Alvorecer

Af ichygochan

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O destino nunca pareceu estar do lado de Izuku. Criado desde pequeno como um alfa lúpus, todos a sua volta ti... Mere

INTRODUÇÃO
Preparação
Presença
Suscetível
Incontrolável
Descontrole
Conflito
Decisão
Decepção
Percepção
Reflexões
Convicção
Retorno
Apatia
Humilhação
Ímpeto
No limite
Consequências
Visita
Mudanças
Sentimentos
Ômega Insaciável
Compreensão
Lenda
Confortável
Por você
Conhecer
Heat
Encurralado
Rival?
Intimação
Novidades
Ânsia
Em vão
Reencontro
Desconfiança
Momentos Conturbados
Escolhas
Proposta
Acidente
Tensão
Saudades
Obstinação
Coincidências
Redefinir
Viagem
Ultimato
49 - Preocupações
50 - Fuga
51 - Cortesias
52 - Planos
53 - Farmer

Descaso

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Af ichygochan

AAHHAHAHHAHAAHAH Socorro! Eu amei muito os comentários do último capítulo!

Gente, perdoem a demora, mas eu tenho outros projetos em andamento e tento dar atenção ao máximo possível e, principalmente, escrever apenas quando me bate a inspiração, caso contrário não sairia bom. 

Preparem os lencinhos, para usar nos olhos e em outros lugares também rsrs

No momento em que viu o olhar ofendido de Eijiro, o alfa se tocou instantaneamente, de que havia falado merda.

Não era como se ele realmente não gostasse do ômega, pelo contrário, adorava foder e passar o tempo com ele, só não se sentia pronto para assumir um relacionamento, e apenas cogitar a possibilidade de ouvir os outros se referirem a ele como "seu ômega" incomodava seu ego. Com exceção daquela vez, nenhum de seus relacionamentos havia durado tanto, chegando a ter no máximo apenas algumas poucas semanas antes de se romper, um fato que não o incomodava, pelo contrário

Mas dessa vez, foi diferente de todas as outras. Além dos encontros estarem ocorrendo quase diariamente, quase como uma rotina, estava perdurando mais do que o usual, chegando as marcas de meses, fora que ele estava criando um certo apego sentimental pelo ômega que, por sua vez, supria todas as suas necessidades e o mantinha satisfeito ao ponto de não sentir necessidade de buscar outro. 

No entanto, aquele caso ainda não havia criado um status de namoro, diferente de Kirishima que cria que ambos estavam em um relacionamento sério, enquanto para si não passava de uma fase, mais longa que o usual, mesmo assim apenas um período que um dia, assim como os demais, findaria.

O alfa lutou contra toda a confusão mental de acreditar estar sendo um idiota, ao mesmo tempo em que também não se recriminava por ter contado a verdade, tentando entender-se enquanto fitava o ômega a sua frente. 

Pela semblante de desapontamento e desgosto que ele fez quando chegou, Katsuki imaginou que ele fosse jogar a sacola de medicamentos em sua cara, ainda mais depois que Deku e o lúpus se afastaram, dando espaço aos dois para que resolvessem as coisas em privado. No entanto, para sua surpresa ele não o fez. 

Depois de suspirar ele se aproximou e o puxou pela mão até um banco, sentando-o ao seu lado.  Com cuidado, começou a cuidar de seus ferimentos, sem falar uma só palavra, apenas limpando o lábio dele com uma gaze embebida em solução fisiológica com leveza. 

Pela primeira vez, Bakugou se sentiu mesquinho e estúpido, pois ele podia ver os olhos do ômega lacrimejando e a força que ele fazia para não chorar enquanto cuidava de si, magoado, porém gentil. 

— Não precisa fazer isso —tentou fugir da situação, sem saber como lidar com ela, afinal era péssimo em relacionamentos, e lhe faltava experiência. 

_ Não me importo. — O ômega respondeu com a voz levemente embargada. As lágrimas que ele não conseguia conter escapavam, mas ele prosseguia ignorando-as. 

Foi a vez de Bakugou suspirar profundamente, sentindo-se um merda.  

— Você merece um alfa melhor do que eu, Eijirou. — escapou do olhar raivoso dele quando Eijiro o fitou repreensiva. 

— Está me dando um fora, é isso?— questionou amargurado.

O alfa rosnou irritado com aquilo, sem saber como deveria reagir, afinal não queria ser rude, mas desconhecia outra maneira mais sutil de falar a verdade.  

— Apenas falando o óbvio. Você é um cara legal e merece alguém que te respeite e valorize. 

— Ou você pode começar a mudar, não?Também é uma possibilidade. — O ômega rebateu prontamente. 

— Eu só estou sendo sincero aqui. Até um cego seria capaz de perceber que você merece um alfa melhor do que eu, um que saiba te valorizar e respeitar.

Como se quisesse esquecer ou dar a conversa por encerrada, Eijiro abaixou o olhar, ainda nervoso, mas se concentrando em outra tarefa. 

— Talvez sim, mas isso quem decide sou eu. — se ocupou em procurar o bactericida — Agora pare de falar porque está me atrapalhando. 

Parar de falar? Só podia ser brincadeira. Ele tinha que fazer o ômega compreender de uma vez por todas a dinâmica daquele relacionamento ou não conseguiria mais. Eijiro deveria estar cem por cento ciente do tipo de alfa com quem estava copulando e a quase inexistente possibilidade daquele relacionamento evoluir, para não apostar nas cartas erradas e sofrer depois. 

— Eu sei que fui estúpido ao falar aquilo, mas eu nunca te escondi que não desejo estar em uma relação. Você que insiste em teimar e ... 

— A gente não escolhe por quem se apaixona, não é? — o ômega sorriu tristemente, cortando-o  — Se eu disser que estou totalmente satisfeito com o tipo de relação que partilhamos, estarei mentindo, mas fazer o quê? Eu amo você e espero realmente que um dia consiga fazer você entender isso.

E novamente voltavam naquele tópico: o fato dele insistir na ideia de que o faria mudar. Aquela insistência chata que o incomodava, sempre batendo na mesma tecla insistentemente. Custava entender que ambos tinham propósitos distintos? Que ele não desejava se amarrar a um ômega ou marcar um?

— Eijiro, eu sei que você gosta de mim, mas do jeito que está não tá legal. Temos ideias e intenções diferentes... e... eu sinto, quer dizer, eu sei que não tenho sido o melhor alfa, então... — suspirou, virando o rosto para o lado, incomodado — Olha... eu vou entender se não quiser mais nada comigo. 

Foi estranho como aquilo doeu nele. Nunca antes havia se sentido mal por encerrar um relacionamento e, por mais que tentasse negar, em seu íntimo ele desejava que a resposta do Ômega fosse negativa. 

Doeu ainda mais perceber quão magoado ele ficou com aquela fala. 

Eijirou parou o que estava fazendo, olhando profundamente nos olhos do alfa, com convicção e um pouco de raiva e amargura. 

— O que acha que eu estou fazendo, Katsuki? — questionou seriamente secando as lágrimas com a manga da camisa — Pensa que eu estou brincando aqui, que não percebo que está tentando me forçar a te largar?

— Não estou te forçando a nada, apenas sendo sincero, porra!— conteve por pouco a vontade de dizer que não desejava que ele fosse, não ao menos enquanto estivesse confuso, mas não o forçaria nem influenciaria sua resposta.

 — Eu amo você e estou tentando fazer o nosso relacionamento dar certo! E tão difícil assim entender que eu quero ficar com você? 

— As vezes sim — o loiro resmungou chateado por não estar conseguindo fazer o ômega entender — Você as vezes parece a porra de um masoquista, cacete! Ouve alguém te esculachar e deixa baixo sem se impor.

O ômega suspirou irritado. 

— Acha que eu sou assim com todo mundo? Que deixo os outros fazerem isso comigo? Eu só quero que dê certo entre a gente, mesmo que para isso eu tenha que aturar os seus defeitos.

— Você não tem que aturar os meus defeitos. Deveria se valorizar mais, isso sim.

— Katsuki, não seria mais simples se desculpar ao invés de ficar dando voltas?

— Eu não preciso me desculpar, nunca te iludi dizendo que somos namorados, você que finge não entender e continua teimando. 

— A sua mãe tem razão.  — terminou de enfaixar o braço dele usando um pouco mais de força que o necessário e o fazendo reclamar antes de afrouxar — É um teimoso mesmo.

— Pelo visto somos dois. Estou aqui tentando fazer você entender, mas parece que eu falo outra língua, cacete. 

O ômega fechou os olhos, com a garganta travada de emoção pelo aparente descaso e desinteresse de Bakugou. 

— Eu já entendi que não me quer por perto. — começou a guardar as coisas dentro da sacola novamente — Pode deixar que eu não vou mais te incomodar. 

Pela primeira vez, o alfa se sentiu realmente mal de falar mal com alguém e seu coração realmente bateu mais forte em temor quando ele viu Eijirou se levantar para sair, segurando a mão dele antes que ele se afastasse. 

— Ei, calma, não precisa ficar desse jeito, você entendeu errado — havia uma certa urgência em sua voz que ele tentou disfarçar — Eu não quero que vá, não precisa ser assim. 

— Então o que você quer, Katsuki? — pela primeira vez, Eijirou se irritou de verdade com ele, soltando sua mão com brusquidão — Primeiro grita para todo o mundo que eu não sou nada pra você, depois manda eu arranjar outro alfa e sequer se desculpa, jogando indiretas para que eu vá, e agora diz que não precisa ser assim. Que merda você quer afinal? Eu já entendi que não me quer por perto, não precisa fingir o contrário. 

Aquele ômega teimoso e cabeça dura.

— Não precisa de todo esse drama, ok? Eu sempre lhe disse que não queria um relacionamento sério e você sempre insistiu.— se defendeu se levantando e erguendo as mãos — Qual é, Eijiro, eu gosto de você, muito, na verdade foi o melhor ômega com quem já fiquei. Você é ótimo, de verdade, é gostoso, destemido e muito bonito, um cara legal pra caralho. Eu gosto de ficar com você, mas não quero que fique se iludindo com promessas que eu nunca fiz, porra! Se estiver insatisfeito, não precisa se obrigar a nada, é só isso que estou dizendo. 

— Basicamente está dizendo o que eu já havia entendido. Que sou um cara legal para passar o tempo e foder, mas não para assumir um relacionamento, nem mesmo para ser marcado. 

— Porra, você gosta de complicar as coisas, não é mesmo? Será que dá tentar entender o meu lado?

— E você tentou entender o meu? Eu te amo, Katsuki, e eu realmente tento fazer dar certo entre nós dois, mas o máximo que eu escuto é que "sou legal". Isso magoa. 

O alfa bufou irritado com o rumo da conversa e por não saber lidar com aquele tipo de stress.

—É por causa desse tipo de situação que eu evito relacionamentos, 'tá vendo?! É um saco discutir por causa desses mal entendidos. 

— Não se preocupe com isso, Katsuki, eu realmente não pretendo ficar aqui discutindo isso — chateado, Eijiro tornou a se afastar, deixando Katsuki instável atrás de si. 

O alfa queria sair atrás dele, tentar conversar um pouco mais, no entanto sua teimosia não deixava. Sentia-se mal, de um jeito que nunca havia ficado, mas não a ponto de vencer seu orgulho. Talvez fosse realmente melhor daquela maneira, terminar algo que já deveria ter acabado a tempo, sem fomentar mais o sentimento. 

*****

As próximas semanas foram complicadas para que Izuku e o alfa se encontrassem por causa dos treinos que Shoto vinha realizando, cada vez mais extenuantes e longos, drenando sua energia e sugando seu humor. Quando se encontravam ele estava sempre com uma camisa de manga cumprida e evitava contatos muito íntimos, principalmente em relação ao sexo, o que deixou o ômega frustrado, afinal ele não era nenhum santo, e tinha libido para derrubar um batalhão de alfas se desejasse.

— Assim fica difícil, Shoto — Reclamou insatisfeito quando o alfa tentou ludibria-lo se esquivando de suas maravilhosas técnicas de sedução que eram, sem modéstia alguma, incríveis e irresistíveis, tanto que ele rosnou quase o atacando por várias vezes antes de desistir esfregando despistadamente o pau duro por cima das calças — Não sou adolescente para me contentar com abraços e beijos, eu preciso de ação para relaxar e já estou cansado de morrer na punheta. Que tipo de treinamento você anda fazendo, afinal?

— Eu já lhe disse, amor, estou treinando a minha capacidade de controle, sabe, para não te machucar.

— E precisa mesmo disso? Nós já estamos juntos e você já provou que não vai me atacar.

— Todo cuidado é pouco, eu não confio na minha natureza instável — abraçou-o beijando-lhe o topo da sua cabeça, antes de farejar o ar — Você não está ajudando liberando esse tipo de feromônio.

—Eu tenho que tentar, não é? Vai que funciona — ronronou, olhando para ele de maneira maliciosa antes de se erguer para beijá-lo, sugando a língua do alfa sem nenhum pudor e o fazendo rosnar profundamente em resposta —  Vai que eu consigo...

_ Isso é perigoso, Izuku, pode sem querer ativar os nossos cios e acabar marcado.

_ Sei que não vai fazer algo assim, até porque eu uso coleira — puxou-o pela mão até o sofá, sentando- o inocentemente ao seu lado, antes de segurar a outra mão dele — Mas me diga, Shoto, você realmente não quer? — guiou a mão dele, por debaixo do pano, subindo pela tez macia enquanto mordia o lábio inferior em um convite lascivo, arrastando a voz de maneira sensual —  ... não quer me tocar...? Me... fazer só... seu? — gemeu baixo, sugando o ar por entre os dentes de maneira indecente — ... eu preciso que o meu alfa...mnnhn... me faça gemer o nome dele em descontrole...

Como resistir aquele tipo de convite? 

Shoto estava no limite, lutando contra a própria natureza que ordenava que ele saciasse o ômega, rosnando baixo enquanto passeava a língua lentamente pelos caninos salientes, fazendo Izuku grunhir de tesão por vê-lo com aquela atitude selvagem, erguendo o quadril e se oferecendo com os olhos baços com a crescente excitação. 

Mesmo ciente de que lhe custaria muito autocontrole, o alfa o atendeu, deitando-o lentamente no sofá enquanto ele erguia a camisa expondo o tronco esguio e alvo que subia e descia com a respiração descompassada, gemendo e arfando com os toques e mordidas leves, ronronando de prazer com os dedos esguios que apertavam seus mamilos e passeavam pela sua pele. sugando-a e lambendo antes de morder, reafirmando a dominância do alfa.

Ainda que fosse um ômega orgulhoso, Izuku sabia que não havia nada mais delicioso que um alfa dominante, marcando sua pele com mordidas, segurando-o de maneira bruta, fodendo-o com força, e Shoto sabia fazer aquilo como nenhum outro, de uma maneira peculiar. 

Controlando-se para não perder a razão e liberar mais feromônios que poderiam levá-lo a uma descarga elétrica, Shoto abocanhou um dos mamilos, fechando os olhos ao sentir os dedos do ômega segurando os fios de seu cabelo, clamando por mais. Sugou a pele, lambendo e mordendo enquanto subia, erguendo a cabeça até encontrar a boca dele, roubando-lhe um beijo cheio de desejo, sugando seus lábios e língua enquanto absorvia cada gemido abafado e pequeno chiados. Cada fibra do seu corpo implorava para que ele tomasse aquele ômega, o atasse e mordesse até que ele perdesse a voz de tanto gritar seu nome.

Desceu a língua pelo peito dele, contornando o umbigo algumas vezes, sentindo-o trepudar e começar a choramingar de prazer embaixo de si, masturbando-se por cima da calça com movimentos necessitados. O aroma dele o convidava, e já conseguia sentir o cheiro da lubrificação natural despontando e o convidando a se enterrar até o talo. Rosnou baixo ao sentir as garras de uma das mãos de Izuku, maiores pelo ativação do lado selvagem, contornarem seus músculos abdominais, sensíveis pelos diversos hematomas. A outra mão continuava embrenhada em seus fios, puxando-os com certa aspereza.

— ...Hmmnnn... isso... Shoto, eu adoro quando me lambe.. .— o ômega arfava, engasgando-se em deleite por ter a língua quente do alfa tocando seu corpo. Sem conseguir se conter, abriu a calça, resgatando seu pênis ereto e masturbando-se de olhos fechados.

Compreendendo a mensagem, Shoto desceu as carícias, sentindo a mente vagar com o prazer enquanto lambia lentamente a extensão do pênis do ômega, da base até a glande, onde sugou descendo devagar, engolindo-o.

Izuku segurou-se no sofá enterrando as garras no tecido, mordendo o lábio e balançando a cabeça enquanto falava coisas desconexas, gemendo alto e descontroladamente, agarrando-se ao estofado e se contorcendo por estar sendo chupado pelo namorado que subia e descia a boca em seu membro, criando pressão. Retesou os pés ao sentir os dedos dele entrarem por sua cueca e o estocarem lentamente, no mesmo ritmo que o chupava. Antes que percebesse estava gozando dentro da boca do alfa, revirando os olhos de prazer e gemendo alto e sem nenhuma reserva enquanto o corpo trepidava, deliciado pela experiência.

Antes que pudesse recobrar a consciência percebeu Shoto o soltar, com um rosnado alto, abrindo os olhos a tempo de ver ele cair sobre o sofá, arfante, levando alguns segundos para reagir. 

— O que houve? — Com dificuldade pelo pós orgasmo que ainda fazia seus músculos trepidarem, sentou-se  tentando em vão tocá-lo. Para sua surpresa o alfa se afastou de seu toque, como se o repudiasse.

— N-Não... não toque em mim... não ainda... — ergueu a mão em um aviso claro o que intrigou Izuku.

— Mas porque não? O que está acontecendo? — tentou novamente se aproximar, sendo impedido pelo alfa.

— Não se aproxime! — pediu alarmado.

— Ou você me conta o que está acontecendo ou eu vou descobrir sozinho. — intimou-o com o olhar severo, se recompondo do orgasmo e ajeitando as roupas.

Sem outra alternativa e temendo machucar o ômega por saber que ele não desistiria até descobrir a verdade, Shoto desistiu de tentar esconder. Erguendo os dedos trêmulos e abrindo os primeiros botões da camiseta, ele revelou uma coleira de tira fina, de um tipo de Izuku jamais vira em toda a sua vida. Era tão flexível que se moldava a pele do pescoço dele e sua espessura não devia ser maior que a de uma folha de papel, aparentemente maleável e da mesma textura de um tecido macio. Poderia passar batido mesmo que ele tocasse em seu pescoço por sobre a camisa, afinal poderia ser confundida com a lapela.

— Isso é... uma coleira? — questionou incrédulo enquanto o alfa sentia os afeitos da descarga elétrica cessarem aos poucos, podendo sentar novamente.

— Sim. — confirmou com um suspiro.

— Mas porque está usando isso? Você não corre risco de ser marcado e... — olhou incrédulo para ele ao ser atingido por uma epifania. Aproximou-se tocando de leve no item, mesmo com o alfa recuando um pouco. — Para que exatamente ela serve?

— Faz parte do meu treinamento. Toda vez que eu me excedo ou perco o controle, recebo um choque e tenho que me recompor.

— Isso te machuca.— Izuku concluiu triste tateando de leve a coleira negra, com iniciais desconhecidas a si.

— Bem menos do que ficar longe de você, acredite. Se esse é o preço que tenho que pagar pra poder ficar ao seu lado, eu não importo de receber tantas descargas elétricas.

— Não, Shoto, isso é horrível! Eu não preciso que se sacrifique desse jeito, não precisa provar nada.

— Izuku, por favor, não se preocupe, sério, eu tomei a minha escolha, não estou sendo obrigado.

— Eu não posso aceitar algo assim, Shoto, é bizarro e humilhante demais! — tentou contra-argumentar — Acha que vou me sentir bem sabendo que você está se sujeitando a isso? 

— Sei que não, e por isso não queria te contar, mas eu preciso que entenda Izuku: eu já tomei a minha decisão. Assim como pediu que eu respeitasse a sua, eu peço, por favor, que faça o mesmo por mim. 

— Aceitar que está se machucando para ficar ao meu lado, se submetendo a esse tipo de ... coisa... — instou indignado — Shoto, isso é quase um adestramento! É desumano. Eu entendo que tenha a sua posição e que não queira voltar atrás, mas...

Shoto o silenciou com um beijo, segurando suas mãos com carinho enquanto entrelaçava seus dedos  cuidadosamente. 

— Apenas confie em mim, ok? Prometo que vou parar em breve. 

A maneira sincera e confidente com a qual o alfa olhava para si era desconcertante e o convenceu. Sem outra alternativa, Izuku resolveu aceitar, afinal o que ele poderia fazer?   

— Tudo bem, mas tente não exagerar, ok?! Eu não quero ficar viúvo por causa disso. 

— Quer dizer que pretende se casar comigo um dia? — o alfa brincou para descontrair. 

— Quem sabe? Eu posso pensar dependendo da oferta — encarou-o com o olhar sugestivo — Se prometer me agraciar com ao menos um orgasmo por dia eu posso pensar no seu caso. 

— Posso te dar mais do que isso... — Shoto riu, rosnando de propósito perto do ouvido dele, só para ouvir ele chiar baixinho —... posso te marcar e você vai sentir um orgasmo em dobro toda vez que gozarmos. 

— Boa tentativa, mas por hora me contento com os individuais. — riu brincalhão — Agora, faça o favor de tirar essa coleira e terminar o serviço aqui... — sentou na frente dele com as pernas abertas, puxando-o pela camisa entreaberta para que se deitasse sobre si, esfregando ambas as pélvis sensualmente. — Depois de me dar um gostinho de mim mesmo  ao me beijar depois de eu ter gozado na sua boca, eu quero que me coma com força e goze dentro de mim, e isso não é um pedido. — intimou-o com o olhar sério. 

Que se danasse o treinamento, ele ia fazer o que seu ômega estava exigindo e seria naquele momento. Por sorte não precisava de ninguém para tirar aquela coleira, pois ele mesmo podia fazer, e era exatamente isso que estava fazendo naquele momento. 

O ômega foi ao êxtase ao senti-lo posicionar-se, adentrando aos poucos, subindo e descendo as garras pelas costas dele, talhando o tecido da camisa sem se importar, enquanto o mandava ir mais rápido, quicando com a força bruta com a qual ele arremetia dentro de si, grunhindo e se contorcendo a cada estocada. As mãos firmemente presas a sua cintura, as garras fincadas em sua pele enquanto ele o mordia, reivindicando seu domínio, urrando e rosnando selvagemente, o enlouquecendo de prazer com os feromônios e presença que liberavam, cada minuto mais bruto e mais forte. Izuku perdeu a voz, gritando o nome do alfa que o fazia delirar, tentando arrancar a própria coleira, sentindo que ela estava atrapalhando e que aquele era o alfa que queria que o fodesse pelo resto da vida. 

Então se desmanchou em prazer, gozando com um grito rouco, fincando as presas e garras na pele das costas e ombros do alfa, tremendo e sentindo-se flutuar enquanto o pênis de Shoto inchava dentro de si, atando-o com o nó, desmanchando-se em jatos quentes e longos dentro de seu útero. Sorte não estar no cio, ou sem dúvida engravidaria. 

Shoto se afastou, observando o ômega sob si. tão belo que mais parecia uma pintura, com as faces coradas e a respiração rápida, olhando-o de maneira lânguida, sem forças para nada que não dar um pequeno sorriso fraco. 

Se valia a pena todo aquele martírio para garantir que nunca mais perderia o controle perto de Izuku? Com certeza valia. 

**********

Tá quente aqui, não?! 

Fortsæt med at læse

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Início: 18 de julho de 2023 Final: