Terceira Parte - O Castelo

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No mês seguinte, me mudei. Meu pai comprou uma casa de pedra marrom no Brooklyn e me informou que nos mudaríamos para lá.

Magda embalou minhas coisas sem minha ajuda.A primeira coisa que reparei foi as janelas. A casa tinha janelas antigas e proeminentes arcos elaborados. A maior parte das casas da quadra tinha janelas com cortinas claras ou persianas que olhavam a rua ornamentada de árvores. Obviamente, papai não queria que eu visse as árvores -ou, para ser mais exato, não queria que ninguém me visse.

Nossa casa tinha grossas e escuras antijanelasde madeira que, mesmo quando estavam abertas, bloqueavam a maior parte da luz e avisibilidade da frente da casa. Eu podia sentir o cheiro de madeira fresca e verniz, assim que soube que eram novas.

Havia alarmes em cada janela e câmeras de vigilância sobre cada porta. Acasa tinha cinco pisos, cada piso era quase tão amplo quanto o nosso apartamento inteiro emManhattan.

O primeiro piso era um apartamento privado completo, com sua própria sala de estare uma cozinha. Era onde eu viveria. Uma enorme TV de plasma cobria a maior parte de uma parede na sala de estar. Tinha um aparelho de DVD e todo estoque de Blockbuster. Tudo o que um inválido precisa.Atrás do quarto ficava um jardim tão vazio e marrom que eu quase quis que tivesse ervas daninhas. Uma cerca de madeira que parecia ser nova estava na parte posterior. Ainda não havia nenhuma porta, havia uma câmera de vigilância empoleirada sobre acerca, se por acaso alguém entrasse pela força. Papai não queria correr o risco de que alguém me visse. Eu não planejava sair.

Continuando com o assunto inválido, havia um estúdio no quarto com outra TV de plasma,exclusivamente para o Playstation. As estantes estavam cheias de jogos, mas sem nenhum livro de verdade.O banheiro no meu andar não tinha espelho. As paredes tinham sido pintadas recentemente,mas ainda podia ver o contorno de onde o espelho tinha sido desparafusado e tirado.Magda já tinha desempacotado meus pertences - exceto duas coisas que eu não a tinha deixado ver.

Tirei as duas pétalas de rosa e o espelho de Kendra. Os coloquei embaixo de alguns dos suéteres da minha gaveta mais baixa da minha cômoda. Me aproximei das escadas do segundo andar, que tinha outra sala de estar, uma sala de jantar, e uma segunda cozinha. Este lugar era grande demais só para nós.

E por que papai iria querer se mudar para o Brooklyn?Aqui o banheiro tinha um espelho. Eu não me olhei.

O terceiro andar tinha outra quarto grande, que estava decorado como uma sala de estar,mas vazio, e uma estante sem livros. E outra TV de plasma.

O quarto andar tinha mais três quartos. O menor tinha algumas maletas que eu não reconheci.

O quinto andar só tinha um monte de lixo - móveis velhos e caixas de livros e revistas, tudo coberto por uma grossa capa de poeira.

Eu espirrei - a poeira pregava no meu pelo de besta mais do que nas pessoas comuns - e desci de volta para meu próprio apartamento e olhei para fora, pelas portas francesas para a cercado jardim. Enquanto estudava os arredores, Magda entrou.

- Você bateu na porta? - eu disse.

- Oh, sinto muito. - E então começou a tagarelar como um esquilo espanhol. - Gostou do seu quarto, senhor Kyle? Eu fiz para você - um bom e divertido quarto.

- Onde está meu pai?Ela olhou seu relógio.

- Ele está no trabalho. O noticiário é daqui a pouco.

- Não - disse. - Quero dizer onde ele fica. Onde está seu quarto? Está em cima?

- Não. - Magda deixou de tagarelar. - Não, senhor Kyle. Ele não está em cima. Eu fico.

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