Anjos do Anoitecer

By HenryGusta

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Em um mundo cuja a existência de vampiros é tolamente tida como lenda, dois jovens descobrem logo cedo de que... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2 (parte I)
Capítulo 2 (parte II)
Capítulo 2 (parte III)
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19 (parte I)
Capítulo 19 (parte II)
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25 (parte I)
Capítulo 25 (parte II)
Capítulo 25 (parte III)
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33 (parte I)
Capitulo 33 (parte II)
Capítulo 34
Capítulo 35
Capitulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capitulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capitulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80 (ultimas semanas)
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90 (Últimos Capítulos)
Capítulo 91 (Penúltimo Capítulo)
Capítulo 92 (Último Capítulo)
Epílogo
Livro Novo Já Disponível!

Capítulo 68

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By HenryGusta

Musica: Linkin Park - Crawling

Uma batalha demasiada sangrenta, mesmo de dia, os vampiros conseguiram se sobressair sobre os dayans, as armas que usavam contribuíram para isso. Porém mesmo ganhando, as várias perdas foram inevitáveis. Os dayans também sabiam lutar, isso era fato.

Letícia queria estar na batalha, mas desarmada, preferiu esperar juntos com os outros humanos. O barulho do combate estava os assustando, os som de ossos quebrando, dos gritos de dor e grunhidos agoniantes. Parecia um filme de terror.

Aflita, Letícia esperava aquele pesadelo acabar, por várias vezes imaginou a porta sendo arrebentada, para em seguida os dayans entrarem matando todos que vissem pela frente. Tal pensamento apertava seu coração, pois ela nada poderia fazer para defendê-los. Selena também era mais um motivo para sua preocupação, somente ela, humana, lutando contra centenas de vampiros descontrolados.

Seus pensamentos foram interrompidos quando alguém bateu na porta.

Sou eu Letícia, Caleb. — Ele disse do lado de fora. Letícia prontamente foi até a porta, abrindo-a rapidamente.

— Graças a Deus! E então, estão ganhando? — Perguntou preocupada.

— Estamos, mas eu preciso tirar você daqui, é urgente. — Disse com a voz carregada de aflição. Letícia olhou para trás, e avisou que iria sair, mas que voltaria. No corredor, ela o encarou, esperando ele falar

Ela queria saber porque o vampiro estava daquela forma, com certeza era algo importante que certamente os humanos não poderiam ouvir.

— Não dá pra explicar, só vem comigo depois te explico. — Antes que ela pudesse questionar, ele segurou sua mão e a puxou consigo, saindo dali as pressas

A forma mais fácil de escapar seria pela janela da cozinha, e sabendo disso o vampiro foi para lá. Porém, para sua surpresa, Marius já o esperava, sentado a mesa. Os olhos de Caleb se arregalaram ao vê-lo, no entanto, tratou logo de desfazer a expressão, para não levantar suspeitas.

— Nossa Caleb, não perdeu tempo em? O sangue de Selena não lhe saciou o suficiente? — A pergunta de Marius fez Letícia encarar Caleb confusa.

— Como? Que história é essa Caleb?

— Vou dizer a você, de forma resumida claro, o que eu disse a Selena. — Começou erguendo-se, e antes de continuar, caminhou em passos calmos até a gaveta do armário. Com a mesma calmaria, ele a abriu, tirando dela uma faca. — Estamos em uma guerra, contra muitos inimigos, não só sanguinários, mas caçadores também. — Sério, ele ergueu a arma branca altura de seu rosto, a lâmina reluzia com a luz fluorescente. — O fato é que você é a Selena são... como eu posso dizer? Um empecilho para nós, vocês distraem o Drake e o Heigi. Além do mais, são fracas e frágeis e o pior, são o instrumento certo para ser usado contra nós. — Interrompeu sua explicação virando-se. 

Leticia então olhou pra Caleb, e o vampiro abaixou a cabeça, ele não podia fazer nada, se ele quisesse mantê-la viva, teria que vê-la sofrer.

— Você... matou a Selena? — Virou-se para ele, que não respondeu, nem ergueu o olhar. A sua voz tornou-se embargada, pois a vontade de chorar estava tornado-se cada vez mais forte.

— Ele não matou, eu matei. — Respondeu por ele. — Apesar de que o nosso trato foi que ele a matasse. No entanto a espertinha mexeu no que não devia, e isso só adiantou o fim dela. — Letícia não aguentou, desabou ao chão entre lágrimas intensas. As lembranças da amiga retornam como cenas de um filme em sua mente, tudo que passaram juntas, de uma só vez.

A característica mais triste de uma guerra, tirando as perdas, é o fato de que não se pode confiar em ninguém. Um lado obviamente sairá vencedor, porém para alcançar a vitória, vale absolutamente tudo. Fato era que, boa parte dos renegados pensavam como Wahein, queriam ser o que eram sem temer a morte. A vitória deles, perante sanguinários, humanos e caçadores, significava o fim da vida nas sombras, o fim do medo ter o peito perfurado por uma estaca.

Diante desses fatos, muitos ali já sabiam do plano de Marius, outros nem imaginavam tamanha covardia. A verdade é que num ponto, Marius estava certo; fracas e frágeis, uma verdade que doía, mas a única daquele momento. Eram tantos dayans que Drake e Heigi não tiveram tempo nem para pensar nelas, um deslize significava a morte de ambos. Isso de certa forma, as deixou vulneráveis, sem a proteção dos dois, e o resultado foi o que aconteceu.

Velcan pensava numa desculpa que daria para Marius quando ele desse por conta do sumiço dos corpos. O argumento mais apropriado seria ele dizer que Drake sentiria seu cheiro nela quando se aproximasse do corpo, delatando ele como o assassino. E não era uma invenção, de fato era isso que ocorreria, sem falar na ligação. Marius pensou em tudo, mas não pensou nisso, planos tão cruéis não podem ter erros, ou estes, podem causar a morte do criador. 

— Pense bem Letícia, você está fazendo um favor para Heigi. A única utilidade que você tem pra ele é o seu sangue. Tirando isso, você não é ninguém. — Disse friamente.

As palavras de Marius a machucaram profundamente, causando uma dor tão forte quanto a física, pois no fundo, também pensava o mesmo.

O vampiro se aproximou, ajoelhando-se.

— Um breve momento de dor, para uma libertação. Contente-se em saber que choraremos sobre seu corpo inerte. 

Aguda como o bater das lâminas, a dor em sua barriga a faz erguer o olhar encarando-o. O vampiro não esboçava uma reação feliz, pois estava fazendo exatamente o que jurou não fazer mais: matar um inocente.

O olhar dela desceu em seguida, fitando a faca enterrada em sua barriga. Ali são saiu sangue, pois se deu uma hemorragia interna, uma de suas veias fora cortada.

Letícia tombou ao chão, a visão embaçada da bota de Marius foi a única coisa que pôde ver. Caleb sentiu o coração apertar, seus ferimentos eram quase tão graves quanto o de Selena.

De mãos atadas não podia defendê-la, ou só pioraria a situação. Aquilo era desnecessário, não toparia compactuar com aquilo caso Marius tivesse sido mais específico em relação ao seu plano. Ao saber de tudo, tanto ele quanto seu irmão se arrependeram amargamente, mas era tarde demais.

Marius o encarou, esperando que ele terminasse o serviço, Letícia ainda lutava pra continuar viva. Ele não viu outra alternativa a não ser o fazer. Ajoelhou-se, levantando a cabeça dela.

Letícia o encarou, e viu os intensos e brilhantes olhos amendoados do vampiro. Tão próxima, a expressão triste dele tornou-se nítida ao olhos dela.

— Precisamos sumir com os corpos. — Virou rosto para o ancião, que o olhou confuso

— Como? Drake precisa acreditar que...

— Tanto Drake, quanto Heigi são fortes o suficiente para descobrirem quem foram os assassinos. — Advertiu sério. Marius ficou pensativo, mas acabou por concordar.

— Você tem razão... vou ter que arranjar uma justificava que os convença. — Levou as mãos ao queixo. — Mas deixe isso pra depois, vamos, termina com isso logo. — Mandou.

Aquela seria uma das poucas vezes que não sentiu prazer em morder alguém, não queria fazê-la de sua presa, mas era necessário.

Relutante ele o fez, bebendo o sangue da forma mais vagarosa que conseguiu, até Marius se convencer de que ela de fato seria eliminada.

— Nos vemos depois, tenho que acabar com esses vermes. — Disse antes de virar-se e sair dali.

Caleb afastou-se imediatamente assim que o ancião os deixou. Mais um pouco e ele se deixaria levar pelo sabor de seu sangue e provavelmente a colocaria em uma situação pior.

Rapidamente, limpou a boca com sua mão e mordeu seu dedo, posicionando-se na boca dela, que estava a um fio de morrer.

Suspirou aliviado, ao conseguir salvá-la, mas não por muito tempo, os ferimentos dela e de Selena eram muito graves, tanto que nem o sangue deles conseguiria curá-los totalmente. Elas não tinham um prazo duradouro.

Letícia apagou em seus braços, e ele suspirou. O vampiro levantou-se com ela em seu colo. Pela janela da cozinha ele saiu, indo ao encontro de seu irmão.

Velcan o aguardava aflito em seu carro. Olhou Selena pelo retrovisor, ajeitada cuidadosamente no banco traseiro. Seu irmão estava demorando, o que o deixava ainda mais nervoso. Foi quando ouviu passos, e logo Caleb abriu a porta, aliviando-o. Porém esse alívio não durou muito, pois logo notou Letícia no colo de seu irmão, manchada de sangue.

— O que aconteceu, não conseguiu salvá-la? — Perguntou preocupado, observando Caleb colocá-la no banco carona. Seu irmão o encarou em seguida, a raiva estava estampada em seu rosto.

— O desgraçado nos encontrou antes que eu conseguisse fazer algo. Além de enfiar uma faca na barriga dela, me forçou a me alimentar também.

— Então a situação dela é...

— Grave, muito grave.

— Selena também está de mal a pior, meu sangue só vai mantê-la viva por um tempo.

— Então vamos voltar para a mansão, antes que eles percebam nossa falta. — Disse fechando a porta, Velcan também saiu. — Estarão seguras aqui? — Ele perguntou. Como combinado, Velcan deixou seu carro próximo ao cruzamento do trilho de trem, onde o tráfego de carros e pessoas era quase inexistente.

— Ninguém vai encontrá-las aqui. — Respondeu. Velcan assentiu com a cabeça e saltou, transformando-se em corvo, Caleb fez o mesmo.

Na mansão a batalha continua a calorosa. Em termos de números, os dayans levavam a vantagem, eram muitos de fato. Drake deixou suas asas auxiliarem sua espada. Rasgava qualquer um que se aproximasse. Estrategicamente, Marius de alguma forma fez com que os dayans priorizassem ele e Heigi. O resultado foi inúmeros inimigos indo pra cima deles de uma só vez, forçando-os se unirem e mataram todos juntos.

Apenas uma espada, para os dois. Dividiram a arma, que passou pela mão de ambos repetidas vezes. Drake, aproveitando de seu ótimo reflexo, percebeu o dayan saltar em sua direção, e com a espada, o cortou ao meio, enquanto ele ainda estava no ar. O outro, avançou furioso, tentando lhe dar um soco, mas Drake segurou seu braço, e com sua asa perfurou sua barriga, ceifando sua miserável vida.

Heigi precisava de auxílio, três avançavam contra ele. Prontamente Drake jogou a espada, pega pelo amigo antes mesmo que caísse no chão. Armado ele girou em torno de si mesmo, cortando a garganta do dayan, que por azar, aproximou-se demais. O golpe giratório se repetiu novamente, porém Heigi o executou ajoelhando-se ao chão, fazendo com que a lâmina de sua espada cortasse as pernas do outro dayan, que assim como o anterior, avançou contra ele imprudentemente. O último gritou furioso, ao ver seu parceiro ser morto, porém só fez Heigi rir, afinal coitado, não tinha presas para mostrar.

Permanecendo extrovertido ele lançou sua espada, acertando certeiramente sua boca. A lâmina atravessou sua cabeça, saindo pela nuca.

Quando Caleb e Velcan chegaram, a batalha estava quase no fim. Mesmo assim, disfarçaram e entraram no meio da luta, matando o restante dos dayans que sobraram. Marius percebeu a entrada repentina dos irmãos, mas pensou no entanto, que eles tivessem voltando do "enterro" de Letícia e Selena.

Tinha que ser perfeito, ele já havia hipnotizado uma humana para dizer tanto a Drake quanto a Heigi, que viram um dayan perseguir suas amadas. Agora teria que fazer com que parecesse verdade. Intencionalmente, provocou os dayans, que saíram furiosos atrás dele. Calmo e frio, ele os levou para o quarto de Selena, ou melhor, para a morte deles.

No fim, o chão estava forrado de corpos, e percebendo a vitória, os vampiros comemoraram. Ergueram suas armas para o alto, e gritaram em nome de San Dragomir. O gosto da vitória era sempre alucinante.

Drake e Heigi se entreolham sorrindo um para a outro, estavam suados, porém não fadigados. Na verdade ainda estavam sentindo a emoção de participar de uma boa luta.

— Era impressão minha, ou essas coisas estavam nos focando? — Heigi perguntou brincalhão, esbanjando um sorriso que transmitia tanto dúvida, quanto o fato de ter achado aquilo engraçado.

— Não foi impressão, focaram mesmo, mas... quem vence essa dupla? Ninguém, óbvio. — Heigi gargalhou, seguido de Drake. Agora calmos, puderam pensar nas duas pessoas que amavam.

— Engraçado... nem a Lena, nem a Le lutaram, conhecendo elas certamente lutariam. — Disse fazendo Heigi ficar pensativo. A preocupação de ambos veio quando perceberam que não estavam sentido a presença das duas. A ligação estava fraca.

Os humanos saíram de seus refúgios, indo até o salão. Alguns ali pela primeira vez estavam vendo os vampiros tão de perto. Obviamente agradeceram, fazendo com que os vampiros se simpatizassem ainda mais com eles. Logo, trataram de providenciar as coisas para limpar aquela sujeira. E os vampiros foram aos poucos subindo aos seus aposentos. Banharem-se para depois dormirem, era o que mais queriam.

Drake e Heigi procuraram Selena e Letícia por entre os humanos, mas não as encontram. Foi é aí que a preocupação deles dobrou, e a hipótese do pior veio na mente deles.

Heigi foi até um dos funcionários, o desespero estava começando a tomar conta dele.

— Viram a Selena e a Letícia? — Perguntou aflito.

— Não vi senhor, pensei que estavam lutando com vocês. — Ela respondeu. Drake não pensou duas vezes, saiu pelo salão as procurando, não era possível, não podia ser.

— Eu vi! — Falou uma delas aproximando-se as pressas, sua cara não era nada boa. — Elas subiram a escada. — Mentiu. Drake ouviu aquilo, e com Heigi dirigiu-se apressadamente a escada.

Porém Marius surgiu na frente deles, os fazendo parar. Carregava uma falsa expressão de tristeza em seu rosto.

— Estava procurando a melhor forma de falar isso mas...

— "Mas" o que caralho? — Indagou Drake irritado, já estava imaginando a resposta.

— Elas iam descer para lutar, só que com isso chamaram a atenção dos dayans. Então eles avançaram, e elas tentaram se esconder em seus quartos. Eu vi aquilo e imediatamente fui ajudá-las, mas quando eu cheguei... lamento Drake. — Abaixou a cabeça. — Elas estão mortas.

Heigi não conseguiu dizer absolutamente nada, seus olhos involuntariamente encheram de lágrimas, não queria acreditar naquilo, não queria.

— Não, você tá brincando, não, não, não.

Entrando em desespero ele ajoelhou-se e levou as mãos a cabeça, Um "não" foi gritado de sua boca, alto e sofrido, carregado de tristeza. O grito que ecoou por cada canto da mansão, compartilhando a dor que ele sentia a todos que o ouviram.

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