A Love Attached To Blood (REV...

By PoetaCJ

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Há séculos, ocorreu um novo avanço tecnológico na medicina, dando poder ao homem para criar novas raças de hu... More

Capítulo 01- Era uma vez
Capítulo 02- Faculdade
Capítulo 03- Primeiro dia
Capítulo 04- De novo?
Capítulo 06- Romeu e Julieta
Capítulo 07- Brigas e Preconceitos
Capítulo 08- Intesidade
Capítulo 09- Lembranças?
Capítulo 10- Desentendimentos
Capítulo 11- Festas
Capítulo 12- Vamos conversar
Capítulo 13- Perdão ou afastamento?
Capítulo 14- Estreia
Capítulo 15- Apenas amizade?
Capítulo 16- Encontro diferenciado
Capítulo 17- Quem é a fraca agora?
Capítulo 18- Problemas de montão
Capítulo 19- Dia tranquilo
Capítulo 20- Novidades e discussões
Capítulo 21- Colocando tudo à mesa
Capítulo 22- Cio atrasado
Capítulo 23- Fim do cio
Capítulo 24- Amigos loucos
Capítulo 25- Você me paga
Capítulo 26- Promessas
Capítulo 27- Minha ômega
Capítulo 28- Dois novos casais?
Capítulo 29- Agentes em ação
Capítulo 30- Explicações
Capítulo 31- Planos em prática
Capítulo 32- Fim
Capítulo 33- Traição e amor

Capítulo 05- Antisocial

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By PoetaCJ

Voltei pessoal! Vi que vocês bateram a meta e algumas pessoas me perturbaram bastante, então decidi voltar logo. Vi também que tem algumas pessoas reclamando das metas, bom, vocês escolhem, com metas há uma possibilidade de uma volta mais cedo e sem, eu voltou quando eu quiser.

Esse não irá ter metas e sem previsão de quando irei atualizar. 

Ps: Não fiquem disferindo palavras de ódio, isso só me faz ter menos vontade de atualizar, blz? Fica a dica.

Desculpem qualquer erro. Beijos e curtam esse capitulo que tá fofitio.

^_^

Lauren Jauregui Point Of Views

Acordei um pouco atordoada e com minha cabeça quase explodindo. Abri meus olhos lentamente, estranhando o local que eu estava. Franzi meu cenho e ergui meu corpo, com curiosidade de saber onde eu estava. Meus olhos vagaram pela sala até pararem em uma senhora que estava de costas para mim. Fiquei ponderando o que poderia ter me trazido até aqui, sendo nesse momento que senti uma pontada forte em minha cabeça, me fazendo grunhi de dor, chamando a atenção da tal senhora.

— Oh! Você acordou.-Virou o rosto em minha direção e continuou a mexer na caixinha de remédios, que tinha em cima de sua mesa. Ah! Aqui era a enfermaria.

— O que aconteceu?- Perguntei um pouco aérea e sem memoria alguma de como eu vim parar aqui. Minha cabeça e meu corpo estão doendo muito para me lembrar de algo a mais, desviando toda minha preocupação em minhas dores.

— Uma alfa te trouxe desmaiada até aqui.- Minha mente rapidamente relacionou essa informação a Camila e eu logo me agitei. Eu queria muito vê-la e agradecer por ter me salvado-mais uma vez-, mas me desanimei um pouco ao ver que ela não estava em lugar algum da sala.

— E onde ela está?- Perguntei eufórica e a senhora me olhou sorrindo. Me condenei mentalmente por ter parecido tão desesperada, nem eu mesma estava entendendo toda essa preocupação em vê-la, apenas... quero.

— Confesso que sua alfa é bem estranha, ela saiu sem dizer nada. Mas você tem bom gosto, ela é muito bonita.- Corei imediatamente, sentindo meu rosto queimar e meu coração acelerar.

Apenas o pensamento de pertencer aquela alfa me deixa assim, com anseios e, ao mesmo tempo com medo, pois, eu mau a conheço, nossas conversas nunca passaram de mais de 1 minuto e sempre estávamos em situações indesejáveis. Mas mesmo assim, ela ainda conseguiu a dadiva de me deixar suspirando pelos cantos ao lembra-la.

— Ela não é a minha alfa.- Falei com uma tristeza sem conhecimento. Por mais que não seria um sacrifício pertence-la, mas não a conheço, então não há sentindo para essa tristeza.

— Oh! Desculpe-me, eu pensei que...- Ela estava sem graça, então a interrompi enquanto me levantava da maca.

— Tudo bem, não precisa se desculpar.- Me apressei a falar, a senhora já estava ficando em coloração avermelhada, tamanha sua vergonha. Ela não tinha culpa, eu até queria que aqui fosse verdade. — Bom, obrigado por me ajudar. Eu posso ir para casa ou...- Indaguei ficando em expectativa, estava louca que ela me desse uma liberação para ir para casa.

Tudo que eu mais queria era minha casa e um remédio que me ajudasse a parar essa dor. Sem falar do fato daquela alfa ter falado comigo, tudo estava indo de mal a pior no meu dia.

— Sim, você pode ir para casa. Vou lhe entregar uma autorização e você entrega na secretaria da escola, justificando sua falta nos restantes das aulas, tudo bem?- Assinto freneticamente e sorri gentilmente, indo até uma gaveta que tinha em sua mesa, pegando um papel e assinando alguns dos meus dados.— Vou passar um remédio para você, esse acontecimento não foi nada demais, apenas teve uma queda de pressão, preciso apenas que se alimente direito e concilie suas afazeres, sua saúde é o mais importante.- Seu tom saiu firme como um sermão.

Eu assenti e abaixei minha cabeça envergonhada, me lembrei de quando era pequena e levava sermão da minha mãe por não tomar os remédios corretamente.

Por fim, ela me entregou o que disse, nos despedimos e segui até a secretaria com pressa. Quanto mais rápido corresse e entregasse o papel, mais rápido chegaria em casa e poderia deitar em minha cama e vegetar.

O mais angustiante, de tudo, é a imagem daquela alfa(que nem mesmo sei o nome), rondando constantemente em minha mente. Era como se sua mente estivesse pregando peças nela, querendo lhe dizer algo, era como se os traços, a forma de agir e falar daquela alfa lhe fosse familiar. Mas ela não tem lembrança de nada parecido a ela, tornando tudo mais confuso ainda.

Se tivesse a conhecido de algum lugar, com certeza lembraria de seu rosto, pois, ele possui traços marcantes, juntamente ao seu cheiro, que não se compara a nenhum outro alfa.

Chegando na secretaria, entreguei a autorização a ômega simpática e fui para meu dormitório, suspirando aliviada assim que meus músculos relaxaram. Esse era o terceiro dia e ela já se encontrava nessa situação. A falta da minha mãe e seus métodos de me fazer melhorar, já estava fazendo falta.

Ela sempre tinha um remédio para tudo e todos funcionavam, em menos de uma hora as dores já passavam e meu corpo estava firme e forte. Sem falar dos mimos que ela me fazia quando estava doente. Argh! Que saudades! Mas isso era necessário, eu precisava sentir controle da minha vida e me virar sozinha, afinal não iria depender deles para sempre.

Em suma, adormeci. A tarde se passou e só acordei quando ouvi barulhos na porta e uma figura alta e de cabelos pretos, entrar pela porta.

— Laur, ai está você. Ficamos preocupados, você não estava nos esperando na saída.- Normani disse parecendo alivia, enquanto caminhava até sua cama, sentando-a e tirando seus saltos.

Nem me dei o trabalho se me levantar, meu corpo ainda doía um pouco e meus sentidos estavam bem ruins.

— Desculpa não ter avisado, mas quando vocês saíram aconteceu muita coisa.- Assim que acabei de falar. Normani veio parar em um pulo em minha cama, me fazendo rir da sua curiosidade.

— O quê? Me conta, tem a ver com aquela Alfa gostosa?- Tirei o sorriso do rosto e fechei a minha cara, a maneria que ela relacionou aquela alfa dessa maneira me fez sentir muitas sensações estranhas em meu corpo e nenhuma delas eram boas.— Opa, acho que alguém aqui já gamou!!- Bufei e puxei o coberto para cobrir meu rosto, que devia está tomando uma coloração envermelhada nesse momento.

Eu odeio, simplesmente odeio, corar por tudo. Eu não, mas eu me sinto muito sensível a tudo. Poucas vezes eu sinto raiva, poucas vezes sinto ódio, sou muito calma, calma até demais. Sentimentos como tristeza, melancolia, alegria, comoção, aflição. Enfim, são sentimentos que me faz mais submissa a um alfa do que uma ômega normal.

Já tentei perguntar ao meu pai do porque disso e ela apenas me respondeu que sou especial, por isso sou mais sensível e várias outras coisas que achei muito sentido e sem coerência.

— Ah! Vamos lá. Me conta o que houve, Lo. Prometo não te sacanear, só te ouvir.- Diz dócil e serena. Normani é uma das amizades mais antigas que tenho, sempre fomos confidentes uma da outra, conversamos sobre tudo, até mesmo sobre coisas tão banais até as mais sérias e ela sempre tinha uma resposta e uma alternativa que me ajudasse. Ela é a ômega mais forte e empoderada que já vi, eu tenho muito orgulho dela.

Por fim, respirei fundo e tiro o lençol do meu rosto, me dando por vencida.

— Passei mal quando vocês saíram.- Ela arregalou os olhos e me olhou assutada, então tratei de me explicar, senão ela iria surtar.— Não surta! Sabe aquela alfa que estava que sempre, que você achou...gostosa.- Falei a última palavra um pouco contra gosto.

Ela franziu o cenho, desviando o olhar do meu por um tempo, ela estava ponderando, tenho certeza. Normani é muito previsível e às vezes a invejo por isso. Queria poder saber qual seria minha reação com respeito a tais assuntos, mas eu nunca sei, me sinto tão vulnerável por isso.

— Ah! Aquela que estava mais a Dinah?- Assinto timidamente, encolhendo meus joelhos e os abraçando, encostando meu queixo neles.— Quê que tem?

— Ela me ajudou, me levou para enfermeira.-Ela abre a boca e sua expressão denunciava sua surpresa. Minha mente viajou á horas atrás, a qual os braços daquela alfa estavam ao meu redor, enquanto seus olhos castanhos me fitavam preocupados. Fechei meus olhos e me deixei viajar nessa memoria, suspirando fundo ao sentir meu corpo formigando, como se seus braços ainda estivessem ao meu redor.

— Lauren?- Escutei a voz distante da Normani, me despertando do meu pequeno momento de delivre.— Você está bem?- Ela se aproxima e põem a mão sobre minha testa, verificando minha temperatura. Sorrio pela sua preocupação.

— Estou bem, Mani. Apenas com dor no corpo, mas nada que vá me matar. Talvez seja meu cio que esteja se aproximando, você sabe que eles são intensos.- Murmuro sonolenta, bocejando baixinho e deitando minha cabeça em meus joelhos.

— Por que não procura um Alfa para passa-lo com você? Diminuiria seu sofrimento em quase cem porcento.- Suspirei ao sentir suas mãos leves passando carinhosamente em meus cabelos, se ela continuasse assim, não demoraria muito para eu dormir ali mesmo.

— Ah! Mani, você sabe que não é tão simples assim.- Minha voz foi morrendo na metade da frase, acho que os remédios que a enfermeira passou estão começando a dá efeito.

Mas antes de me deixar cair completamente no sono, ouvi Normani soltar um longo suspiro junto com frases rápidas, mas que não entende muito bem.

— Tudo bem, Laur. Você pode complicar, mas eu não. Vou lhe ajudar com isso, amiga. Prometo!- Dito isso, adormeci.

(...)

Abri meus olhos lentamente, sentindo minha cabeça bem mais leve, mas ainda doía. Minha garganta também estava melhor, acho que tudo que eu precisava era descansar um pouco.

Ergui meu tronco da mão e me espreguicei, passando meus olhos por todo o quarto, sem encontrar a Mani em nem um lugar. Cocei meus olhos e coloquei minhas pernas para fora da cama, ficando parada por um tempo, pois, minha mente ainda estava um pouco lenta para processar tudo.

Bom, assim que me despertei um pouco, olhei para o relógio no criado mudo e me assustei com o horário. Era 01:00 e eu ainda estava na cama, perdi mais um dia na faculdade.

E como se algo fosse resolver, me levantei com muita pressa e comecei a me arrumar, vesti uma roupa qualquer, nem arrumei minha cama, de tão apressada que estou. Na hora de calçar os sapatos, tive que calça-los em pé mesmo, me escorei na parede perto da janela e tentei a todo custo passar o tênis por meu pé, até que minha mão deslizou na parede(Já que estava um pouco suada) e para não cair, segurei na cortina da janela, a fazendo se abrir com o movimento.

Dessa vez levei outro susto, ainda estava escuro, a lua estava iluminando tudo. Soltei tudo que estava em minha mão e me deixei suspirar aliviada. Ainda era 1:00 da madrugada, ainda bem; Ou não... Escutei barulhos altos de som vindo do andar de cima, barulhos de gritos e pisados me atordoaram um pouco. Aqui não seria um bom lugar para ficar.

— Vou espairecer.- Murmurei para mim mesma, enquanto tirava o sapato(que estava mal colocado) do meu pé, calcei um chinelo de dedo(com as meias mesmos) peguei um agasalho, meu celular e fones e sai do quarto.

Assim que coloquei meus dois pés para fora, quase fui atropelada por um grupo de pessoas correndo apenas de peças intimas, enquanto gritavam em plenos pulmões. Olhei para os dois lados do corredor antes de sair andando em direção a saída do dormitório. A república estava lotada de pessoas, tanto Ômegas quanto Alfas e Betas, não sei como os monitores ainda não vieram expulsar a todos, mas acho que não irá demorar.

A Mani deve está nesse meio, ela não perde uma festa. As meninas devem está junto a ela, já que comentaram algo sobre uma festa ontem de manhã. Enfim, não curto muito festa, prefiro ambientes tranquilos e que me trazem paz.

Finalmente consegui sair daquele lugar, já estava me dando nos nervos. O lado de fora estava bem melhor! Por mais que estivesse frio e congelando por conta do horário, estava bem mais leve e calmo. Ainda existiam alguns bêbados andando de um lado para outro, mas eram em pequenas quantidades e não incomodavam muito.

Respirei fundo, peguei meu celular e o liguei em uma Playlist qualquer, colocando os fones em meus ouvidos, antes de sair caminhando pela calçada dos dormitórios. A música lenta e calma me distraiu tanto, que quando vim reparar, já estava alguns metros de distância. De repente um ar gélido bateu contra minha face, arrepiando todo meu corpo e me fazendo encolher abraçando meu próprio corpo.

Avistei um grupo de Alfas a alguns metros dali, eles pareciam bem transtornados e compartilhavam um cigarro entre si, ainda não tinham me visto, o que eu agradeci mentalmente.

— Talvez tenha sido uma má ideia ter saído do meu quarto.- Murmurei me sentindo arrependida. O tempo estava ficando bem mais frio, os cobertores me pareciam bem mais atraentes agora e sobre o barulho; é bem melhor está em casa, protegida do que, me arriscar por aqui.

Quando eu iria dá meia volta e segui em direção ao meu dormitório, escutei um deles falar algo, me fazendo paralisar no lugar.

— Hey, gatinha.- Um deles gritou, chamando atenção dos outros a sua volta, que pararam de fumar e conversar, voltando seus olhares em minha direção. A afeição transtornada deles, o modo como eles riram e os olhares maldosos me fizeram tremer dos pés a cabeça, sentindo-me incapaz de dar um passo se quer.

Eles andaram até mim, o que fez meu corpo entrar em alerta enviando uma alta dose de adrenalina para todo meu sistema, meus pés começaram a dar passos longos para trás, a cada passo maior que eles davam, meu corpo repetia, até que eles desistiram desse jogo e deram indícios que iriam correr, me desesperei mais ainda, virando meu corpo e sofrendo um impacto sobre algo. Esse algo que tinha mãos firmes e um peito durinho e, ao mesmo tempo, macio o suficiente para amortecer o impacto.

Eu não sabia quem era e nem tenho coragem de abrir meus olhos e descobrir, pois, meu coração batia muito forte e meu corpo ainda tremia pelo susto e do medo. Meu coração batia tão acelerado, que eu podia escuta-lo, minhas mãos tremulas estavam segurando fortemente o tecido da camisa da pessoa.

Os braços fortes me rodearam, como se fosse uma barreira, para que nada de ruim me atingisse, afundei meu rosto em seu peito, sentindo seu coração bater tão acelerado quanto o meu.

— Ah! Qual é? Acabou com nosso divertimento, cara.- Um dos homens falou com um tom decepcionado, era nítido que eles não estavam normais, até a voz saiu embolada e com dificuldades de formar palavras.

— Vaza!- O rosnado agudo com uma mistura de grave, deixando seu tom mais potente e muito poderoso, tal que me fez encolher, tampando meus ouvidos e choramingando de dor, deixando um chiado e alguns ruídos, sem falar na dor de cabeça que senti, parecia que minha cabeça estava prestes a explodir. Nunca ouve rosnado com tamanha veemência.

Fiquei sem escutar e nem saber o que se passava ao meu redor por alguns segundos, meu corpo já não tremia como antes, minha respiração e meu peito faziam movimentos calmos e leves, por mais que minha audição esteja demorando a voltar, me mantive calma, sentindo-o me abraçar mais forte. Seu cheiro ainda era algo desconhecido por mim, por mais que possuo um ótimo olfato, ainda não consegui senti-lo. Talvez pelo fato do meu nariz está um pouco entupido.

Senti que a pessoa iria me soltar, então a apertei com mais força, impendido-o de me soltar e que se acalme. Ato falho, pois, a pessoa tentava quase a todo custo me tirar de si, mas algo dentro de mim não queria que a pessoa saísse, então, segui meus instintos e a abracei com quase toda minha força.

— Vamos, cara. Não vale a pena.- Escutei essa frase, seguido por alguns murmúrios e junto de alguns ruídos.

Choraminguei mais um pouco, já que meus ouvidos ainda doíam e as memórias do acontecimento de agora, aos poucos me voltaram. Eu quase fui estrupada, sabe o que isso significa?

Meu corpo voltou a tremer levemente e uma vontade de chorar me assolou, não consegui segurar o choro e me deixei desabar, chorando compulsivamente. Senti uma de suas mãos amaciarem suavemente meus cabelos, enquanto a outra fazia carinhos em minhas costas.

— Calma! Eles já foram. Você está segura agora, nada vai acontecer com você e nem iria, pois, não deixaria.- Seu tom de voz já não era mais prepotente como antes, era suave e dócil, mas sem deixar de ser rouco e com alguns leves toques de graves. Tais característica e tons me levaram a uma preposição, era uma mulher, especificamente, uma Alfa.

Passaram alguns segundos, a pessoa mantinha suas mãos me acariciando, deixando-me mais calma a cada segundo que se passava, minha audição já voltava aos poucos, conseguia ouvir os barulhos do vento e de sua respiração que batia em meus cabelos, fui afrouxando o aperto envolto dela, sentindo seus músculos relaxados, contraírem diante de meus dedos, que passaram se sua coluna, costela, abdômen até que nos separo completamente. Essa Alfa é muito forte e deliciosamente malhada.

Repreende esses pensamentos, mordendo meu lábio inferior e balançando minha cabeça negativamente para baixo, apertando meus olhos com mais força, antes de abri-lo e fitar o chão.

— Hey, você está bem?- A pessoa se aproxima, deixando seus pés a minha visão, a Alfa calçava um tênis velho, parecia um tênis de corrida, só que mais desgastado. Acenei timidamente, sentindo meu rosto esquentar sobre o olhar da Alfa, que mesmo sem a encarar, sabia que me olhava atenciosa.

— Estou sim, obrigado.- Levantei minha cabeça, surpreendendo ao ver a mesma Alfa de sempre ali. Ela tinha seus cabelos um pouco molhados, devia ser de suor, juntamente com sua franjinha que estava grudada em sua testa, a deixando ainda mais adorável e atraente, sem falar em seus trajes, que se completavam em um conjunto de moletom da marca adida.


( Imaginem ela nessas roupas)

Desviei meus olhos de seu corpo, subindo para encarar seu rosto, que tinha um sorriso divertido no rosto, me fazendo corar no mesmo instante, ela soltou uma risada baixa, piorando ainda mais minha situação que já passava de vergonhosa.

— Estou começando a desconfiar que você é um perigo ambulante, sempre que ti vejo você está em uma situação de vida ou morte.- Faço uma careta com seu exagero, mas que não contive um sorriso.

— Talvez a culpa seja sua, se não estivesse por perto sempre, não me encontraria em perigo.- Ergui meu rosto, arriscando um falso ar prepotente há fazendo sorrir lidamente, mostrando que ela poderia ser mais charmosa do que já era, com leves marcas de expressão e covinhas destacadas em seu lindo rosto. Mesmo que minha frase não havia tido sentido algum.

O que essa alfa faz comigo?

— Ha! Agora quer dizer que a culpa é minha de você ser de alto risco a sociedade?-Incrédula, abro minha boca, me sentindo indignada com sua acusação.— E se eu não estivesse por perto sempre, você estaria em péssimas situações.

— Eu não sou de alto risco, não tenho culpa do perigo sempre me acompanhar.- Cruzo meus braços e a encaro com a testa franzida, sentindo-me ofendida com suas palavras. Ser desastrada não traz riscos para ninguém além de mim mesma, que dizer, acho que não.

— Hum... Certo! Não irei mais contraria-la.- Relaxo minha expressão.— Aliás, qual seu nome? Oh! Donzela em perigo!- Ela fez uma saudação engraçada, curvando-se levemente diante de mim. O que me fez rir das suas bobagens. Ela é uma graça.

— Me chamo, Lauren. Oh! Sapo encantado!- A imitei, pegando nas bordas de meu vestido, cruzando minha perna para trás e curvando-me levemente, escutando uma risada de sua parte.

— Então, Donzela. Irei acompanha-la até seu dormitório para que não corra mais perigo.- Camila falou com uma voz completamente mudada, nem parecia aquela Alfa grosseira e séria de sempre, essa era uma Alfa descontraída e sorridente, que me encantava cada vez mais.

— Não irei recusar, seria uma honra ter sua companhia.- Ela ri novamente, esticou o braço para que entrelaçasse com o meu. Entendo seu recado e faço o que me pediu. Seguro firme seu braço, sentindo a maciez do tecido de seu agasalho.

O caminho até o dormitório, foi feito sobre um clima amigável e altamente confortável, mesmo sem trocar uma palavra se quer. Eu até tentei, mas ela se demostrou ser muito fechada e respondia com curtas respostas, o que me frustrou um pouco. Enfim, chegando enfrente ao meu dormitório, desvencilhei meu braço do seu tomando sua frente.

— Pronto! Está em casa, Donzela.- Ela colocou as mãos dentro dos bolsos de seu agasalho, tomando uma postura menos séria, mas sem deixar de ser intimidante, fazendo-me corar.

Abaixei minha cabeça, sentindo uma vergonha irritante. Odeio me sentir assim em momentos inconvenientes, ela deve está me achando uma idiota nesse momento.

Fiquei alguns segundos assim, até que, tomei coragem de me aproximar dela, senti ela ficar tensa e travar seu corpo no lugar, fiquei de ponta de pé, só percebendo com mais clareza, a quão alta ela é. Meu coração batia acelerado, podia sentir seu halito perto de meu rosto, quando vi que estava demorando de mais, beijei seu rosto rapidamente, saindo da meia-ponta e dando alguns passos para trás.

— Obrigado, sapo encantado.- Acenei contida, virando as costas e entrando em passos apressados para dentro do dormitório.

Essa foi o mais perto que já cheguei de um alfa que não fosse meu pai. E por mais que as sensações tivessem tido efeitos estranhos em meu corpo, eu gostei. Gostei muito! E tudo que eu mais queria era voltar e lhe agradecer corretamente ou até quem sabe marcar algo, mas já estava tarde e dia tinha sido cheio de emoções, tudo que eu precisava era minha cama e umas belas horas de sono antes de um novo dia começar. E até quem sabe, nesse novo dia, a encontre novamente, não é? Seria muito legal a encontrar de novo, dessa vez, sem ser em momentos constrangedores e apelativos.

CONTINUA>>>>>>>>>>>>

Notas Finais

Foi bom, ruim, péssimo ou horrível? Quero saber suas opiniões.

Beijos na teta esquerda e... Fui!

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