Anjos do Anoitecer

By HenryGusta

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Em um mundo cuja a existência de vampiros é tolamente tida como lenda, dois jovens descobrem logo cedo de que... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2 (parte I)
Capítulo 2 (parte II)
Capítulo 2 (parte III)
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19 (parte I)
Capítulo 19 (parte II)
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25 (parte I)
Capítulo 25 (parte II)
Capítulo 25 (parte III)
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33 (parte I)
Capitulo 33 (parte II)
Capítulo 34
Capítulo 35
Capitulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capitulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capitulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80 (ultimas semanas)
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90 (Últimos Capítulos)
Capítulo 91 (Penúltimo Capítulo)
Capítulo 92 (Último Capítulo)
Epílogo
Livro Novo Já Disponível!

Capítulo 83

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By HenryGusta

Musica: Disturbed - The Vengeful One [Official Music Video]

O mundo estava presenciando a guerra de forma intensa. Caminhões e mais caminhões carregados de Projetos chegavam as bases da Ordem para posteriormente serem liberados nas ruas. Passaram-se mais quatro semanas, as grandes capitais dos países estavam tomadas pelos Projetos, e no Brasil isso foi ainda maior. 

Drake foi paciente, depois do ataque ao refúgio ele esperou os caçadores reagirem. Contudo não ficou parado, ele e os seus nesse meio tempo estavam recrutando cada vez mais vampiros para seu exército.

Sem uma liderança os outros vampiros tiveram que se esconder. Os Projetos patrulhavam pelas ruas e os humanos tiveram que conviver com eles. A primeira vista, as pessoas estavam contentes por terem alguém para protege-las dos sanguessugas, porém, com o passar dos dias, isso foi mudando. Os Projetos estavam os reprimindo, revistando de forma constrangedora aqueles que achavam suspeitos, e os culpados eram mortos em público. Procuravam aqueles que estavam aliados aos vampiros, queriam de fato acabar com quaisquer influências que eles tinham.

—Seu nome?   

Estavam em uma delegacia, especificamente numa sala de interrogatório. A mulher de aproximadamente trinta anos estava firme, masmantinha a cabeça baixa, afinal estava receosa

— Fabiana Oliveira. — Respondeu forçadamente.

 O delegado a observou momentaneamente. Diria que ela errou, deveria tê-lo encarado, demostrado confiança, ter feito parecer que era inocente e que não tinha nada a temer. A imagem que estava passando era totalmente contrária.

— Bom, você resistiu a revista, e por isso trouxeram você aqui. Acho que temos algo a resolver, não? — Indagou inclinando o corpo. Seu rosto aproximou-se do dela, e a mulher ficou ainda mais tensa.

— O que vocês estão fazendo conosco e ridículo, abordam qualquer um, e mesmo sendo um inocente vocês trazem aqui. — Questionou erguendo a cabeça. O delegado se jogou para trás escorando-se em sua cadeira. Seu olhar frio pesou sobre ela.

— E você se considera inocente?

— Óbvio que sim, eu não fiz nada, não sou culpada de nada!

— Vou lhe fazer duas perguntas, e dependendo de suas respostas, você será liberta.

— Ok.

— Você está a favor dos vampiros, ou a nosso favor? - Inqueriu. A mulher o olhou surpresa, acabou demorando segundos para responder, segundos que decretaram sua morte.

— Estou... a favor de vocês. — Respondeu forjando um olhar seguro. 

No entanto a mulher balbuciou, e isso fez o homem encará-la com um olhar ameaçador. Ela engoliu em seco, um suor frio correu pelo canto de seu rosto, sabia que não havia sido convincente.

— Então por que seus batimentos alteraram tanto? — Fez a segunda pergunta, e ela ficou confusa,  não conseguiu responder. — Senhora, os Projetos contêm sensores que captam os seus batimentos, e há algumas alterações neles que delatam um mentiroso. Essas informações são enviadas para meu computador. Para se azar, seus batimentos denunciaram sua mentira.  

A mulher arregalou os olhos e começou a ficar desesperada. O homem levantou-se de sua cadeira e fez um sinal com a cabeça para os dois Projetos que estavam parados ao lado da porta. Prontamente eles foram até a moça e a pegaram pelo braço, forçando-a se levantar da cadeira. Ela se debateu tentando se soltar, mas foi inútil. 

— Se está do lado deles, terá o mesmo fim. Podem levar.

— Não! EU SOU INOCENTE, EU SOU INOCENTE! 

De nada adiantaram seus gritos, nada comoveram o homem que voltou a sentar-se na cadeira.

Ela era mais uma em meio a muitos, desde que os Projetos criaram bases nas capitais, aqueles que ousavam se opor a eles eram eliminados. Logo a população começou a sentir medo, e a visão sob a Ordem estava mudando.

Os projetos levaram a moça para fora da delegacia e a puseram em uma viatura.

De lá, seguiram até o centro, onde centenas de Projetos já monitoravam as ruas e o movimento das pessoas.

Ela não sabia, mas não seria a única a ser executada, também cinco pessoas recentemente consideradas culpadas estavam fadadas ao mesmo fim.

Assim que avistaram as viaturas vindo em fila, os Projetos ordenaram que as pessoas parassem de caminhar e se posicionaram a beira das ruas, um ao lado do outro, formando uma barreira que impedia que elas fossem até os condenados a morte.

Feito o ordenado, as pessoas observaram a cena tristes e um tanto curiosas, pensaram na possibilidade de em algum momento, serem elas a passar por aquilo.

Os acusados foram tirados dos veículos de forma impiedosa, sendo praticamente puxados para o meio da avenida. Forçados a se ajoelhar, eles se submeteram a humilhação.

Algemados, nem sequer puderam tentar se defender, e a raiva pelo tal os consumiram. O mundo estava mudando, a Ordem, que alegava tentar impedir o domínio dos vampiros no mundo, estavam fazendo exatamente o mesmo, tomando tudo.

Ítalo não se incomodava com isso, pelo contrário, se vangloriava com o poder, com o controle. Seus Projetos eram fortes demais para serem desafiados por humanos. Um embate de igual para igual, somente os vampiros conseguiriam. No entanto, a Ordem tinha a vantagem do planejamento, da estratégia, e isso bastou para que se sobressaíssem tanto.

A mulher, que recentemente fora acusada de traição, e condenada a morte, obviamente não se conformava com aquilo. Sabia que ia morrer, e em um determinado momento revoltou-se.

Ergueu a cabeça e encarou o Projeto que discursava palavras vagas, que justificam a morte daquelas pessoas. A moça então decidiu não iria ficar calada, não queria ficar, estava irada com o que estava acontecendo, e não só ela.

— ELES NÃO QUEREM NOS PROTEGER! — Gritou chamando a atenção de todos. O Projeto virou-se para trás. — ELES QUEREM NOS DOMINAR, QUEREM NOS SUBMETER A ISSO, NÃO PODEMOS NOS OPOR OU SOMOS MORTOS! QUE MUNDO CRUÉU ERA ESSE EM QUE ÉRAMOS LIVRES, MESMO COM A EXISTÊNCIA DOS VAMPIROS. — Em reação, o Projeto levou sua mão a cintura, e segurou o cabo de sua pistola. — VEJAM, ELE QUER ME SILENCIAR, MAS ISSO SÓ REFORÇA O FATO DE QUE OS VERDADEIROS OPRESSORES SÃO VOCÊS E EU NÃO... — Ela não conseguiu terminar de dizer, o Projeto sacou sua arma e disparou em sua cabeça, estourando-a em vários pedaços.

Seu pescoço degolado expelia fumaça, o que impediu o sangramento excessivo. O corpo dela foi ao chão r o olhar horrorizado das pessoas foi percebido pelos Projetos.

Logo vieram as críticas, a declaração da mulher os incentivou a falar.

Num ato de retaliação, o Projeto disparou nos outros quatro, matando-os impiedosamente. Em seguida virou-se apontando sua arma para o povo, que se calou.

— Desafiem a Ordem e terão o mesmo fim. — Advertiu em tom alto. O som robótico de sua voz causou agonia naquelas pessoas, que acabaram por voltarem aos seus afazeres, se dispersando.

As palavras daquela mulher ficaram na mente daquela gente, uma vez que já foram livres. Almejam com fervor a volta de sua liberdade, e farão o possível para tê-la.

Reflexão do dia: afinal, que liberdade procuramos? Que liberdade almejamos? O direito de ir e vir? A verdade que nem isso temos. Sempre somos escravos de algo, uma mãe é escrava de seu filho problemático, uma esposa é escrava de seu marido ordinário, um empregado é escravo de seu patrão egocêntrico, o professor é escravo dos alunos indisciplinados, e os jovens são escravos da má educação, fadados a estudar coisas inúteis, para no final não saberem o que fazer.

Enganam-se aqueles que pensam que estão totalmente livres, há algo muito mais sombrio a espreita, disfarçado de uma ideológia do bem. Quando iremos conquistar essa liberdade? A resposta é simples, nunca , afinal você foi escravo da vida, e ela faz o que quer com você.

Cabe a nos decidir o que fazer com essa escravidão invisível, aceitá-la, revoltar-se contra ela, ou buscar a libertação?

O excessivo pessimismo deve ser admitido na penúltima narração, digamos que ter a liberdade é um tanto difícil de se conquistar, pois você só vai tê-la quando for feliz, quando estiver em paz consigo mesmo. Vai chegar um momento de sua vida em que aquele(a) famosinho(a) da sua escola não vai fazer mais diferença, muito menos o garoto bonito que te rejeitou (ou garota). Vão ser apenas história, passado.

Voltamos a estaca zero, afinal, o passado também pode nos escravizar, por isso, a busca pelo presente s wfaz necessária. Quanto a liberdade, ela irá correr, a cada crítica feita. No fim temos duas escolhas: erguer a cabeça e correr atrás dela, ou ficar aí, imaginando uma vida perfeita, buscando algo que te remeta aquela que valha a pena. Há! Livros de ficção adolescente são os primeiros a serem procurados.

O loser não vai virar popular, o bonito não vai se interessar pela feia e a vida não é morango.

Acredite, não vai ser a patricinha arrogante, ou badboy que vira bonzinho no final que vai te fazer feliz.

A vida de longe não é perfeita e gramado do outro não é mais verde, é só você que não está cuidando do seu.

Sabe porque, em tão pouco de domínio da Ordem, as pessoas estavam reagindo daquela forma? Por que a Ordem afastou ainda mais a liberdade delas, agora, de maneira física.

Era muito melhor viver de olhos vendados vendo vampiros como lendas, do que viver sabendo que eles existem, e que mesmo sendo poderosos, estavam perdendo a guerra.

Por enquanto.

— São quantos? — Drake perguntou a Heigi, que encontrava-se em pé ao seu lado.

Observavam a cidade de um prédio, ocultados pela escuridão. Puderam ver os Projetos nas ruas.

— Dez mil, conseguimos trazer dez mil vampiros para o nosso lado.

— Acha que já é o momento de atacar? — Perguntou desejando ser respondido com um bom conselho.

—Acho que dez mil é pouco, para combater os Projetos de forma satisfatória, precisaríamos de cinquenta mil, no mínimo. 

— Demoramos quatro semanas para recrutar dez, para recrutar mais 40 demorará demais. — Disse suspirando. Heigi abaixou a cabeça, o vampiro tinha razão. — Não venceremos essa guerra assim, precisamos chegar ao núcleo, e isso será impossível sem um bom plano. — Afirmou fazendo Heigi erguer a cabeça, encarando-o — Cinquenta, cem, quinhentos mil, apenas causaremos mortes desnecessárias. Eles estão preparados, não vão deixar se vencer assim.

Um silêncio se instalou na momentaneamente, até ser quebrado.

— O que os dois tanto articulam aí sozinhos? — A voz de Selena chamou a atenção de ambos, que se viraram.

— Se usasse sua audição, saberia. — Respondeu sorrindo. O mesmo surgiu no rosto dela.

— Não posso ficar invadindo a privacidade de você sabe...

Drake ficou sério, assim como Heigi.

— Até hoje você não esqueceu isso... — Disse entortandoos lábios. Ela riu. — Estávamos pensando no ataque.

— A Ordem está oprimindo cada vez mais as pessoas, e nos caçando incansavelmente. As ruas então cheias de Projetos. Confesso que... não sei como poderemos ganhar isso. — Disse preocupada.

— Todos os meios que pensei em invadir a Ordem terminam comigo estirado no chão, morto. Eu sinceramente não sei o que fazer. — Lamentou. Selena o abraçou forte, o vampiro escorou a testa em seu ombro, desesperançoso.

— Você vai achar um jeito, eu sei que vai.

Drake sempre tinha uma carta na manga, um plano, quando queria, tornava-se um estrategista invejável. No entanto, naquele momento ele não conseguia pensar em nada. Na verdade pensava, mas as chances de dar certo eram zero.

Para vencer a Ordem deveria destruir seu coração, só que para isso precisava entrar.

Esse era o ponto, invadir a base suprema de uma sociedade forte como a Ordem. O local era nada mais, nada menos que um império no subsolo. A maneira mais fácil de construir coisas sem que os humanos percebessem era bases em baixo da terra, ou no mar, mas estas eram consideravelmente fáceis de serem descobertas, satélites e radares as notariam com facilidade.

Escolher um ponto afastado, com geografia favorável: ter árvores ou relevo irregular. Era só perfurar, para posteriormente criar uma fortaleza. Com a ajuda do governo, ninguém notaria.

Aquela noite passou, e o dia veio com as novas ordens do Líder Supremo: a captura de Drake. Todos os Projetos foram orientados a dobrarem a atenção, e procurarem em todos lugares onde tal vampiro poderia estar: matas, cidades afastadas, lugares abandonados.

Se os humanos antes reclamavam da considerável falta de liberdade, agora literalmente estavam sem ela. Naquele dia, pessoas foram abordadas nas ruas, interrogadas, e quando as respostas não eram convincentes, torturavam e matavam. Foi o dia dos horrores, e os vampiros nem se deram conta disso, estavam na Cidade, o último lugar que os Projetos os procuraram. Então noite caiu, e com ela, a notícia que Drake precisava ouvir.

— Senhores! —O nobre os chamou, aproximando-se. Drake tinha acabado de despertar, era o último a o fazer. Seu sono foi conturbado, e o chão duro na qual dormia não o favoreceu. Heigi havia percebido o desconforto do amigo, por isso estava com ele.

Vestia sua blusa quando foi chamado, e ainda a pondo se virou olhando-o, Heigi fez o mesmo. O vampiro curvou-se singelamente, aquilo fez Drake pensar, ele não queria aquilo para ele, ser líder, mas agora, estava sendo, ao lado de seu amigo.

— Estive rondando a cidade como pediu, e está um verdadeiro caos, a Ordem passou dos limites. — Disse aflito. — Estão torturando e matando as pessoas, em busca... do senhor. — Revelou. Drake comprimiu as sobrancelhas, ele e Heigi se entreolharam.

— De mim?

— Sim, eles querem captura-lo, vivo, para leva-lo a Ordem. Eu ouvi alguns Projetos dizerem que o chefe deles sabe que o senhor e o nosso líder. Há cartazes com sua descrição por toda cidade, estão te caçando. —

Heigi ficou preocupado, no entanto a preocupação dele não se formou no roso de Drake, pelo contrário.

O vampiro ergueu as sobrancelhas, e levou o dedo a boca, pensativo.

— Tá, no que está pensando? — Heigi perguntou curioso.

— Eu tive uma ideia...

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