Anjos do Anoitecer

By HenryGusta

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Em um mundo cuja a existência de vampiros é tolamente tida como lenda, dois jovens descobrem logo cedo de que... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2 (parte I)
Capítulo 2 (parte II)
Capítulo 2 (parte III)
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19 (parte I)
Capítulo 19 (parte II)
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25 (parte I)
Capítulo 25 (parte II)
Capítulo 25 (parte III)
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33 (parte I)
Capitulo 33 (parte II)
Capítulo 34
Capítulo 35
Capitulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capitulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capitulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80 (ultimas semanas)
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90 (Últimos Capítulos)
Capítulo 91 (Penúltimo Capítulo)
Capítulo 92 (Último Capítulo)
Epílogo
Livro Novo Já Disponível!

Capítulo 49

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By HenryGusta

Musica: Disturbed - The Sound of Silence

Amanheceu, os vampiros adormeceram e os humanos despertaram. Drake acabou passando toda a noite com Selena, motivo que o fez acabar ficando em seu quarto.

Selena abriu os olhos, e sorriu ao ver Drake ao seu lado. Os diversos bons momentos que ele havia lhe proporcionado a deixou feliz como a muito tempo não ficava. A distância dos dois foi drasticamente diminuída com o ato. Nisso, puderam compartilhar as várias experiências que haviam passado quando estavam separados. Um exemplo era as primeiras caçadas da humana, ou as primeiras mordidas do vampiro. Estranho, digamos, uma grande oposição tanto para ela, quanto para ele, mas ambos puderam compreender o lado um do outro. Isso que era necessário, a união, uma união em tempos de tanto perigo para os dois.

Quando a Rodrigo, este havia acabado de sair de sua casa, os membros da alcateia já estavam em atividade, fazendo coisas aleatórias. Todos ali já sabiam do plano de Rodrigo, e confiavam nele. Porém alguns, no entanto duvidam, e são esses "alguns" que Rodrigo mais detestava.

— Sério que escolheram você para isso? — O lobo ouviu alguém debochar atrás de si. Já estava a metros da rua, só queria sair dali o mais rápido possível, pois odiava a convivência com os dele. Mas aqueles ali eram definitivamente os que ele gostaria de ver com a cabeça decepada.

— Escolheram, talvez porque eu seja mais competente. — Retrucou virando-se devagar. A mochila em suas costas carregava a rosa em um pote de vidro.

O loiro riu, seguido de seus três outros companheiros. Não era burro, obviamente não os enfrentaria sozinho, estava em desvantagem, mas se pudesse, resolveria as coisas ali mesmo

— Deve ser... — Falou ironicamente. — O líder não anda muito bem da cabeça ultimamente. Sabe do que eu mais me arrependo? De ter transformado você, devia ter matado você e sua mãe. — Provocou sorrindo maliciosamente. 

Os olhos de Rodrigo tornaram-se vermelhos como rubi, seus dentes afiados mal couberam em sua boca, fazendo-a ficar entreaberta.

— Vai me atacar, cachorrinho? 

Rodrigo respirou fundo, e recompôs-se voltando ao normal. Aquilo era mais uma motivação para continuar, sua recompensa faria ele nunca mais ter que lidar com tais situações. Por isso tomou seu rumo, ignorando-os.

— Ele prefere fugir para os vampiros, que patético. — Continuou as provocações olhando para seus colegas, que riram. — Todos sabem que você queria ser um deles, mas não pode, vai continuar como um lobo e ganhar a confiança do líder não mudará a vida que você tanto odeia. — O tom de sua últimas palavras saiu alto, afinal, Rodrigo já estava consideravelmente distante. 

Ele estava errado, ser vampiro poderia trazer a Rodrigo a vida que ele queria, porém, mesmo que em menor intensidade, ele se sentiria incompleto. A magia branca está no coração dele, e isso criaria uma luta interna tão intensa quanto agora. Vampiros são seres das trevas assim como lobisomens, com a diferença de que eles podem controlá-la. Além do mais, assim como sua mãe, não queria viver de sangue.

Na verdade queria ter o seu dom de volta, queria voltar a ser humano, para posteriormente aprender as técnicas de conjuração da luz e se tornar um bruxo por completo, um dos poucos que restariam.

Foi o que a bruxa prometeu a ele, pois se caso ele cumprisse com o acordo, ela o libertaria de tal maldição.

Porém, ela não tem poder o suficiente para isso, ou seja, ele está sendo enganado.

Consciente de seu objetivo, ele continuou a caminhar em direção a mansão. Outras pessoas também caminhavam pelas ruas, assim como ele, indo ao trabalho.

Andava na mesma rua em que matou aquelas jovens. Ele se lembrava de todos os seus assassinatos, os locais, as horas e principalmente os rostos. Mas naquele dia foi especialmente diferente, ele assassinou as garotas de forma brutal e elas não eram seu alvo.

Pessoas más, era seu foco, ele conhecia a cidade como a palma de sua mão, assim como conhecia os moradores. Isso que o fazia ser diferente dos outros, ele era incapaz de matar a sangue frio. Ele teria que estar irritado, magoado, e a "vítima" deveria merecer morrer. Porém havia exceções, foi o caso das garotas.

Um justiceiro? Não.

Apenas uma alma em busca de outras como a sua. Um lobo, que procura pessoas como as que o transformou, e desconta nelas sua ira, a ira que não pode descarregar nas pessoas certas.

Nenhuma das pessoas conheciam sua verdadeira natureza, caminhavam ao lado do "assassino da Lua Cheia", nome dado ao lobo que mais matava pessoas durante tal fase da lua; branco de patas negras e olhos vermelhos como o escarlate do sangue. Era ele na sua forma brutal, irracional e instintivamente assassina.

Os renegados perante essa situação, nada faziam, eles não eram defensores de ninguém. O fato de não matarem inocentes não significava que se importavam com o que acontecia com os tolos que ficavam na rua numa meia-noite de lua cheia. 

Sendo renegados ou sanguinários, os vampiros de modo geral pouco se importavam com os humanos.

Frente ao portão de vívida cor dourada, ele tocou a campainha. Era hoje que ele colocaria seu plano em prática, porém ele estava um pouco relutante em continuar.

O que seria de todos quando ele finalmente conseguisse o que queria? Um massacre provavelmente, pois os vampiros aniquilariam os lobos assim que percebessem o que havia acontecido, e não iriam parar, iriam varrer a raça da terra.

Por outro lado, ele não se importava com o que aconteceria com "os dele", mas se caso os vampiros descobrissem que ele era o culpado do ato, certamente o fariam se arrepender de ter nascido. A solução seria fugir com sua mãe, para o mais longe possível, longe do banho de sangue que os vampiros promoveriam.

Para a sua surpresa, quem abriu o portão foi Selena. Os dois se fitaram, um nervosismo, que a muito tempo não era sentido pelo lobo, o fez engolir em seco. Selena o olhou nos olhos, ela o sentia diferente, não tão estranho como antes, talvez devido ao fato de ele, ao vê-la, considerar a ideia de desistir.

— Ah, é você... — Falou desinteressada. Sem muita questão deu espaço para Rodrigo entrar, fechou o portão assim que ele o fez

— Você realmente me odeia, não é? — Perguntou a ela, que o encarou séria.

— Não te conheço o suficiente pra te odiar. 

Não acreditou, pois sabia que iluminados tinham pressentimentos fortes e eram capazes de sentir intenções maliciosas. Para que isso fosse mudado, ele teria que ganhar confiança, a mínima que seja.

— Acho que você tem que trabalhar e eu ajudar as pessoas a arrumarem a mansão. Então, tchau. — Virou-se caminhando em passos rápidos, impossibilitando que ele respondesse. 

Ali, ele voltou atrás, e irritado decidiu continuar com o plano, não queria mais passar por tais humilhações. Primeiramente, ele seguiu para o jardim dos fundos e nele iniciou seu trabalho do dia: regar e plantar mudas. O espaço era grande, trabalho para ele não era o que faltava.

Não sei por que aquele cara insiste em falar comigo, tá tão na cara que eu não gosto dele...

— O que foi? — Perguntou uma moça que limpava a mesa de vidro, próxima a lareira de moldura prateada. Molhava um pano na água do balde ao seu lado.

— Aquele jardineiro, não gosto dele. — Respondeu agachando-se para ajudar.

— O filho da Lurdes? — Selena arregalou os olhos, após a mulher perguntar. — Nossa, mas ele é legal. — O defendeu olhando-a confusa.

— Como assim filho da Lurdes? 

Porra! Como eu não percebi a semelhança? O julguei sem conhecê-lo, e se a Lurdes souber vai ficar tipo, muito chateada comigo. 

Era disso que Rodrigo precisava, que ela deixasse essa desconfiança de lado. Assim ela não teria mais tais pressentimentos, pois ele não seria hostil. Suas visões aleatórias bem que podiam serem mais claras e revelar o que estava para acontecer.

Mas eram aleatórias.

— Sim, poucos aqui sabem, mas ele é filho dela. O estranho é que ela não fala muito dele, acho que eles têm uma relação difícil. — Contou.

— Entendi... — Falou sem graça.

O pensamento de: "fui grossa demais com ele" ficou martelando em sua cabeça, por mais que fosse meia grossa as vezes, mas não gostava de ser injusta com as pessoas. Não pensaria assim se soubesse, que estava na verdade, certa.

Selena continuou a ajudar, estava pensando se deveria ir falar com Rodrigo ou não. Queria que Leticia estivesse acordada para aconselhá-la, mas a garota havia sido mordida por Heigi, não seguiu o conselho de não atiçá-lo. Lembrou-se também de Drake, pois se ele soubesse dessa aproximação e visse com outros olhos, iria tornar as coisas um tanto quanto desastrosas, afinal sabia honrar muito bem seu signo de escorpião.

Era por volta de meio dia, os funcionários foram para a sala de almoço, Rodrigo não estava dentre eles, como sempre. Era quase impossível vê-lo em um lugar diferente que não fosse o jardim. Ele fazia questão de fazer sua função bem devagar, para que demorasse tempo o suficiente para chegar ao fim de seu turno sem lidar com ninguém.

Selena levantou-se após terminar de comer. Lavou seu prato, ainda pensativa. Tomou uma decisão, reconheceu que foi precipitada e que como filho de Lurdes, Rodrigo merecia seu respeito. Pensamento que a levou a caminhar para fora da mansão, deixando os funcionários que conversavam entre si.

Rodrigo mexia no jardim frontal. Não havia muita coisa a ser feito, somente tirar outras plantas que prejudicavam a beleza das flores e regá-las. Ele pensava em como se aproximar de Selena, depois da forma como ela o tratou, porém, ela mesmo foi ate ele. No entanto, distraído não a viu se aproximar.

— E... oi — Selena cumprimentou, chamando sua antenção.

— Oii! — Respondeu surpreso.

Mesmo sem saber como se aproximar dela, deixou estrategicamente a rosa, agora mais bela, disfarçada entre as outras da roseira, para que quando fosse dá-la, passaria a impressão de que havia a tirado naquele momento.

— Bom, vou ser direta. Acho que fui grossa com você e um pouco precipitada, então eu só vim me desculpar e dizer que eu não tenho nada contra você, só fiquei cismada. — Explicou-se, Rodrigo sorriu ainda mais surpreso.

Uau! Parece que a sorte finalmente sorriu pra mim.

— Tudo bem. — Falou sem jeito. — Então... amigos?

— E... pode ser. — Forçou um sorriso amigável, porém ainda estava com um pé atras em relação ao garoto. — Vou voltar a arrumar as coisas até mais. — Virou-se. 

Tinha feito o que achava que era certo, mesmo assim, não queria render conversa, tão menos ser amiga dele, ele era um mero "conhecido" e não passava disso para ela.

— Espera! — Rodrigo pediu. Selena olhou para trás um tanto curiosa. — Você gostou de uma rosa aqui não foi? — Perguntou com um sorriso. Selena comprimiu as sobrancelhas em dúvida, porém elas levantaram assim que se recordou da bela rosa que tinha admirado dias antes.

— Sim... ela era muito bonita.

— Eu mexendo aqui acabei cortando ela sem querer. — Virou-se para a roseira, encarando a flor enfeitiçada. — Eu sou muito desastrado mesmo. — Fingiu admitir virando-se, já com a rosa em mãos. — Se você cuidar bem dela, ela durará uns dias.

Selena não conseguiu disfarçar o encanto que sentiu ao ver a flor, agora, muito mais bela e atraente que antes. Até então ele não parecia suspeito, e tanto pela vontade de ter a flor em mãos, quanto a deselegância que seria caso rejeitasse, ela aproximou-se e levou as mãos a rosa, tocando em seu caule...

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