A fera

By Carolinevennigkamp

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Eu sou uma fera. Uma fera. Não exatamente um lobo, ou um urso, um gorila ou um cão, mas uma terrível criatura... More

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Um Príncipe e uma Bruxa - I
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capitulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capitulo 8 (continuação)
Capítulo 9
Segunda Parte - A Besta
Capitulo 11
Capitulo 12
Capitulo 13
Terceira Parte - O Castelo
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28 - Lapsos de Tempo, Outono e Inverno
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36 - Feliz para Sempre
Capítulo 37
Capítulo 38
Epílogo

Capítulo 21 - Um intruso no jardim

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By Carolinevennigkamp

7 meses mais tarde 

  Eu peguei uma pétala do meu guarda-roupa, joguei pela janela, e assisti ela cair. Um anosobrando. Desde a noite do Halloween, eu apenas falei com o Will e a Magda. Eu não estive fora.Eu não tinha visto nenhuma luz, e não ser no jardim de rosas 

Em 1 de novembro, eu falei para Will que eu queria construir uma estufa. Eu nunca construínada – nem mesmo uma gaiola ou um porta-guardanapo no campo. Mas agora eu não tinha nadaa não ser tempo e o cartão Amex do papai. Então eu comprei livros sobre estufas, plantas{2} deestufas, materiais para estufas. Eu não queria uma barata de plástico, e eu precisava que as paredesfossem solidas o suficientes para me esconder da vista. Eu mesmo construí ela atrás doapartamento, uma grande que pegou todo o quintal. 

Magda e Will ajudaram fazendo tudo que tinha que ser feito do lado de fora. Eu trabalhei dedia, quando os vizinhos estavam quase todos no trabalho 

Em dezembro, estava terminada. Algumas semanas mais tarde, chocado pela súbitaprimavera, as folhas amarelas começaram a crescer a partir dos ramos, então os gomos verdes.Pela primeira neve, tudo estava em plena floração, as rosas vermelhas aparecendo no sol deinverno. 

As rosas se tornaram minha vida. Eu adicionei camas e potes até que havia dezenas de flores,uma dúzia de cores e mais formas, chás híbridos e rosas trepadeiras, rosas de repolho roxo dotamanho da minha mãe estendida, e miniaturas quase do tamanha da unha do meu polegar. Eu asamava. Eu nem me importava com os espinhos. Todas as coisas viventes precisavam de proteção. 

Eu parei de jogar vídeo games, parei de olhar vidas no espelho. Eu nunca abri as janelas,nunca olhei para fora. Eu suportei minhas sessões de ensino com Will (eu não chamava elas deaula mais; eu sabia que eu nunca voltaria para escola) então gastava o resto do meu dia no jardim,lendo ou olhando para minhas rosas 

Eu lia livros de jardinagem também. Leitura virou minha perfeita solução, e eu pesquisava acomida perfeita, o solo perfeito. Eu não usava spray para pestes, mas lavava aqueles que viam comas rosas com água e sabão, então cuidava contra reinvasão. Mas mesmo com centenas de rosas, euestava ciente das pequenas mortes trazidas por cada manhã, como uma por uma, as rosasmurchavam. Elas eram substituídas por outras, mas não era a mesma. Cada vida minúscula quefloresceu em vida viveria apenas na estufa, então morria. Desse jeito, nós éramos iguais. 

Um dia, quando eu estava tirando alguns amigos mortos da videira, Magda entrou. 

– Eu achei que encontraria você aqui, – ela disse. Ela tinha uma vassoura com ela, e elacomeçou a varrer algumas das folhas caídas.

 – Não, não faça, – eu disse. – Eu gosto de fazer isso. É parte do meu trabalho cada dia. 

– Não há nenhum trabalho para mim. Você nunca usa seus quartos, então nada para limpar.

– Você faz minhas refeições. Você faz as compras. Você compra comida de planta. Você lavaminhas roupas. Eu não podia viver do jeito que eu vivo sem você. 

– Você parou de viver.

  Eu tirei uma rosa branca de um videiro. – Uma vez você disse que você tinha medo de mim.Eu não entendi o que você queria dizer, mas eu entendo agora. Você estava com medo de eununca ser capaz de apreciar a beleza, como essa rosa. – Eu a entreguei para ela. Era difícil paramim fazer, pegar meus prêmios, sabendo que eles morreriam mais cedo desse jeito. Mas eu estavaaprendendo a deixar ir. Eu já deixei ir tantas coisas. – Aquela noite, havia uma menina no baile.Eu dei a ela uma rosa. Ela estava tão feliz. Eu não entendi por que ela se importou tanto sobreuma rosa, uma estúpida rosa que estava faltando pétalas. Eu entendo agora. Agora que toda abeleza de minha velha vida foi embora, eu preciso disso como comida. Uma coisa bonita comoessa rosa—eu quase quero comer ela, engolir ela inteira para substituir a beleza que eu perdi.

Assim é como aquela menina era também. 

– Mas você não vai... você não vai tentar quebrar o feitiço?

 – Eu tenho tudo que eu preciso aqui. Eu nunca posso quebrar o feitiço. – Eu fiz um gestopara ela me dar a vassoura.

 Ela acenou um pouco cansadamente, e então me entregou.    

  – Por que você esta aqui, Magda? – eu disse, varrendo. Era algo que eu estava pensando. – Oque você está fazendo aqui em Nova York, limpando para um fedelho como eu? Você não temuma família? 

Eu podia perguntar aquilo porque ela sabia sobre a minha família, que eu não tinha umamais. Ela sabia que eles tinham me abandonado. 

– Eu tenho família no meu país. Meu marido e eu, nós viemos para cá para fazer dinheiro.Eu costumava ser professora, mas não havia trabalho. Então nós viemos para cá. Mas meumarido, ele não pode pegar seu green card, então ele teve que voltar. Eu trabalho duro paramandar dinheiro para eles.  

  Eu parei para pegar as folhas com a pá. – Você tem filhos? 

– Sim.

 – Onde eles estão?

 – Eles cresceram. Sem mim. Eles estão mais velhos que você agora, com filhos deles que eununca vi.

 Eu levantei as folhas mortas. – Então você sabe como é, não ter ninguém? 

Ela acenou. – Sim. – Ela pegou a vassoura e a pá de mim. – Mas eu estou velha agora; minhavida esta mais velha. Quando eu fiz a escolha que eu fiz, eu não achei que fosse para sempre. Éoutra coisa desistir tão novo.

– Eu não desisti, – eu disse. – Eu apenas decidi viver para minhas rosas. – Aquela noite, euprocurei o espelho. Eu o trouxe para cima, para os quartos do quinto andar, onde eu deixei ele notopo de um velho gabinete 

– Eu quero ver Kendra, – eu disse.

 Levou algum tempo, mas quando ela finalmente apareceu, ela parecia feliz de me ver. – Fazalgum tempo, – ela disse. 

– Por que o espelho demora tanto para mostrar você para mim, mas os outros eu vejoinstantaneamente? 

– Porque algumas vezes eu estou fazendo alguma coisa que você não deveria ver.– Como o que? No banheiro?

 Ela fez carranca. – Coisas de bruxa.     

  – Certo. Entendi. – Mas embaixo da minha respiração, eu cantei, – Kendra esta no penico. 

– Eu não estava!

 – Então o que você faz quando eu não posso te ver? Transforma pessoas em sapos?

 – Não. Principalmente eu viajo. 

– American Airlines ou projeção astral?  

  – Comercial airlines são trapaceiras. Eu não tenho um cartão de credito. Aparentemente,pagando em dinheiro faz uma pessoa um risco para segurança.

 – Você é, não é? Eu tinha pensado que você podia apenas enrugar o nariz e explodir umavião ou alguma coisa. 

– É amarrar a cara. Além do mais, eu posso viajar no tempo se eu viajar do meu jeito. 

– Serio?  

– Claro. Você diz que você que ir a Paris para ver o Notre Dame. Mas como seria se pudessever isso sendo construído? Ou Roma no tempo de Julio Cesar? 

– Você pode fazer isso, mas você não pode desfazer seu feitiço? Ei, você pode me levar? 

– Negativo. Se eu sair por ai com uma besta, eles saberiam que eu era uma bruxa. E bruxaseram queimadas naqueles dias. É por isso que eu prefiro esse século. É mais seguro. As pessoasfazem todo o tipo de coisas estranhas, especialmente na Cidade de Nova York. 

– Você pode fazer outras coisas mágicas? Você disse que sentia muito sobre o feitiço. Vocêpode me fazer um favor como para compensar isso?

 Ela fez careta. – Como o que? 

  – Meus amigos, Magda e Will.

 – Seus amigos. – Ela pareceu surpresa. – O que tem eles? 

– Will é um bom professor, mas ele não pode pegar um bom trabalho para ensinar —estoudizendo outro trabalho que sentar por ai ser meu tutor— porque ninguém quer contratar umcara cego. E Magda trabalha muito duro para mandar dinheiro para suas crianças e netos, mas elanunca pode ver eles. 

Não é justo. 

– O mundo cheiro injustiça, – Kendra disse. – Quando você ficou tão filantrópico, Kyle? 

– É Adrian, não Kyle. E eles são meus amigos, meus únicos amigos. Eu sei que eles sãopagos para estar aqui, mas eles são legais comigo. Você não pode desfazer o que você fez comigo,mas você poderia fazer alguma coisa para eles – ajudar Will ver de novo, e trazer a família daMagda aqui, ou mandar ela para lá, pelo menos, por umas férias? 

Ela me encarou por um Segundo, então balançou a cabeça. – Isso seria impossível. 

– Por que? Você tem poderes incríveis, não tem? Há algum código de bruxa que diz quevocê pode transformar pessoas em bestas, mas não ajudar pessoas?

Eu achei que aquilo ia calar a boca dela, mas ao invés ela disse, – Bem, sim. Em um jeito. Acoisa é, eu não posso realizar desejos apenas porque alguém pede por alguma coisa. Eu não souum gênio. Se eu tentar agir como um, eu poderia terminar presa em uma lâmpada com um. – –Oh. Eu não sabia que havia tantas regras.     

  Ela encolheu os ombros. – Sim. É uma merda. 

– Então na primeira vez que eu quero algo para outra pessoa, eu não posso ter.

 – Eu já concordei que isso é uma merda. Espera um segundo. – Ela alcançou e pegou umlivro grande. Ela olhou por algumas páginas. – Aqui diz que eu posso fazer um favor para vocêse e apenas esta atado em algo que você tem que fazer.

 – Com o que?

 – Bem, vamos dizer que se você quebrar o feitiço que eu coloquei em você, eu vou ajudarMagda e Will também. Isso pode. 

– Isso é o mesmo que dizer não. Eu nunca posso quebrar o feitiço. 

– Você quer?   

  – Não. Eu quero ser uma aberração minha vida toda.

 – Uma aberração com um bonito jardim de rosa...–

 – ...ainda é uma aberração, – eu disse. – Eu amo jardinagem, sim. Mas se eu ainda tivesseaparência normal, eu ainda podia jardinar. 

Kendra não respondeu. Ela estava olhando para o livro dela de novo. Ela levantou umasobrancelha. 

– O que agora?

 – Talvez não é tão sem esperança, – ela disse. 

– Isso é.– Eu não acho, – ela disse. – Algumas vezes, coisas inesperadas podem acontecer.  

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