Anjos do Anoitecer

By HenryGusta

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Em um mundo cuja a existência de vampiros é tolamente tida como lenda, dois jovens descobrem logo cedo de que... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2 (parte I)
Capítulo 2 (parte II)
Capítulo 2 (parte III)
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19 (parte I)
Capítulo 19 (parte II)
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25 (parte I)
Capítulo 25 (parte II)
Capítulo 25 (parte III)
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33 (parte I)
Capitulo 33 (parte II)
Capítulo 34
Capítulo 35
Capitulo 36
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capitulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capitulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80 (ultimas semanas)
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90 (Últimos Capítulos)
Capítulo 91 (Penúltimo Capítulo)
Capítulo 92 (Último Capítulo)
Epílogo
Livro Novo Já Disponível!

Capítulo 37

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By HenryGusta

Musica: Green Day 21 Guns


Oi Drake... Se você está lendo isso agora e porque eu morri...

Que merda em?

Agora posso estar no céu ou no inferno, mas de qualquer forma, estou tranquila, pois sei que escolhi um bom herdeiro.

Agora você deve estar se perguntando, por que escolhi você, por que você é descendente de Gabriel e outras perguntas. Responderei elas agora.

Há muito tempo atrás, quando Gabriel era vivo, ele teve um filho com Valkyria, sua esposa. O príncipe foi chamado de Alucard . Dezessete anos depois, iniciou-se o Massacre de Helsing.

Nessa época, os primeiros imortais sabiam que corriam perigo de vida, e por isso pretendiam fazer o ritual de transição. Porém, Drácula sabia também que, ao fazer o ritual, ele e Valkyria morreriam, Alucard tomaria para si o poder dos dois, e tornaria-se o mais alvejado. Caso ele morresse, o poder de Gabriel seria perdido e os vampiros sucumbiriam. Então ele se sacrificou para que o ritual tornasse um ritual incompleto quando feito, pois não teria sua presença.

Mesmo assim, Alucard carregava seu sangue, e por isso, o seu poder permaneceria dentro dele, "guardado". Após Valkyria realizar o ritual sozinha, Alucard fugiu e relacionou-se com uma humana. Quando um vampiro se relaciona com um humano, as chances da criança nascer vampira são mínimas, por esse motivo, seu filho nasceu um humano, assim como o príncipe queria.

No fim, a Ordem matou Alucard, mas seu filho, que eles desconheciam, continuou vivo e reproduzindo. Daí, nasceu a linhagem dos descendentes.

Você desde o início carregava consigo algo como um vulcão inativo, e quando eu te transformei, esse vulcão entrou em atividade e só aguardava um impulso para explodir. Eu sou da realeza, por isso, pude sentir o poder de Gabriel em você.  Porem, você não é o único, como você existem centenas, mas agora nenhum deles pode herdar o poder do Anjo Caído.

Quando te vi, percebi algo que não vi nos outros. Quando eu disse que sua personalidade combinava com o vampirismo, não foi por um motivo qualquer. Você carregava um lado obscuro dentro de si antes mesmo de ser transformado, e é disso que o poder de Gabriel se alimenta.

Você aprendeu a dominar esse seu lado, aprendeu a usá-lo quando necessário. Você sabe quando deve ser bom e quando deve ser mal, e isso é uma virtude para poucos.

Se eu escolhesse alguém com a personalidade semelhante a por exemplo, de Vladimir, essa pessoa seria engolida pelas trevas, ela não controlaria o poder, o poder a controlaria.

Meu maior e único medo fosse que você não se adaptasse ao vampirismo, mas felizmente isso não aconteceu.

Como disse várias vezes, você me deu muito orgulho, e esses três anos foram o suficiente para que o meu amor por você crescesse o suficiente para de te chamar de meu filho.

Espero que tenha sucesso em sua trajetória e continue lutando para manter o nosso título de maior nação viva na terra.

Lissandra.

As últimas palavras foram lidas em meio a lágrimas finas. Depois de tudo que aconteceu, Drake de fato não tinha pais, já que morrem e deixaram tanto ele quanto seu irmão sozinhos no mundo. Lissandra foi o mais próximo que ele teve de uma mãe, a única referência, e ela cumpriu esse papel muito bem, mesmo que em poucos anos.

Selena e Leticia dormiam profundamente, o conforto que o local oferecia para elas as permitia descansar bem. Já Drake permanecia acordado, o sono só viria quando o Sol nascesse. Acabou afundando-se em pensamentos e em dúvidas, já que não sabia como iria controlar o poder que havia recebido.

A noite passou e amanheceu, todos os vampiros foram se deitar para dormir. Enquanto eles pegavam no sono, Selena e Leticia despertaram, descansadas.

Ambas se levantaram, o local estava silencioso, agora elas teriam que fazer alguma coisa para distrair. Leticia não esperou muito para ir ao quarto da amiga, que estava deitada, mexendo no celular.

— Bom dia! — Cumprimentou entrando. — Dormiu bem? -— Perguntou fechando a porta.

— Eu dormi, e você? — Devolveu a pergunta com os olhos vidrados no celular. Leticia notou o aparelho na mão da amiga ao se aproximar.

— Ainda tá com seu celular? — Inquiriu suprensa sentando-se a beira da cama.

— Sim! No dia que tudo aconteceu, meu celular tava no bolso. — Respondeu alegre. — Tem wi-fi aberto aqui! — Completou empolgada.

— Tá, e como você vai carregar? — Indagou fazendo-a desfazer sorriso que surgira em seu rosto.

— E... eu não tinha pensado nisso... Mas alguém deve ter por aqui. Tudo numa boa. — Respondeu voltando a mexer no celular.

— Sinceramente, pensei que ia ser mordida enquanto dormia. — Comentou fazendo Selena olhá-la.

— Também, mas do jeito que eu estava cansada... nem ia ver. Pera. — Ficou séria, e tensa levou sua mão pescoço, preocupada. Não sentiu nada anormal e por isso suspirou aliviada. — Ufa, ninguém me mordeu... — Relaxou os ombros, Leticia riu.

— Aquele garoto, o Dominic, teve no meu quarto, ontem a noite. — Contou.

— No meu também, me deu um susto do cacete, mas tava só brincando, eu acho...

— Ele fez o mesmo comigo, acredita? Eu estava certa de que ia morrer. — Falou pondo a mão no peito. — Mas mudando de assunto, como você tá em relação ao Drake?

A expressão tranquila de Selena se desfez naquele instante, e séria abaixou o olhar. Demorou consideráveis segundos para dar a resposta.

— É estranho... e doloroso, tenho que admitir.

— Não consigo imaginá-lo como um humano, então, não consigo me colocar no seu lugar.

— Ele era arrogante, sarcástico ao estremo, mas era calmo e bondoso. Era magro, alto, e tinha o rosto cheio de espinhas. — Enquanto contava, um sorriso involuntário sorriu em seu rosto. As boas lembranças do passado ainda estavam claras em sua memória como se tivessem ocorrido no dia anterior. No entanto esse se perdeu ao lembrar-se do dia no ataque ao refúgio. — Presas, olhos brilhantes, músculos... aquele não é ele. Sabe aquelas histórias clichês de que um loser depois de anos vira um bonitão famosinho? Acrescente a isso o vampirismo.

— Acha que ele... seria capaz de te morder?

— Ele é um vampiro, é só isso que sabem fazer.

— Ele te salvou, tenta não ser tão dura com ele. Você está sem o dispositivo, essa raiva já não dá mais pra ser justificada.

— Acho que você está certa, e porquê quando eu me lembro do passado... fico um pouco revoltada. —Desabafou.

— Tenta não se prender tanto ao passado, passou três anos, não vale a pena sacrificar o que vocês dois viveram apenas por ele ser um deles.

As palavras da amiga surtiram um efeito positivo em Selena, fazendo-a refletir. Tinha que admitir que foi salva por ele, que foi salva por um vampiro, que agora estava na casa deles. Sentiu um aperto e uma ansiedade ao lembrar-se que teria que conversar com Drake.

Em meio aos seus pensamentos, ela lembrou-se de algo, as asas que o vampiro tinha.

— Leticia ele tem asas!

— VERDADE! — Recordou-se do dia da batalha. — Passamos por tanta coisa que até esquecemos! É mesmo... temos que perguntar pra ele depois!

— Sim, quando ele acordar eu vou conversar com ele.

— No caso vai ser a noite, o que vamos fazer durante o dia?

— Vamos dar uma andada por esse lugar já que 99,9% das pessoas aqui estão dormindo.

— Partiu! — Falou Letícia se levantando. Selena também se levantou pondo o celular no bolso.

Leticia abriu a porta e pôs a cabeça para fora, olhando os dois lados do corredor. Mesmo que não houvesse ninguém, ela ainda se sentia em um território hostil.

— Tá safe.

O corredor, cuja as paredes eram revestidas de porcelanato cinza, não era extenso. Seu fim não ficava longe de onde estavam. Porém elas estavam caminhando para o lado oposto de onde tinham vindo, sabiam que se fossem pela direita, iriam se deparar com a escada que levava ao salão.

O corredor se dividiu em dois, um para esquerda, outro para direita. Dessa vez eram compridos, com várias portas nos dois lados da parede. Isso significava que ainda estavam na área dos quartos.

— Nossa... — Reclamou Selena baixando os ombros.

— Vamos pela direita, porque eu acho mais seguro. — Sugeriu indo a frente, Selena a seguiu receosa, olhando os quadros pregados nas paredes. Até que viu o maior deles, uma bela jovem, de olhos verdes vibrantes. Parou imediatamente, encarando-a. Tinha longos cabelos negros, com um belo vestido claro, estava entre dois altares, com duas pessoas deitadas. A garota segurava um cetro, e tinha uma linda e chamativa coroa em sua cabeça. Notou uma escrita, no canto inferior do quadro. Aproximou-se apertando os olhos.

— Lissandra Velmont — Leu em tom baixo.

— Ela é bonitona hein? — Selena se assustou, ao ouvir Leticia falar. — Se eu fosse lésbica, pegava.

— Pegar defunto? Sim, porque pra foto dela estar aqui, só pode estar morta. — Voltou a caminhar. Leticia continuou a observar a fotografia, notou que a expressão daquela jovem era triste e melancólica.

A humana sentiu uma sensação ruim repentina, e por receio, se afastou daquela imagem, voltando a caminhar em passos rápidos.

Após findarem aquele extenso corredor, notam que ele também se dividia em dois: direita e esquerda. Foram para a esquerda, pois o corredor da direita dava para a cozinha. E ela era visível, pois a porta era de vidro. Caminharam até se depararem com uma escada, que terminava em outro corredor, esse por sua vez, sombrio.

Aquilo despertou a curiosidade das duas, que desceram as escadas e saíram andando pelo local. O mesmo se dividiu em dois novamente, dessa vez, foram para a direita, depois se dividiu de novo, aquilo mais parecia um labirinto.

Caminharam tanto que viram uma entrada sem porta. Mas não era possível ver o que tinha dentro, pois as luzes dali estavam apagadas. Receosas, ambas se aproximaram adentrando o local.

As luzes se acenderam assim que terminam de entrar, assustando ambas. Selena olhou para o chão, notando um pequeno círculo de vidro, com uma pequena luz verde em seu interior, piscando.

— Ai que chique, sensor de proximidade para lâmpadas. Ui. — Comentou Selena impressionada.

— Lena, olha isso! — Falou Leticia num tom de perplexidade. Selena ergueu o olhar, notando um verdadeiro arsenal de todo tipo de arma, principalmente espadas.

— Meu Deus! Não iríamos ganhar essa guerra nunca! — Admitiu admirada, observando as centenas de armas no local.

— Olha isso aqui, que louco. — Mostrou Leticia. Selena olhou para sua mão, notando a kusarigama em sua mão.

— NE-CES-SI-TO de uma dessas. — Fitou a arma admirada.

As duas ficaram ali, mexendo em todo o tipo de armamento que viam. Para ambas, era uma diversão estar em um lugar como aquele, afinal, elas amavam armas.

Porém nessa brincadeira, Leticia acabou se cortando, pro desespero das duas.

— Agora fudeu, fudeu muito! — Por sorte o corte era pequeno e Leticia conseguiu conter o sangramento com sua mão.

— Será que eles vão sentir o cheiro daqui? — Perguntou preocupada.

— Heigi acho que sim, os outros já não sei. Espera um pouco até parar de sangrar. — Sugeriu. Leticia se acalmou e mantendo a mão pressionada na ferida. Minutos depois ela tirou, o sangue já não escorria mais.

— Melhor irmos, já deu por aqui né?

— O problema vai ser passar no corredor dos quartos. Mas bora.

As duas saíram dali apressadamente. Entretanto, enquanto caminhavam, começaram a ouvir gemidos, múrmuros e barulhos estranhos. Receosas, elas se entreolharam.

— Tá ouvindo isso? — Perguntou apreensiva.

— Eu tô! Vão bora logo! — Leticia a chamou, olhando para os lados. De fato, o corredor não tinha aquele ar elegante de antes, era sombrio e assustador.

— Eu quero ver! — Selena começou a caminhar em direção ao barulho, que vinha do final do corredor.

— Se você escuta barulhos estranhos num lugar sinistro como esse, o que você faz? Resposta A: Corre, resposta B: segue o barulho igual uma pamonha. Advinha qual a Selena escolhe?

— Eu vou ficar aqui por um bom tempo, quero saber quais coisas têm aqui. Desavisada e que não vou ficar. — Continuou a caminhar, distanciando-se de Letícia.

— Pera, não me deixa sozinha não! — Correu, alcançando a amiga.

As duas se aproximaram o suficiente para perceberem que os múrmuros eram pedidos de socorro, e por isso, apertaram os passos e desceram a escada, deparando-se com uma cena assustadora.

— Não é possível...

— Escravos!

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