Não pare a Música

By AliceHAlamo

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A dança é composta por vários elementos. Você tem a coreografia, o tempo, a música, o dançarino, a técnica... More

Capítulo 1 - Sasuke
Capítulo 2 - Naruto
Capítulo 3 - Ino
Capítulo 4 - Gaara
Capítulo 5 - Quebra de rotina
Capítulo 6 - Suas lentes
Capítulo 7 - Interesses
Capítulo 8 - O que os outros pensam
Capítulo 9 - Encantado
Capítulo 10 - Ajuda "mútua"
Capítulo 11 - Punição
Capítulo 12 - Fora de Foco
Capítulo 13 - Desafio
Capítulo 14 - Intensidade
Capítulo 15 - Mudanças
Capítulo 16 - Tensão
Capítulo 17 - Entre jogos e bebidas
Capítulo 18 - Escolhas
Capítulo 19 - A queda
Capítulo 20 - Bolha
Capítulo 22 - Segredos
Capítulo 23 - Permissão
Capítulo 24 - Montanha Russa
Capítulo 25 - Gravidade
Capítulo 26 - Amarga Vitória
Capítulo 27 - Forjada em veneno
Capítulo 28 - Aberto
Capítulo 29 - Relações
Capítulo 30 - Linda
Capítulo 31 - Cores
Capítulo 32 - Oportunidades
Capítulo 33 - Elos
Capítulo 34 - Marcas da alma
Capítulo 35 - Resgate
Capítulo 36 - Suporte
Capítulo 37 - O que tem atrás das cortinas
Capítulo 38 - Socos da vida
Capítulo 39 - A morte do Cisne
Capítulo 40 - Acerto de contas
Capítulo 41 - Vida
Epílogo

Capítulo 21 - Luz acesa

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By AliceHAlamo


Ino soube que algo havia dado errado quando Neji voltou da pista de dança irritado e sem Sasuke. Sakura estava dançando com uma mulher ao longe, e ela tinha ficado na mesa esperando um dos amigos voltar enquanto especificava para Gaara como achá-la. Neji passou reto por ela, seguiu direto para o bar, e Ino esperou que ele voltasse com duas bebidas em mãos.

— O que houve? Cadê o Sasuke?

— Não faço ideia — ele respondeu ao revirar os olhos.

— Vocês discutiram?

— Algo assim.

— Neji...

— Ino, eu não sou babá do Sasuke, e a gente veio para se divertir — Neji a cortou, o tom entediado, e as sobrancelhas se arquearam antes que um sorriso debochado surgisse. — E parece que seu fotógrafo chegou, então, se preocupe menos com o Sasuke e mais com você hoje. Eu vou dançar com a Sakura para não ficar aqui segurando vela para vocês. Divirta-se.

Ino apenas concordou, sem prestar muita atenção no que Neji dizia. A atenção dela estava em Gaara, que apresentava a pulseira da ala vip aos seguranças e então olhava ao redor a procurando. Ino tirou rapidamente o pequeno espelho da bolsa, conferiu o cabelo e o batom e sorriu confiante para o reflexo antes de se levantar e erguer a mão para que Gaara a visse.

Ele estava lindo. A camisa preta estava dobrada no antebraço, abaixo do cotovelo, e Ino se perguntou como ele não queria que alguém o achasse rebelde com todo aquele ar de garoto problema que ele emanava. Sorriu quando ele chegou a mesa, viu os olhos verdes percorrerem o ambiente com surpresa, e o cumprimentou com um breve e educado beijo no rosto antes de se sentarem.

— Primeira vez aqui? — ela perguntou animada, bebericou o drink doce que Neji havia lhe trazido e então respirou fundo quando, como esperado e muito bem vindo, a atenção de Gaara pareceu toda dela.

— Sim. Já tinha ouvido falar do lugar, meu irmão vem muito aqui, mas nunca tinha aparecido uma oportunidade de conhecer.

— Sasuke, o que foi comigo na Akatsuki na primeira vez, é sobrinho de um dos donos.

— Vem com frequência?

— Não tanto quanto gostaria — ela respondeu, os lábios formando um leve bico inconformado que logo se desfez. — Ballet, cursinho, ensaios, fotos, não tem como vir sempre, mas é bom para descarregar o estresse da semana.

— O lugar combina com você — Gaara analisou, sincero, e Ino o encarou curiosa, como se esperasse uma explicação. — Alegre, agitado, moderno. Parece um lugar onde você se sentiria bem — completou e viu Ino sorrir antes de voltar a dar um gole no drink.

Mas não era só isso... o lugar combinava com ela por muitos motivos, mas o mais gritante deles era que, assim que Gaara a viu, ele soube que aquela era uma imagem a ser registrada. Ino se destacava. A maquiagem era bem feita, mas simples, o suficiente para realçar os olhos azuis claros dela sem deixá-la com um olhar pesado, o blush rosa trazia uma certa delicadeza, o cabelo, a roupa, tudo parecia estar confluindo para a fazer se sobressair entre os demais. As luzes do local moviam-se e, quando tocavam o rosto de Ino, iluminando o olhar forte dela em sua direção e os lábios a segurarem o delicado canudo, era ali que ele tinha certeza de que ela estava deslumbrante.

— Você me deve uma dança, lembra? — Ela sorriu, os lábios rosados curvando-se de modo que fez Gaara se lembrar do calor de quando os havia exigido para si.

Ela estava lhe oferecendo uma chance, sabia ler isso na postura dela. A mão que ela direcionava a ele era um convite para mais do que uma dança, mas ele já estava ciente disso desde o momento em que recebera a mensagem para ir à boate. E ali não havia restrições, não tinha que se preocupar com ensaios fotográficos, horário ou com a chance de Konan entrar a qualquer momento pela porta.

Segurou a mão dela e se levantou, dando uma última olhada para a pista de dança.

— Você lembra que não sei dançar, não é? — ele perguntou, e Ino riu enquanto o puxava pela mão.

— É só me seguir — ela respondeu quando se virou para ele, e Gaara espiou os outros casais antes de rir sem jeito e dar de ombros.

— Vai passar vergonha — ele avisou ao colocar as mãos na cintura dela, e Ino simplesmente sorriu, como se de alguma forma ou duvidasse ou não se importasse nem um pouco com aquilo.

E quem se importaria? Ela não o havia arrastado para dançar pelas habilidades que ela já sabia que ele não possuía, havia muito mais no dançar que a simples técnica. A dança era contato, era expressão, era libertar o que muitas vezes a mente não conseguia pôr em palavras. E disso Ino entendia muito bem apesar de sempre ter dito o que queria; mas dançar era diferente, ela conseguia passar o que tinha de mais profundo em si, dar um significado maior a aquilo que as palavras apenas conseguiriam mostrar a superfície, e, naquele momento, ela queria Gaara de forma que palavra alguma atingiria a intensidade.

Passou os braços pelo pescoço dele, e foi bom senti-lo apenas recebê-la, como se ele próprio já esperasse a aproximação. Sentiu as mãos dele em sua cintura e ergueu lentamente o rosto para prender os olhos nos dele.

A música não era lenta, nem sensual, era agitada e não convinha dançar em par, mas estranho dizer que era como se eles estivessem numa bolha, cercados por uma música que mais ninguém ouvia e guiados apenas pela lembrança distante das batidas do som original e das pessoas ao redor. A sensação era boa, acolhedora, e Ino amava quando isso acontecia, ela deixava-se levar, fechava os olhos e permitia que o corpo seguisse como quisesse, que os quadris rebolassem contra o corpo de Gaara, conduzindo-o enquanto os dedos infiltravam-se nas mechas ruivas e traziam o rosto dele para perto.

A respiração de Ino tocava o rosto dele, e Gaara semicerrou os olhos à medida que se concentrava não só em acompanhar os movimentos dela como também sentir cada parte do corpo que se colava ao seu. Era quente, o atrito o fazia se arrepiar e aumentava sua vontade de puxar Ino ainda mais, como havia já feito, como queria repetir.

— Relaxa e move o corpo sempre na direção do meu — ela sussurrou, a boca raspando no queixo pele e subindo para perto do ouvido.

— Isso não é tão fácil. — Ele limpou a garganta para dizer, e viu Ino sorrir de modo que ele só pôde classificar como indecente.

— Claro que é, dançar com outra pessoa é como fazer sexo.

— Como? — Ele arqueou a sobrancelha sem saber se havia escutado certo, e Ino apenas assentiu.

— Feche os olhos.

Gaara hesitou antes de seguir o conselho dela e então respirar fundo ao sentir o corpo todo dela tocar o seu, uma das pernas entre as suas, uma mão em seu cabelo e a outra sobre a sua na cintura dela.

— Agora — ela continuou, e Gaara apertou ainda mais a cintura dela quando sentiu o calor da respiração contra seu ouvido. — me segue.

Ele ia perguntar como estar com os olhos fechados iria ajudar ou como aquilo podia ser relacionado a sexo, mas as perguntas morreram quando a boca de Ino calou a sua. Era um beijo diferente do que haviam trocado no estúdio, não havia afobação, muito menos medo. Naquele ambiente, Ino não se sentia insegura, não havia comparações ou qualquer coisa que a diminuísse. Enquanto a música tocava e as pessoas dançavam perdidas em si mesmas, ela podia ser completamente ela, sem inseguranças. Era seu mundo particular, onde ela se sentia acolhida e protegida. Não tinha dúvidas do que queria, e era muita mais que capaz de ler Gaara e saber que ao menos o desejo que sentia ainda era recíproco.

Era tão bom a forma como ele apertava seu corpo, ele não era delicado ou sutil, não! Ino sentia a mão toda dele em suas costas, todos os dedos a apertando, o calor do peito dele junto ao seu enquanto se moviam ainda dentro da música que somente eles ouviam. Ela ondulou os quadris e sorriu satisfeita quando ele a acompanhou, a mão descendo para sua cintura e então se fechando em seu quadril, erguendo o corpo dela um pouco e aprofundando o beijo enquanto as duas mãos dela seguravam seu rosto e deslizavam para a nuca, as unhas um pouco compridas arranhando a pele de propósito no caminho.

O coração acelerado de Ino comemorou, os olhos brilhavam quando deixaram a boca uma sobre a outra apenas sentindo a respiração descompassada um do outro. O sorriso vitorioso dançava em seus lábios enquanto ela ainda se movia devagar, numa dança sensual que Gaara nem percebia que a estava acompanhando. Havia uma tensão nada fina entre os dois, a falta de distância entre os corpos não só os deixava mais quentes, como fazia o cérebro associar os movimentos provocantes com algo a mais, e Gaara achou que enfim tinha entendido o que Ino queria dizer quando comparou a dança à sexo.

— Está dançando — ela sussurrou, sugando o lábio inferior de Gaara, e o ouviu rir baixo.

— Tenho uma ótima professora.

— De fato. — Ela sorriu, e Gaara acariciou o rosto dela, os olhos verdes descendo até a boca antes que ele voltasse a aproximá-las.

— Se importa de me ensinar mais?

Ino jogou o cabelo para trás, brincou com as mechas do cabelo dele e lambeu os lábios.

— Com certeza não.

— Quer ir para outro lugar?

— Essa é sua forma educada de me chamar para sua casa? — Ela arqueou a sobrancelha e viu Gaara balançar a cabeça e tentar disfarçar o leve rubor que coloria a face.

— Não preciso ser tão sutil?

— Definitivamente, não. Você pode ser mais direto, por exemplo... — Ino sorriu, o salto a ajudando a alcançar a orelha de Gaara sem muita dificuldade. — Quero transar com você.

A voz baixa e sedutora o arrepiou, as mãos apertaram Ino em reflexo, e Gaara se inclinou na direção dela, a respiração quente subindo pelo ombro ao pescoço e então à orelha sem pressa.

— E por que ainda estamos aqui?

Ino deixou uma mensagem apressada para Sasuke e Neji pelo celular enquanto seguia Gaara pela multidão e descia as escadas da área vip. Chegaram à rua em pouquíssimo tempo, e seu olhar com certeza entregou seus pensamentos quando Gaara lhe estendeu um capacete.

— Não consegui largar por completo a fase rebelde. — Ele deu de ombros, retirou o casaco que vestia e passou pelos ombros dela.

— Não me importo nem um pouco, gosto da sua pequena parte rebelde, e a moto é linda.

Gaara subiu na moto e viu Ino vestir melhor o casaco antes de fazer o mesmo.

— Pode se segurar em mim.

— Achei que isso já estivesse subentendido — ela provocou ao abraçá-lo pelas costas e sentir a vibração da risada abafada pelo capacete. — Aliás, se quiser correr, vou adorar.

Normalmente, ele diria não, não gostava de correr e orgulhava-se da falta de multas em sua habilitação. Entretanto, Ino era um problema, um dos grandes, porque, quando ele se deu conta, ela já ria de forma contagiante contra suas costas, o vento frio da noite se chocando contra eles e o ponteiro do velocímetro desbravando marcas que ele ainda não havia atingido graças aos limites do trânsito da cidade. E não havia culpa. Para ser sincero, a única coisa que queria era rir junto com Ino, não se lembrando com facilidade a última vez que se divertira tanto com alguém com tão pouco.

Percebeu que queria mais, e isso o fez engolir em seco. Estacionou a moto ciente de que a ansiedade para tocar Ino definitivamente não era apenas por desejo, de que gostava mais do que deveria do modo como ela sorria quando a prensava contra a parede do elevador para então a beijar. Que ironia... havia recusado Hanabi falando que não desejava um relacionamento, mas não pensaria duas vezes em aceitar se Ino o quisesse como ele a queria!

Sentiu o rosto queimar de vergonha quando o elevador parou antes em um andar qualquer e um casal de moradores entrou. Ino riu baixo, o rosto corado enquanto Gaara se separava dela e tentava inutilmente ajeitar a postura e agir com naturalidade. Por sorte, o andar onde desceriam era o próximo, e Gaara desejou um apressado e constrangido "boa noite" antes de sair. Ino ainda sorriu gentil para o outro casal, como se nada houvesse acontecido, e seguiu Gaara até a porta do apartamento.

Ele não era como ela, Ino já havia notado. Ele era discreto, quieto e calmo, e saber que conseguia o desestabilizar era revigorante. Sentir a pressa dele ao entrarem no apartamento, as mãos a puxando enquanto voltavam a se beijar de maneira afoita, tudo isso era tão bom que ela apenas quis que a noite não acabasse, que pudessem permanecer imersos naquela bolha de prazer e conforto enquanto os passos os guiavam para o quarto.

Empurrá-lo para a cama foi um divisor de águas, a constatação final de que tinha se perdido no labirinto que agora era seu coração acelerado. De pé, em frente a Gaara sentado na beirada da cama, a sombra de qualquer insegurança era espantada pelo brilho com que os olhos verdes a admiravam. O desejo dele era febril, o suficiente para que ela sentisse o próprio corpo corresponder, era magnético, atraía-a de modo que quase não se fazia ciente dos pés a levando até ele, das mãos se apoiando sobre os ombros enquanto as dele a puxavam pelo quadril e a faziam sentar sobre seu colo.

Ele parecia tão confiante, tão certo do que fazia, do que queria, que Ino riu, sem graça, e ele franziu o cenho sem entender. Os dedos dela contornaram-lhe o queixo, e as mãos seguraram com delicadeza o rosto antes de ela se inclinar para beijá-lo. Dessa vez, houve calma, houve um tempo para que Ino se permitisse fechar os olhos e apreciar o contato gentil dos lábios enquanto a mente usava os arrastados segundos para perceber que, com Gaara, não havia o que temer, não havia porque se sentir insegura, não havia motivos para manter as defesas em volta de seu coração erguidas.

Entregou-se, permitindo-se beijá-lo com mais intensidade, com saudades das sensações que tinha experimentado com o fotógrafo no último ensaio. As mãos dele apertavam suas coxas, entravam pelo vestido e o erguiam de modo que conseguia sentir o toque sobre a meia calça escura. Era quente, a boca dele era deliciosa, e o beijo... tão bom que a fazia suspirar quando sentia os lábios a deixando para correr por seu pescoço.

Era tão estranho, arrepiar-se pelas mãos subindo até o zíper do vestido e o abaixando sem pressa lhe trazia uma sensação nova, uma que talvez ainda desconhecia e com a qual estava não estava acostumada. Não tinha medo, não tinha preocupações, sua mente pela primeira vez estava tão livre de pensamentos importunos que era como se beijasse pela primeira vez, como se tocasse e fosse recebida pelos braços de um homem pela primeira vez.

Afundou as mãos nos cabelos ruivos, seus olhos prenderam-se aos de Gaara conforme o vestido caía por seus ombros. Ele a puxou mais, o prendedor de seu cabelo caiu no chão sem fazer barulho, e Ino fechou os olhos ao toque dos lábios por seu colo. A língua arrastava-se pela borda superior do seio, e ela rebolou contra o colo dele ao jogar a cabeça para trás.

Notou a luz acesa e sorriu ao dar-se conta de que, diferente das demais vezes quando tinha estado em situação semelhante, não desejou apagá-la. A respiração acelerou quando Gaara apertou um de seus seios, e ela desejou que ele se apressasse em se livrar do tecido que ainda a cobria. A boca dele deixou beijos breves por sua pele, e Ino jogou o braço ao redor do pescoço dele ao voltar a beijá-lo. Arranhou-lhe a nuca ao tentar prender a camisa que ele vestia entre os dedos, a afobação de ambos dificultou que o tecido voasse logo pelo quarto, mas não diminuiu em nada a satisfação de Ino ao sentir a pele quente de Gaara sob suas mãos.

Ouviu-o suspirar e desejou mais, percebeu que precisava de mais e, quando o tecido do vestido escorreu por seu corpo revelando os seios fartos, ela gemeu pela ansiedade. Queria dizer que tinha certeza do que fazia, mas estaria mentindo. A única certeza que possuía era que desejava aquilo, fora isso, entregava-se, desfrutava dos toques firmes em seus seios, da boca a chupar-lhe o mamilo, dos dentes a marcarem a pele clara.

Sentiu-se excitada, conseguia perceber a umidade que se acumulava na calcinha e a fazia buscar o atrito com a ereção que o jeans de Gaara não dava mais conta de disfarçar.

— Posso tirar? — ouviu a voz rouca dele contra sua boca, as mãos apertando sua cintura e puxando o vestido.

— Ficaria decepcionada se não fizesse — ela respondeu e se levantou do colo dele.

Gaara sorriu de canto e se apressou para colocar-se de pé e parar atrás de Ino. Suas mãos terminaram de descer o zíper, e ele viu Ino prender a respiração. Colou o corpo ao dela enquanto segurava a saia do vestido, os dedos arrastaram-se pelas coxas dela e então pelos quadris à medida que lhe erguia a veste, beijou o caminho nu do ombro ao pescoço de Ino e suspirou excitado quando ela ergueu os braços para que enfim tirasse o vestido por completo.

Não perdeu tempo nem mesmo a deixou sair daquela posição. Gostava do cabelo tela em seu peito, do quadril contra sua ereção, de acariciar o corpo dela sem qualquer barreira entre as peles. Enrolou o cabelo loiro em sua mão e sentiu o membro pulsar pelo gemido satisfeito que ecoou dos lábios de Ino quando se pôs a marcar-lhe o pescoço que já tinha entendido ser sensível. O braço livre a prendia contra seu corpo, a boca mordia, chupava e beijava o que alcançava, a voz baixa de Ino o fazia querer lhe tirar de vez a meia calça, ele pôde apenas gemer surpreso quando ela se livrou de seu aperto e se virou para beijá-lo com fome.

E por que estava surpreso? Já devia saber que Ino não o deixaria levar aquilo adiante de forma passiva, e nem ele queria isso de fato. Amava os toques dela, a forma como ela parecia exigir que fosse satisfeita, como as mãos dela o buscavam, trazendo-o sempre para perto. Arfou contra a boca dela e sorriu discreto ao dar-se conta da calça já aberta e da mão dela fechada em sua ereção.

— Tira — ela sussurrou e, diferente dele, não foi uma pergunta, foi um pedido, quase uma ordem.

Viu-a se afastar e retirou as vestes que ainda faltavam, a boca secou e sentiu-se endurecer mais quando a percebeu ajoelhada na cama em sua direção. Os cabelos loiros caíam pela frente do corpo, os seios à vista, os olhos azuis o encarando com diversão e malícia enquanto a mão estendida deixava mais evidente o que o sorriso sedutor lhe queria dizer.

Fechou os olhos e gemeu baixo quando as mãos dela subiram por suas coxas, as unhas curtas o arranhando sem machucar antes que ela segurasse seu membro enquanto jogava o cabelo todo para um único lado. Aproximou-se e prendeu a respiração quando a dela tocou a pele de sua virilha. Correu os dedos pelo rosto dela enquanto era masturbado, do queixo à nuca, segurando com firmeza o cabelo loiro e vendo Ino fechar os olhos com um sorriso de canto antes de enfim o olhar e abrir os lábios para recebê-lo.

— Ah....

A boca dela era quente, e a língua, ávida. Ela se segurava nele, as mãos na parte lateral de seus quadris enquanto a boca ia e vinha pelo sexo. Era excitante, a visão de tê-la de joelhos na cama à sua frente, o quadril empinado enquanto o chupava, era com certeza algo que ele teria dificuldade para manter longe dos pensamentos nos próximos ensaios. Os lábios dela ficavam vermelhos, o barulho da sucção o arrepiava, e a forma como os olhos azuis cravavam-se nele... era inexplicável e produzia o mesmo efeito de quando a queria fotografar, despertava o desejo de eternizar aquela expressão e mantê-la somente para si.

Apertou o cabelo dela, o quadril se arremetendo devagar, mas fundo, na boca dela. Não queria gozar daquela forma, embora o prazer tentasse lhe convencer do contrário, e ele quase cedesse toda vez que Ino circundava a glande com a língua para chupá-la e depois lamber-lhe a extensão e chupar com cuidado os testículos. Fechou os olhos em busca de controle e gemeu quando Ino o puxou ainda mais para frente e o engoliu por completo. Puxou o ar audivelmente, a cabeça jogada para trás e os olhos verdes se abrindo com a decisão de se afastar contra a vontade. Não soltou Ino; pelo contrário, a mão no cabelo dela o ajudou na hora de puxá-la para o beijo enquanto avançava e a fazia recuar pelo colchão.

Ino sorriu, as mãos envolvendo o rosto de Gaara enquanto as bocas buscavam-se em volúpia e o corpo dele cobria o seu. Sentiu o travesseiro sob sua cabeça, e as pernas abriram-se e receberam Gaara entre elas de bom grado e sem qualquer hesitação. A mão dele segurou sua coxa, erguendo-a, e Ino gemeu e arqueou as costas quando a boca dele lhe envolveu o mamilo, a língua o circundando ao passo que os se quadris esfregavam um contra o outro.

Ela o observou quando Gaara se ajoelhou na cama, as mãos dele puxavam com cuidado a meia calça, os olhos verdes presos a ela como se não houvesse outra coisa no mundo capaz de desviá-los. E Ino esperou, curiosa, mas sem temor. Com Gaara, não havia aquele sentimento amargo que a fazia querer fugir da observação atenta, havia somente a curiosidade, o desejo de confirmar se a ideia que formava do homem à sua frente era verdadeira, real.

A meia calça e a calcinha caíram no chão com as demais roupas, e Ino engoliu em seco por ansiedade quando Gaara se aproximou sobre seu corpo, beijando-lhe a linha central do abdômen e descendo cada vez mais. Sentiu o rubor no rosto, a boca seca pedindo pela língua para umedecer os lábios, os olhos atentos enquanto o sorriso se desenhava na face e o gemido vinha mais que bem vindo quando a língua de Gaara desceu por entre os grandes lábios de seu sexo e rodearam o clitóris.

— Puta merda... — ela deixou escapar, baixo, as mãos apertando os lençóis enquanto deixava Gaara segurar suas pernas.

O corpo queimava, a excitação presente desde a respiração acelerada até a lubrificação que escorria e permitia que a Gaara introduzisse um dedo em seu interior. Era bom, era muito bom... Gaara era uma combinação única de carinho e intensidade, os toques eram firmes, ele a chupava de forma ávida, mas tinha um quê de adoração tão delicioso que a derretia, que a fazia dele sem nem mesmo ter consumado o ato.

Assustador ver-se tão nas mãos de outra pessoa, perceber-se tão apaixonada a ponto de sorrir satisfeita enquanto gemia e rolava a cabeça pelos lençóis. E Gaara a observava, atento, ansioso, a língua espalhando a excitação que escorria por seu dedo e contornando o clitóris. Gemeu contra a pele dela quando Ino segurou seus cabelos, a expressão dela era linda, o rosto corado, a falta de fôlego, tudo era ainda melhor do que ele tinha imaginado, ainda mais intenso e quente do que os sonhos que haviam lhe feito perder o pouco sono que possuía.

— Vem, por favor, vem logo... — ela gemeu, e, se ainda havia algum controle em nele, ele se perdeu por completo naquele momento.

Alcançou a carteira esquecida em sua calça no chão e jogou os preservativos na cama enquanto Ino se apoiava nos cotovelos para observá-lo. Ele era bonito, os cabelos vermelhos estavam bagunçados, a pele clara estava marcada pelos arranhões que ela havia feito sem querer, e havia uma tatuagem que só agora Ino conseguia ver que ele possuía no alto das costas. Fechou os olhos quando sentiu o toque em seu rosto, o beijo dele agora era lento, podia sentir o sorriso nos lábios dele e sorriu de volta enquanto cruzava os braços em volta do pescoço dele e o puxava para si. Gemeu com a penetração, e a boca de Gaara escorregou sobre a sua, os dentes puxando seu lábio inferior antes de chupá-lo.

As estocadas começaram devagar, mas firmes, e Ino lambeu os lábios antes de abrir os olhos e encarar Gaara. Ele soube lê-la, e Ino jogou os braços acima da cabeça, segurando-se nos lençóis, quando ele passou a ir mais rápido. A satisfação que a preenchia era além de física, ela sabia disso, o prazer que o corpo sentia podia talvez se igualar com a felicidade e a paixão com que o coração batia, e, toda vez que Gaara a beijava, ela desejou ser capaz de gravar nele aquele sentimento, ser capaz de de deixá-lo saber o quão bem ele fazia a ela.

Os pés escorregavam pelo tecido, flexionavam-se à medida que o prazer crescia, que as vozes aumentavam de volume. Gaara sentiu as mãos de Ino passarem por suas costas, gostava do aperto, das unhas dela na lateral do seu corpo e no alto das costas, amava a sensação de ter os seios contra seu peito, e parte de si se deliciava toda vez que a via morder o lábio e então sorrir enquanto gemia entregue.

Queria observá-la, queria beijar novamente cada parte do corpo dela, tocá-la e senti-la estremecer de novo e de novo, entrar nela e ouvi-la gemer alto enquanto o segurava pelo cabelo para então beijá-lo! Queria tanto, mas tanto, que, mesmo quando o ápice veio para ele, mesmo depois de assisti-la gozar, desejou ainda mais... e, pelo modo como os olhos azuis o olhavam, soube que era recíproco.

— Quantos preservativos você tem aqui? — ela perguntou, os lábios movendo-se contra os dele enquanto falava.

— Quantos precisarmos — respondeu, ébrio demais para raciocinar algo coerente.

— Perfeito. 



Ahhh como eu queria escrever esses dois juntinhos assim <3

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Seguinte, para quem não sabe, esse aqui é o link da minha page (https://www.facebook.com/mypieceofdream/) e esse aqui do twitter (https://twitter.com/cafenamao). Eu sempre aviso sobre a fic ou novidades por lá para quem quiser ficar por dentro ;)

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