Red

beingbel tarafından

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Livro interativo, você faz escolhas pela personagem. Primeiro livro da série Escolhas. Conteúdo adulto. Cassa... Daha Fazla

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beingbel tarafından

O barulho dos animais noturnos embalava nossa jornada, a luz da lua iluminava parcialmente o caminho, mas, devido às nossas roupas com um tom escuro de vermelho, ela não conseguia nos atingir. Portanto, permanecíamos na penumbra, disfarçadas e camufladas no ambiente como um camaleão.

Às vezes era possível ouvir galhos quebrando, o que nos tirava do modo automático que estávamos, já que precisávamos estar alertas para o caso de algum animal carnívoro que quisesse nos jantar.

Além de toda essa linda melodia, eu realmente amava os sons da natureza, só era possível ouvir nossos passos e respirações, aceleradas pela velocidade em que andávamos.

- Pode me repassar o plano? - pediu Fedore.

Assenti, mesmo sabendo que ela não veria, e comecei a explicar todos os detalhes, embora eu soubesse que o plano dependia muito mais da sorte do que de planejamento.

A mulher andava na minha frente, guiando o caminho, com sua espada na mão e, vez ou outra, a usando para cortar os galhos que nos impediam de passar sem nos cortarmos em seus espinhos.

O vento castigava, nos batendo com sua força, e eu precisei prender meus longos cabelos para que não fosse chicoteada por eles. Mesmo a parte mais comprida do cabelo de Fedore era bagunçada pelo vento e, por isso, ela colocou o capuz.

No final de meu relato, Fedore suspirou e se virou parcialmente.

- É muito arriscado, você tem certeza? - perguntou, me olhando temerosa.

Não respondi, não havia porquê responder. Estava claro que eu não tinha certeza de nada, mas que seguiria com o plano. E estava claro, embora eu tentasse me convencer do contrário, que eu estava morrendo de medo.

Se não desse certo, minha morte era iminente. Mas não era isso que me dava medo, afinal, morrer era a única certeza que eu tinha em minha vida, a única que sempre tive e a única que não mudou com toda a confusão que me acometeu. O que me dava medo era o modo com que ele me faria partir dessa vida.

Diante de todos os relatos de meus amigos, eu sabia que Alfred Nighy era um homem cruel, desumano. Sabia seus métodos de tortura, sua forma de punir aqueles que iam contra seu reinado. E eu sabia que eu representava algo muito maior do que uma simples oposição a ele, portanto, minha morte seria equivalente ao que eu, de fato, represento.

- Estamos quase chegando, só precisamos andar mais um pouco. A Taverna do Elixir do Caos é logo aqui. - Gargalhei, e ela avançou em minha direção com a mão esquerda esticada. Tampando minha boca, completou: - Sh! 'Tá maluca, porra? Acabei de dizer que a Taverna é aqui perto, eles podem te ouvir.

- Taverna do o quê? - perguntei, a voz abafada pela sua mão. Sem entender, ela me liberou, ainda se mantendo próxima, e eu repeti: - Taverna o quê?

- Do Elixir do Caos - respondeu, franzindo o cenho, e eu voltei a rir. - Puta que pariu, Red. O que é isso? Está bêbada só de inalar o ar próximo da Taverna? - Eu não sabia se era uma pergunta séria, embora imaginasse que não, mas eu gargalhei mais uma vez.

- Que porra de nome é esse? - Suas sobrancelhas levantaram levemente quando, enfim, ela compreendeu o motivo de minha risada.

Ela soltou uma risadinha, parecendo sem graça por finalmente notar nossa proximidade, e falou:

- O antigo dono da Taverna criou uma bebida que ele batizou de Elixir. Honestamente, acho uma merda, mas por ser algo exclusivo acabou tomando fama e fez com que o cara enriquecesse. Não sei qual era o nome antes, mas o estabelecimento passou a ser chamado de Taverna do Elixir.

- E Caos? - perguntei, honestamente interessada.

Era tudo muito novo para mim, eu mal havia botado os pés no reino e já estava encantada por cada mínimo detalhe dele.

- A porra do Elixir é uma bomba, sabe? - Coçou a cabeça, parecendo buscar palavras para explicar. - Basta um copo para que a pessoa faça uma merda federal, às vezes até menos. Ele traz, literalmente, o caos.

- Deviam mudar o nome para Alfred Nighy, então - brinquei, a olhando com cara de culpada, mesmo sendo falsa.

Ela sacudiu a cabeça em negação, mordendo o lábio inferior para que o riso não escapasse.

Permanecemos ali paradas, tentando prolongar a despedida, e eu assisti seus olhos cor de mel, que estavam escuros devido à falta de luminosidade, descerem pelo meu rosto. Eu sabia que Fedore lutava contra sua vontade, a mulher era tão transparente que eu podia ver sua briga interna. Ela com certeza estava pensando no quanto magoaria Berryan, mas eu não tinha um relacionamento com ele, nenhum de nós dois nos devíamos nada.

E foi por isso que eu tomei a dianteira.

Levei minha mão direita até a sua esquerda, nosso contato fazendo com que ela entreabrisse os lábios e começasse a respirar mais rapidamente. Deixei que meus dedos dançassem em sua pele, subindo por seu braço até que chegasse ao pescoço. Agarrei sua nuca e umedeci meus próprios lábios antes de, finalmente, beijá-la.

Mesmo que eu já houvesse provado sua boca anteriormente, o beijo havia sido rápido demais, portanto era como se fosse a primeira vez.

Seus lábios gelados pelo frio eram um contraste delicioso com a língua quente, fazendo meu sangue ferver dentro de minhas veias. Agarrei sua cintura com minha mão esquerda, puxando-a para mais próximo, sabendo que ainda não era o suficiente, e ela suspirou contra minha boca.

Fedore parecia chocada demais para me tocar, por isso permaneceu com os braços abaixados. Sua luta interna agora era externa: se seu corpo buscava não me tocar, seu beijo intenso era uma enorme contradição à sua linguagem corporal.

Quando nos separamos, já sem ar, a mulher não ousou abrir os olhos, parecendo em uma espécie de torpor. Eu só não sabia dizer se era por ter gostado ou pela compreensão do que havíamos acabado de fazer.

- Eu sigo sozinha agora, não quero que ninguém me veja com você - falei após algum tempo, a voz levemente rouca, e ela passou a me olhar. - Do contrário poderão nos associar e você acabar presa junto comigo.

Ela assentiu, deixando os olhos marejarem.

- Não chora, Fedore, você sabia que essa hora ia chegar. - A abracei, mas ela continuou sem levantar os braços para me tocar. - Volte agora, talvez ainda dê tempo de você chegar e os encontrar dormindo.

Ela assentiu novamente, e eu nos afastei. A entreguei todas as armas que eu havia trazido, e ela as segurou em suas trêmulas mãos.

- Seu anel - murmurou, finalmente percebendo a falta de minhas joias.

- Estão com Berryan, pedi que ele entregasse para Hawk. - Ela piscou, o que fez com que as lágrimas presas se soltassem e escorressem por sua bochecha.

A olhei por mais alguns instantes, esperando que ela dissesse alguma coisa, mas nada foi dito. Recomecei a andar, deixando-a para trás.

Eu não tinha mais o que falar, e Fedore, aparentemente, também não, o que eu sabia que a corroeria em culpa caso algo acontecesse comigo.

Vá à Taverna no capítulo 42.

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