado com cores exuberantes. 

Na verdade, seu gosto rústico era evidente por toda sua grande residência. O escritório em que ambos estavam era diariamente limpado e polido. As estantes repletas de livros não apresentavam nenhuma teia de aranha e a lareira estava cheia de madeira pronta para ser queimada. Potes de tinta e rolos de papel estavam espalhados pela lustrosa mesa e uma garrafa de vinho mantinha metade de seu líquido. 

Após uma sutil melhora de humor, ele virou-se para sua mesa diante de uma janela fechada e sentou-se folgadamente em sua larga cadeira. 

— Quem foi o andor emissor da mensagem? — ele perguntou enquanto servia-se de uma taça.

— Omiran, o próprio Andor Conselheiro do Rei — respondeu Malfen obedientemente. 

— Há! Aquele velho bajulador? Nada de anormal. Depois de tantos anos de sua nomeação ele ainda continua lambendo as botas de Valandir. 

— Ora, lamber as botas dos nobres não é uma das obrigações dos andors conselheiros?

A tentativa de fazer seu nobre senhor rir não foi bem sucedida. Ao invés de risos, Erban lançou-lhe um olhar de reprimenda.

— Então você lambe minhas botas? Todos os elogios a mim não passam de falsidades e bajulações? — Erban inclinou-se sobre a mesa para encará-lo. 

— Claro que não, meu nobre senhor. 

Para os asmabelianos, mentir e omitir a verdade eram escolhas totalmente diferentes. 

Mas Malfen não era apenas um asmabeliano comum, ele era um andor. Devido à isso, seu comportamento e sua aparência deviam ser coerentes com as de um leal andor conselheiro. Ao contrário dos demais moradores, sua vestimenta devia ser a mesma todos os dias. Suas vestes não passavam de um roupão fino levemente branco que iniciava-se em seus ombros e estendia-se até abaixo dos joelhos. Uma calça marrom cobria suas pernas e botas de couro cobriam seus pés. Ombreiras e longos braceletes eram de couro marrom e um grande cinto elevava-se até a altura de seu umbigo. Além das roupas, havia outra coisa que o identificava definitivamente como um andor, seu bastão. 

— E pensar que essa primavera foi uma das mais férteis que já vivi nesse humilde vilarejo — Erban comentou enquanto degustava seu vinho. 

— Então o senhor considera atender ao pedido do Rei Valandir? 

— Está louco?! Quando eu estiver morto eu me submeterei às ordens dele. Nem mesmo se estivéssemos com trinta armazéns cheios eu não lhe daria um único grão. Jamais o obedeceria sob ameaça alguma. Ele não é meu rei. Nem o seu. Portanto pare de chamá-lo de "Rei Valandir".

Abaixar os olhos e anuir com a cabeça foi a única reação que Malfen achou adequada a fazer, já que acabara de ser proibido de bajulá-lo. 

— Você é um bom conselheiro, Malfen. Mas está se tornando monótono essa sua obediência. Você está pensando muito como um andor e pouco como gente. 

Ofendido ou não, Malfen poupou-se a não insistir no assunto. 

— Então... que mensagem devo enviar como resposta às ordenanças de Valandir? 

— Mmm. — O governante folgou-se ainda mais em sua cadeira e alisou as pontas de seus finos bigodes. — Diga que não cederemos às suas ordens. Diga que, se o rei deles achar de acordo, estaremos dispostos a trocar alimentos por prata, sendo moedas ou não. Essa é a oferta que eu os faço.

— Pensei que não estava disposto a aceitar qualquer negociação, senhor. 

— Pois você não me interpretou bem, Malfen. Estou disposto a negociar se sairmos no lucro. Não percebe? Se o próprio rei está suplicando que lhe enviemos alimentos, é porque sua rica cidade não deve estar indo bem das coisas. 

— Acho muito improvável essa situação, meu senhor. Primaveras têm sido muito benditas para os vordianos, não só em sua cidade mas também em seus vilarejos. 

— Vilarejos? Fábricas exploradoras você quer dizer.

— Ora, se são fábricas ao invés de vilarejos, logo eles vêm a ser mais produtivos, não? Como pode afirmar que uma primavera abençoada como essa está sendo infértil para Vordia?

— Vejo que sua afeição pelos vordianos está acima do tolerável. — O homem adiposo encheu novamente sua taça de vinho. — Muito bem, vamos tomar como corretos seus pensamentos. Qual explicação você me daria para o envio dessa mensagem absurda? 

— O Rei Valan... — O andor corrigiu-se antes de cometer o mesmo erro novamente. — O Rei de Vordia pode estar, através dessa mensagem, tentando fazer uma aliança comercial com o nosso valoroso vilarejo. Isso não seria possível?

— Através de ameaças? Impossível. Valandir é orgulhoso demais para se interessar amigavelmente por um lugar pequeno como este. Além do mais, Asmabel e Vordia sempre foram inimigos, você sabe disso.

— Não permita que o passado impeça as possibilidades do futuro, senhor. 

— Não é de seus conselhos que preciso agora, Malfen. 

— É claro. 

— Omiran disse que poderemos sofrer consequências severas se caso recusarmos atender as ordens de seu rei. Por acaso isso seria uma atitude amigável de acordo com a Crença Alial? Como pode ver, os interesses desse perverso tirano não passam de riqueza, autoridade e poder. 

— Mas não seriam esses os propósitos destinados a um rei?

Erban parou o movimento que levaria a taça até sua boca. Seus olhos miúdos viraram em encontro aos do andor em pé na frente da mesa. Malfen não se viu disposto a usar as leis da Crença Alial para contradizer seu senhor. Viu que por mais que se esforçasse, não conseguiria mudar a opinião do decidido homem. 

— Se tenho sua licença — disse o franzino andor com uma leve reverência. —, vou agora mesmo responder a mensagem enviada de acordo com os termos que me instruiu. 

— Espere — O chamado caracterizou-se apenas por uma grave elevação no tom da voz. — Também quero que avise ao Rei Grival sobre isso. 

— Sobre o que exatamente se refere, senhor? 

— Sobre toda essa negociação ridícula. Envie uma mensagem para a Cidade de Asmabel e diga-os que Valandir está nos ameaçando. 

— Perdoe-me, mas seria realmente necessário avisar o nosso bondoso rei sobre uma situação que não passa de uma hipótese? 

— Eu digo que é necessário. Avise-o ainda hoje.

— Como quiser.

— Malfen — Antes de tocar na maçaneta, o andor virou-se novamente para atender ao chamado. — Por acaso sabe me dizer se minha carruagem está em ótimas condições de uso? 

— Creio que sim. O Senhor Enorius tem polido ela semanalmente. 

O governante não esboçou satisfação com a resposta lhe dada e tão pouco descontentamento, apenas gesticulou com a mão ordenando ao servo que se retirasse. Sem mais contradições, Malfen adiantou-se em deixar o escritório do governante. 

A casa era enorme, pode-se dizer que cinco casas normais caberiam em seu interior. Dois andares a constituíam, o andar de baixo era permitido aos visitantes do vilarejo que poucas vezes ousavam entrar na respeitada residência. Geralmente as visitas eram relacionadas aos interessados em adquirir livros da única fonte de conhecimento do vilarejo. Já o andar de cima era acessível somente ao nobre governante. Lá ele desfrutava de seu escritório onde contabilizava toda a produção de cada estação, permanecia horas em seu aconchegante banheiro e dormia largamente em seu cômodo quarto. 

À medida que aproximava-se da porta de saída, o andor cumprimentava as lavadeiras e cozinheiras que trabalhavam diariamente para manter a residência o mais limpo possível. 

Logo ao sair, deparou-se com um vilarejo movimentado em plena tarde. Ora, esse era o horário que novos pães recém assados saíam do forno na Padaria de Eugus. Quando avistou uma leve movimentação na entrada do conhecido estabelecimento, Malfen lembrou-se que havia dias que não comia um chamativo pão coberto de açúcar no fim de uma ensolarada tarde. Assumiu que sua missão poderia esperar alguns poucos minutos que gastaria durante uma doce degustação.

O ar do local estava calmo e uma senhora saboreava um pedaço de torta com chá em uma das mesas redondas próxima à parede. O balcão estava convidativo aos olhos pois exibia tortas e doces de diversos sabores através do espelho. Ele logo notou que os produtos não eram os mesmos de três ou quatro semanas atrás. Talvez a ausência de Eugus possa ter sido benéfica para os negócios, pensou Malfen vendo o desejo que sentia perante àquelas sobremesas. 

— Você parece espantado com o que vê na vitrine, Malfen. — Eurene estava sentada em uma das mesas ao lado do andor que até então permanecia imóvel fitando os doces. 

— Eu?

— Bom, só tem você olhando para as tortas aqui. 

— Ah, sim. Eu estava olhando para elas, sim. 

— E então? Ficou mesmo espantado? 

— Espantado?

— Isso. Por acaso se decepcionou por ver ali tortas ao invés dos pães coloridos e bolos que a minha mãe fazia? Eu sei, eu também não concordei muito com a ideia no início. 

O homem franzino apenas observava e ouvia o que a garota dizia ao seu lado. Por algum motivo o raciocínio havia fugido de sua mente naquele momento. 

— Qual torta vai querer levar, Malfen? 

O andor imediatamente virou-se para o balcão ao ouvir a pergunta de Eugus. 

— Torta? Han... eu não sei ainda. 

— Ele esperava encontrar pães, pai. 

— Ah, isso não me surpreende. Quase todos que vieram aqui desde que reabrimos a padaria disseram a mesma coisa. Se não me engano, você não havia vindo aqui até então. Não é, meu caro Malfen? — O confeiteiro abriu um sorriso. 

— Não. Creio que eu não estaria surpreso se já tivesse vindo aqui antes. 

— Então saiba que você é o último morador deste vilarejo a vir aqui. Todos já vieram nos prestigiar. Até mesmo a Senhora Lolene, pode acreditar? 

— Que inesperado. — Malfen estava ciente da suposta rivalidade entre Eugus e Lolene já que ambos eram donos de padarias. Não somente por isso, era sua função como andor estar informado das mínimas e insignificantes coisas que aconteciam no vilarejo. 

— Vi que você estava apressado, Malfen — disse Eurene. — A nossa padaria realmente deve ser a melhor desse lugar para ter lhe feito deixar sua obrigação de lado. 

— Ah, não, minha cara — respondeu o andor educadamente. — Não deixei minha obrigação de lado. Na verdade, vou levar a torta que estou prestes a comprar e comer em minha humilde torre enquanto envio minha mensagem para a Cidade de Vordia. Ou melhor, a mensagem do Senhor Erban. 

— Para a Cidade de Vordia? Que mensagem é essa? — indagou Eurene evidentemente curiosa. 

— Esses assuntos — Eugus adiantou-se em voz alta antes do andor responder alguma coisa. — , com certeza não é de nosso interesse. Não é mesmo, filha? 

O olhar que o pai lhe lançou foi suficiente para fazê-la entender que deveria parar por ali sua curiosidade. Malfen não demorou em escolher o que levaria da loja. Preferiu evitar o desconhecido e comprou apenas alguns doces na qual já estava familiarizado com seu sabor. 

Logo, ele apanhou seu bastão e dirigiu-se para sua pequena torre de três andares que encontrava-se um pouco mais a frente da primeira casa que compunha o vilarejo. Era comum que as torres dos andors estivessem adiante dos vilarejos mantendo a função de anunciar sua entrada. Além das demais obrigações que um andor conselheiro exercia. 

Andors eram os indivíduos conhecidos popularmente como mágicos em Aradus. Mas, por sua vez, os próprios andors sempre repudiaram serem chamados por essa denominação, tendo em vista que os que se entitulavam mágicos de verdade não passavam de meros mortais brincando com luzes e fumaça colorida. Os andors eram diferentes, sua habilidade mais conhecida era a comunicação mental entre seus próprios indivíduos. Alguns costumavam dizer que esse teria sido o motivo que levou os reis a tomarem esses seres como seus mensageiros e posteriormente como seus conselheiros. Ora, nunca havia existido um andor que não possuísse o dom da sabedoria na história dos três Grandes Reinos. 

Como poderia um homem sair do ventre de uma mulher dotado das funcionalidades do mundo? Essa era uma curiosidade constante que Eurene e seu irmão Devin possuíam. Nem mesmo seus pais souberam lhe responder essa pergunta e isso só aumentava ainda mais sua curiosidade. Malfen nunca revelava muitos detalhes sobre seu passado para os gentis moradores, tão pouco para as curiosas crianças. Ninguém saberia dizer se o homem havia prestado algum juramento de omissão ou se simplesmente não gostava de abordar o assunto. Mas, sendo o assunto esclarecido ou não, a falta de conhecimento apenas despertava o interesse dos moradores sobre a realidade do mundo em que viviam. Esse fato aplicava-se principalmente aos mais jovens que por sua natureza eram mais ousados e curiosos.

Dentro do conforto de sua torre, Malfen recitou as palavras que o Senhor Erban lhe instruiu e com suas habilidades as enviou mentalmente para o homem que certamente era o mais adequado de recebê-la. 

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