Contos De Terror 1° EDIÇÃO

By solitario0

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Contos, historias e tudo que há de pior nesse mundo... Durma bem crianças... More

1 - O QUARTO DE HOTEL
2 - TE OBSERVO
3 - A PAREDE
4 - Creepypasta: a coisa que espreita nos campos
5 - O ESPELHO
6 - O QUARTO ESCURO
7 - O passageiro do banco de trás
8 - A BONECA
9 - A ESTÁTUA
10 - O VELHO AVARENTO
11 - A TENEBROSA NOITE DE TEMPESTADE
12 - CARAZI
13 - ÓPERA
14 - PARÁGRAFO PROIBIDO
15 - ESPELHOS DO MEDO
16 - O BOSQUE DAS ALMAS
17 - PILOTO AUTOMÁTICO
18 - MEU ANJO
19 - SALLY A SUJA
20 - DE VALOR AO SEU SONHO
21 - O SUICÍDIO
22 - Relatos sobrenaturais - O sanfoneiro que tocava para os mortos
23 - COMO O INFERNO REALMENTE É
24 - HUMANOS TAMBÉM SABEM LAMBER
25 - ESCONDIDO
26 - O QUÃO ALTO VOCÊ VAI GRITAR?
27 - VOCÊ QUER BRINCAR COMIGO?
28 - Para Onde as Crianças Más vão
29 - AMIGOS PARA SEMPRE!!!
(30) - FOI ELE!
31 - Carta de Despedida
32 - VÍSCERAS +18
33 - A casa
34 - the baby
35 - TEM ALGUÉM NA CASA
36 - O Porão da Biblioteca
37 - O DESEJO DE AMY
38 - SINAL VERMELHO
39 - PARQUE
40 - Meu filho me acordou no meio da noite e disse "tem outro papai na casa".
41 - Hábito Antigo
42 - Eu costumava não ter medo...
43 - Poema japones Tomino's Hell
44 - Manda Nudes
45- Banco De Trás
46 - Talvez ainda não
47 - A MORTE PEDIU CARONA
48 - O VELHO DA RUA 48
49 - CASA MAL ASSOMBRADA
50 - JEFF THE KILLER
51 - É por isso que você nunca devia trair sua esposa.
52 - A FACE DA MORTE
53 - Um fantasma no sótão
54 - Vamos decidir no Cara ou Coroa
55 - A ajuda do Ceifador
56 - DEMÓNIO REFUGIADO
58 - Coelhos e Cavalos
59 - Não pise nas Sepulturas
60 - Garoto que não acreditava em fantasmas
61 - Pesadelo
62 - Portal do inferno
63 - Ritual Macabro
64 - A babá e o palhaço
65 - O SITE MALDITO
66 - CABANA ANTIGA
67 - Um conto de Natal
68 - Perdidos na floresta
69 - MARCAS DE MÃOS
70 - Clube dos Açougueiros
71 - Não olhe para trás
72 - Amigo da Família
73 - Crooked Man (Homem Torto)
74 - LOVE ME
75 - O motivo para a mamãe usar uma cadeira de rodas
76 - O DIÁRIO MACABRO
77 - A MULHER SEM EXPRESSÃO
78 - O CACHORRO
79 - ELES NÃO QUEREM QUE VOCÊ SAIBA DISSO
80 - O PALHAÇO TE OBSERVA
81 - PRESENTE DE DEUS
82 - ELA ESTAVA NO ARMÁRIO
83 - EU ACHO QUE EU EXAGEREI DESSA VEZ
84 - DEVO LHE OBEDECER?
85 - A vida é muito dura quando o seu melhor amigo é um Serial Killer
86 - TEM ALGO ESTRANHO COM MEU FILHO
87 - PRIMEIRAS PALAVRAS
88 - MAMÃE
89 - NINGUÉM VIRÁ PARA VOCÊ
AVISO IMPORTANTE
90 - O MÍMICO
91 - O EXPERIMENTO DE CONTATO COM DEUS
92 - ENCONTREI A NAMORADA PERFEITA
93 - VOCÊ NÃO PODE SE LIVRAR DOS SEUS PECADOS.
94 - COMO SE MATA UM MONSTRO?
95 - ENCONTREI UMA GAROTA QUE CONHEÇO EM UM SITE PORNO
96 - UMA MENSAGEM DE DEUS
97 - MINHA FILHA NASCEU CEGA E SURDA
98 - CONTE ATÉ DEZ
99 - TENHO DUAS ESPOSAS! ALGO HORRÍVEL ACONTECEU.
100 - TIVE UMA CONVERSA PERTURBADORA COM MINHA FILHA DE 7 ANOS.
AGRADECIMENTOS

57 - O Inferno de Deus

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By solitario0

O som atordoante de contínuos disparos anunciaram minha queda forçada. E de forma atrasada, somente segundos após, meu cérebro notificou-me de que fui baleado... Repentinamente minha visão embaçou e da ponta dos pés até o último fio de cabelo pude sentir meu corpo tornara-se gélido.

Ao contrário do que todo mundo pensa, mesmo ferido fatalmente e estando em seus últimos momentos de vida, sim, pode-se sentir uma agonizante dor. Minha panturrilha esquerda doía de forma latejante. Nela e todos os outros quatro furos atuais em meu corpo queimavam de forma enlouquecedora. Mas, naturalmente, eu havia perdido minha voz e de forma gradual minha visão foi se apagando.

Coincidente ou não, meu último pensamento vivo foi... Sobre o inferno.

E como uma ducha fria, eu despertei em total desespero! Arregalando os olhos em meio à escuridão.

Em todos os ângulos não havia nada, sons, pessoas, alguma luz... Nada. A única coisa que preenchiam aquele suposto lugar onde eu estava era um frio congelante.

Passei minutos em silencio, e também sem pensar em nada. Estava em total choque, até que... Passos ecoantes eclodiram naquele 'vazio' em que eu estava, o som de sapatos sociais que estalavam a cada passo... "Tac, tac, tac, tac,".

- Nossa, estou lhe esperando há muito tempo! Pensei que chegaria mais cedo - A voz máscula ecoou tanto quanto o barulho de seus passos.

Em reação eu girei o corpo em todos os ângulos, procurando o dono daquela voz, e ainda sim: Tudo o que pude ver era escuridão... E como se estivesse sendo iluminado ao sair de um local escuro, um homem foi 'surgindo' entre o nada.

Exageradamente baixo não passando 1,50m de altura, aquilo que parecia um anão andava em minha direção. Utilizando de um clássico conjunto social: Sapato, calça preta listrada, camiseta social, um terno preto fosco e um chapéu na cabeça que parecia de algum mafioso.

Por mais que o vazio onde estávamos não permitia noção de espaço, sua distancia era nitidamente mediana que, de pouco em pouco era reduzida. Quanto mais perto ele chegava, detalhes estéticos ficavam visíveis: Sua pele era rosada e seu nariz largo e comprido para baixo, quase se encostando aos lábios. As roupas eram dois ou três números acima de seu tamanho, e o anão tinha uma barriga gorda que se estendia para frente.

- Q-quem... - , Eu engasguei ao tentar falar. Uma sensação de medo invadia todo meu ser, mas negando este sentimento eu forcei novamente uma fala, agora torcendo para que saísse por completa e o mais máscula possível - QUEM É VOCÊ?!

Cerrei os punhos enquanto falava, berrando para o homem que não parou ou desacelerou seus passos.

- Cadreel. - Indiferente a minha reação, o homem respondeu, com o mesmo tom másculo de antes.

Estava acostumado com rivais... Ok, ok! Se acalme... Eu posso mata-lo, eu posso... EU POSSO!

Mas antes que meu estado sádico tomasse controle das minhas ações eu fui interrompido por um susto que me fez ter a mesma sensação de morte que sofri anteriormente, isso porque quando tentei assumir uma posição ofensiva só então notei...

Eu estava sem meu corpo.

O homem sorriu, mas não de forma assustadora e sim como uma gentileza confortadora.

Meu tronco, braços, pernas e todo o resto não existiam mais. Fui enganado por meu cérebro que automaticamente presumiu que eu ainda estava vivo... Finalmente, ao notar a situação indefesa que eu estava, um pânico que nunca havia sentido antes tomou conta do meu ser.

- P... Pare... Por... - Meus olhos lacrimejavam - O que... Eu... -

Por mais que sem corpo, ainda sentia-me tendo um.

Meu coração parecia querer sair pela boca, e se eu ainda tivesse uma bexiga, já estaria todo mijado.

- E-E... E... E... E... EU... -, Juntei qualquer sinal de força que ainda estava em mim e berrei com a voz ridiculamente afeminada - EU MORRI?!

O estranho parou a alguns metros de mim, com expressão despreocupada.

- Se acalme Cash... Aqui não é sua morte -, Seu tom másculo foi substituído por uma voz relaxada e bondosa - Na verdade, você está aqui porque me veio à vontade de conversar com você Cash.

Antes que eu pudesse pensar numa resposta ele prosseguiu com o que mais parecia um discurso para uma plateia.

- Você está em sua forma de espirito, sua alma. E infelizmente, sua alma reflete quem você é de verdade. - Sua expressão mudou para algo que transparecia pena e nojo.

- O que são os demônios que vagam em outra dimensão da terra, comparado a essas coisas que eu vejo... Merda! Ainda bem que praticamente ninguém vê isso. - Ele falou em tom humorístico, sorrindo enquanto falava.

Finalmente o pânico que me engolia foi desaparecendo... E, após alguns minutos olhando aquela cara humana e sorridente, eu pude relaxar. E como que sentindo isso, ele mudou sua expressão para algo sério, e após esses minutos sem falar nada... Falou friamente.

- Aiai... AI! Ai de você se fosse eu, aquele que lhe causaria vergonha por seus pecados.

Suas palavras me deram uma tensão inimaginável.

- Sente sua bunda inexistente em seu mar de escuridão e perversidade que lhe aparentam escuridão, e me escute pequeno ser nojento. - Entre suas palavras grunhia como um porco. E suas palavras levavam um ódio imenso consigo.

Em sincronia, tudo ao meu redor se coloriu em uma textura de cores misturadas, como vômito, de inúmeras misturas: Fezes, sangue, lágrimas, restos de carne e tudo aquilo de ruim que se poderia imaginar: Tomando conta do cenário ao redor, e consecutivamente me fazendo sentir o tato e cheiro daquela mistura horrenda.

Tudo começava a girar, intensificando a velocidade cada vez mais e mais, me deixando em estado de choque e com um enjoo absurdo.

Seus grunhidos se intensificavam e ele voltou a falar.

- NÃO, VOCÊ NÃO MORREU! VOCÊ ESTÁ NO LIMBO! - Sua voz tornou-se rouca e ao mesmo tempo aparentava levar consigo inúmeras vozes compactadas em uma só. Ele berrava cada vez mais alto, e a cada palavra parecia estourar meus tímpanos.

- VOCÊ PRECISA SER AVISADO, PARA ENTÃO - ... !

Interrompendo suas frases, seu tamanho aumentou drasticamente: Em altura e largura, fazendo suas roupas arrebentarem revelando um corpo gordo e flácido, agora assumindo a cor da pele humana. Ele tomou a mesma proporção de um elefante, grande e gordo e sua cabeça assumiu a face de um porco híbrido com um homem.

Se aproximando em passos largos e que causavam estrondo, 'aquilo' se aproximou do meu corpo minúsculo e me agarrou, fazendo-me perceber que sua mão foi substituída por uma pata horrenda de três dedos, cada um, com a grossura do meu braço.

Pude sentir minhas costelas e quadril espremendo-se e prestes a arrebentar.

- TUDO QUANTO FIZERDES, FAZEI-O DE TODO O CORAÇÃO, COMO AO SENHOR E NÃO AOS HOMENS - Ele recitou em berros e grunhidos um versículo bíblico.

- TUDO AQUILO QUE VOCÊ FEZ E Á DE FAZER É DIRETAMENTE FEITO AO SENHOR TEU DEUS, E NISTO VOCÊ SE PREJUDICOU NO MAIS PROFUNDO PECADO! -, Aquele monstro berrava e deixa-se babar litros de saliva espessa que mais aparentava esperma quente, contra minha cara - VOCÊ TORTUROU DEUS, APRENDIZ DE PORCO TÃO PREFERIDO!

Meus olhos queriam pular de suas orbitas de tão arregalados, e senti meu coração espremer-se em meu peito.

Ele sorriu largamente, revelando o triplo de dentes que um humano teria. Todos como garras pontudas e cobertas das mesmas substanciam do cenário: Vômito.

- VOCÊ ESTEVE TORTURANDO DEUS NESTES VINTE E OITO ANOS DE VIDA! - Ele falava, alargando seu sorriso de orelha a orelha, literalmente, rompendo a pele de suas bochechas gordas.

- TODOS SEUS ATOS HORRENDOS FORAM LANÇADOS DA MESMA FORMA EM DEUS! COMO QUANDO VOCÊ MATOU A PORRADAS CONTUNDENTES AQUELA GAROTA BÊBADA!

Ele começou a contar meus feitos, e em sincronia flash back's passavam por minha cabeça.

- ASSIM COMO FEZ COM JENNIFER DE QUATRO ANINHOS, VOCÊ ABUSOU VIOLENTAMENTE A DEUS! VOCÊ O FUDEU COM TODA SUA FORÇA! IGNORANDO AQUELE CANAL QUE MAL CABERIA UMA AGULHA! ASSIM COMO TODOS OS ESTRUPOS QUE COMETEU! - Ele parou de berrar grunhindo em meio a risadas, como se estivesse devorando cada memoria que citava - QUANDO MATOU A MARTELADAS E ESFAQUEOU O CADÁVER DE MAX, E QUANDO TORTUROU SOBRE SEQUESTRO AQUELE HOMEM DURANTE CINCO MESES! OU QUANDO MATOU JULIA FREITAS ENQUANTO SEUS PAIS ASSISTIAM!

Isso durou horas... E horas... Meus tímpanos haviam explodido e por eu não tê-los de verdade, fui obrigado a ouvir tudo que fiz.

O porco se acalmou aos poucos, após o deleite que havia tido. O cenário de vômito estava coberto de um esperma cinzento, misturado com sangue.

- VOCÊ... E todos os outros humanos o tornaram um masoquista... - Sua forma monstruosa foi sumindo, junto de sua voz horrenda, agora substituída por algo depressivo - E Deus nunca sentiu tanto desgosto de uma cria quanto sentiu de vocês... E agora... Ele os odeia como um sádico malvado... E tudo aquilo que plantaram... Hão de colher em dobro.

A escuridão sugou tudo ao redor, e novamente Cadreel, um anão vestido para um casamento estava em minha frente... Mesmo em pânico, eu inevitavelmente pensei "Eu vou pro inferno?" E como lendo meus pensamentos, ele respondeu.

- Não... Irá para um lugar pior, você ainda tem muito a pagar... Irá viver.

Em sincronia minha visão se tornou turva, a voz de Cadreel foi substituída pelo barulho de apitos de máquinas médicas, e constantes choques.

- ELE... VOLTOU! - Um homem disse entusiasmado e ainda ofegante.

Minha visão turva foi melhorando gradualmente... Enxergando uma sala cirúrgica, coberta de sangue e... Vômito.

Ao lado da minha cama estava um homem sem as pálpebras, me encarando com uma expressão assustadora e portando um par de desfibriladores que ainda pulsavam eletricidade.

Olhei ao redor lentamente, notando em um dos cantos da sala um homem com a altura de uma porta, gordo e pelado... Em uma de suas mãos tinha um porrete de madeira e na outra... Uma câmera.

Autor: Gabriel Freitas (HyvesBelaster.)
De: Ler Pode Ser Assustador

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