Anjos do Anoitecer

By HenryGusta

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Em um mundo cuja a existência de vampiros é tolamente tida como lenda, dois jovens descobrem logo cedo de que... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2 (parte I)
Capítulo 2 (parte II)
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19 (parte I)
Capítulo 19 (parte II)
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25 (parte I)
Capítulo 25 (parte II)
Capítulo 25 (parte III)
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33 (parte I)
Capitulo 33 (parte II)
Capítulo 34
Capítulo 35
Capitulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capitulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capitulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80 (ultimas semanas)
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90 (Últimos Capítulos)
Capítulo 91 (Penúltimo Capítulo)
Capítulo 92 (Último Capítulo)
Epílogo
Livro Novo Já Disponível!

Capítulo 2 (parte III)

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By HenryGusta

Musica: Evanescence Lithium


Os dois dormiram e o outro dia chegou. Selena despertou primeiro e sem demora começou a esculpir as estacas, quando Drake acordou, ficou surpreso, afinal ela se mostrava relutante em ajudar.

Depois que ela se cansou, Drake tomou seu lugar e começou a esculpir. Foi assim que ambos passaram as semanas, até finalmente terminarem as estacas.

— Não ficaram bem feitinhas não, mas da pra furar a artéria de alguém. — Drake disse brincando.

— No caso e melhor o coração. — Selena levantou o indicador.

— Exatamente, agora é só esperar.

— Esperar o cacete! Temos que mapear o trajeto de fuga.

— Verdade.

Dias se passaram, Drake e Selena finalmente conseguiram permissão sair do abrigo. Servos dos anciões tinham direito de sair, por um tempo. Isso fazia eles se acomodavam ainda mais com os direitos.

Do lado de fora eles começaram a mapear o trajeto de fuga, procuraram saber onde cada oficial se posicionava e o caminho até o portão, que era vigiado por vários guardas. Os dois só não foram mortos ou capturados por que estavam com o bracelete de Talon, e todos o temiam.

Após mapear o local, voltaram, a tempo dos outros saírem após eles.

O ano foi se passando, e o que antes era uma grande amizade foi se tornando algo ainda mais forte, foi se tornando amor. Isso fez os dois suportarem a agonia e ansiedade pela fuga. O segundo ano passou, e o no finalmente o terceiro chegou.

Já estava chegando o dia da colheita. Agora Selena e Drake estavam mais velhos e mais inteligentes. Eles remapearam o trajeto de fuga, afiaram ainda mais estacas e começaram a treinar, para pelo menos poderem reagir aos vampiros e golpeá-los sem errar.

— Amanhã e a colheita, vamos esperar amanhecer e finalmente sairemos daqui. — Drake disse esperançoso.

— Finalmente vamos ser livres. — Selena diz empolgada.

— Temos vinte estacas, temos que usá-las nos vampiros certos.

Amanheceu, Drake e Selena olharam no relógio do salão e viram que era a hora. Somente cinco guardas estavam de vigia.

— Vocês vão tentar fugir não é? — Rafael e seus amigos se aproximaram.

— Sim, querem vir com a gente?

— Sim queremos. — Rafael respondeu por si e pelos outros.

—Olha, venham comigo. — Selena foi até quarto e pegou as estacas.

— Olha, são vinte estacas e somos vinte e cinco, vamos fazer uma roda, e os cinco sem estacas ficaram no meio, ok?

— Sim. — Todos responderam em coro.

— Então vamos.

Eles saíram em formação chamando atenção dos vampiros, que se aproximaram. Os jovens partiram pra cima dos vampiros de uma só vez. Selena e Drake conseguiram cravar as estacas no coração de dois deles, que queimaram de dentro pra fora. Caíram no chão, em chamas.

—Malditos! — Os vampiros avançaram furiosos, decepando a cabeça de vários deles sem dificuldade.

Rafael conseguiu enterrar sua estaca no coração de um deles, agora restavam dois, mas seis jovens já estavam mortos. Drake pegou uma das estacas de um deles, e foi pra cima, os outros também, e conseguiram matar os outros dois. Porém os vampiros conseguiram tirar mais duas vidas em meio a isso

— Essa fuga vai mesmo valer a pena? — Rafael perguntou entre lágrimas.

— Vai! — Selena se aproximou e segurou sua mão. — Assim que sairmos desse inferno e deixarmos de ser escravos. — Selena se virou para a porta da saída, encarnado-a esperançosa.

Os jovens conseguiram sair do abrigo e seguiram para o rio.

— Vamos seguir nesse rio, ele nos leva direto para o portão.

— Mas eu não sei nadar. — Um deles disse.

— Eu seguro você. — Drake se prontificou, o garoto assentiu.

— Pulem. — Selena disse e eles pularam. Pra sorte deles o curso do rio estava rápido, eles seguiram pelo curso do rio até que avistaram oficiais. "Mergulhem", disse Drake e os jovens mergulharam, passando despercebidos pelos guardas, pelo menos foi o que pensaram.

Eles emergiram na hora errada e três guardas os viram. Imediatamente pularam na água, e começaram a matar mais jovens, no entanto os jovens conseguiram abatê-los. Porém mais oito vidas se perderam.

Ao se aproximarem do portão, eles saíram da água correndo, mas acabaram se com vários guardas no portão. Imediatamente eles avançaram nos jovens, que lutaram como puderam, mas foram morrendo um a um. Alguns deles também conseguiram cravar estacas no coração deles. Por fim, todos os guardas morreram, mas só restaram Drake, Selena e Rafael vivos. Tristes observaram brevemente seus companheiros mortos.

Cientes de que não podiam vacilar, não perderam mais tempo em lamentos, viraram-se em seguida e correram até o portão. Após passarem se depararam com um túnel e uma luz no final dele. Eles sorriram esperançosos e começaram a correr ainda mais.

A esperança deles não durou muito tempo; um pássaro negro — exatamente um corvo — passou por eles e se posicionou a frente, tornando-se Talon em seguida.

Eles pararam, encarando-o apavorados. O vampiro lhes lançou um sorriso perverso e debochado.

— Muito bem gados, aproveitaram a colheita para tentar fugir, mas acharam mesmo que conseguiriam? Que passariam todos despercebidos pelos guardas? Foi intencional crianças, vocês chegaram aqui por eu quis. — Os jovens se entreolharam, de fato, mesmo com força de vontade e esforço, conseguirem eliminar vampiros daquela forma tinha sido fácil demais. — Vocês me pouparam um trabalho e tanto, eu tinha que acompanhar o treinamento daqueles recém-criados. Modéstia parte, fui bem sábio em deixá-los na guarda do refúgio, já imaginava que tentariam fugir. Bom diante disso tudo, eles pereceram porque não eram aptos a serem soldados e vocês fizeram o trabalho pra mim. Obrigado.

— Não eram guardas... — Selena sussurrou para si mesmo, perplexa.

— Óbvio que não! Se eles fossem guardas, vocês nem sairiam do refúgio. Como essa colheita nos garantirá jovens melhores, achei viável me desfazer de vocês também, literalmente matando dois coelhos com uma cajadada só. — Gargalhou diabolicamente. — Os outros anciãos também foram a favor, devo ressaltar, não quero levar o título de vilão sozinho.

— Como podem fazer isso com crianças? MONSTROS! — Selena gritou, fazendo o vampiro gargalhar.

— Crianças crescem, envelhecem, traem, enganam, depois reproduzem essa espécie nojenta e insuportável, e no final morrem, largando outras crianças ainda piores e assim sucessivamente. Os vampiros vieram e tornaram os humanos o que realmente são, gado, nosso alimento. Seria tão melhor se vocês fossem irracionais... ou não, se fossem eu não teria essa diversão. — Sorriu descontraído, como se falasse algo engraçado. Os garotos ficaram sem palavras com tal frieza, e no silêncio o ancião continuou: — Eu adoro fazer esse joguinho! Esse programa existe a tanto tempo, acham mesmo que vocês foram os únicos que tentaram fugir? Outros também tiveram essa ideia clichê, mas não tiro o mérito de vocês, nenhum deles deixou tantos mortos, tanto vampiros quanto humanos. Parabéns! — Elogiou sorridente. — Mas vocês morrem agora! — Sua expressão mudou-se no mesmo instante, tornando-se assustadora ao transmitir seu ódio.

Rafael avançou no vampiro segurando firme uma estaca, mas o vampiro lhe deu um soco que o lançou com toda força contra parede, quebrando quase todos os seus ossos. Seu sangue espalhou-se no cimento, banhou o chão. As fraturas expostas rasgaram sua roupa, e o corpo, retorcido e sem vida, levou o espanto e pavor aos olhos dos dois sobreviventes.

— RAFAEL!!!! — Selena gritou, caindo em lágrimas horrorizada.

Drake correu para cima do vampiro e tentou lhe dar um chute giratório, mas o vampiro segurou sua perna e com um golpe a partindo. Drake caiu no chão chorando de dor, sua estaca caiu centímetros ao seu lado.

Selena correu ate Drake, desesperada.

— Vocês poderiam até se tornarem futuros vampiros, mas fizeram uma péssima escolha, e agora todos vão morrer. É, realmente, quem nasce pra ser gado, morre sendo gado. — O vampiro disse com um sorriso maligno, subestimando Selena.

— Eu nunca seria um monstro como você. — Disse, segurando a estaca de Drake sem o vampiro perceber. O mesmo a olhou com desdém.

Selena respirou fundo, olhou para Drake caido no chão. As lembranças dos bons momentos dos dois vieram como um filme.

O ancião aproximou-se, passando por cima Drake e se ajoelhando-se. Seus olhos encontraram os olhos tristes de Selena.

Num ato inesperado ela gritou:

—Agora Drake! — O ancião virou-se para trás, achando que seria golpeado pelas costas. Porém a única coisa que viu foi Drake rir de sua cara.

Logo a dor aguda tomou conta de seu peito, e então o vampiro se virou novamente. Selena o encarava vitoriosa.

—Você foi morto pelo gado.

O ancião olhou uma última vez, as chamas de suas írises alaranjadas se apagaram lentamente até torná-las negras. O seu corpo foi ao chão, inerte e seus séculos de vida tiveram o seu fim.

— Muito bem Lena, matou esse imbecil. — Drake elogiou com dificuldade.

— Levanta, vem levanta. — Selena tentou o puxar.

— Vá sem mim. Não posso levantar. — Ele disse com voz fraca. Selena comprimiu a sobrancelha, indignada.

— Não vou sem você, não vou.

— Selena, por favor, fuja, eu vou ficar bem.

— Você acha que eu sou idiota Drake, acha mesmo que esses monstros vão deixar você viver depois do que fizemos? — Selena disse chorando. — Vem logo, se levanta. — Ela o puxou de novo, mas Drake pouco se moveu.

— Eles quebraram minha perna, não posso levantar, me deixe aqui, vai logo! — Drake pediu com uma lágrima escorrendo nos olhos.

— Não vou sem você! — Selena afirmou. Porém, percebeu os oficiais se aproximando e começou a entrar em desespero. — Levanta logo! — Ela disse tentando o puxar, chorando ainda mais.

— VAI LOGO PORRA! — Ele gritou e olhou para trás. — Eles estão vindo, se você ficar, nós dois iremos morrer. — Ele disse a encarando de novo. Selena pensou relutante, ela não iria conseguir tirá-lo dali, não tinha forças para isso. O único jeito era ela fugir.

— Eu te amo! — Selena o abraçou forte, pode o ouvir sussurrando em seu ouvido que a amava também. Selena lhe deu beijo rápido, mas apaixonado. Hesitante ela se virou saindo correndo.

— Siga sem olhar para trás. — O som da voz calma de Drake ecoava pelo túnel onde estávamos, e logo em seguida os gritos.

Selena estava longe demais para voltar e nem podia. Ela tapou os ouvidos tentando fazer aquele barulho cessar e seu sofrimento diminuir. Porém ela não obteve sucesso, na verdade pioraram.

Os gritos de Drake soavam cada vez mais forte em sua mente. Quando finalmente Selena saiu, estava exausta. Porém juntou toda força que lhe restava e começou a correr pela mata, sem rumo, até não aguentar mais e cair no chão chorando, as lágrimas ofuscaram sua visão.

Uma cobra começou a se aproximar, inconfundível cascavel que balançava seu chocalho freneticamente. Ela armou o bote, mas foi acertada na cabeça por uma flecha.

Levante-se. — Selena ouviu uma doce voz feminina, pensou que fosse uma vampira, mas não teve forças para reagir. Deixou o peso do cansaço e apagou.

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