Anjos do Anoitecer

By HenryGusta

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Em um mundo cuja a existência de vampiros é tolamente tida como lenda, dois jovens descobrem logo cedo de que... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2 (parte I)
Capítulo 2 (parte II)
Capítulo 2 (parte III)
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19 (parte I)
Capítulo 19 (parte II)
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25 (parte I)
Capítulo 25 (parte II)
Capítulo 25 (parte III)
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33 (parte I)
Capitulo 33 (parte II)
Capítulo 34
Capítulo 35
Capitulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capitulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capitulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80 (ultimas semanas)
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90 (Últimos Capítulos)
Capítulo 91 (Penúltimo Capítulo)
Capítulo 92 (Último Capítulo)
Epílogo
Livro Novo Já Disponível!

Capítulo 9

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By HenryGusta

Musica: Adam Lambert Ghost Town


Deitada em sua cama, Selena encarava aquele papel; "Agora você está percebendo quem eles realmente são", ela relia várias vezes. Tentava descobrir quem poderia ter lhe mandado aquela mensagem.

Como sabia sobre a morte de Henrique?

Ela não conseguia nem elaborar hipóteses para explicar.

Frustrada, Selena amassou o papel e o jogou pela janela. A bolinha caiu no chão no momento em que Luke passava por ali. Confuso, o rapaz pegou a folha e a desamassou.

Um temor estranho tomou conta de si assim que leu o que estava escrito. Tenso, olhou para cima, viu que a única luz acesa era a do quarto de Selena, além de sua janela estar rente a onde o papel caiu.

Luke dobrou o papel e o colocou em seu bolso. Certo de que foi ela a jogar o lixo, foi até a garota .

Selena posso entrar? — Ele perguntou do lado de fora. Selena não respondeu, simplesmente se virou para o canto.

A porta estava destrancada, então Luke entrou e se aproximou, sentando na beirada da cama.

— Não falei que você podia entrar. — Selena falou em baixo tom.

— Também não falou que não podia.

Selena se virou irritada, sentando-se.

— O que você quer em Luke? — Indagou cruzando os braços, o encarou séria.

— Eu sei que eu matei o Henrique, mas...

— E o deixou semanas sem sangue, morrendo de sede, pra depois de eu ter sido atacada pelo meu amigo, você fazer algo: matá-lo.

— Ele estava fora de controle Lena.

— Por que vocês deixaram ele ficar com sede. E tão óbvio! Se você deixa um predador faminto, ele se tornará irracional e será guiado pelo seu instinto primitivo.

— Isso mesmo, um predador, que te vê apenas como alimento e nada mais. — Rebateu.

— Você estaria certo se ele não tivesse recobrado a consciência. Ele não merecia morrer.

— O que você queria que eu fizesse? Acolhece um deles? Ou que eu o libertasse para depois ele sair matando pessoas? De qualquer forma ele ia morrer, seja caçado por nós ou desta forma.

— Já acabou? — Perguntou, comprimindo a sobrancelha.

— Não, não acabei, gostaria de entender por que você queria ajudar aquela coisa se ele não era mais um humano. Pensei que odiava vampiros.

— E odeio com todas as minhas forças, mas ele ainda era meu amigo. Agora sai daqui. — Selena mandou se deitando novamente, virando-se de bruços.

— Você não devia estar culpando a mim, mas sim os vampiros, eles fizeram isso com ele, não eu. — Falou levantando-se. A garota não lhe deu o trabalho de responder, nem ele ficou ali por mais tempo, virou-se e saiu.

Selena continuou de bruços pensando. Sabia que Luke estava certo, Henrique não era mais um humano, e o fato de ter se controlado se devia ao fato de que reconheceu seu rosto, e sua sede por mais que grande já podia ser domada. Se ele tivesse mordido-a no pescoço, dificilmente pararia. No entanto não concordava com a tortura, e não se confirma a com seu destino.

Por que justo ele?

Ele queria defendê-la, e ela ciente disso sentiu a culpa. A partir do momento que tomou o sangue, tornou-se condenado a morte e destruição. Se tornaria uma aberração que deveria ser destruída a todo custo. Era isso que eles ensinavam aos jovens que estudavam no refúgio.

Os caçadores viam os vampiros como quase animais, concluindo que apenas os nobres e anciãos eram racionais e inteligentes. Essa teoria era explicada através dos estudos que fizeram com os que capturaram, e o comportamento deles fez os caçadores chegarem a essa conclusão. Eram violentos, insanos e famintos por sangue humano, incomunicáveis. Porém qualquer ser, em situação de perigo escolhe lutar para sobreviver ou fugir. Numa situação daquela os vampiros agiam justificadamente de forma violenta.

Os que eles caçavam e matavam eram geralmente peões mal instruídos pelos seus criadores. Por isso o nome: peões, os caçadores focavam neles e nunca chegavam aos vampiros que realmente ofereciam grande ameaça. Os da nobreza lamentavam pela morte deles, independente de sua classe, mas pouco podiam fazer perante aqueles que se deixavam serem mortos por caçadores.

A Ordem sabia que haviam um número muito maior vampiros racionais do que calculavam, na verdade eles eram a grande maioria. Os imortais, a fim de proteger seu segredo, regravam as transformações o máximo que podiam, e mentoravam suas crias.

O número de mortes causadas por vampiros, nos últimos três anos, foi descendo de forma gradativa. A Ordem percebeu isso, e por isso seus membros estavam ficando desesperados. Os vampiros estavam se tornado cada vez mais organizados, algo muito preocupante. Assim como o número de mortes, o número de peões também caia, e consequentemente estavam se encontrado sem alvos para caçar.

Por isso, em lugares públicos de grande movimentação no período noturno, havia sempre algum de seus membros, que monitorava movimentos estranhos, e caso achasse um vampiro, reportava para o refúgio mais próximo. Este então, passava a ser caçado pelos caçadores de elite pois geralmente era um oficial, e em casos raros, um nobre. Não era do feitio deles se exporem, mas o desejo de caçar e se alimentar de forma direta os fazia saírem pela noite.

Muitas coisas além de Henrique atormentavam Selena, principalmente o fato de estar sendo observada, ou que um novo ataque poderia ocorrer a qualquer momento.

Ela estava quase pronta, logo começaria a caçar vampiros, e em seguida tentar matar esse nobre que ameaça todos no refúgio dos caçadores.

Luke foi até sua sala, e pegou aquele bilhete novamente, o observou aflito, pressentia que algo muito ruim estava por vir, mas não sabia quando nem como.

Ele estava preocupado, por mais que ele tivesse mentido sobre ter visto o nobre, ele sabia que algo o ameaçava, das sombras. O que também lhe preocupava, era a chance de Selena descobrir sua mentira.

Luke nunca viu o nobre de fato. Só disse que viu para Selena no intuito de a distrair, fazê -lá focar nesse nobre que nem ele tinha total certeza que ele existia ou não. Só sabia boatos dos caçadores. E o fato do nobre ser ex-humano era ainda mais incerto, afinal ele só soube dessa informação após ele e Lúcia interrogarem um vampiro que os caçadores trouxeram da caçada.

Aflito, Luke decidiu chamar Lucia para conversarem sobre o ocorrido.

— O que foi ? — Lúcia perguntou entrando na sala.

— Olha isso. — Luke pediu entregando-lhe o papel

— "Agora você está percebendo quem eles realmente são". — Leu em voz alta enquanto sentava-se na cadeira. — Mas quem escreveu isso?

— Não sei, eu estava passando pelo pátio quando esse papel caiu, e ele foi jogado do quarto da Selena.

— Foi ela que escreveu isso? — Ela perguntou devolvendo o papel

— Não faria sentido, e olhe, e papel de qualidade, veja os desenhos nas bordas, foi um nobre que escreveu isso. — Respondeu Luke passando o dedo nos detalhes desenhados na folha.

— Mas esse nobre e coisa da cabeça da Lena.

— Não sei, pode não ser o mesmo, mas tem alguém nos observando, e quer que a Selena descubra nosso plano, e também, por que aquele vampiro iria mentir? Não faz sentido. — Luke argumentou aflito, colocando o papel em cima da mesa.

— Se ele quer que ela descubra o plano, e por que ele sabe sobre.

— Não é possível, se isso for verdade...

— Podemos nos preparar pois eles vão atacar em breves.

— Como ele pode ter descoberto? Poucos sabem...

— Pode haver um traidor. — Ponderou.

— Não dá para adiar, vamos matar dois coelhos com uma cajadada só. Envie Selena para batalha, ela descobrirá quem é esse nobre e o matará por nós.

— Ela não está preparada.

— Precisamos testar o dispositivo, saber se funcionou. — Disse sério, Lucia assentiu. — Encontramos um oficial e um nobre, são os primeiros alvos.

— Vai mandar ela lutar com um nobre?

— Ele está na nossa lista de procurados faz tempo, é um dos poucos que se expõe, e aparentemente está recrutando jovens para transformação. Não a maneira melhor de testar se não com eles, e de quebra poderemos matar um vampiro importante.

— Ela tem grandes chances de morrer, você sabe né?

— Escolha mais três idiotas qualquer, nessa escola e o que não falta, treine-os e os envie com ela.

— Como quiser. — Lucia se levanta e sai da sala, Luke volta a encarar o papel.

Lucia caminhando pelos corredores pensava em quais alunos indicar para a tarefa de lutar com Selena. Eles precisavam estar em treinamento, serem inteligentes, e pessoas boas, pessoas que Selena confiasse e criasse uma amizade.

A garota recordou-se de duas pessoas, então prosseguiu para sala de aula onde ficavam. Bateu na porta e o professor abriu, Lucia adentrou a sala e ficou frente os alunos.

— Letícia e Victor por favor me acompanhem.

— Ih se fuderam! — Um aluno zoou, os outros riram.

— Vai tomar no seu cu Denis. — Letícia xingou se levantando e indo para frente, Victor fez o mesmo.

— Obrigada Sr. Divino, já já voltarei com eles. — Falou, olhou rapidamente para os jovens e se virou, saindo. Letícia e Victor foram logo atrás.

Já fora da sala, Lúcia se dirigiu aos os dois.

— Me aguardem na diretoria. — Mandou, eles assentaram. Ela os deixou ali e seguiu para a próxima sala.

— O que será que fizemos? — Victor perguntou preocupado enquanto caminhava com Letícia para a diretoria.

— Eu não fiz nada, espero que não seja treta.

Os dois entraram na sala e se sentaram no banco, escorado na parede. Ficaram conversando até Lucia entrar com mais um garoto, este se sentou ao lado deles, porém nada disse.

— Bom, vocês devem estar se perguntando por que estão aqui.

— Exatamente. Já vou avisando que sou inocente. — Letícia se resguardou levantando os braços em sinal de redenção, os garotos riem.

— Eu também. — Victor falou fazendo o mesmo que Letícia.

— Vocês não fizeram nada de errado, podem ficar tranquilos, estão aqui por que nós estamos elaborando um sistema de grupos para os novos caçadores, e vocês vão ser os primeiros a testá-lo. — Esclareceu, os jovens ouviram com toda atenção . — Vocês vão ser um grupo de quatro caçadores que irão trabalhar nos casos que nós passarmos para vocês. — Finalizou.

— Se vamos ser quatro, está faltando um. — Letícia comentou olhando para os lados.

— Sim, vou agorinha busca-la, a propósito, não apresentei a vocês, esse Michael. — Apontou o garoto, que até o momento permanecia calado. — Então, se conheçam enquanto eu busco a última integrante do grupo de vocês.

Lucia os deixou conversando, e foi para o dormitório. Ela não sabia como seria a reação de Selena ao vê-la, mas com a notícia de que em breve ela iria para batalha, talvez esqueceria da morte de Henrique.

Lucia entrou no dormitório e Selena estava mexendo no celular.

— Oii! — Lucia cumprimentou se aproximando.

— Oi. — Selena respondeu friamente .

— Não foi na aula hoje?

— Fui, isso aqui é só um holograma meu. Quer deixar recado?— Perguntou com sarcasmo.

— Selena eu sei que está chateada...

— Não estou chateada, eu estou e PUTA, VOCÊS MATAM MEU AMIGO E VEM AQUI COM A MAIOR CARA LAVADA, COMO SE NADA TIVESSE ACONTECIDO. — Gritou irada, Lúcia espantou-se.

— Selena, um dia você vai entender, mas eu tenho uma notícia boa.

— Hum...

— Você irá para batalha em breve.

— A resolveram me deixar lutar é? O Henrique precisou morrer para se tocarem.

— Selena... como eu disse, você irá entender um dia. — Afirmou, Selena a encarou com tédio — Mas você está num grupo, será você com mais três pessoas. Vocês terão um treinamento avançado e irão para a batalha logo em seguida. — Informou sorridente.

— E quem são os integrantes do meu grupo? — Perguntou desinteressada.

— Vem comigo, eu vim aqui pra te levar pra conhecer eles.

— Tá. — Concordou levantando-se.

Em silêncio, as duas caminharam até a diretoria. Elas que antes conversavam sobre tudo, agora nada diziam uma para outra, por isso aquele silêncio tornou-se estranho para a ambas.

Lucia ficou do lado da porta, Selena entrou. Encarou os jovens um por um, eles também a encararam.

— Bom, vou deixar vocês se conhecerem. — Lucia disse saindo.

— Oi, tudo bem? — Letícia cumprimentou levantando, simpática estendeu a mão Selena.

— Tudo. — Respondeu pegando a mão dela, não forçou um sorriso tão menos retribuiu a simpatia.

— Me chamo Victor. — O garoto se apresentou.

— Selena.

— Eu me chamo Letícia e esse é Michael, ele não fala muito. — Letícia disse o olhando.

— É nerd aposto. — Victor zoou, o garoto o olhou sério.

— Pessoas que falam pouco tendem a dizer menos merda. —Selena disse, olhando brevemente para Victor. — Adorei você Michael. O silêncio é a melhor coisa, quando não se tem algo que preste pra dizer. — Mandou a indireta.

— Obrigado. — Agradeceu tímido.

— Então vamos lutar juntos. — Letícia falou olhando para todos ali.

— Pra lutar com esse Victor, temos que colocar um esparadrapo na boca dele. — Michael comentou, as garotas riem.

— Não falei, quando abrem a boca e pra falar coisa que preste. — Selena falou, Victor fechou a cara e não disse mais nada. — O gato comeu sua língua?

— Vai a merda! — Xingou irritado.

— Quantos anos você tem Selena? — Letícia perguntou curiosa.

— Pode me chamar de Lena. — Disse com um sorriso. — Tenho 17 anos. — Respondeu

— Eu tenho 16.

— Tenho 17 também. — Michael disse.

— Tenho 15. — Victor falou baixo.

— Ih, é o caçula da equipe. — Letícia zoou brincando .

— Nem ligo, sou melhor que vocês três juntos.

— Ah tá. — Selena disse séria, olhando para Letícia, que começou a rir logo em seguida, seguida por Michael e por Victor.

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