Alvorecer

By ichygochan

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O destino nunca pareceu estar do lado de Izuku. Criado desde pequeno como um alfa lúpus, todos a sua volta ti... More

INTRODUÇÃO
Preparação
Presença
Suscetível
Incontrolável
Descontrole
Conflito
Decisão
Decepção
Percepção
Reflexões
Convicção
Retorno
Apatia
Humilhação
Ímpeto
No limite
Consequências
Visita
Mudanças
Sentimentos
Ômega Insaciável
Compreensão
Lenda
Confortável
Por você
Conhecer
Heat
Encurralado
Rival?
Descaso
Intimação
Novidades
Ânsia
Reencontro
Desconfiança
Momentos Conturbados
Escolhas
Proposta
Acidente
Tensão
Saudades
Obstinação
Coincidências
Redefinir
Viagem
Ultimato
49 - Preocupações
50 - Fuga
51 - Cortesias
52 - Planos
53 - Farmer

Em vão

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By ichygochan

Nossa, como foi tenso escrever esse capítulo.

Darlings, perdão. Eu tive que recolher o capítulo porque o Whattpad desformatou o texto por completo e estava uma grande porcaria para ler. 

"Eu deveria ter colocado a coleira" o alfa pensou pela enésima vez enquanto caminhava pela enseada, tendo a lua como única companheira e telespectadora muda de seu momento de fúria e autocomiseração. 

O som das ondas arrebentando e sendo dragadas para, uma vez mais serem arremessadas contra o litoral, se confundia com o som de seus soluços intermitentes. 

"Deveria ter posto aquela porra de coleira antes de sair de casa"

Em sua ira Shoto gritou, arremessando a garrafa de whisky no oceano antes de gritar frustrado por ter agido como um idiota. As pernas cederam o levando ao chão no mesmo instante e ele caiu sem se importar sobre a areia densa e molhada, chorando ao se lembrar de quão estúpido havia sido ao confiar em seus instintos e se entregar aos sentimentos mesquinhos como o ciúme. 

Estava tudo bem até a chegada daquele maldito alfa. Izuku se aos poucos recuperava e eles estavam a espera do resultado do exame que poderia alterar todos os seus planos futuros, conversando e se dando bem, felizes pela presença e companheirismo que encontravam um no outro. 

Então, Shinsou chegou tal qual um emissário do caos, e o tirou do sério. 

— O que está fazendo aqui? — questionou friamente sentindo-se absurdamente ciumento e possessivo em relação ao ômega, de um jeito que nunca havia se sentido antes. 

De um  jeito que jamais deveria se sentir,muito menos deixar transparecer. 

Ele o ignorou, obviamente, respondendo a altura enquanto liberava feromônios, olhando única e exclusivamente para o ômega deitado com o semblante confuso.

— Fiquei sabendo que está se sentindo mal, o que houve? — perguntou diretamente a Izuku que o fitou com certa estranheza. 

— Apenas um mal estar súbito, nada demais, eu acho...

— Acha? — entrou sem ser convidado, caminhando para perto dele onde puxou uma cadeira sentando do outro lado de Izuku que começou a se sentir apreensivo por ter dois alfas ao seu redor, liberando feromônios em uma disputa territorial. — O que a enfermeira disse?

— Você estuda aqui, Shinsou? — ele o cortou com outra pergunta, sem muita vontade de respondê-lo.

O ar estava ficando pesado, podia sentir a irritação de Shoto, ouvindo-o rosnar baixo enquanto espalhava sua presença que começava a desestabilizá-lo uma vez mais. 

— Comecei essa semana, depois de transferir a minha matrícula para cá. 

— E porquê? — Izuku perguntou intrigado, segurando a mão de Shoto para que ele se acalmasse. O estômago começava a revirar como se alguém torcesse suas tripas e o ar parecia condensado, mas ele se mantinha no controle, tentando controlar a respiração. 

— Para ficar dando em cima do ômega dos outros. — Shoto disparou, tentando se conter, mas achando dificuldade em observar as intenções descaradas do outro alfa que riu em provocação. 

— Na verdade não foi uma decisão minha, mas do meu pai, e como é ele quem banca o meu curso e eu não tinha muito o que me segurasse na outra universidade, aceitei, além de que, aqui, eu tenho a oportunidade de me aproximar de Izuku. — colocou a mão por cima da do ômega que recolheu a própria rapidamente, desinteressado em ter alfas brigando por domínio em um espaço tão pequeno. 

— Como amigo — o ômega se apressou em esclarecer para Shoto que estava perdendo a costumeira feição plácida. 

— Vindo dele, eu não duvido de nada, é um conquistador barato. 

— Nunca obriguei uma alma a ficar comigo, todas sempre toparam por gostar do material — gabou-se mexendo o cabelo, jogando os fios para trás. 

— E aposto que vazaram assim que perceberam que você não vale porra nenhuma. 

— Na verdade eu é que não gosto de me prender muito — encarou Izuku com um sorriso calhorda — Mas tem alguns que eu não me importaria de ficar por mais tempo. 

Shoto se ergueu, dando a volta na cama e encarando o outro alfa que respondeu a altura, sem se intimidar, observando-o com o olhar debochado. 

— Se está fazendo de propósito para se vingar,  é melhor parar. — alertou liberando mais de sua presença. 

Shinso deu um passo a frente, ignorando seus instintos que queriam fazê-lo recuar frente a um espécime de alfa mais poderoso. Ele não seria intimidado. 

— Não existe a porra de um contrato entre vocês dois, ele não te pertence. 

— É meu namorado, e isso é motivo o suficiente para você se afastar se quiser manter esses dentes dentro da boca. 

— Os dois, por favor, parem com isso! — Izuku pediu, sentindo-se sufocar com a presença de ambos, tremendo enquanto o baixo ventre pulsava exigindo a presença do mais forte, uma resposta natural que ele detestava com todas as forças.

Já podia sentir o calor subindo, tomando conta de si, bem como o mal estar que potencializou com aquela demonstração de dominância que ambos protagonizavam. Era doloroso, mas não como um heat, e sim uma espécie de pânico e temor com desejo que, definitivamente, não era agradável. 

Eles o ignoraram completamente, imersos na necessidade de discutir e trocar farpas. 

— Eu não tenho medo de você, Shoto. Pode ser um alfa lúpus, mas isso não te torna dono da porra do universo. Não pode impedir os outros de chegar perto do Izuku só porque você quer. 

— Eu bem sei quais são suas intenções, Shinso. — rosnou profundamente mostrando os caninos — Não se aproxime dele.

— Se ele quiser assim então não vou, mas não deixarei de conversar com ele só porque você quer.

— G-Gen... te, c-che... chega... — quase implorou em um fio de voz, sendo ignorado. 

Ele precisava sair daquele quarto ou ia acabar morrendo por se sentir oprimido com a presença raivosa de ambos. Normalmente uma briga de território entre alfas desperta o cio dos ômegas próximos, mas Izuku sentia-se estranho, com um maldito sentimento de autopreservação que o fazia ignorar a necessidade de coito, ordenando que escapasse o mais rápido possível. 

Ergueu-se com dificuldade por não sentir o corpo responder, percebendo cada fibra do corpo retesar-se dolorosamente. As pernas pareciam chumbo, mesmo assim ele conseguiu, com muito esforço, levantar da cama, praticamente arrastando-se, curvado sobre o abdome que doía horrivelmente, como se contorcesse. O suor escorria, os olhos se encheram de lágrimas de pavor, e ele grunhiu com medo, aproximando-se da porta. 

Os alfas continuavam a trocar farpas e acusações, antes de saírem em disputa corporal, e mesmo sendo menor, Shinso lutou para se manter no controle, enfrentando o lúpus que o dominou com facilidade, rosnando e segurando seu braço com força. Suas mentes em branco havia regredido ao estágio primitivo, e apenas a luta territorial era importante. 

Doía tanto que o ômega teve muita dificuldade para abrir a porta, sentindo os dedos trêmulos e suados que o dificultaram no trabalho de girar a maçaneta.  Seus ouvidos zuniam e a cabeça doía como se o crânio estivesse diminuindo e comprimindo o cérebro que por sua vez pulsava como um coração, martelando. Com a garganta travada ele não conseguiu emitir um único chiado que fosse, respirando cada vez mais pesado e profundo, com um asmático em busca de ar. 

Foi como um sopro de vida respirar o ar mais leve do corredor, ainda que os feromônios atrás de si ainda o perseguissem. A visão nublou e mal deu dois passos, caiu no chão, encolhendo-se de dor, experimentando a pior sensação paralisadora que um dia que vivenciou, com o adendo da dor insuportável em seu baixo ventre. 

Os alfas só pararam com a chegada de uma equipe beta que os separou com tranquilizadores pesados, sem poder se aproximar pelo risco de serem mortos. O lúpus estava obtendo a vantagem e teria matado o outro não fosse a intervenção dos demais. 

Izuku foi recolhido e levado para longe, sendo socorrido por outra equipe que, vendo seu estado de paralisia causado pelas fortes presenças na sala, cobriu seu nariz com uma máscara, espirrando em si fragrâncias que anulavam o aroma dos feromônios, antes de injetarem em si alguma substância que o desacordou imediatamente. 

Somente neste momento, após recobrar a consciência que o lúpus deu por falta do ômega, procurando-o ansiosamente com o olhar enquanto era contido. 

— Onde ele está?— indagou aflito a um dos betas que tentava se aproximar cautelosamente. 

— Senhor, tente se acalmar, ok?! — o homem pediu calmamente, erguendo a mão — Você está em uma universidade e causou um certo alvoroço com seu descontrole hormonal. Tente manter o foco e a lucidez. 

— Onde está o ômega que estava aqui? 

— Ele foi levado para um lugar seguro, não se preocupe, apenas tente manter o controle da sua presença e sanidade, e se puder, recolha imediatamente sua presença antes que cause o heat de mais ômegas. 

— Para onde o levaram?

— Eu não sei, foi a outra equipe que cuidou disso. Não se preocupe, já administramos os primeiros calmantes nele e ...

— Vocês o que?! — questionou incrédulo — Não podem, vão matar o meu bebê, seus idiotas. Quem demônios aplica uma droga em um ômega sem ter certeza de que pode?

— É um procedimento padrão em casos assim, senhor. De qualquer maneira se ele estava  grávido sem dúvida tem muito mais chances de perder após ser exposto a essa quantidade de feromônios e presenças hostis que a aplicação de um calmante, acredite. 

O alfa fechou os olhos se sentindo culpado por ter se deixado levar pela provocação do outro, recordando-se parcialmente de ter ouvido o ômega quase suplicar para que parassem, jamais se perdoaria por algo assim. 

— Eu preciso vê-lo. 

— O senhor não pode sair desta sala até a chegada da policia. — o beta informou. 

— Eu não posso ficar aqui, tenho que saber como ele está. 

— Senhor, não é seguro nem sair deste quarto, nem se aproximar do ômega e...

— Eu não vou ficar aqui enquanto o meu ômega está precisando de mim — instou, com o olhar severo de quem não aceitaria ordens. 

— Não nos obrigue a usar uma dose maior de calmantes, por favor. — o beta avisou pacientemente, acostumado a lidar com aquele tipo de situação. 

Como era de se esperar ele não permaneceu quieto por muito tempo, tentando se desvencilhar a força. Por ser um lúpus, alfa ainda por cima, contê-lo era uma tarefa para uma equipe, porém, para a sorte dos poucos netas disponíveis o calmante começou a fazer efeito e ele tombou desacordado, assim que recebeu mais uma dose.

O resto foi apenas uma confusão de imagens, sons e aromas. Horas mais tarde, quando a lucidez assentou novamente ele tentou ir ao encontro do ômega, sendo barrado na porta pela chegada de um outro alfa, alto e um tanto intimidador.

Um outro alfa lúpus.

— Escute aqui, garoto, eu não sei o que pretende, mas não vai passar daqui.

Estava disposto a ver Izuku, mesmo que para isso tivesse que lidar com o alfa a sua frente.

— Eu não vou sair sem falar com ele.

— Você tem o cheiro do maldito do Endeavor — o outro alfa ponderou com a sobrancelha arqueada e o lábio retorcido em desagrado — Deve ser filho dele e definitivamente eu não quero nenhum parente daquele desgraçado perto do meu filho.

Pasmo com a revelação, Shoto paralisou ao saber que aquele era o pai do ômega, o mesmo que o abandonara e nunca visitava. Irado, teria partido para cima dele não fosse a intervenção de Inko.

— Shoto, o que está fazendo aqui, deveria estar descansando.— acudiu-o preocupada. 

— Eu preciso falar com o Izuku, senhora Midoriya.

Inko olhou nervosamente para o marido e depois para Shoto mais uma vez, parecia tensa e temerosa com algo.

— Acho que não é um bom momento, querido.

— É bom se afastar do meu filho ou vamos ter problemas — o pai de Izuku avisou entrando no quarto — Não quero sangue meu se misturando com o do seu pai.

Depois daquilo, e de ouvir o que Inko tinha a dizer, o alfa se afastou, crente de que talvez realmente fosse o momento de esperar pelo ômega, mas ainda sem coragem de ouvir da boca dele o que havia sido confidenciado a si pela senhora Midoriya.

Ele não queria vê-lo e pediu que se afastasse. Os médicos o cobriam de perguntas e cuidados, tentando entender o que havia acontecido para que ele tivesse aquele tipo de reação tão violenta a presença dos alfas. 

Com medo do que poderia ouvir, já se culpando por um possível aborto que pudesse ter provocado em sua fúria cega, ele saiu do hospital e buscou auxílio na bebida, tencionando se dopar para esquecer sua grande mancada. Todavia, o álcool apenas deixou-o mais enfurecido e triste. 

Em tão pouco tempo tanta coisa havia acontecido, uma verdadeira sucessão de eventos confusos. 

O que deveria fazer? 

****

Aquele era o homem com quem havia casado, ou a menos o que sobrou dele. Um tolo, injuriado pelo destino ter-lhe abençoado com um único filho lúpus. Um filho ômega, que durante anos, assim como ela mesma, sofreu com sua ausência e preconceito. 

— Um alfa lúpus com o sangue do maldito do Endeavor, o que estava na cabeça quando permitiu isso, Inko? — aproximou-se irado, tentando intimidá-la, mas ela não deu um único passo. 

— Eu não tenho o que permitir, ele escolheu o destino dele e é livre para isso. — sustentou o olhar sem trepidar.

— Não, ele não é. — mirou-a desgostoso, falando baixo na recepção do hospital — Não enquanto eu prover o sustento dele e pagar todas as suas despesas. Vou falar com ele e deixar essa verdade bem clara, caso ele tenha esquecido.

Caminhou pelo corredor em direção ao quarto onde o ômega repousava, com os passos duros e decididos. Inko se adiantou, ultrapassando-o e se pondo a sua frente para bloquear sua passagem. Houve uma época em que seria incapaz de discordar do esposo e suas decisões, contudo era um comportamento antigo, o qual não se submeteria mais. Não depois de presenciar todo o egoísmo e calhordice dele.  

— Não se atreva a entrar nesse quarto. 

— Saia da minha frente, Inko.

— Não. Você não vai proibir o meu filho de ter a vida dele, nem de tomar as próprias decisões! Ele já sofreu demais por causa da sua teimosia.

O alfa lúpus bufou cansado, ajeitando os cabelos negros com a mão, penteando-os para trás. 

— Eu não tenho tempo para isso, Inko; tenho que voltar para a empresa. 

— Você nunca tem tempo para nós, esse é o problema! — acusou-o — Sempre foi a merda da empresa, dos negócios ou a vergonha antes de nós. 

— Como acha que eu pago a mensalidade e caprichos do "seu filho"? — tentava se conter, olhando repetidamente para o lado para verificar se estavam chamando atenção desnecessária. — Eu sou o único provedor daquela casa e... 

Parou ao ouvir a maçaneta da porta girar, e ambos olharam quando o ômega saiu do quarto, com os olhos cheios de lágrimas e os dentes cerrados, magoado e com raiva. 

— O que está fazendo aqui? 

Foi como receber uma porrada na cara, bem no meio do nariz. 

Desnorteado e confuso pela surpresa jogada em seu colo, Katsuki passou uns bons segundos apenas olhando pasmo para a cara do ômega que parecia querer desaparecer dentro do próprio cu, tamanha era sua apreensão. Então semblante congelado de surpresa, desanuviou, transformando-se em pavor e por fim  abrindo em um sorriso nervoso. 

— Tá de brincadeira, não é? — sua voz tremulou, assombrado pela possibilidade e uma corrente elétrica perpassou sua coluna ao perceber a negativa de Eijiro. 

— Ainda não está confirmado, mas... 

— Não, sério, espera! — o interrompeu, sentindo-se sufocar internamente — Você realmente está sério com isso?

— Eu não brincaria com algo assim, Suki, sabe que não.  

O semblante do loiro finalmente descambou para o irritado.

— Achei que tomasse os medicamentos, na verdade você praticamente jogou na minha cara que era cuidadoso e que eu não devia me preocupar. 

— Eu tomo, mas pode ser que tenha esquecido ou... 

— Como assim esquecido?! — o alfa alterou-se se levantando e colocando o ruivo no chão enquanto passeava pela cozinha esfregando o rosto em sinal de nervosismo. 

— Pode acontecer, são muitos! — defendeu-se — Eu não tenho culpa de tudo, você também esqueceu a camisinha!Não aja como se apenas eu estivesse errado. 

— Você me garantiu, porra! Disse que nunca deixava de tomar seus remédios. Ah!— estressou-se batendo na bancada antes de passar as mãos pelo próprio cabelo. — Como você faz isso comigo, cara?! Eu não posso ter filhos agora, tenho que pagar minha faculdade e filho vai atrapalhar. 

— E você acha que comigo vai ser diferente? Eu não quero ter que largar o meu curso, Bakugou. — disse aflito com os olhos cheios de lágrimas que desceram rápidas — Eu não posso voltar agora para a minha cidade natal, seria muito deprimente ter que adiar ou  interromper o meu futuro justo agora que está tudo dando certo... Eu... Não quero.

O alfa se acalmou um pouco ao perceber quão nervoso o namorado estava com aquela possibilidade, se aproximando e o recolhendo em um abraço. Ele não era o único que teria problemas e ele parecia realmente apavorado com a ideia de perdê-lo.

—   Tudo bem, não adianta ficar discutindo isso agora, até porque você mesmo disse que não tem certeza, certo? — o ômega balançou a cabeça, se apegando ao aroma e proteção que ele oferecia — Pode ser que estejamos apenas pirando a toa. Vamos comprar um teste para saber. 

— Eu já comprei, mas ainda não tive coragem para fazer, estou apavorado demais, Suki.

— Se é assim então pode deixar que eu vou te ajudar. 

O alfa, mesmo apreensivo, conseguiu manter-se são por alguns instantes enquanto estava tudo desmoronando para dar suporte a Eijiro que não parava de tremer e se desculpar. Entrou com ele no banheiro e o ajudou com o teste, descansando-o na pia enquanto esperavam o resultado.

Foram os três minutos mais longos da vida do alfa que sentia quase a alma saindo do corpo, tamanho terror, com ambos abraçados naquela ansiedade sufocante.

Assim que o prazo venceu ele pegou o teste, rezando para o universo não sacanear consigo daquela maneira pois ele não estava pronto para ver sua vida e planos ruírem por conta de um mísero descuido.  

Eijiro observava atento a reação dele, apavorando-se ao vê-lo chorar. 

— Não me diga que... — a frase morreu na garganta quando o viu virar o teste para si. 

— Deu negativo. — expirou tão profundamente que sentiu como se houvesse libertado todo o ar do mundo no momento, agradecendo a toda entidade cósmica possível. — Obrigado, universo!

************

Até a próxima e se hidratem.

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