PsicoLove.

By ravimatheus99

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Jullie Martins, atualmente com 18 anos, passa por poucas e boas em uma clínica psiquiátrica. Foi diagnosticad... More

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Again and Again
do you hear me?
under the everyone
Mommy
Jane is bad
Robert it's a man
Game over, Jane
Broken heart
Mom, stay in peace.
Just a dream
Who is your mother?
Hey, it's me
Think about decision
I want my mother
Ms. Devenport?!
Robert with Mitchell
Bianca's comeback
End of start
The other side
an angel named Max
maybe a new love
please, i need that.
IMPORTANTE
countdown
The day I was released
First day. First lesson.
new actions pay off
little escape
black power friend
powerful hands
i hate you
i need you now.
grandma teacher
here I come
not welcome
R.I.P Mrs. Dom
Diverting or trying
an ice-cream...?
trembling and troubled
go in crazy
sardines and memories
don't touch the wound
la justice en fuite

my possible bonus

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By ravimatheus99

- QUER SABER? VOCÊ É BIZARRA MESMO! - esgoelava Emilly diretamente pra mim - COMO EU PUDE IR PRA CAMA COM UMA DOENTE MENTAL?

Milly, minha linda, devo te lembrar que se estamos ambas no mesmo quarto, na mesma clínica, é porque temos algo em comum? E não é o ódio reciproco.

- VOCÊ NÃO VAI DIZER NADA? INACREDITÁVEL, SONSA!

Quer saber? Eu vou dizer sim... Puxei todo ar capaz de completar meus pulmões:

- O quer que eu diga? - se acharam que eu iria rebater no mesmo tom de voz, não! - Sou doente sim, sou bizarra sim, sou isso e muito mais. Você chegou agora aqui Emilly, você não conhece um terço da minha história, você grita por tudo, é mimada e completamente maluca, e EU que sou inacreditável? 

Milly olhou pra mim, e teus olhos que ferviam agora marejavam piedosos. É pra ter dó?

- Não adianta olhar com essa cara de cachorro perdido de mudança, não é a primeira vez. 

- PARA - aumentou seu tom de voz, mas voltou ao normal segundos depois - não fala assim comigo... me desculpa.

Vocês tem noção do porque da briga? Era todo dia um motivo diferente. Dormimos no mesmo quarto, temos refeições juntas, saímos juntas, tomamos medicamentos juntas, eu suporto essa menina todo santo dia, e não tenho escapatória. Eu não a amo, e eu sinceramente não suporto mais olhar pra cara dela. O motivo da briga, dessa vez, é porque não retribui o "eu te amo" da bela donzela. 

- é toda vez assim...  - rolei os olhos.

- eu te amo...

- Emilly, entenda uma coisa... - ela sentou e olhou atentamente nos meus olhos - se eu não sinto, como posso dizer? Eu gostava muito de você no começo, tinhamos uma relação legal, você era mais tranquila. Não fazem 5 meses e isso tá um inferno!

- Mas...

- Mas nada! Nem era pra gente ficar, eu tenho que focar na minha melhora, eu não quero apodrecer aqui, mas você...não, você fica ai viajando nas suas ideias sem pé nem cabeça.

- JULLIE! - eu estava cega pra dizer TUDO, nada me impediria.

- Sabe porque mantive isso? Porque eu não tenho opção, porque quem eu amo me deixou, e porque eu tenho que manter a boa convivência pra não arrancar esse teu cabelo, garota! Mas eu não quero mais NADA com você.

- Jullie... - sua voz falhou - eu..eu achei que você gostasse mesmo de mim...

A morena começou a choramingar, parei no mesmo momento a encarando pasma sem saber o que dizer, mas não estava arrependida não. Minha respiração arfante, sentia meu coração célere e minhas mãos tremulas.

- Eu sinto muito... mas não.

Fui breve e franca. Sai do quarto. Desci as escadarias pra ir até o pátio, avistei Larissa sentada olhando a enfermeira, resolvi aproximar.

- Olá - suspirei

- Oi sumida! - não pense vocês que ela tirou os olhos de quem fitava antes. Apenas repontou sem muito interesse.

- Nossa, atenção pra mim nada né?

- Ai... - enfim direcionou teu olhar a mim - Que que é em?

- Larissa! - a repreendi. Calma, ela fala assim mesmo...é o jeito dela - Eu preciso ir embora daqui.

- Ah Ju, eu também...quem não?

- É sério, eu preciso pelo menos que aquela estrupicia saia do meu quarto.

- Já tentou falar com o Rob? - ela se referia ao Robert, reitor filho da puta da clinica.

- Claro que não! - fechei a cara.

- Ele até que é bom... - ela deu de ombros, supondo que eu pegava muito no pé dele.

- Sim, muito bom pra quem não atravessa o caminho dele. 

- Se liga naquela garota - ela mudou de assunto voltando a olhar pra mulher - ela é muito linda!

Não foram muitas vezes que ouvi um moleque falar, mas claramente Larissa parecia um pervertido nesse exato momento

- Menina, você tá comendo ela com os olhos - revirei os olhos em reprovação 

- Ta com ciumes? - resmunguei negativamente em resposta - TA COM CIUMEEEEES! - ela envolveu teu braço em volta do meu pescoço me enforcando num abraço apertado, rindo da minha cara. 

- Não é ciumes... - talvez um pouco. - Ai, é que você não ta nem ai pra mim! 

- Mentirosa! Você que casou lá com aquela metidinha frenética e me esqueceu.

Larissa foi um anjo na minha vida, e ela tinha sim um pouco de razão, mas não que eu quisesse ter chegado a esse ponto.

- Desculpa? - falei manhosa.

- Ta, mas só porque você é minha pirralha favorita e... vai pedir pra moça ali passar no quarto 12 mais tarde, hum? - esbarrou teu ombro no meu dando uma leve piscadela. 

- Han... - bufei mas logo sorri, o que eu não faço né? - ta bom ta bom! - Ia me levantando quando Lari me puxou de volta 

- E não esquenta, logo a gente vai sair daqui... ouvi boatos de uma bonificação para as boas pacientes... Agora vai, vai - deu um leve tapinha na minha bunda, me incentivando a ir falar com a enfermeira.

Será isso verdade? Bonificação? Isso existe pra loucos? 

- Oi.. - falei tímida diante da moça ruiva que agora me encarava apavorantemente magnifica com aqueles olhos esmeralda.

- Olá mocinha - sorriu atestando simpatia - precisa de algo?

- Não - preciso, a receita da sua beleza - Quer dizer... eu tenho uma amiga que...é, ela precisa de ajuda. No quarto 12. É isso, tchauzinho!

Eu que não vou estender mais papo né? Recado dado, não me pergunte o que a moça deve ter pensado de mim, mas acho que o normal: "Maluca". Pouco interessava.

Andei até o quarto, esperando não encontrar Emilly sentada com aquela cara de bunda me esperando pra falar mais mil e uma lorotas. Pelo contrário, estava sim presente no quarto, mas não alegou nada. NADA, nenhuma expressão desgostosa nem nada. 

E assim, o fiz também, deitei na minha cama abraçada com Anne, virada de costas pra ela, considerando a real possibilidade de uma tal bonificação pra boas pacientes, eu não perco isso por nada. 

Eu espero sair daqui, e eu espero a tanto tempo... será que enfim vou começar a viver? Começar minha vida, começar a arquitetar sonhos...encontrar a felicidade, a minha felicidade, com nome, endereço, um sorriso fodido e um olhar perturbadoramente atrativo? Eu espero. 

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