Apreensão. Todas as coisas parecem escapar por entre seus dedos, seu coração dispara com a noticia e você só tem foco para aquela coisa. Louis, quando criança amava os carrosséis, eles eram coloridos e encantadoramente mágicos.
Mas sua vida era um carrossel, em um giro continuo, ele gostava dos cavalos brancos com montaria vermelha, eram os cavalos que o levavam para longe das dificuldades. O que ele desejava naquele momento eram os cavalos, mas chega uma hora em que o carrossel para e você tem que encarar a realidade dos fatos: você cresceu.
Louis encarou o namorado, ainda em silêncio, seus olhos demonstravam o quão surpreso estava com a informação, mas as palavras não saíram de sua boca.
– Lou...? Se você quiser eu peço pra ele não vir, caso você...
– Não, Harry – Tomlinson o interrompeu com um dedo nos lábios do maior, depois do gesto, passou a ponta dos dedos pela bochecha do maior fazendo um carinho calmo e bom. O maior fechou os olhos em apreciação. – Ele me ajudou, quero agradecê-lo.
– Eu te amo, por tudo que você é. – Harry soltou ainda apreciando o carinho de Louis que deslizava os dedos cuidadosamente pelo rosto do outro.
– Sorri pra mim – pediu, e quando Styles abriu os olhos um sorriso se formou e suas covinhas ficaram em evidência. Louis respondeu ao sorriso e não resistiu em apertar a covinha esquerda. – Eu te amo, amo tudo em você, Hazz. Você é lindo. – Se aproximou mais e depositou um beijo curto nos lábios de Harry que tentou aprofundar, mas não obteve tempo.
Louis empurrou o prato com o pouco de sopa que ainda restava para cima do criado mudo, e deitou por completo na cama, puxando Harry para se deitar por cima dele.
– Tem certeza que não vou te machucar? – Perguntou preocupado, resistindo ao menor.
– Vem Hazz, você não vai me machucar. – Fez um biquinho e os tradicionais olhos pidões, quem resistiria? Alguém quer tentar? Harry deitou, entre as pernas do menor e seus braços passearam, explorando o corpo do menor enquanto suas bocas se encaixavam em um beijo gostoso , sem alvoroço ou pressa, era apaixonado e proveitoso.
Louis desejou que aquele momento nunca acabasse.
Quando beijava Harry ele se sentia tão bem que pensava poder ouvir sua música preferida. Ter aquela pele branca e bronzeada ao mesmo tempo, os músculos fortes lhe segurando com força. Ele sabia o quanto era bonito, e como deixar Louis entregue. Ele o enlouquecia, o deixava selvagem.
O envolveu, como se tivesse medo de perdê-lo, sussurrando palavras carinhosas, quase inaudíveis, contra os lábios do seu pequeno que tinha os olhos azuis tão infinitos quanto a linha do mar no horizonte.
Eram jovens, apesar de tudo felizes, e orgulhosos, como um sonho no paraíso.
– Liam... – Evan gemeu manhoso, enquanto sentia o namorado invadi-lo com seu membro grosso. Payne não se controlava quando ouvia seu nome sair derretido pelos lábios macios do loiro que apertou os olhos com força enquanto enlaçava a cintura do mais forte com suas pernas.
– Oh, você é maravilhoso, Deus, como consegue... – Liam dizia começando a se mexer dentro do outro, como acostumado com o tamanho do mais forte, Evan, apenas empurrava o quadril contra o membro do outro que o invadia sem pudor e com destreza.
– Li... mais, por favor, vai mais rápido. – Pedia entre gemidos e arfadas, enquanto seu corpo era empurrado sobre a cama macia, que embebedava os lençóis com o suor dos dois corpos que flexionavam um contra o outro.
Payne, lançando um de seus sorrisos galantes, começou a investir com mais força e mais velocidade, arrancando ainda mais grunhidos e gemidos do namorado que o apertava com as pernas envoltas da cintura.
– Foda-me, oh, desse jeito, mais fundo, oh – Evan, cuspia as palavras em um tom de voz arrastado que quando chegava aos ouvidos de Payne, o fazia se arrepiar e ir mais fundo com seu membro dentro do outro.
– Você é uma vadia – Liam sorriu e enquanto continuava com os movimentos, deitou sobre o namorado e lhe arrancou um beijo forte, puxando seu lábio inferior e o fazendo arfar pela posição proporcionar ainda mais invasão em sua entrada. – Minha vadia.
– Sua... – se esforçava para encontrar as palavras, mas o tesão que estava sentindo era mais forte e parecia rugir em sua mente e corpo. – Sua v-vadia. Oh, Liam, eu te amo! – Exclamou quando sentiu o namorado vir em seu interior, o inundando com seu gozo, ele continuou estocando até que, sem ao menos se tocar, Evan veio também, melando seu abdômen e o de Liam.
Quando o moreno saiu, Evan pôde sentir o liquido quente escorrendo de sua entrada por suas pernas, e ao levantar o rosto encontrou Payne o encarando, como se esperasse que ele dissesse alguma coisa.
– Que tal tomarmos um banho? – Sugeriu.
Payne pareceu considerar a ideia por um tempo, ele estava em pé, na frente da cama, pelado e com o peito um pouco melado, de braços cruzados e uma expressão pensativa. Aquilo fez Peters morder o lábio inferior e soltar um gemido baixo que pensou que o maior não teria ouvido, mas logo sentiu um peso deitando ao seu lado.
– Você quer mais? – Liam perguntou, mas sem dar chances do outro responder e entrou com seus dois dedos na entrada de Evan que gemeu mais alto pela intromissão.
E perderam-se assim os dois pela tarde inteira, trancados no quarto, envoltos por um manto de desejos e amor, presos em um mundo frio e pequeno, onde eles precisavam estar colados para poder sobreviver.
Comunicação é a primeira coisa que aprendemos em toda nossa vida. O engraçado é que, quando crescemos, aprendemos as palavras e realmente começamos a falar, é mais difícil saber o que dizer ou pedir o que você realmente precisa.
Louis estava sentado no sofá ao lado de Harry que o ajudou, mesmo ele dizendo que não precisava, a encontrar uma posição confortável, os dois trocaram um longo olhar e depois viraram para a frente, e lá, sentado em uma das poltronas estava Zayn.
Quando Zayn tocou a campanhia, Harry já imaginava quem fosse. Ele e Louis ainda estavam no quarto, conversando e trocando caricias, ele ajudou Louis a descer as escadas, o menor ainda sentia dor nas pernas, o sentou no sofá e depois foi atender a porta.
Encontrou Malik empoleirado em uma jaqueta escura e um jeans preto da cor dos coturnos, e por um instante pensou em sorrir, Zayn não havia mudado, mas logo se repreendeu, sim ele não mudou na aparência, já por outro lado.
Os dois trocaram um “oi” e um aperto firme de mão, demonstrando que os dois estavam dispostos a manter aquilo sobre controle.
– Eu... – começou o moreno, levantando os olhos e encontrando o olhar dos dois amigos, um representava sua infância o outro suas descobertas, e ele precisava de ambos de volta para se sentir completo. – Eu, primeiramente, queria pedir desculpas por tudo que fiz vocês passarem, principalmente você Louis, eu fui inconsequente, idiota e quando pensei em te aproximar apenas te afastei. – Falou de uma vez, soltando um suspiro baixo no final e passando a mão no cabelo. Falar sobre aquilo o deixava mal.
Louis se manteve calado, e ele, então, prosseguiu.
– Só Deus sabe o quanto me arrependo, eu agi por impulso e minha cabeça estava uma bagunça, eu era apaixonado por você Louis, desde antes de você ir embora, apenas não sabia o que era aquele sentimento nem se era certo o que eu sentia por um garoto, mas aí você foi embora e Harry apareceu. – Malik dessa vez encarou o amigo, que assentiu, o apoiando, ele sorriu minimamente para o de olhos verdes. – Harry logo se tornou meu melhor amigo, meu irmão e juntos nós descobrimos sobre o que precisávamos saber, já que ele e eu tínhamos as mesmas duvidas com relação as mesmas coisas, mas depois de tanto tempo, em um dia você me aparece na escola e eu sinto aquele sentimento outra vez surgir e quando finalmente me entreguei a ele, você já estava com Harry e isso me enlouqueceu. – Disse um pouco perdido, como se aquilo o estivesse machucando.
Ele baixou a cabeça por um instante, e Louis, comovido, quis ir até ele e o abraçar, mas Harry negou, o olhando, como se dissesse “este é um momento dele”.
– Eu fiz coisas estupidas, com você, com Harry, com Niall – e Tomlinson percebeu o pequeno brilho, quase imperceptível que surgiu nos olhos de Zayn ao falar o nome do loiro. – Mas eu me arrependi, eu não posso viver sem vocês... – Levantou os olhos que sorriram tristes. – Niall me ajudou a ver isso, e depois de toda dor, eu enxerguei nele algo que eu só senti por você, mas que agora ficou no passado. Eu estou apaixonado por Niall. Nós recomeçamos, e eu queria saber se você me perdoaria?
No fim do dia, há coisas que você não pode evitar conversar. Algumas coisas, nós não queremos escutar e algumas coisas dizemos por que não podemos mais ficar em silêncio.
– Louis? – Harry o indagou, mas o menor já tinha se levantado, mesmo com dificuldade andava em direção a Zayn. Seus olhos estavam marejados e vermelhos, ele pegou nas mãos de Zayn como se pedisse para ele ficar de pé, assim o moreno fez, ficando de frente para ele e sendo assim, um pouco maior.
– Você sempre será meu amigo, Zayn. Eu te perdoou. – Ele abraçou o moreno, que tentando segurar as lágrimas, o segurando forte em seus braços, eles estavam ali, outra vez, eram amigos. – Nós te perdoamos. – Louis virou para trás, uma mão estendida para Harry que sorriu e foi puxado para o abraço triplo.
Algumas coisas são mais do que você diz, elas são o que você faz. Algumas coisas você diz por que não há outra escolha. Algumas coisas você mantem para si mesmo. E, não com frequência, mas de vez em quando, algumas coisas simplesmente falam por si mesmas.