Castle: Eu tenho pensado muito sobre nós, sobre o nosso relacionamento. O que nós temos... E para onde vamos. E eu decidi que quero mais.
(Castle)
— Um completo idiota.
Depois de longos e torturosos minutos olhando o teto e sorrindo como uma idiota, despertei me sentando na cama. Respirando fundo tentando voltar ao eixo como quem acabará de acordar, — sonhando eu estava, mas precisava, realmente, acordar.
Passo meu cabelo para trás dos ombros, penteando-o com os dedos para prendê-lo em um coque, levanto da cama me desfazendo do relógio, onde coloquei na escrivaninha, retirando os acessórios desnecessário que usava e enquanto deixava meus olhos a deriva, onde vi o caderno de exatas.
— "Se tiver dúvida é só perguntar iy você é arrogante demais para isso?"
Estalo a língua rindo fraco, abrindo o caderno com tanto receio quanto vontade de rever os rabiscos de Jaebum. Receio de sentir "algo" impróprio só em ver sua caligrafia honrosa, e vontade por de certa forma tê-lo novamente.
Sorriu contornando sua letra e números com a ponta do dedo, suspiro — vou enlouquecer, e desperto novamente fechando o caderno de uma vez, com uma força desnecessária
— Você enlouqueceu, é o Jaebum sua idiota.
Esperneio levantando abruptamente da cadeira, empurrando-a para trás. Entro no banheiro e me enfio debaixo da ducha depois de me despir, lá acalmo as borboletas azuis irritantes que batiam suas asas confundindo meus sentimentos como pequenos demônios.
Depois de alguns minutos curtos parara não secar a caixa d'água, como minha mãe falava sempre que eu ia tomar banho, vesti uma calça do meu pijama xadrez azul e uma blusinha. Tanta coisa para eu enfrentar, e eu decidi acrescentar mais uma. Não tem como entender o que se passa dentro da mente humana, não tem. Pois estou tento sentimentos desconhecidos por um garoto que sempre julguei.
Eu não tenho com o que ocupar minha mente, é isso? questiono mentalmente suspirando frustrada.
— Filha, Jennyfer está no telefone.- Suspirei enquanto passava meu indicador sobre os cálculos feitos pelo líder de basquete. E me peguei lembrando de seu toque no meu pescoço, e seu abraço na minha cintura. Isso é estar apaixonada? - Magye, minha filha.
Abri meus olhos e fechei rapidamente o caderno sobre a escrivaninha, virei a cadeira na direção da porta onde encontrei a silhueta da minha mãe com um avental de cozinha. Sorri sem graça e ela arqueou a sobrancelha, apontou em minha direção o telefone.
— Jeny está no telefone.
— Obrigada mãe.
Digo baixo com um sorriso amarelo ao pegar o telefone de sua mão e tampar a saída de voz. Mamãe acena rapidamente balançando a cabeça e volta para seu posto na cozinha onde estava preparando um bolo que sentia os cheiro delicioso, pelos corredores do primeiro andar.
Suspiro fechando a porta do quarto e erguendo o aparelho para meu ouvidn.
— Jeny, oi.
— Ma, você está melhor? - Vinco a testa enquanto deito de bruços na cama me questionando "melhor de quê?" Onde a garota logo me responde. — Você disse que estava cansada, desanimada ontem, está melhor?
— Sim, estou, não se preocupe.
— Ainda assim me sinto um pouco mal, fiquei mais tempo com o Jaebum do que com você ontem. - Mordo o interior de minha bochecha suspirando fundo.
— Você gosta dele, é normal que queria ficar o tempo todo ao lado do idiota das cestinhas, em qualquer chance.
Proferi sentindo curiosamente as palavras "gostar dele" ; "idiota das cestinhas" fazerem meu coração palpitar com brutalidade no meu peito.
Ôh isso não é certo, penso incrédula mordendo, agora, meu polegar e destroçando a sua cutícula.
— Magye. - O som da voz de Jennyfer sai em um murmurio me trazendo ao mundo de volta.— Preciso te contar uma coisa.
— Certo, conte-me.
— Me confessei pro Jaebum.
Os sentimentos de Jennyfer não precisavam ser ditos especificamente em palavras românticas como em um filme. Todos sabiam dos seus sentimentos pelo garoto — principalmente eu. E ainda assim estava me permitindo sentir algo pelo mesmo.
Era uma vez unha e cutícula, sento na cama abruptamente cruzando as pernas em forma borboleta.
— E como foi?
— Ah, bem... - Jeny ri sem jeito e baixo me deixando ainda mais inquieta do meu lado da linha.— Não esperava ele me abraçar e me beijar dizendo que sentia o mesmo. Talvez tenha imaginado isso, até demais.
Sinto meu peito apertar com o sentimento conhecido como culpa, e eu não sabia que doía tanto. A cada "a" de Jennyfer o meu coração apertava como se estivesse sendo dobrado em várias partes para ser guardado em uma caixinha pequena onde vovó sempre me dava um anel dourada de florzinha.
Mas meu coração é bem maior do que aqueles anéis e apertá-lo ali doía demais da conta.
— Contudo, fiquei feliz dele não ter sido frio, nem arrogante, ele me tratou bem e falou que apesar de que eu sou uma garota incrível e bonita, sabemos. - Suspiramos juntas quando ela pareceu precisar de uma pausa e um riso forçado para continuar.— Ele só quer de mim uma boa amizade. Escolhi aceitar por enquanto a amizade, quem sabe não evolua algum dia.
— Jennyfer.
Número 1°: Jennyfer não se elogiando a não ser que esteja magoada, ou apenas deseja contornar a situação.
Número 2°: Mesmo que ouça "não" ela não desistiria fácil e sim se esforçaria mais já que gostava do Jaebum há dois anos consecutivos.
Não podia olhar nos olhos verdes da garota nesse exato momento e lhe consolar como fazia, ou arrancar uma risada quando começasse a falar mal do Jaebum. Pois compartilhava do mesmo sentimento tanto o "gostar" quanto a "angústia" vinda da traição que lhe fiz.
Tiro o polegar da boca sentimento meus olhos marejarem — ôh merda, aja Magye.
— Quer vir passar a noite aqui? - Perguntei.
— Não dá, hoje preciso ajudar minha avó. Amanhã quem sabe. - Assenti com um breve e nada convencional "huh" que fez Jeny rir baixo.— É sério. Aí aproveitamos para conversar sobre nossa redação para Harvard.
— Jennyfer eu tenho uma coisa pra lhe contar.
Como? Foi como se meu subconsciente tivesse tomado posse dos meus sentido e feitos me colocando na beira de um precipício como um pirata e sua vítima.
— O quê?
— Hã? Ah, se o- o idiota do Jaebum não notou a mulher incrível que você é. Temos certeza que um baby boy notou.
Rimos juntas antes de por fim na chamada com a voz da Sr.McCarthy ecoando pela linha da garota.
— Estou exausta. - Resmungo jogando-me de costas na cama e olhando para o telefone desligado nas minhas mãos.— Extremamente exausta.
Fecho meus olhos no objetivo de me desligar e relaxar, mas nem em meus sonhos poderia pensar em simplesmente relaxar. Já que nos meus primeiros segundos de cochilo tive um pesadelo.
— Como pode esconder isso de mim? - a voz vinha da minha cabeça, e bem, eu não achava de quem era.— Eu sou sua amiga, como pôde?
— Me perdoa!
— Você é minha melhor amiga, como pôde fazer isso, debaixo do meu nariz?
O universo está brincando comigo, e os astrônomos estão testando as minhas capacidades de lidar com os acontecimentos.
Largo uma palavrão saindo da cama direto para o banheiro lavar o rosto retirando aquela fina camada de suor em minha testa e no pescoço. Estava para achar que havia cometido o pior dos pecados e estava pagando por eles.
— Preciso falar a verdade.
Pois como melhor amiga, Jennyfer faria o mesmo em meu lugar, me diria a verdade e juntas arrumaríamos uma solução.
Volto a grunhir exasperada cobrindo meu rosto com as mãos.
— Filha, vamos. Está tudo bem?
Nego ao ver a silhueta de minha progenitora na porta do quarto e com minha resposta veio até mim preocupada.
— O que aconteceu?
— Apenas um pesadelo. - Respondo rápido liberando minha exaustão no abraço caloroso materno, mamãe afaga minhas costas lentamente enquanto suspiro inúmeras vezes.— Foi só um pesadelo.
Ou não.
— Está tudo bem, digo isso para você desde quando era pequena: eu irei lutar para proteger a princesa Magye. - Sorriu afastando meu rosto do ombro de minha progenitora que também sorri erguendo o punho para o alto.— Agora vamos jantar, preciso de forças para lutar contra os monstros do seu pesadelo.
— Mãe. - Chamo.— Obrigada.
— Não tem o que agradecer Princesa Magye.
Sigo pelo corredor descendo as escadas sentindo vários cheiros despertarem a fome em meu estômago.
— Uow, como foi seu novo aniversário?
Jackson logo me questionou enquanto recebia um tapa nas costas de nossa progenitora pela impaciência de não nis esperar para comer. Já que este estava de boca cheia com a lasanha de queijo.
— Foi ótimo, me diverti bastante. E como foi o jogo, Jackson?
— Como já podem imaginar, nos ganhamos. O jogo já estava ganho quando eu pisei no campo. - Disse convencido jogando a cabeça para os lados como se tivesse longos cabelos para serem arremessados.— Não é pra menos.
— Certo senhor jogador, coma.
Assinto acompanhando todos no jantar, rindo com as idiotices que Jackson sempre falava e curtindo a paz com a temporária ausência paterna.
Mas não sem conseguir pensar em como por fim na estória com Jaebum e dizer a verdade para Jennyfer. As coisas precisavam voltar o mais rápido possível ao normal ou eu não saberei como lidar.
Já estava a bolar o plano na minha cabeça, mas, e se ele não acabar da forma que eu almejo que ele acabe. Que acabe com a mesma frase de sempre no final da folha de um livro de tragédia romântica: e eles viveram felizes para sempre, se essa for a melhor escolha.
Q&A
Os nomes de todos os personagens que já apareceram na história estará aqui embaixo. Vocês iram selecionar e comentar a pergunta. No próximo capítulo que não sei quando posso postar, mas como estou devendo os capítulos no dia, tentarei, fazer logo com a ajuda de uma amiga. Então, vocês tem uma semana para pôr as perguntas, não darei spoiler nas respostas.
Magye
JaeBum
Jackson
Jeny
Mark
Jane
YoungJae
Bambam
Yugyeom
Mãe/ Pai
Jinyoung