Alvorecer

ichygochan

172K 20.5K 19.2K

O destino nunca pareceu estar do lado de Izuku. Criado desde pequeno como um alfa lúpus, todos a sua volta ti... Еще

INTRODUÇÃO
Preparação
Presença
Suscetível
Incontrolável
Descontrole
Conflito
Decisão
Decepção
Percepção
Reflexões
Convicção
Retorno
Apatia
Humilhação
Ímpeto
No limite
Consequências
Visita
Mudanças
Sentimentos
Ômega Insaciável
Compreensão
Lenda
Por você
Conhecer
Heat
Encurralado
Rival?
Descaso
Intimação
Novidades
Ânsia
Em vão
Reencontro
Desconfiança
Momentos Conturbados
Escolhas
Proposta
Acidente
Tensão
Saudades
Obstinação
Coincidências
Redefinir
Viagem
Ultimato
49 - Preocupações
50 - Fuga
51 - Cortesias
52 - Planos
53 - Farmer

Confortável

2.7K 445 214
ichygochan

Gente! Vocês estão brincando com o meu coração? Olha o salto de visualizações e votos que Alvorecer teve! Eu tô muito feliz e animada! AAAAAAAAA

O mundo se desdobrava a sua frente sob uma nova perspectiva. Ele podia sentir no ar a ameaça se aproximando rapidamente, captar o som dos passos e até mesmo o leve trepidar que a comitiva causava em sua caçada. 

Sua mente primitiva só tinha um comando: proteger seu ômega, e era isso que faria. 

Tão logo detectou a aproximação deles, Shoto avançou sobre Izuku utilizando sua presença para desacordá-lo, aproximando-se e abaixando para que ele caísse sobre suas costas. Ergueu-se majestosamente, uma bela criatura albina em meio a escuridão com olhos brilhantes como lanternas, de porte soberano, farejando o ar em busca de um abrigo onde pudesse se esconder e proteger o ômega. 

Iniciou sua fuga, atento aos movimentos de Izuku e pisando macio, em uma corrida cuidadosa. Graças ao seu tamanho pode se locomover mais rápido, e poderia ganhar vantagem não fosse o fato de estar carregando o ômega desacordado, temeroso de que ele pudesse cair. 

Ele sentia que os humanos atrás de si eram perigosos e poderiam machucar Izuku como haviam feito com ele e por isso precisava tirá-lo dali, mas não conseguiu a tempo, e logo estava cercado por carros cujos motores barulhentos em conjunto com as vozes alteradas feriam seus ouvidos sensíveis, causando-lhe dor e o desestabilizando, mesmo assim manteve a postura defensiva, colocando o ômega no chão, perto de si, protegendo-o com o próprio corpo enquanto rosnava para os cientistas que desciam as pressas, munidos de armas com tranquilizantes, aproximando-se com cautela. 

Izuku acordou ao sentir os feromônios desestabilizados no ar, subjugando-o e despertando em si o instinto natural, buscando proteção. Mesmo atordoado pelo que estava acontecendo ele rapidamente sentou se apegando ao dorso do lobo que lambeu seu rosto na tentativa de acalmá-lo. 

— O-O que está acontecendo? — choramingou apavorado ao ver todos aquelas pessoas empunhando armas de grosso calibre, que não soube distinguir, apertando ainda mais o rosto contra a pelagem alva, aspirando os feromônios do alfa. 

Antes que eles pudessem fazer algo, Shoto olhou para Izuku com seus grandes olhos lupinos, aguachando-se para que ele o montasse. Levou certo tempo para que o ômega compreendesse, mas tão logo isso ocorreu, ele subiu em suas costas agarrando firmemente o pelo para não cair quando o lobo, sem mais delongas se ergueu sobre as quatro patas, alto e imponente, rosnando e pulando por sobre o cerco, correndo pela estrada em uma velocidade vertiginosa enquanto ouvia as saraivadas de dardos atrás de si, e os homens insatisfeitos, se reagrupando e entrando nos carros as pressas para lhe seguir. Audaciosamente virou para a esquerda, pulando cercados e subindo agilmente em muros, pulando por cima dos telhados, quase como se pudesse voar, desaparecendo enfim da vista de seus algozes que gritaram ordens desconexas tentando localizá-lo. 

O ômega sentia o coração bater freneticamente, mas ao mesmo tempo estava confiante na proteção que seu alfa poderia lhe oferecer. De olhos fechados ele se concentrava nos ruídos ao seu redor e principalmente nos feromônios do alfa, mais fortes do que nunca, envolvendo-o como uma aura protetiva. 

Os sons a sua volta ficaram cada vez mais distantes e abafados, até serem substituídos pelo som do mar, quando ele ousou abrir os olhos momentaneamente sentindo a brisa fria do oceano a noite tocar seu rosto junto a gotículas de água que flutuavam e as leves passadas do lobo, batendo na água trazida pelas ondas que vinham quebrar próximas as suas patas. A lua cheia brilhava majestosa e por um segundo ele imaginou o quão linda deveria ser aquela cena presenciada por terceiros, esfregando o rosto na pelagem acetinada do alfa, grunhindo satisfeito. 

 Reconheceu a própria rua quando o lobo virou-se, correndo pela lateral até localizar a sacada do seu quarto que felizmente havia deixada aberta em sua correria. O lobo saltou vertiginosamente alto, e Izuku se agarrou ainda mais a pelagem, sem coragem de ver, abrindo os olhos apenas ao sentir o baque das patas sobre a superfície novamente, leve como se ele não possuísse peso, adentrando no quarto escuro que felizmente estava com a porta trancada. O ômega abriu os olhos agradecendo ao fato de Bakugou não ter optado por agarrar Eijirou ali como havia suposto, caso contrário, além de interromperem algo muito importante iam passar por uma situação tão vergonhosa que nem mesmo uma amnésia das mais potentes seria capaz de apagar de sua memória. 

Podia sentir o cansaço do alfa sob si, resfolegando e tremendo antes de se deitar no chão, visivelmente fatigado, não somente pela corrida, mas pelos dardos tranquilizantes que tinhan se fincado em sua carne. Como ele havia conseguido resistir a fuga e as drogas entorpecentes e ainda se mantinha acordado era uma incógnita, mas os olhos semicerrando-se e a maneira largada com a qual havia deitado provava que ele estava sentindo os efeitos e logo cederia a eles. 

Izuku se adiantou descendo de suas costas e o abraçando pelo pescoço, visivelmente assustado com tudo. O alfa virou o focinho farejando-o antes de mais uma vez lamber seu rosto de maneira afetuosa colhendo as lágrimas como se pedisse para que não se preocupasse. 

— O que houve com você?— Izuku perguntou com a voz quebrantada, segurando o rosto dele com as mãos, os dedos entrando nos fios macios enquanto o fitava nos olhos — Pode me entender? Compreender o que eu estou dizendo? — O lobo apenas continuava a olhá-lo, sem mais nenhuma ação que não a de farejá-lo levemente, respirando em seu rosto — Tudo bem, não tem problema, eu vou cuidar de você — acariciou o topo da cabeça dele, beijando-lhe com cuidado e se levantando. 

Assim que acendeu a luz ele pode perceber quão machucado ele estava, sentindo a garganta travar ao perceber partes da pelagem alva tingidas de vermelho, principalmente nas patas. Os olhos do alfa o encaravam cada vez mais sonolentos e Izuku se adiantou, descendo as escadas e procurando um kit de primeiros socorros. Felizmente sua mãe havia saído, deixando um bilhete onde avisava que retornaria as dez da noite, o que aconteceria em uma hora de acordo com o relógio. O ômega suspirou aliviado em parte por não precisar se preocupar em explicar a ela o que estava fazendo com um lobo gigante em seu quarto, enviando uma mensagem de texto avisando que já havia chegado em casa para que ela não se preocupasse e tendo o cuidado de adicionar um " acompanhado" por saber que ela reconheceria a presença de outra pessoa ao perceber feromônios estranhos no quarto. 

Se adiantou pegando um pouco de água, uma vasilha e... o que diabos um lobo comeria? Deveria mesmo tratá-lo como um animal mesmo sabendo que o alfa estava transformado? Ou deveria alimentá-lo como se fosse um humano normal? Carne, frutas... o que diabo deveria levar? 

Na dúvida acabou levando um pouco de cada coisa, jogando tudo dentro da vasilha e subindo novamente até seu quarto, onde encontrou o lobo no mesmo lugar erguendo a cabeça sonolentamente ao vê-lo, aproximando-se e depositando as coisas ao lado. Não sabia se ele o entendia, mas sabia pela maneira como liberava seus feromônios que o reconhecia, ocupando-se em preparar tudo, colocando a água em uma tigela para que ele bebesse, algo que precisou de um pouco de incentivo, pois o alfa simplesmente virou o focinho para o lado oposto claramente desinteressado em beber ou comer alguma coisa. 

— Vamos lá, você correu muito, tem que beber e comer algo — O ômega carinhosamente o afagou por debaixo do queixo com os olhos pedintes que chamaram a atenção do lobo — Por mim, por favor. 

Mesmo a contragosto ele se hidratou, lambendo a água vagarosamente enquanto fitava o ômega que acariciava seu pelo, deslumbrado com aquela forma bonita mesmo que ainda estivesse perplexo com todos os acontecimentos. 

O que havia acontecido para Shoto se transformar em lobo? Era tão surreal e bizarro que não acreditaria se alguém lhe contasse. 

Afastou-se abrindo a caixa de primeiros socorros enquanto olhava as feridas pensando em como deveria cuidar delas. Começou retirando os dardos vazios e limpando com água. Haviam arranhões da corrida e as patas estavam machucadas provavelmente por algumas pedras ou algo do tipo. Secou com gazes e espirrou um pouco de antisséptico, enrolando com algumas ataduras, sem apertar ou deixar muito frouxo. 

Assim que terminou olhou para o alfa, vendo o olhar dele sobre si e um calafrio percorreu sua espinha ao se perceber sendo fitado daquela maneira profunda. Ele estava enorme naquela forma e era muito intimidador. Levantou-se guardando os itens e se aproximando da porta para trancá-la e apagar as luzes, mergulhando o quarto novamente na escuridão.

Fechou a sacada observando a rua lá embaixo e vedando com um objeto que disfarçava feromônios para dificultar caso os mesmo caras ainda estivessem atrás de Shoto, deixando-se cair na cama exausto pelos acontecimentos, fechando os olhos enquanto tentava processar o que estava acontecendo. 

Sentiu um peso sobre a cama e deu de cara com o lobo deitando e se comodando ao seu lado, usando a pata machucada para aproximá-lo enquanto repousava a cabeça sobre a sua, sem fazer peso.

Por sorte a cama era de casal, o que permitiu que ambos a partilhassem ainda que o lobo ficasse em parte pendurado, todavia aquela posição o fazia se sentir estranho, apesar de ser confortável, tentando se desvencilhar do agarre e ouvindo um rosnado descontente e baixo que o fez parar de se mover. O alfa de certa maneira o estava cobrindo e protegendo e não havia porque reclamar, afinal o fazia se sentir bem e tranquilo, protegido contra o mundo.

E era tão bom.

Não demorou para sentir o sono chegar, adormecendo envolta do abraço macio e acolhedor, esfregando o rosto na pelagem macia. 

*************

Quem disse que eu não sei fazer cenas bonitinhas, heim?!

E nope, sei que vocês estão querendo o lemon mais do que tudo mas vamos com calma, ok?   

Продолжить чтение

Вам также понравится

991K 48.6K 71
"Anjos como você não podem ir para o inferno comigo." Toda confusão começa quando Alice Ferreira, filha do primeiro casamento de Abel Ferreira, vem m...
219K 33.6K 65
Eu fui o arqueira, eu fui a presa Gritando, quem poderia me deixar, querido Mas quem poderia ficar? (Eu vejo através de mim, vejo através de mim) Por...
356K 36.7K 44
O que pode dar errado quando você entra em um relacionamento falso com uma pessoa que te odeia? E o que acontece quando uma aranha radioativa te pica...
63.1K 3.6K 51
• Onde Luíza Wiser acaba se envolvendo com os jogadores do seu time do coração. • Onde Richard Ríos se apaixona pela menina que acabou esbarrando e...