Capítulo 23

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  Nos próximos dias, eu trabalhei mais duro do que eu nunca trabalhei em nada, decorando asuíte vazia do terceiro andar. O quarto da Linda. A mobília nele eram coisas da sala de estar, eestantes de livros vazios—apenas para me lembrar que meu pai não planejava visitar. Agora eumudei isso para o quarto perfeito de garota e biblioteca, mandando Will fora para catálogos demobílias, pintura, papel, tudo. 

– e você acha que isso esta certo? – Will disse. – Forçando ela vim aqui? Eu não sei se euposso fazer parte em um—–

 – Sequestro?

 – Bem, sim. 

– Você não viu o cara, Will. Ele entrou, provavelmente para roubar minhas coisa paradinheiro para drogas. E então, para ficar sem problema, ele me ofereceu a filha dele. Talvez eletenha feito isso antes, já pensou nisso? Então eu disse sim. Você sabe que eu não planejo fazernada ruim com ela. Eu quero amar ela. – Deus, eu pareço o fantasma da opera. 

– Eu ainda não penso que é certo. Apenas porque há benefício para você. E ela? 

  – E ela? Se o pai dela me daria ela, quem diria que ele não daria ela para outra pessoa?Vender ela para escravidão? Ou algo pior, comprar drogas? Eu sei que eu não vou machucar ela.Você pode ter tanta certeza com o próximo cara que ele tentar isso?

 Will estava acenando, então eu sabia que ele estava pelo menos pensando nisso. – E comovocê sabe que ela vai ser alguém apropriado para você se apaixonar? – Will perguntou. – Se o paié um idiota?   

  Porque eu tenho assistido ela. – Essa é minha única chance. Eu tenho que amar ela, – eucontei para Will. – E ela tem que me amar de volta ou esta acabado para mim. – E se ela pudesseamar aquele pai perdedor, talvez ela pudesse olhar passando minha aparência e me amar também.

Três dias passaram. Eu escolhei cobertores e travesseiros de ótima qualidade. Eu imaginei elaafundando na cama, a melhor que ela já teve. Eu peguei o mais fino tapete Oriental, lâmpadas decristal. Eu quase não podia dormir esses dias, então eu trabalhei de quatro da manhã até a noite.Eu pintei o estudo, transformei a biblioteca em um amarelo quente com linhas brancas. Para oquarto dela, eu escolhi um papel de parede com várias rosas. Will ajudou, e Magda, mas apenas eutrabalhei pela noite. Finalmente, os cômodos pareciam perfeitos. Quase incapaz de acreditar queela estava vindo, eu fiz mais. Com o espelho, eu visitei a casa dela e explorei seus armários, entãoolhei online e comprei na loja de departamento Macy Juniors no tamanho dela. E organizei tudono closet do novo quarto dela. E eu comprei livros— centenas de livros— e organizei eles nasestantes altas. Eu comprei todos eles em livrarias onlines e inclui todos os meus própriosfavoritos, os títulos que eu tenho lido. Nós podemos falar sobre eles. Seria tão bom ter alguém daminha idade para conversar, mesmo se fosse apenas sobre livros.

Cada tarde trazia uma nova corrida entregas do UPS, e cada manhã me achava trabalhandomais e duro, pintando e lixando e decorando. Eu tinha que fazer tudo perfeito, tinha que fazerentão talvez ela olharia passando pela minha feiura e acharia alguma felicidade aqui, achariaalgum jeito de me amar. Eu não comecei a pensar sobre como isso iria acontecer, que elaprovavelmente iria me odiar por pegar ela do seu pai. Eu tinha que fazer isso funcionar.

Na noite do sexto dia, eu fiquei na suíte que seria dela. Eu ainda tinha que consertar minhaestufa, minha linda estufa. Mas felizmente, estava quente lá fora. Eu arrumaria depois. Por agora,eu estudei o quarto. O piso, encerado com perfeição, brilhava ao lado do tapete em tons verde eouro. O ar cheirava a limão limpo e dúzias de rosas. Eu escolhi as amarelas, que eu li quesimbolizava alegria, felicidade, amizade, e a promessa de um novo começo, e coloquei elas emvasos de cristal com água por toda a suíte. Em sua honra, eu plantei uma nova rosa, umaminiatura amarela chamada – Pequena Linda. – Eu não tinha cortado nenhuma dessas, masmostraria elas para ela quando ela visitasse pela primeira vez a estufa. Logo. Eu esperava que elagostasse delas. Eu sabia que ela iria. 

Eu andei para a porta da suíte dela e, utilizando um estêncil e um pincel pequeno molhadoem ouro, pintei o toque final da porta. Eu nunca tinha sido arrumado na minha vida anterior,mas isso era importante. E uma letra perfeita, a porta dizia: 

Quarto de Lindy. 

Quando eu voltei para meu quarto, eu olhei no espelho, que eu estava mantendo na minhacama de novo. – Eu quero ver Lindy, – eu tentei.

  Ele mostrou ela. Ela estava dormindo porque era depois de uma hora. Uma pequena malasurrada estava ao lado da porta. Ela estava realmente vindo. 

Eu deitei e cai em um sono perfeito pela primeira vez em um ano—não um sono de tédio,falha, ou exaustão, mas o sono de antecipação. Amanhã, ela estaria aqui. Tudo mudaria.  

A feraWhere stories live. Discover now