Anjos do Anoitecer

Af HenryGusta

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Em um mundo cuja a existência de vampiros é tolamente tida como lenda, dois jovens descobrem logo cedo de que... Mere

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2 (parte I)
Capítulo 2 (parte II)
Capítulo 2 (parte III)
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19 (parte I)
Capítulo 19 (parte II)
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25 (parte I)
Capítulo 25 (parte II)
Capítulo 25 (parte III)
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33 (parte I)
Capitulo 33 (parte II)
Capítulo 34
Capítulo 35
Capitulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capitulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capitulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80 (ultimas semanas)
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90 (Últimos Capítulos)
Capítulo 91 (Penúltimo Capítulo)
Capítulo 92 (Último Capítulo)
Epílogo
Livro Novo Já Disponível!

Capítulo 30

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Af HenryGusta

Musica: Alan Walker  Alone

— Você foi o que?!

— Eu precisava falar com ele Selena.

— Leticia, como você conseguiu encontrar o Drake? — Indagou claramente irritada.

— Eu atraí o Heigi. — Respondeu abaixando a cabeça. Pôde ouvir em seguida Selena suspirar fundo, e por isso Letícia ergueu o rosto. Sua amiga estava com a mão na testa, e não deu resposta imediata.

Selena sabia que ela havia corrido um grande risco, um risco de morrer em vão. Além de tudo, as tropas da Ordem estavam no refúgio, e mais chegariam no outro dia. Era um péssimo momento para qualquer contato com os vampiros. 

— O que você foi falar pra ele? —  Indagou sem olhá-la.

Ouviu-se apenas o balançar das folhas ao vento, pois Leticia não lhe respondeu.

 —  Em?! 

— Não posso falar...  

— Ah! Não pode falar? Não pode falar por quê?

— Você não iria entender. Só quero que saiba que ele não é como a gente pensava, nenhum deles são. — Disse. Uma indignação tomou o rosto da Selena momentaneamente, pois esta se desfez dando lugar a uma preocupação.

— Você foi hipnotizada, é isso! — Concluiu aproximando-se. Ajoelhou-se frente a amiga e analisou seus olhos, depois procurou marcas de mordida em seu corpo, não achando nenhuma. Foi aí que se preocupou ainda mais.

O olhar confuso de Leticia pra ela logo deu lugar a sua reação, a garota levantou-se bruscamente assustando a amiga. Selena a olhou perplexa e a hipótese de que sua amiga havia sido hipnotizada tornou-se ainda mais contundente.

— Eu não fui hipnotizada! — Contrariou irritada.

—  Como pode ter certeza? Se os vampiros te hipnotizaram, você está aqui e pode acabar com o refúgio.

— Olha a nossa situação, você realmente acha que os vampiros perderiam tempo me hipnotizando pra destruir o refúgio se eles podem fazer isso pessoalmente?  —  Indagou cessando os argumentos da amiga. — Eu não queria ir lá, mas tive que ir, e descobri coisas que... sinceramente Selena eu já nem sei se quero continuar fazendo parte da Ordem.

— Você está bandeando pro lado deles é isso? Não basta o Drake, agora você? Vai se tornar uma sanguessuga também?

— Não estou bandeando pro lado de ninguém, você mais que eu sabe que os caçadores não são o que dizem ser!

— E isso é motivo para ficar do lado deles? Podemos não servir mais a Ordem, mas podemos caça-los juntas, vingar todos os que morreram. —  Propôs esperançosa. O olhar sério de Leticia encontrou os seus, e ali viu a amiga estava mais sóbria do que imaginava. 

— Não quero mais caçar vampiros. 

Selena a olhou surpresa, Leticia voltou-se a sentar na cama enterrando a cabeça nas mãos.

 — Você está mesmo do lado deles... —  Falou afastando-se. —  Se é assim não podemos mais ser amigas. — Disse por fim. Leticia ergueu o rosto, vendo-a sair e bater a porta. 

No castelo, Darius dedicava todo seu tempo para estudar o livro que Vladimir havia lhe entregue. Tratou de ler tudo, desde o começo...

Em um passado distante, o pecado já tinha assolado a Terra. Deus chorava todos os dias vendo seus filhos cometerem tantas atrocidades. No céu, os anjos também lamentavam o rumo que a humanidade tomava.

Lúcifer no entanto gargalhava, havia conseguido espalhar as trevas através das criações de Deus, que eram fracas e tolas.

Gabriel e Miguel eram os anjos mais fortes, companheiros de Deus, sendo Miguel o seu braço direito, e Gabriel seu braço esquerdo. Gabriel sempre foi o mais alegre, brincalhão, que sempre sorria para todos seus companheiros. Com isso, Gabriel acabou conquistando a amizade do filho de Deus, Jesus. Porém Gabriel não gostava nem um pouco dos humanos.

Diante de tantas maldades, Deus precisava de alguma forma, limpar o pecado da terra. No entanto, ele determinou que o salário seria a morte, e quem na terra morreria para que os pecados de seus irmãos fossem perdoados?

Deus estava decidido a acabar com toda humanidade; já tinha o feito, com o dilúvio, mas novamente o pecado tomou conta.

Jesus, assim como seu pai, amava os humanos, então se ofereceu para fazer tal sacrifício. Deus relutou, sabia que seu filho voltaria, mas também sabia que ele sofreria devido a crueldade dos humanos. Jesus insistiu e seu pai lhe mandou à terra como um humano. Como homem comum, ele cresceu, deixou seus milagres, porém a maldade dos humanos não tinha limites. Por isso, sofreu e morreu na cruz, cumprindo a determinação de Deus e perdoando todo o pecado dos humanos.

Porém, como as pessoas daquela época viviam centenas de anos, a lei: "o salário do pecado é a morte" demorava para ser comprida, e por isso os pecados se acumulavam, gerando todo aquele caos. Devido a isso, após Jesus morrer, os humanos passaram a viver bem menos, com uma média de um século de vida.

Gabriel chorou ao ver seu amigo sofrer tanto. Quando Jesus retornou aos céus, a primeira coisa que Gabriel notou foi os buracos em suas mãos. Ficou indignado com aquilo "por que Deus ainda amava os homens? "Ele se perguntava. Sua raiva pelos humanos foi pouco a pouco se tornado ódio, e um sentimento tão maligno como esse logo chamaria a atenção de Lúcifer.

— Posso sentir sua raiva mesmo de minha morada, caro anjo. — Gabriel ouviu uma voz gutural e assustadora. Virou-se para trás, se deparando com uma figura sombria, de traje negro, cujo capuz cobria  a cabeça. Era impossível ver sua face devido a escuridão que assolava o interior do capuz, porém dois pontos vermelhos e brilhantes podiam ser notados; os olhos que tudo viam. — Porque visitaste essa terra amaldiçoada? — Perguntou se referindo a Terra. Gabriel olhou para frente, observando a grande cidade de Jerusalém.

— Terra que meu pai criou, criatura horrenda, não ouse ofendê-la novamente. —. Lúcifer gargalhou, sua risada ecoou várias vozes além da dele, tornando-a mais apavorante ainda.

— Você não gosta desses humanos, não é? Só seu pai os ama. Para você, eles nunca deveriam ter existido. — Gabriel se virou novamente, suas asas brancas e incandescentes saltaram de suas costas. Lúcifer levou as mãos ao rosto, tentando se esconder daquela claridade. — Você não acha injusto? Cometer tantos pecados e depois pedir perdão a Deus para ter a salvação? — Inqueriu em voz fraca.

Aquela frase chamou a atenção de anjo, por isso Gabriel conteve o brilho de sua asa o olhando surpreso. Lúcifer recompôs sua postura continuando a falar:

— Matar, abusar, torturar, são coisas que os humanos fazem muito bem. Porém quando morrem, só pedem perdão e são salvos. "O salário do pecado e a morte", porém o sofrimento que eles causaram continuam marcados no pó da terra. — Completou desaparecendo em uma névoa escura.

Gabriel se virou para Jerusalém, a encarou uma última vez, antes de voltar para os céus.

Gabriel foi até Miguel, no fundo ele concordava com o que Lúcifer havia dito a ele, e queria compartilhar sua opinião. Miguel o repreendeu, achando o pensamento de Gabriel uma afronta as Divindades. Porém Gabriel permaneceu com aquilo na cabeça, mas preferiu não se manifestar. Entretanto, Deus já conhecia o que se passava no coração no anjo.

Anos se passaram, e os humanos voltaram a pecar. Deus não se manifestou, deu a eles o livre arbítrio e a responsabilidade por suas atitudes.

Aos céus, mais um pecador chegava, ele havia matado, torturado e feito várias famílias sofrerem, mas em seu último suspiro, ele pediu perdão. Agora estava aos pés do todo poderoso, que lhe concedeu o perdão.

Agradecido, aquela alma seguiu em direção a escada que dava para os portões dos céus. Gabriel foi corrompido pelo ódio, se manifestou tomado pela ira, frente ao seu pai.

— ISSO É INJUSTO! — Gritou alto. — ELE NÃO MERECE SER PERDOADO, OLHA AS ATROCIDADES QUE ELE COMETEU E COM UM PEDIDO DE PERDÃO É SALVO!? NÃO VOU ACEITAR! — Terminou avançando na alma, a arrastando para os portões do inferno.

Largue-o. — Deus ordenou. Gabriel perdeu a força de seu corpo, ajoelhando-se perante ao seu Senhor. A alma voltou a caminhar em direção aos portões da salvação. — A tempos percebo que você estava sendo corrompido Gabriel, já esperava por esse momento.

— Que tipo de pai é o senhor? Entrega seu próprio filho a morte! — Gabriel rebateu. Jesus o olhou triste, mas optou por deixar seu pai falar.

— Essa alma que passou por nós cometeu muitos erros, porém, para atitudes há consequências, e durante sua vida, o sofrimento que causou voltou-se a ele. Dei o livre arbítrio aos humanos para que eles agissem como quisessem, entretanto, a que se faz a que se paga. Concedi o perdão a essa alma pois ela mostrou sinceridade em seu arrependimento. Meu filho se prontificou a morrer para perdoar o pecado deles, ele foi o primeiro e o último. Agora os humanos decidem por si, e quem merecer, será perdoado. — A voz de Deus, aos poucos foi te tornando grave e autoritária. — Sei que para você pode ser difícil entender Gabriel, mas não é impossível. Você foi corrompido pelo ódio e blasfemou contra mim, portanto terei que o banir. — A voz de Deus soava como trovoadas no céu, mesmo estando em tom calmo.

O Senhor se levantou de seu trono, um feixe de luz se formou atrás de Gabriel, que se virou para trás assustado. Esse feixe se abriu, mostrando a Terra e os seres que nela habitavam.

— Você deixou Lúcifer lhe envenenar e por isso eu lhe condeno a vagar pela terra até a morte, como um humano. — Deus decretou. Gabriel foi puxado para dentro daquele portal, condenado a viver na terra como um ser que mais odiava.

As nuvens que cobriam os céus da terra se abriram, emanando uma luz clara e amarelada. Dela saiu uma bola de fogo que caiu em alta velocidade em direção ao chão.

Quando aquela esfera colidiu com o solo, o impacto causou uma enorme explosão que devastou a floresta ao seu redor.

Uma grande cratera surgiu, poucas árvores queimadas ficaram próximas a ela, lutando para permanecer em pé. A poeira da explosão se esvaiu, revelando Gabriel ajoelhado ao chão, chorando intensamente.

— Ele te baniu? Que pena... — Uma sombra negra surgiu atrás de Gabriel, passando por ele e parando a sua frente.

— Isso é tudo culpa sua!

— Lhe revelei a verdade, mas não ela por completo.

Gabriel levantou a cabeça e avançou na sombra, mas ela se desfez como fumaça, contudo surgiu novamente atrás dele. Frustrado, o anjo se virou pra trás.

— Eu a tempos lhe espero Gabriel, os humanos são criação "dele" e isso me irrita. Eu também quero minhas criações, e nada melhor que você para realizar meu desejo.

— Eu nunca ajudaria você! — Retrucou ríspido.

— Não seja tolo novamente! Te tornarei algo maior; lhe darei a força de cem homens, a imunidade a doenças, não irá envelhecer, permanecerá com aparência adulta até que sua vida seja interrompida. Você terá nenhuma das fraquezas dos humanos, e ainda aproveitará o poder  noite e de tudo que ela pode lhe oferecer. — Lúcifer propôs, Gabriel sorriu debochadamente.

— Acha mesmo que vou aceitar uma proposta vinda de você? — Indagou desfazendo o sorriso.

— Você tem escolha? Quer ser aquilo que você mais odeia? — Lúcifer respondeu com outra pergunta. — Pense bem. — A sombra se virou e começou a caminhar, fingindo ir embora.

— ESPERE! — Gabriel gritou e a sombra parou. — Eu aceito! —

Lúcifer se virou novamente, contente.

Uma ventania começou, o céu começou a girar e o chão cinzado, a rachar. Gabriel encarou aquilo assustado. O dia tornou-se assustadoramente escuro e sombrio.

Logo, as dores começaram, a transformação estava iniciando. Gabriel se ajoelhou, sentindo a intensa dor que ela trazia. Olhou para a sombra, que permanecia parada, ali o encarando.

Sua visão começou a ficar escura e turva, aquela sombra se dividiu em duas, assim como tudo ao redor, já que ele estava tonto. Seus olhos fecharam e seu corpo foi ao chão. Ali, Gabriel se tornou o primeiro imortal.

A leitura de Darius foi interrompida por alguém batendo na porta. O nobre fechou o livro, o depositando debaixo do travesseiro.

O vampiro caminhou até a entrada, abrindo-a. Não ouve tempo de reação, o oficial que o aguardava do lado de fora rapidamente cravou uma estaca no peito de Darius, porém, a mesma não perfurou seu coração.

— Desculpe, ordens são ordens. — Disse empurrando-o.

Darius caiu no chão, totalmente enfraquecido. O vampiro passou por ele, adentrando o local e observando-o.

Logo começou a mexer nas coisas de Darius, procurando o livro. Porém o nobre sabia que corria risco, ao ter aquele livro nas mãos. Por isso, carregava em sua cintura, seis pequenos frascos de sangue.

Ele estava fraco, mas juntou toda a força que tinha e pegou um deles, sem que o oficial percebesse. Levou a boca, bebendo o sangue contido ali. Aquilo foi suficiente para que ele conseguisse ao menos, levar a mão ao peito e retirar a estaca.

— Devia ter me matado. — O oficial ouviu a voz fraca de Darius e se virou para trás assustado, mas não viu ninguém, apenas a estaca ensanguentada ao chão.

Olha para os lados confuso, de fato, não havia ninguém. Presumiu imprudentemente que Darius havia fugido. Enganou-se amargamente.

Inesperadamente, sem que ele pudesse ter algum tipo de reação, Darius enfiou sua mão em suas costas, arrancando seu coração.

O corpo no vampiro cai ao chão, inerte. Darius rapidamente pegou o livro, e saiu do local com mesma pressa.

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