Destinos Cruzados || Henry Ca...

By ingridautora

80.3K 6.1K 763

Allison Williams sofreu uma perda devastadora. Sem o apoio do homem que amava, ela tinha apenas a sua irmã Ka... More

Book Trailer
Prólogo
Capítulo 1 - Allison
Capítulo 2 - Kate
Capítulo 4 - Nick
Capítulo 5 - Allison
Capítulo 6 - Ian
Capítulo 7 - Allison
Capítulo 8 - Ian
Capítulo 9 - Allison
Capítulo 10 - Nick
Capítulo 11 - Ian
Capítulo 12 - Allison
Capítulo 13 - Ian
Capítulo 14 - Helena
Capítulo 15 - Allison
Capítulo 16 - Ian
Capítulo 17 - Allison
Capítulo 18 - Allison
Capítulo 19 - Ian
Capítulo 20 - Helena
Capítulo 21 - Helena
Capítulo 22 - Ian
Capítulo 23 - Allison
Capítulo 24 - Allison
Capítulo 25 - Ian
Capítulo 26 - Allison
Capítulo 27 - Helena
Capítulo 28 - Ian
Capítulo 29 - Ian
Capítulo 30 - Olívia
Capítulo 31 - Ian
Capítulo 32 - Ian
Capítulo 33 - Allison
Capítulo 34 - Ian
Capítulo 35 - Ian
Capítulo 36 - Allison
Capítulo 37 - Helena
Capítulo 38 - Allison
Capítulo 39 - Ian
Capítulo 40 - Allison
Capítulo 41 - Ian
Capítulo 42 - Allison
Capítulo 43 - Ian
Capítulo 44 - Allison
Capítulo 45 - Allison
Capítulo 46 - Ian
Capítulo 47 - Allison

Capítulo 3 - Allison

2.2K 181 30
By ingridautora

 Nove anos depois

Quando cheguei à Nova Iorque, estava pronta para assumir as responsabilidades financeiras da confeitaria da minha tia Eliza, e foi o que fiz. Ela insistiu que era importante que eu tivesse alguma noção de confeitaria, para garantir que tudo estava funcionando como devia. Ela me ofereceu cursos de culinária, a maioria focada na parte de doces e confeitos, e eu concordei sem entender exatamente o propósito daquilo, mas sempre gostei de cozinhar e era ela quem estava pagando. Se não fizesse bem, mal também não faria.

Ao longo dos meses, tia Eliza aparentava estar mais fraca do que eu jamais lembrava de tê-la visto. Eu imaginava que fosse apenas pela idade, afinal, ela já não era mais uma garotinha e cuidou dos negócios sozinha por tempo o suficiente para aquilo se tornar algo extremamente desgastante. Eu não estava errada a respeito do trabalho tê-la desgastado, mas logo descobri que a aparência doente de tia Eliza era causada por um câncer no pâncreas. Quando ela descobriu, ele já tinha progredido demais, não havia absolutamente nada a se fazer. Ela, ao contrário de mim, sabia disso quando me convidou a cuidar da parte financeira da confeitaria.

O objetivo dela era deixar a loja com alguém que ela confiava incondicionalmente. No seu testamento, ela deixou a loja, uma casa e uma boa quantia em dinheiro em meu nome. Também garantiu que Kate e Olívia estivessem financeiramente amparadas, além do dinheiro que tinha deixado para mim. Tia Eliza nunca teve filhos, eu e Kate éramos o mais próximo disso que ela conhecia, então não foi exatamente uma surpresa quando ela tomou essa decisão. Éramos a família que lhe restava, além da nossa mãe que nunca demonstrou interesse pelos bens materiais dela.

Tia Eliza tinha construído uma pequena fortuna com seus doces. Eu não me surpreendi pelo fato dela ter deixado uma herança para nós três. Me surpreendi com o fato de ter sido uma herança gorda. Tinha se tornado uma mulher inacreditavelmente rica, mas vivia com simplicidade, ainda que de maneira bastante confortável.

Kate veio morar comigo pouco tempo depois de ter terminado a faculdade. Uma amiga de longa data de tia Eliza, em Nova Iorque, entrou em contato com Kate, convidando-a pra trabalhar no hospital dela. Aparentemente, a diretoria do hospital sentiu-se inclinada a contratá-la, depois de verificar suas excelentes referências. Kate, obviamente, não pensou duas vezes antes de largar tudo no Arizona e vir ficar conosco.

— Kate, estamos indo! – gritei do andar de baixo. – Tem certeza que não quer que eu espere você?

— Tenho, sim. – Kate apareceu no topo das escadas com uma careta – Esse caso está sendo complicado pra equipe inteira. Estou completamente atolada em estudos clínicos relacionados a ele, tentando encontrar uma solução.

—Eu não entendi nada do que ela acabou de dizer... – Olívia falou com um suspiro, eu ri.

—Tia Kate está completamente cheia de coisas chatas de adultos para fazer – expliquei e Liv soltou um "Ah, sim...", que me fez rir outra vez.

— Tento encontrar vocês mais tarde, se conseguir algum progresso. Pode ser? – Kate sugeriu e Liv ergueu os polegares e ofereceu-lhe um sorriso enorme – Minha garota!

— Tudo bem, estamos indo então – falei jogando um beijo pra ela. – Até mais tarde.

— Até! – ela falou com um suspiro. – Guardem um cupcake pra mim!

— Sem chance! – Liv gritou já do lado de fora e eu ri.

Olívia Harriet Williams. Minha filha.

Desde que ela entrara em minha vida, Olívia tinha sido a minha grande fonte de alegria e contentamento. Havia dias mais difíceis, especialmente no começo. Mesmo em outra cidade, em outra casa, em outro emprego, a dor da minha perda ainda me machucava como se tudo tivesse acabado de acontecer. Depois desses anos todos, ainda doía. A dor não me afetava como antes, não me paralisa, não me debilita. No começo, havia dias em que eu, literalmente, me forçava a levantar da cama por Olívia, mesmo que por dentro eu me sentisse despedaçada. Kate estava certa, eu precisava de uma ajuda profissional e foi o que procurei, assim que consegui me estabelecer em Nova Iorque.

A terapia foi fundamental para mim, mas era Olívia a minha maior motivação para ser melhor a cada dia. Aquela menininha precisava de mim, mais do que qualquer pessoa nesse mundo, e eu me comprometi com ela desde o momento que a peguei e levei para minha casa, para a minha vida. Olívia salvou a minha vida, conseguiu curar a as feridas na minha alma, mesmo que elas ainda doessem, às vezes. Eu podia dizer que era feliz e minha filha era um dos maiores motivos para isso, sem sombra de dúvidas.

Ela cresceu e se tornou uma criança linda, por dentro e por fora. Seus cabelos tinham um tom de castanho que, por acaso, lembravam muito os meus. Os olhos tinham um tom de azul elétrico, tão claro que eu quase sentia como se conseguisse ver o céu neles. Mesmo com esse tom de azul, tão claro, era fácil notar (para quem olhava com bastante atenção) que havia salpicos castanhos em suas írises. As maçãs de seu rosto eram cheias e ela tinha o sorriso mais lindo do mundo. Eu era totalmente apaixonada por ela, meu pequeno raio de sol.

Hoje era sábado, dia de piquenique no Central Park. A confeitaria exigia muito do meu tempo e Liv costumava ser uma criança extremamente compreensiva em relação a isso. Muitas vezes, depois da escola, passava o dia na loja pra que pudéssemos ficar juntas, mas combinamos que todos os sábados faríamos um piquenique no Central Park, para compartilhar um tempo saudável entre mãe e filha.

— Onde essa menina aprendeu a ser gulosa assim? – Kate falou enquanto subia as escadas, com uma careta, enquanto eu saía de casa.

— Tchau, Kate – falei rindo e fechando a porta, seguindo em direção ao carro.

— Vamos lá, Sirius – Liv falou entrando no carro e rindo quando o cachorro pulou no banco de trás logo depois dela.

— Bom menino – elogiei o cachorro que batia sua cauda alegremente no banco traseiro do carro, ao lado de Liv.

Coloquei a cesta de piquenique no banco do carona, dei a volta no carro e entrei pelo lado do motorista. Dei a partida e fomos em direção ao Central Park. Liv conversava alegremente com Sirius no banco de trás, falando sobre o dia que teríamos e como iriam brincar.

— Desse jeito o cachorro não aguenta – ri olhando-a pelo retrovisor.

— Claro que aguenta, mamãe. – ela falou coçando atrás da orelha dele e sorrindo. – Eu sempre canso primeiro, não é, Sirius? – ela perguntou recebendo um latido em resposta. O rádio estava ligado e, assim que as primeiras notas de 'Wannabe' começaram a tocar, ela se animou.

Kate dizia que Liv tinha alma de velho, já que menina gostava de tudo o que era fora da sua época. Kate e eu adorávamos as Spice Girls desde a adolescência, mas, depois que a febre passou, nós também não nos incomodamos mais em seguir as notícias sobre elas. O ponto é que, aparentemente, Liv parecia ter se tornado obcecada por artistas dos anos noventa, há algum tempo.

— Eu adoro essa música! – ela bateu palminhas no banco de trás e eu ri. – "If you wannabe my lover, you gotta get with my friends..."

"Make it last forever, friendship never ends..." – cantei junto com ela, rindo da reação que ela tinha toda vez que ouvia aquela música. Continuamos a cantar enquanto eu dirigia.

O Central Park não era muito longe da nossa casa, então foi só o tempo da música terminar e nós já estávamos chegando. Olívia performava ao lado de Sirius, com direito a um microfone invisível e um suave remelexo de seus ombros. Não rir era uma missão impossível.

Quando a música terminou, ela estava elétrica e eu não conseguia parar de rir

— Vou te inscrever no America's Got Talent – falei rindo.

— Mamãe, você não ia querer uma filha famosa – ela falou com um suspiro enquanto colocava a coleira em Sirius. – Você não gosta de me dividir nem com a tia Kate.

— Você está completamente certa! – falei saindo do carro e dando a volta no veículo. Peguei a cesta no banco do carona e abri a porta de trás, vendo Liv soltando o cinto de segurança – Você é o meu bebê – falei aproximando meu rosto do dela e dando um beijo em sua testa. Liv rolou os olhos, apesar de sorrir, e eu acabei recebendo uma lambida de Sirius, que se colocou entre nós duas.

— Sirius também é ciumento – ela observou, fazendo carinho no cachorro, que inclinava levemente a cabeça, demonstrando apreciar o carinho recebido. Eu me virei pra ele.

— Ok, Sirius – suspirei vencida. – Você é meu bebê cão! – beijei o espaço entre seus olhos e sorri – Agora vamos, acho que ele precisa esticar as pernas. – falei abrindo espaço pra que ele descesse e Liv veio logo atrás, segurando sua coleira.

Entramos no parque e procuramos um bom lugar para colocar nossas coisas. Não havia muitas pessoas por ali e conseguimos um bom espaço à sombra de uma árvore. Arrumei a toalha e algumas coisas que levei na cesta, enquanto Liv brincava de jogar a bolinha para Sirius buscar.

— Não vá para longe! – pedi e Liv sorriu pra mim, fazendo que sim com a cabeça. Fiquei sentada, comendo tranquilamente enquanto assistia Liv correndo e brincando alegremente com Sirius. Em certo momento, decidi pegar um livro que vinha tentando terminar de ler há semanas.

Estava completamente imersa na leitura, quando fui surpreendida por um pug, pulando em meu colo, arfando como se tivesse acabado de correr uma maratona.

— Mas o que... – olhei confusa para o cachorro em meu colo, com a língua pra fora.

Deixei o livro de lado e acariciei a orelhinha do cachorro, que ainda estava esbaforido sobre minhas pernas.

— Mamãe! – Liv correu até mim com Sirius bem atrás dela. – De onde veio esse cachorrinho? – ela perguntou, abaixando-se e acariciando seu pelo curto. – Podemos ficar com ele?

Ri com o pedido, já prevendo-o antes mesmo dela verbalizar suas intenções.

— Liv, ele provavelmente tem dono – sorri olhando pra ela. Se dependesse da vontade de Liv, não teríamos mais espaço para humanos dentro de casa. Seria tudo apenas pros bichos. – Vamos ver essa coleira... – falei alcançando o pingente em formato de osso que estava pendurado em sua coleira. – Hum... Nacho! – falei olhando pra ele, vendo suas orelhas se erguerem em reconhecimento ao nome. – Algo me diz que você é um rapazinho fujão – ri balançando a cabeça. Sirius o cheirava de longe, com certa desconfiança, mas foi relaxando conforme Liv fazia carinho em suas orelhas ao mesmo tempo que acariciava as costas de Nacho.

— Oh, Deus... Sinto muito! – ouvi uma voz masculina atrás de nós. – Nacho, isso não foi legal! – o homem continuou se aproximando de nós.

Virei-me pra olhar e deparei-me com o tal homem caminhando até nós.

Ele era alto, loiro e tinha o olhar de quem estava em apuros.

— Tudo bem? Espero que ele não tenha feito nenhuma bagunça – o desconhecido sorriu como quem se desculpava.

— Trabalho nenhum – falei sacudindo a cabeça e ele riu. – Na verdade, acho que ele correu tanto que parou antes de fazer qualquer bagunça – ri fazendo carinho na cabeça do pequeno pug.

— Eu juro que, normalmente, ele se comporta muito bem – o homem defendeu o animalzinho – Mas creio que um passeio em um lugar tão espaçoso, tenha sido emoção demais para um cachorro criado no espaço limitado de um apartamento.

— Ah, agora faz sentido! – sorri – Ah, é o seu filho? – perguntei, referindo-me ao menino loiro em seu colo.

— Ah, sim! – ele respondeu olhando o garoto com um sorriso imenso. – Esse é o Odin. Eu sou Nick – Nick sorriu, simpático, estendendo a mão pra mim. Apertei-a sorrindo.

— Essa é minha filha, Olívia – falei sorrindo e apontando Liv, que também sorria enquanto acariciava os pelos de Sirius e Nacho – Esse é o nosso cachorro, Sirius.

— Sua filha é linda! – ele continuou sorrindo e estendeu a mão pra ela. – Prazer em conhecê-la, Liv. Um lindo cachorro também.

— Obrigada! Ele também é muito comportado! – Olívia contou, com o orgulho de uma verdadeira mãe de pet, apertando a mão de Nick delicadamente.

— Acho que seu filho gostou do Sirius – ri ao ver o menino se esticando pra alcançar o cachorro preto, sorrindo quando finalmente conseguiu.

— Desculpe, não quero incomodar vocês – Nick falou com educação – Nacho já aprontou bastante.

— Não incomoda – respondi sincera. – Por que não senta conosco? Trouxe comida suficiente para um batalhão, garanto! – confessei rindo.

— Tem certeza? – Nick sorriu e eu sorri de volta.

— Claro! As crianças podem brincar com os cachorros e nós podemos comer – falei apontando a cesta de piquenique com o polegar – Duvido que o seu cachorro fuja mais uma vez.

Nick pareceu pensativo e indicou o livro, que agora estava largado ao meu lado, com o queixo.

— Não vou atrapalhar mais a sua leitura?

Olhei pra o livro e, em seguida, para ele. Dando de ombros e sorrindo despreocupadamente.

— Posso terminá-lo em outro momento.

NOTAS FINAIS:

E então, o que estão achando da história até aqui? Olívia cresceu, Allison e Kate estão se dando bem na vida. O que será que vem por aí? 🤔👀

Continue Reading

You'll Also Like

279K 32.8K 33
𝐋𝐈𝐓𝐓𝐋𝐄 𝐎𝐋𝐃𝐄𝐑┃Após a morte dos seus pais, Eliza Swan foi acolhida por seu irmão mais velho, Charlie, e desde então, foi morar com o mesmo e...
1.4M 80.6K 79
De um lado temos Gabriella, filha do renomado técnico do São Paulo, Dorival Júnior. A especialidade da garota com toda certeza é chamar atenção por o...
108K 6.6K 50
'𝘝𝘰𝘤𝘦̂ 𝘦́ 𝘢 𝘱𝘰𝘳𝘳𝘢 𝘥𝘢 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘱𝘦𝘳𝘥𝘪𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘔𝘢𝘳𝘪𝘢𝘯𝘢.'
588K 29.3K 92
(1° temporada) 𝑬𝒍𝒂 𝒑𝒓𝒊𝒏𝒄𝒆𝒔𝒂 𝒆 𝒆𝒖 𝒇𝒂𝒗𝒆𝒍𝒂𝒅𝒐, 𝑨 𝒄𝒂𝒓𝒂 𝒅𝒐 𝒍𝒖𝒙𝒐 𝒆 𝒆𝒖 𝒂 𝒄𝒂𝒓𝒂 𝒅𝒐 𝒆𝒏𝒒𝒖𝒂𝒏𝒅𝒓𝒐...