Não pare a Música

By AliceHAlamo

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A dança é composta por vários elementos. Você tem a coreografia, o tempo, a música, o dançarino, a técnica... More

Capítulo 1 - Sasuke
Capítulo 2 - Naruto
Capítulo 3 - Ino
Capítulo 4 - Gaara
Capítulo 5 - Quebra de rotina
Capítulo 6 - Suas lentes
Capítulo 7 - Interesses
Capítulo 8 - O que os outros pensam
Capítulo 9 - Encantado
Capítulo 10 - Ajuda "mútua"
Capítulo 11 - Punição
Capítulo 12 - Fora de Foco
Capítulo 13 - Desafio
Capítulo 14 - Intensidade
Capítulo 15 - Mudanças
Capítulo 16 - Tensão
Capítulo 17 - Entre jogos e bebidas
Capítulo 18 - Escolhas
Capítulo 19 - A queda
Capítulo 20 - Bolha
Capítulo 21 - Luz acesa
Capítulo 22 - Segredos
Capítulo 23 - Permissão
Capítulo 24 - Montanha Russa
Capítulo 25 - Gravidade
Capítulo 26 - Amarga Vitória
Capítulo 27 - Forjada em veneno
Capítulo 28 - Aberto
Capítulo 29 - Relações
Capítulo 30 - Linda
Capítulo 31 - Cores
Capítulo 33 - Elos
Capítulo 34 - Marcas da alma
Capítulo 35 - Resgate
Capítulo 36 - Suporte
Capítulo 37 - O que tem atrás das cortinas
Capítulo 38 - Socos da vida
Capítulo 39 - A morte do Cisne
Capítulo 40 - Acerto de contas
Capítulo 41 - Vida
Epílogo

Capítulo 32 - Oportunidades

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By AliceHAlamo


Naruto não dormiu bem e acordou mais cedo do que imaginava. Tinham dormido cedo na noite anterior, tão logo comeram e Sasuke tomou o analgésico. Agora, eram três da manhã, e ele havia acordado sem despertador ou qualquer outro alarme, apenas a preocupação martelando em sua cabeça. Permaneceu em silêncio, sem querer que Sasuke também despertasse. Ele dormia profundamente, a respiração calma, a expressão serena, gostava de senti-la em seu pescoço, de acordar com Sasuke o abraçando por trás, do calor do corpo dele contra suas costas... Girou, deitando-se de costas no colchão, com cuidado para não acordar o outro, e sorriu com a facilidade com que Sasuke apenas se ajeitava em seu corpo, sempre achando uma nova posição antes de suspirar e voltar à tranquilidade de seu sono. Esperou que ele se acomodasse, sorriu quando a cabeça de Sasuke repousou sobre seu peito e não acariciar os cabelos dele tornou-se uma missão impossível.

Amava-o. Havia se dado conta disso quando Orochimaru tinha ido o confrontar. Nunca na vida tinha sentido tanta raiva em tão pouco tempo por uma conversa tão simples e rápida, nunca quisera tanto proteger alguém como queria fazer com Sasuke... Tinha medo, medo de que Sasuke em algum momento desabasse, que a forma como o abraçou no sofá horas antes não fossem suficientes para mantê-lo inteiro e de pé no momento seguinte. Amava-o, tinha repetido isso em silêncio a cada beijo no rosto dele, a cada lágrima que tinha que fingir que não via porque Sasuke era orgulhoso demais, a cada olhar de ódio que de vez em quando percebia nele e que tentava dissipar beijando-o com carinho... Amava-o de uma forma que tinha certeza nunca ter amado antes.

Acariciou o rosto dele tentando não o despertar, gostava de observá-lo longe das costumeiras preocupações, longe da companhia. Sasuke fora daquele ambiente era outro, os sorrisos não possuíam frieza ou maldade, o riso baixo era gostoso de ouvir, os olhos brilhavam como tinham feito quando o havia levado ao teatro, e até mesmo a dança dele era outra! Sasuke dançava com leveza, como se o corpo não tivesse com que se preocupar além do ritmo da música, como se ele fosse livre para expressar o que as notas lhe pediam. Suspirou, e o céu claro do lado de fora da janela só provou o quão desesperadamente perdido estava pelo bailarino em seus braços.

O despertador não havia tocado às cinco horas, tinha convencido Sasuke a desligá-lo, ele ainda teria aula às nove na faculdade, mas então esperaria até, pelo menos, sete e meia para acordá-lo. Até lá, o manteria consigo, velaria por seu sono enquanto pensava em como resolver aquela situação, embora precisasse admitir que não era bom em achar saídas para situações complicadas.

Ouviu o suspirar de Sasuke e, quando a hora chegou, foi difícil se convencer de que devia mesmo acordá-lo. Chamou o nome dele baixinho, não seria culpa sua se ele não ouvisse, mas Sasuke tinha o sono leve, sabia disso, e não demorou para que o visse resmungar e girar na cama para ignorá-lo. Aproximou-se, abraçando-o pelas costas e beijando a pele exposta do torso, e Sasuke bufou ao deitar de costas no colchão e encará-lo.

— Bom dia. — Sorriu, e Sasuke pareceu querer matá-lo menos a cada beijo que deixava no rosto e no pescoço dele. — São sete e meia, vai se atrasar para a aula, Teme.

— Eu vou me atrasar se você continuar me beijando, Naruto — rebateu baixo, mas Naruto estava perto o bastante para ouvi-lo e arregalou os olhos com um riso nervoso ao se afastar. — Usuratonkachi.

— Eu só estava tentando ser carinhoso aqui, Teme — reclamou, e Sasuke arqueou a sobrancelha antes de passar as mãos pelo rosto e se sentar na cama, desconfortável. — Tá tudo bem? Ainda com dor?

— Não muita — respondeu sincero, e Naruto piscou confuso pelo vermelho na face do outro. — Você vai tomar banho primeiro?

— Você pode ir primeiro, se quiser. — Naruto sorriu, e Sasuke pareceu refletir muito sobre o assunto. — Tá tudo bem mesmo?

— Sim, pode ir na frente — respondeu depressa, e Naruto franziu o cenho, confuso e curioso, justo da forma que Sasuke não queria que ele fizesse.

— Tem dois banheiros, Sasuke, você pode usar esse se quiser.

Sasuke quis se xingar, em alto e bom tom, e depois quis xingar Naruto de todos os nomes possíveis. Tinha que encerrar o assunto antes que Naruto ficasse ainda mais desconfiado, mas, quando pensou em dizer algo, ouviu o riso alto e espalhafatoso de Naruto e se perguntou quantos anos de prisão pegaria por asfixiá-lo com o travesseiro.

— Ah meu Deus, Teme! Você sabe que ereção matinal é algo... hum... natural, né? — ele perguntou rindo ainda mais quando seu rosto ficou vermelho de raiva ou vergonha, nunca saberia. — Eu já te vi duro se isso te consola de alguma forma, pode parar de tentar esconder isso dobrando a perna.

— Ninguém te perguntou, Dobe. E isso não aconteceria se você não ficasse tão perto enquanto dorme. A cama é grande o suficiente para umas três pessoas.

— Em minha defesa, é você que me abraça a maior parte do tempo, seu mal agradecido. Eu que sou a vítima aqui.

Sasuke pressionou a raiz do nariz e contou até dez para não morrer de vergonha. Sentiu o colchão afundar e se arrepiou quando a boca de Naruto subiu por seu pescoço até o ouvido.

— Posso te ajudar com isso se quiser. Se a culpa é minha, posso assumir total responsabilidade. Vai ser um prazer.

— Não era você que disse que eu ia me atrasar? — Sasuke sorriu com ironia, e o rosto de Naruto estava perto o suficiente para que ele visse a diversão nos olhos azuis ao empurrá-lo para deitar-se de volta na cama.

— Vai levar menos tempo do que você batendo uma no chuveiro, certeza.

— Eu não ia fazer isso aqui! — indignou-se, e Naruto riu de novo ao afastar as cobertas e se ajoelhar entre suas pernas. — Hey, pera, pera, o q-.. que...

— Confia em mim.

Sasuke engoliu em seco, o corpo apoiado nos cotovelos enquanto Naruto se inclinava sobre ele sem desviar o olhar do seu. Sentiu a boca dele em seu abdômen, os beijos lentos enquanto a mão escorregava por sua coxa na direção da virilha. A boca descia, e ficou óbvio o que Naruto pretendia fazer ao pará-la sobre o tecido de sua calça, respirando pesado sobre sua ereção ainda sob as vestes.

— Sasuke? — ele chamou, em dúvida, desejando saber se podia prosseguir.

Não respondeu. Respirou fundo à medida que deitava o corpo na cama e fechava os olhos ao apenas concordar com a cabeça. Sentiu o deslizar dos dedos de Naruto por sua cintura, eles desciam por sua pele até a calça de moletom que usava, ao hálito quente contra seu abdômen o fez fechar os olhos, e um arrepio partiu dali até sua nuca conforme a calça era retirada.

Arfou com a sensação quente da respiração de Naruto pelo comprimento de sua ereção, o tecido escuro da box que usava não lhe permitia sentir o contato por completo, e os olhos espiavam curiosos e relutantes conforme os lábios de Naruto brincavam com o tecido. As mãos dele seguravam suas coxas com firmeza, abriram suas pernas e o expuseram de modo que Sasuke fixou o olhar no teto e tentou reaprender a respirar enquanto apertava os lençóis sob suas mãos.

— Relaxa... — Ouviu Naruto sussurrar, e o tom divertido de antes tinha sumido, substituído pelo cuidado com que ele beijava a parte interna de uma de suas coxas enquanto acariciava a outra. — Me dá sua mão.

— O quê? — Piscou, confuso.

— Me dá sua mão aqui.

Sasuke viu Naruto segurar sua mão e colocá-la sobre sua ereção. Franziu o cenho, confuso, e Naruto voltou a morder sua coxa.

— Se toque, devagar, de leve... — ele incentivou. — E não tire os olhos de mim, Sasuke.

Como se aquele fosse um pedido fácil... Na verdade, era um pedido que deixava Sasuke em cheque. Olhar para Naruto era fácil devido ao magnetismo dos olhos azuis, mas era difícil pelas sensações que o olhar lhe trazia. Sentir a face quente e estar ciente de que corava o instigava ainda mais a fugir, contudo, cada vez que a boca de Naruto tocava sua pele era como se abafasse as batidas do seu coração, como se sugasse pouco a pouco sua ansiedade, apenas o necessário para que ele conseguisse começar a se tocar.

Naruto lhe sorriu, os toques em suas pernas ficaram mais precisos conforme a respiração quente de se aproximava da virilha. A boca seca obrigou Sasuke a umedecer os lábios, a respiração estava evidentemente mais rápida, embora ele a estivesse tentando controlar a todo custo. Naruto irradiava calor, podia sentir a pele relaxando sob as mãos dele, a ereção pulsando a cada beijo mais perto dela. Olhou, obrigou-se a olhar quando a respiração de Naruto chegou em seus dedos.

Naruto ergueu o olhar para conferir o que mais desejava, a atenção de Sasuke sobre ele, e então abriu a boca, devagar, deixando a língua deslizar pelos dedos de Sasuke antes de fechar os lábios ao redor deles. O arfar surpreso de Sasuke só não era mais delicioso de ouvir que o gemido baixo que ele deixou escapar, e Naruto sugou os dedos dele quando percebeu a intenção do outro de recuar a mão.

Sasuke engoliu em seco, o coração batia mais rápido agora, a língua de Naruto subia e descia por seus dedos, entre eles, os lábios faziam pressão, e ele os chupava com vontade. Podia ler a promessa nos olhos que o encaravam maliciosos, famintos: Naruto faria o mesmo com o resto de seu corpo assim que permitisse, não só com a ereção que pulsava dolorida e melada sob a veste, mas com ele por inteiro, o devoraria até que não sobrasse nada, até que estivessem satisfeitos por completo.

Moveu os dedos, curioso, e Naruto sorriu como pôde ao arrastar os dentes pela pele. A língua serpenteava entre os três dedos, o barulho da sucção excitava Sasuke, e ele não reprimiu a súbita vontade de ver até onde Naruto aguentava. Abriu a boca, curioso, a atenção inteira voltada para como Naruto engolia seus dedos tão fundo quanto era possível antes de afastar com um sorriso malicioso e deixar seus dedos molhados sobre sua ereção.

Gemeu fechando os olhos sem querer, a boca de Naruto fechava-se ao redor de cada dedo separadamente, os dentes rasparam em sua ereção, e a língua lambeu seus testículos antes mesmo que Sasuke se desse conta. Ele o distraía, com uma facilidade única, e Sasuke gemeu ainda mais alto quando a boca de Naruto afastou sua mão e tomou para si a glande, a lambendo e sugando mesmo com o tecido entre os corpos.

Segurou-se no lençol, gemeu conforme a boca de Naruto deslizava por sua ereção, a roupa ficava mais molhada com o passar do tempo, com a língua de Naruto a delimitar a extensão de seu pênis, com a boca chupando a glande coberta, com os dentes o provocando e fazendo com que se arrepiasse por inteiro enquanto perdia o ar.

Queria. Queria sentir por completo. Queria tanto que arrastar a mão para a barra da box e abaixá-la um pouco era dar o primeiro golpe para destruir um muro que ele próprio havia erguido, mesmo que a mão tremesse de leve, mesmo que tivesse parado de respirar para não desistir da ideia, mesmo que a mão de Naruto sobre a sua o tenha ajudado a terminar de deslizar o tecido, devagar, os olhos presos aos seus enquanto a roupa escorregava por suas pernas.

Nu. Naruto observou Sasuke em sua cama por um momento, sempre admirado demais para conseguir agir. Os olhos negros estavam sobre ele, Sasuke o encarava de uma maneira diferente daquela vez. O vermelho no rosto dele era lindo, entregava fácil a vergonha ou o nervosismo que ele sentia, mas tinha mais dessa vez, o olhar dele parecia querer dizer algo que a boca não diria, algo que ele esperava que entendesse. Sentia-lhe o corpo tenso, as coxas dele sob suas mãos estavam rígidas, como se Sasuke fizesse um esforço para não as fechar, e as mãos dele... Odiava quando Sasuke parecia encurralado, seu coração por algum motivo sempre esperneava quando via Sasuke se segurar no lençol, ou em qualquer outra coisa, como se estivesse sendo intimidado e precisasse de um ponto de segurança.

Engatinhou sobre ele e ignorou-lhe a ereção. Beijou o peito de Sasuke e escorregou as mãos pela cintura dele, subindo até que os dedos tocassem os de Sasuke e os soltassem do lençol um a um. Prendeu-lhe as mãos sobre a cabeça e o beijou. Havia urgência na forma como Sasuke o correspondia, a língua dele buscou pela sua depressa, e Naruto gemeu com o lábio inferior sendo chupado. Soltou as mãos de Sasuke somente para poder tocar-lhe o rosto, e gemeu deliciado pela decisão quando seu cabelo foi segurado com força durante o beijo.

Virou o rosto dele para o lado quando as bocas se separaram ofegantes, e a voz de Sasuke gemendo tão perto de si quando começou a marcar o pescoço dele fez sua ereção pulsar dolorida. Não deveria marcar, sabia disso, mas só se lembrou depois que havia feito... além disso, Sasuke não o havia parado, pelo contrário, os dedos entre os fios de seu cabelo o incentivavam, Sasuke o mantinha perto, e Naruto gemeu excitado quando ele virou o rosto para o outro lado e deixou que fizesse o mesmo do outro lado.

Rebolou contra o corpo dele inconscientemente, e ouviu Sasuke arfar. Beijou-lhe uma última vez antes de sua língua desenhar uma linha do pomo de Adão até o umbigo. Segurou as mãos de Sasuke e olhou diretamente para ele ao colocá-las sobre seus cabelos.

— Sinta-se à vontade para puxar... — sussurrou, rouco, e Sasuke mordeu o lábio inferior.

Naruto não esperou por uma resposta e, no momento seguinte, tudo o que pôde sentir além do gosto da excitação de Sasuke escorregando para dentro de sua boa foi como seu corpo vibrou excitado pelo gemido alto, surpreso e extasiado, que Sasuke emitiu enquanto fechava as mãos em seu cabelo.

Como era possível? Como era possível que seu corpo gostasse tanto das reações que conseguia tirar de Sasuke pouco a pouco? Como era possível ficar ainda mais surpreso e cada vez mais apaixonado pela forma como Sasuke reagia a seus toques? Como era possível querer tanto que ele sentisse prazer, que ele o aceitasse, que ele não o rejeitasse? Como era possível que não apenas a sua mente e o seu coração, mas até mesmo o seu corpo se importasse muito mais com Sasuke que consigo? Já estava há meses sem sexo, meses, desde que havia começado a sair com Sasuke, e, quando estavam juntos, a única coisa com que se importava era em garantir que Sasuke se sentisse bem! Mas o que podia fazer? O que podia fazer quando olhar para Sasuke enquanto ele gemia sem pudor algum havia se tornado um vício? O que podia fazer quando seu corpo inteiro vibrava em uma sintonia diferente e muito mais intensa só de ver Sasuke gozar? Por vê-lo gozar graças a ele, por lhe assistir se entregar cada dia um pouco mais?

Apertou as coxas de Sasuke com força, adorava ter o corpo dele sob suas mãos, a pele macia, os músculos firmes. Abriu-as ainda mais enquanto a boca descia pelo ereção rígida de Sasuke, ergueu-as quando se afastou minimamente para olhar a cena, e a língua não demorou a rodear os testículos enquanto Sasuke gemia e deixava a cabeça rolar de um lado ao outro do travesseiro.

Era aquilo que queria, aquela entrega, aquela desistência fosse lá contra que Sasuke estivesse lutando. Apoiou as pernas dele em seus ombros e lambeu toda a extensão do membro ereto, olhou para Sasuke enquanto descia uma das mãos para sua própria ereção e então gemia, com o pau de Sasuke em sua boca, com os olhos dele voltados para si, enquanto se masturbava e voltava a engoli-lo, faminto.

Sasuke sentiu o corpo tremer, mas, dessa vez, não conseguia associar isso a algo ruim. Gemeu e xingou Naruto em seguida por não conseguir extravasar de outra forma a confusão em que o corpo estava mergulhado. Estava quente, sentia-se febril pelo modo como o suor começava a cobrir sua pele, e a respiração e a saliva de Naruto contra sua virilha não aliviavam nem um pouco a sensação. Seu coração batia disparado no peito, afoito e ainda tentando achar uma explicação para o oceano revolto em que tinha mergulhado. Apertou o cabelo de Naruto sob suas mãos e sorriu incrédulo quando o ouviu gemer, quando a voz contida fez a vibração chegar em sua ereção e um arrepio delicioso o obrigar a jogar a cabeça para trás.

Aquilo era ainda melhor de quando Naruto tinha apenas o masturbado, era incrivelmente melhor, e a visão da cabeça de Naruto indo e vindo em seu corpo o excitava tanto, tanto... Empurrou-o ainda mais contra si, assistiu com deleite Naruto abrir a boca e se ajeitar para engoli-lo, fundo, os lábios se fechando com pressão ao redor da base de seu pau antes de subir o chupando com força.

— Ah, puta merda! Ah... isso é...

Naruto riu, e Sasuke tombou a cabeça de novo contra o travesseiro enquanto as pernas se abriam mais para dar melhor acesso ao outro. A saliva escorria, Sasuke conseguia senti-la descendo por sua virilha, sentia o lençol sob si molhado, da mesma forma que Naruto sentia a lubrificação de Sasuke se acumular cada vez mais sobre a glande.

Lambeu, o pré gozo em sua língua acelerava sua mão em sua própria ereção, e ficava difícil respirar corretamente com o prazer que se espalhava por seu corpo. Marcou a virilha de Sasuke, chupou a pele até que as marcas se fizessem presentes e ele ouvisse o choramingar do outro ao apertar mais seus cabelos.

— Naruto...

Usou a mão livre para masturbá-lo, e a língua rodeou a glande e brincou com o pequeno orifício ao centro enquanto Sasuke o observava.

— Gosta? — sussurrou.

— Vai-.... Ah, merda, merda... — gemeu quando Naruto chupou a glande e o masturbou ao mesmo tempo e levou uma das mãos à boca.

— Gosta — Naruto afirmou com um sorriso depois de soltá-lo com um barulho estalado. — Tira essa mão da boca, Sasuke... não tem porque se esconder de mim, Teme, eu amo te ouvir, te ver, te beijar, te tocar... Ah, Sasuke... — gemeu, e Sasuke viu Naruto respirar com dificuldade, a boca próxima de sua ereção, a mão indo e vindo depressa sobre o próprio membro. — Me deixa te ouvir, te chupar... Me deixa gozar com seu pau na minha boca enquanto te ouço gemer, Sasuke...

Sasuke sentiu o pré gozo lambuzar de novo a glande com aquilo, e o corpo comemorou quando a boca de Naruto voltou a chupá-lo assim que as duas mãos agarraram os cabelos loiros.

Aquele maldito... Se não fosse aquele sonho, se não tivesse sonhado mais uma vez com a forma como ele o havia tocado sobre o piano, não teriam acabado ali daquele jeito. Entretanto, não se arrependia, por algum motivo, não se arrependia...

Não percebeu quando eram suas mãos a guiar Naruto agora, quando o outro havia simplesmente deixado que ele comandasse os movimentos, só se deu conta disso quando o olhou, quando percebeu o olhar ébrio de Naruto fixo nele enquanto seu pau sumia entre os lábios avermelhados, a cabeça indo e vindo conforme suas mãos ditavam que fizesse. O aperto de Naruto em sua coxa ficava mais forte, conseguia ver como os músculos das costas dele tornavam-se mais tensos à medida que a respiração parecia mais e mais desregulada. Ele se tocava, e Sasuke gemeu excitado e descrente aos primeiros sinais de que o orgasmo se aproximava.

Suas pernas quiseram se fechar, e ele teve que se esforçar para mantê-las abertas enquanto o corpo vibrava, tremia, como se uma corrente elétrica intensa demais o percorresse e o fizesse arquear as costas e gemer sem fôlego. Naruto pareceu entender e retomou o controle das investidas, chupando-o com mais vontade, mais rápido, e Sasuke se curvou para frente, a fala desconexa e a mente turbulenta demais para entender o que queria ele próprio queria dizer.

Pulsava, sentia a ereção dolorida pulsar quente e insuportável na boca de Naruto, o formigamento da virilha se espalhou, e Sasuke abriu a boca surpreso e deliciado ao jogar o corpo todo para trás com força quando o ápice o abateu com tudo. O gemido saiu mais alto do que nunca, os olhos perderam o foco, o corpo suado pareceu sequestrado pelo prazer que o fazia refém, como se cada célula tremesse pelo impacto do orgasmo. O coração batia forte, a impressão que tinha era que havia somente ele no peito, comprimindo os pulmões e querendo empurrar os ossos para ter mais espaço. E, merda, estava gostando tanto dessa sensação...

O corpo relaxou, e Sasuke demorou para conseguir se mover, para assumir novamente as rédeas de sua mente. E, quando fez, a primeira coisa que seus olhos viram foi a imagem de Naruto gemendo sobre seu corpo, o rosto apoiado em sua coxa, os lábios vermelhos ainda com resquícios de seu gozo puxando o ar desesperadamente enquanto ele se masturbava.

Fascinado... Naruto sempre o deixava fascinado demais... Sua mão, que havia saído dos cabelos dele naquele curto período, voltou para as mechas loiras, e Sasuke não soube o motivo, mas puxou, erguendo o rosto de Naruto para que ele o olhasse. Queria assistir, até o último momento, até o fim... e não se arrependeu porque, no exato momento quando os olhos azuis se ergueram para encontrar os seus, Naruto abriu a boca, e Sasuke o viu revirar os olhos enquanto gozava na própria mão e gemia alto sem qualquer vergonha ou receio.

As respirações descompassadas ecoaram no silêncio do quarto, os olhos surpresos e embriagados se fixaram uns nos outros, e Sasuke não soube se foi ele quem puxou ou Naruto que se aproximou depressa, ele só agradeceu pela boca dele estar contra a sua, pelo beijo necessitado que roubou qualquer pensamento que pudesse vir estragar o momento.

* * *

Ino entrou na agência com o salto agulha fazendo barulho no piso escuro. A cabeça erguida disfarçava em parte a apreensão enquanto caminhava para o local onde se encontraria com as demais modelos da nova campanha, incluindo Hanabi. Gaara havia ido viajar no dia anterior e só voltaria na outra segunda, com sorte. Não que ela estivesse com medo de alguma coisa na ausência dele, não, nada disso. Como havia dito antes, ela sabia se defender, nunca havia precisado de ninguém indo a seu resgate, apesar de Sasuke e Neji gostarem de bancar os cavaleiros em busca da princesa indefesa. Coroa ela tinha, mas indefesa? Nem nos piores pesadelos.

Sasori, infelizmente, foi o primeiro que ela avistou. Ele estava de pé, ao lado de Konan, conversava a respeito da campanha provavelmente, mas não era como se pudesse se importar com ele. Konohamaru acenou um pouco mais à frente, e ela sorriu, animada e confiante, ao ir até ele e Hanabi.

Hanabi parecia ter chegado há pouco tempo também e conversava com animação com o fotógrafo sobre algum jogo que eles haviam jogado pela madrugada inteira pelo que havia entendido. Quase riu com inveja daquela energia toda. Sentia-se uma velha por causa do cansaço, do cursinho e do ballet lhe sugando as energias. Ela tinha a idade de Hanabi! Um ano apenas mais velha! Não era para estar naquele nível de desânimo.

Reparou nas modelos que chegavam, e não quis admitir que se sentiu aliviada por não ser a única ali que fugia ao padrão de peso. Era tão bom não se sentir sozinha, tão bom ver que ganhava espaço, mas, ao mesmo tempo, era aterrorizante. As fotos que havia feito para a campanha de esportes iriam a público em uma semana, menos, e isso significava exposição. Não havia analisado esse lado, como reagiria às opiniões dos outros às suas fotos, às críticas, ao impacto que a campanha teria. Havia conversado sobre isso com Hanabi, e tinha sido meigo da parte da outra modelo tentar acalmá-la, mas não era bem como se Hanabi entendesse o inferno que já vivia, não é?

O foco da campanha nova não era diversidade, apesar de Ino adorar ver modelos diferentes no mesmo set, mas, ainda assim, era óbvio que comentariam sobre tal abordagem. Fariam alguns comerciais, algumas fotos e filmagens em grupo e sozinhas, era um projeto extenso que levaria mais que uma ou duas semanas para englobar tudo. Estavam ali para se conhecerem, para a primeira prova dos figurinos, para que os fotógrafos estabelecessem a melhor posição das modelos dentro do set, quem ficaria ao lado de quem e como. Era exaustivo. Ainda mais porque não foi surpresa alguma quando Sasori organizou o primeiro teste de fotografia deixando à frente modelos como Hanabi e atrás modelos como ela.

Sua risada saiu irônica e um pouco mais alta do que tinha previsto, mas foi delicioso perceber que não era a única dentre as modelos a compartilhar do sentimento de raiva e frustração naquele momento. E, ali, escondida atrás do padrão de beleza ideal que a sociedade exigia, ao lado de tantas outras como ela, pôde ver com clareza que os flashes das câmeras nunca seriam para ela se ela mesma não os exigisse, que ninguém no set ergueria os olhos para a fileira de trás se ela não os obrigasse a isso.

A representante da marca estava ali, ao lado de Konan, assistindo ao ensaio enquanto Sasori disparava suas ordens. Era a voz dele e a de mais ninguém que vibrava pelo set, a voz de uma única pessoa que não só comprometeria toda uma campanha que seria alvo de opiniões negativas de todos os que reparassem na maldita ditadura da moda, como também insistia em perpetuar aquela segregação e fazia Ino engolir o amargo que se acumulava na boca.

Até que ela preferiu cuspir fora...

— Você não acha que colocar todas as modelos acima do peso na parte de trás não vai causar uma ideia errada sobre a campanha? — ela perguntou alto, e foi como se tivesse quebrado algum protocolo porque todos, sem exceção, olharam para ela.

— Uma ideia errada? — Sasori abaixou a câmera do rosto, indiferente.

Ino não o olhou para responder, sua atenção estava em Konan e na mulher ao lado dela que havia parado de conversar para entender o que se passava.

— Nos colocar atrás, todas nós, só vai dar a impressão de que estão tentando nos incluir na campanha e, ao mesmo tempo, nos esconder — explicou como se fosse óbvio. — Só acho que a campanha vai ser prejudicada se isso acontecer porque, em vez de elogiarem a diversidade das modelos, vão cair matando por isso. E matando mesmo...

— Exagero — Sasori falou, entediado. — Pode voltar à posição agora?

— Eu concordo com ela na verdade — Hanabi falou ao dar de ombros. — Acho que, se nos misturassem, causaria uma impressão muito melhor. Sem contar que Ino é mais baixa que eu, ela deveria ficar na frente nas fotos.

Sasori estreitou o olhar, mas olhou para Konan à esquerda, que também parecia esperar um posicionamento da representante. Aquele palco era seu, ele era quem organizava as modelos de modo a ter a foto ideal, era o maestro a reger a orquestra, e numa orquestra quando um instrumento quer se sobressair aos demais, basta cortá-lo fora da sinfonia. Mas, infelizmente, era um maestro de mãos atadas, sob inflexível supervisão, então lhe restava somente aceitar o que Konan dissesse que deveria ser feito. E foi com um olhar gélido para Ino que teve de concordar em rearranjar as modelos.

Ino sorriu, como se não percebesse a promessa oculta enquanto Sasori voltava a falar com as modelos para achar uma nova formação. Sentiu a mão de Hanabi em seu braço e entendeu que ela lhe chamava para ficar ao seu lado, mesmo que Sasori não tivesse dito nada sobre isso. Desceu o degrau, sentiu o braço de Hanabi ao redor de seu ombro e sorriu enquanto Sasori disparava ordens.

— Obrigada — sussurrou, discretamente.

— Disponha. Aliás, sempre que precisar de apoio para pisar nesse imbecil, pode contar comigo — ela sussurrou de volta, e era nítido o riso contido em sua voz. — Você viu a cara dele quando você interrompeu o ensaio? Por favor, faça mais. E a representante então? Ela ficou branca quando você falou das críticas. Eu não sei se esse pessoal é burro ou só cego mesmo para não ver algo tão óbvio.

— Eles acham que tacar a gente na campanha é inclusão. — Ino revirou os olhos. — Grande merda, isso sim.

— Sasori vai ficar no seu pé, sabe disso, não?

Ino deu de ombros.

— Pior que meu professor de ballet ele nunca vai conseguir ser, então acho que estou blindada para isso — falou com tanta sinceridade que Hanabi arregalou os olhos, e Ino precisou apontar com a cabeça para frente para que elas voltassem à posição para a foto.

Olhou para lente, tentou enxergar Sasori atrás dela, e sorriu, de verdade, quando a foto foi tirada. Ela podia não ter forças para bater de frente contra Orochimaru, para mudar sua realidade no ballet, mas não abaixaria a cabeça ali também. Naquela agência, com ou sem Sasori, ela entraria e sairia sempre com a cabeça erguida. Não era ela que tinha que se preocupar com Sasori, era ele que deveria se preocupar com ela porque Ino faria o possível e o impossível para atrair os flashes, os olhos, para convergir a atenção de todos nela. Afinal, o que tinha a perder? Se desse errado, seria só voltar para casa, continuar no plano original de estudar e permanecer na Companhia Nacional até se formar. Mas, se desse certo... se desse certo, o mundo seria dela, e Ino o abraçaria com todas as forças para nunca deixá-lo escapar.

O ensaio terminou em duas horas, a equipe de figurino se aproximou, e Ino ficou ao lado de Hanabi enquanto eles conferiam algumas medidas para as primeiras peças que usariam no ensaio seguinte. Já estava acostumada a aquilo, no ballet era frequente que tirassem as medidas quando e onde mandassem, então a atenção que recebia naqueles momentos não causava mais incômodo. Contudo, não era o mesmo para as demais, reconhecia aqueles braços à frente do corpo, como se naquele exato instante a vergonha se abatesse sobre cada uma delas, como se precisassem se esconder. Todas, inclusive Hanabi.

E talvez pudesse dizer que era porque havia tido um péssimo pressentimento, talvez nem houvesse explicação e ela só tivesse seguido a outra modelo depois do almoço porque tinha notado como o olhar dela parecia muito mais abatido e triste depois das fitas métricas a rodeando. Ademais, o ponto era que não importava o motivo que a tinha feito seguir Hanabi, mas sim que nunca agradeceu tanto por o fazer porque, enquanto esperava do lado de fora checando as mensagens de Gaara no celular, sentiu a espinha gelar e o coração pesar três vezes mais ao ouvir o som do vômito provocado...



Aeeee adivinha quem tá de férias??

Meus meses de Dezembro e Janeiro serão todinhos respondendo os comentários, juro <3

Muito obrigada pelo apoio e pelo carinho, amo muito todos vocês por todo o suporte que recebi esse ano principalmente. Eternamente grata <3

Reviews?

Estrelinhas?

Espero que tenham curtido ;)


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Zahir By 1996cams

Fanfiction

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