O Preço da Adoração (AMOSTRA)

By RBPlushie

21.8K 2.4K 608

*ATENÇÃO: 50% DISPONÍVEL. HISTÓRIA COMPLETA NA AMAZON, GRATUITA PARA ASSINANTES DO KINDLE UNLIMITED* Esforçad... More

Introdução
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
FIM DA AMOSTRA GRÁTIS

Capítulo 09

911 142 64
By RBPlushie


"Sério mesmo, Alis? Você também me ama?"

"Claro que amo. Pare de chorar, boquinha de algodão. De agora em diante seremos só nós dois."

"Vai me dar o que eu quero, agora?"

"Já fez isso com alguém?"

"Claro que não. Minha bunda é todinha sua. Mete em mim. Mete, por favor. Ah. Ah... isso, mais forte..."

"Oh, Grande Alisson, é tão gostoso..." murmurei, babando sobre a mesa. Um espasmo quente acabou me acordando, e eu olhei para baixo.

Eu notei a mancha na bermuda e soltei um gemido frustrado. Droga, não aguentava mais aqueles sonhos esquisitos.

Minha revolta só apagou quando percebi onde eu estava. Eu havia adormecido na sala do Alisson, terminando de parafinar a última prancha. Pela janela eu podia ver as estrelas e ouvir o cantar das cigarras.

Pelo visto Alisson não voltaria naquela noite, ainda assim me apressei em escovar a parafina, querendo terminar logo. Precisava demais ir para casa dormir.

Assim que terminei o serviço eu ouvi uma chave girar na porta de entrada.

Alisson cambaleou para dentro e agarrou-se no marco da porta, tropeçando nas próprias pernas.

"Alis, tá tudo bem?" Eu corri até ele o segurei.

Alisson deitou o peso do corpo sobre mim, quase nos derrubando. Seu cheiro era horrível. Uma mistura de suor, fumaça e bebida que embrulhou o meu estômago.

"Perdeu, novinho. Foi uma loucura total." Falou ele, com a voz lenta e enrolada. Ele me abraçou e riu contra o meu ombro, esfregando os cabelos despenteados na minha cara.

"Suas pranchas estão prontas." Falei, um tanto desanimado. Não queria imaginar o que exatamente eu perdi. "Vou te levar pra cama."

Ajudar Alisson escada acima foi um desafio. Ele tropeçava e ria como se o carpete dos degraus fosse super engraçado. Suas pupilas dilatadas tornavam seu olhar ainda mais escuro, e o sorriso que parava meu coração naquele momento surtia o efeito oposto. Já havia visto muita gente bêbada, e Alisson certamente bebeu muito, mas aquilo não era efeito do álcool.

Eu segurei seu braço por cima dos ombros e o arrastei pelo corredor, passando pelo banheiro e pelo depósito até chegar num quarto com cama de casal, que devia ser o dele. Exausto, eu o joguei no colchão macio.

"Obrigado, novinho." Ele arrastou-se até o travesseiro e tentou livrar-se dos sapatos, mas precisei ajudá-lo com isso.

Eu livrei-o das meias e do cinto que prendia sua calça social. Mais cedo quase tive um troço quando Alisson se despediu todo bem vestido, com o cabelo preso num rabo-de-cavalo e desodorante fresquinho espalhado no corpo. Não restava muito do garanhão de antes, e isso me entristecia.

"Você vai ficar bem?" Perguntei.

Alisson deu uma risada que não respondia muita coisa. Ele deu um tapinha no colchão para que eu deitasse ao lado.

Eu obedeci, encostando a cabeça no travesseiro e virando o corpo de frente para ele. Alisson olhava para o teto, rindo do nada, mas seu rosto e seu corpo continuavam sendo a coisa mais linda que já vi em todo o universo. Eu queria demais tocá-lo, e beijá-lo, mas não faria isso com Alisson naquele estado.

"Michel, sabe qual é a melhor coisa do mundo?"

Meu peito deu um pulo de felicidade. Ele me chamou de Michel de novo!

"O quê?" Perguntei.

"Poder. Notar nos olhos dos outros que eles fariam qualquer coisa por você, simplesmente por você ser quem é."

"Poder?" Eu ri de tamanha ironia. Seja lá o que fosse essa sensação, eu estava no outro extremo.

Percebendo meu desânimo, Alisson acariciou meu rosto e relampejos percorreram minha coluna.

"É só surfar umas ondas, ganhar umas medalhas, e as vadias fazem fila para cavalgar seu pau. Precisa ter beleza, também, mas isso você já tem." Ele me fitou longamente, me fazendo corar ainda mais. "E por isso você é meu aprendiz."

"Eu sou?"

"Faça como eu mandar, e você não dará conta de todas as mulheres. Ou homens, tô achando que é mais tua onda."

Eu vibrei de tanta emoção. Não queria mulheres, nem homens. Eu queria o meu Grande Alisson. E se ele falava a verdade, eu passaria muito, muito tempo com ele. E logo eu conseguiria apaixoná-lo por mim.

Alisson bocejou para o teto, quase adormecendo. Lembrei que eu precisava fazer o mesmo, ou pelo menos aparecer em casa para acalmar os meus pais.

Levantando da cama meio a contragosto, eu me inclinei sobre o Alisson para beijar-lhe os lábios, mas ele desviou o rosto e me afastou.

"Já disse, novinho. O Grande Alisson sou eu. Eu quem faço as regras do jogo." Ele bocejou alto. "Tô precisando apagar. Tenta não me estuprar, ou sei lá. Tu tem umas paradas estranhas."

Eu torci o lábio, sem saber se ele estava brincando. De qualquer forma, nós dois precisávamos de descanso.

"Boa noite, Alis." Eu apaguei a luz do quarto e retornei para a minha casa.

****

Quando cheguei em casa o sol já se erguia no horizonte. Assim que dobrei a esquina, minha mãe veio correndo me abraçar.

"Michel, onde você se meteu? Sabe que horas são?"

Eu só resmunguei alguma coisa e bocejei. Minha mãe nunca se aborrecia com nada, e certamente o pai comentou do meu serviço ao Grande Alisson.

Minha mãe suspirou, e tentou ajeitar meu cabelo.

"Seu pai recebeu uma visita importante. Cumprimente-a com educação e por favor tome um banho. Você está todo suado.

Eu mesmo tentei baixar meus cachos, que pareciam uma bola loira. Visita? O banco enfim cansou das dívidas e veio demolir a casa?

A mãe entrou e eu a segui. Alguém conversava com meu pai na sala, de costas para mim.

Quando o pai me avistou ele chamou com um sorriso enfático, e um leve olhar de quem repreendia minha aparência.

"Michel, conheça a senhora Camille Rouge, diretora da agência de modelos Le Rouge.

Eu apertei a mão dela, sem esconder minha surpresa. Era uma senhora gordinha, de cabelo loiro platinado e rosto esticado por muitas plásticas. Parecia ter uns cinquenta anos, mas o vestido de leopardo e cheiro de talco a faziam parecer mais velha. A maquiagem pesada tornava sua idade um mistério ainda maior.

"Bom dia, meu querido." Disse ela, com um sorriso simpático. "Seu pai falou muito de você. Tão jovem, e já começando no mundo dos negócios?"

Eu dei uma risadinha tímida. Tudo o que fiz foi convencer meu pai a abrir uma loja, embora eu soubesse a dificuldade em conseguir isso.

"Nossa loja será a maior da cidade." Falei, tentando soar convincente.

A mulher percebeu o fingimento, mas isso apenas aumentou sua empolgação e ela continuou a discutir negócios com o meu pai. Eu fiquei em choque. Não imaginava o pai conseguindo contatos tão rápido.

Eu sorri cheio de motivação, e corri para tomar banho. Naquele momento nossa loja era apenas três caixas dentro de um galpão, mas no que dependesse de mim, ergueríamos o maior império de surfe que qualquer surfista já conheceu. E eu conhecia a determinação dos meus pais, eles certamente desejavam a mesma coisa.

Quando saí do banho, já vestido em minhas roupas habituais, encontrei meus pais se despedindo de Camille na porta. Mas o clima era outro. Qualquer ânimo no rosto dos dois havia desaparecido.

"Lamento não poder ajudar. Mas vocês são uma família batalhadora, prevejo excelentes parcerias no futuro de vocês."

"Eu agradeço, senhora Camille. Obrigado por seu tempo."

Assim que o pai fechou a porta, o clima tornou-se pesado e sombrio. Eu podia ver no olhar da mãe que algo havia dado muito errado.

"E então?" Arrisquei perguntar.

O pai esfregou a testa e deu um longo suspiro. Ele não parecia capaz de responder, então a mãe afagou meu cabelo, com um sorriso forçado nos lábios.

"Vamos continuar tentando. Teria sido muita sorte conseguirmos parceria na primeira tentativa."

Eu baixei os olhos e rosnei pela frustração. Àquela altura eu já deveria ter me acostumado ao sabor da decepção, mas a verdade é que sempre doía. E doía ainda mais porque, diferente do meu pai, eu reconhecia a nossa situação. Quem raios fecharia acordo com uma família de pobretões à beira da falência total? Nossa loja eram três caixas, aquilo era simplesmente ridículo.

Ainda assim, se herdei algo do meu pai, foi a teimosia.

"Não podemos fazer nada sobre isso?" Perguntei. "Talvez ela mude de ideia. Aquela agência é a maior empresa da cidade, não é?"

"A crise afetou todo mundo." Meu pai enfim afastou-se da porta e jogou-se no sofá. "O melhor modelo do Le Rouge pediu demissão recentemente. Eles não tem condição de firmar parcerias no momento."

Eu odiei ver a frustração no rosto dos meus pais. A mãe parecia animada pela primeira vez em tanto tempo, simplesmente não era justo. Aquela velha do perfume caro devia gastar mais no café da tarde do que conseguiríamos em um mês de vendas.

"Essa loja é a primeira ideia normal que já tivemos. Não dá pra desistir. Podemos conseguir outro modelo pra eles e..."

Percebendo-me prestes a chorar, a mãe me abraçou apertado, afundando meu rosto em seu vestido de chitão bege.

"Esquece, filho. Vamos começar do chão. Amanhã nós três venderemos na praia, não vai ser divertido? Quase nunca passeamos por aqueles lados da cidade, e podemos ir em família."

Meu pai deu uma risadinha triste.

"É o que pode ser feito. Onde conseguiríamos outro fisiculturista?"

Eu arregalei meus olhos.

"Fisiculturista?" Perguntei

"É, aqueles caras com músculos gigantes. O modelo que se demitiu era um fisiculturista. O Le Rouge precisa de outro, e esses caras são muito raros."

Eu dei um leve sorriso, sentindo voltar uma minúscula faísca de esperança.

Um fisiculturista. Eu sabia exatamente onde procurar.

****

Eu poderia ter conversado com Jones em sua loja, claro. Mas no ramo dos negócios era preciso ter cérebro, e portanto passei os últimos dias planejando como convencê-lo. Parecia simples. Se Jones aceitasse o emprego no Le Rouge nós fecharíamos a única loja concorrente, e ainda conseguiríamos nossa primeira parceria, em um só golpe.

Um plano tão perfeito não podia dar errado, então apareci cedo ao luau, quando o sol ainda brilhava alto, entre as poucas nuvens. Como era Jones quem montava a fogueira, ele seria o primeiro a aparecer, e então eu poderia conversar com ele.

Eu sentei na areia e observei as ondas altas, verdadeiros tubos de cristal se desmanchando num tapete d'água, e imaginei como Alisson dominaria cada uma. Aquele acabou se tornando meu segundo passatempo favorito. O primeiro, claro, era admirar Alisson de verdade, e em breve eu poderia fazer isso.

Com alguma sorte haveriam menos mulheres dessa vez. Talvez Alisson lembrasse da minha existência depois de me ignorar durante toda a semana.

Logo apareceu o primeiro cara do grupo, e era justamente quem eu esperava.

Jones sorriu ao me ver, e eu me levantei para cumprimentá-lo. Ele carregava montes de galhos nos braços imensos, e os derrubou na areia para apertar minha mão.

"E aí, rapaz. É Michel, né? Como tão as ondas?" Falou ele, já abrindo a sacola que carregava e tirando um milho pra cada um.

Eu abocanhei o lanchinho de sempre, me perguntando como ele não enjoava daquilo, embora fosse bem gostoso.

"Estou aprendendo. Caindo um pouco menos." Dei uma risadinha tímida.

Jones olhou ao redor, certamente procurando a minha prancha, mas daquela vez fui de mãos vazias. Minha intenção era apenas conversar com o Jones, e enquanto eu não surfasse mais ou menos bem, não iria me envergonhar diante do Grande Alisson.

Começamos a conversar bobagens, mas o nervosismo apertou meu estômago. Eu joguei o sabugo limpo na pilha de gravetos que Jones terminava de arrumar e respirei fundo.

"Jones, o que acha de ser modelo?" Perguntei, da forma como treinei no espelho. "Tem uma agência chamada Le Rouge. Eles estão contratando."

Agachado diante da fogueira, Jones virou pra mim com os olhos enormes.

"Modelo, eu?" Ele sorriu com o canto do lábio, ou foi o que pareceu. O cara era tão musculoso que suas expressões faciais eram difíceis de ler.

"Sim, você é todo porradão e... ahm... com todo o respeito. O que eu quero dizer é que..."

Droga, isso estava indo de mau a pior.

Jones começou a gargalhar, a ponto de fazer saltar as veias do pescoço.

"Rapaaaaz, aquela vaca não perde tempo. Sério que já tão catando carne nova?" Ele me perguntou.

Eu paralisei, boquiaberto. Aquela conversa saiu completamente do script. Será que ofendi? O que estava acontecendo?

Jones bateu a areia dos joelhos e admirou sua fogueira perfeita. Ele secou uma lágrima de riso e voltou a olhar pra mim.

"Sei lá como tu se meteu naquela máfia, rapaz, mas fica esperto." Ele deu um tapinha nas minhas costas. "Tô ligado nas tretas, rapaz. O modelo que saiu era eu."

Meu queixo caiu aos pés. Meu Deus, como eu era retardado.

"Desculpa." Falei, tentando não transparecer minha monstruosa frustração. Simples como o desmanchar das ondas, as minhas esperanças se apagaram.

"Tá de boas." Ele riu, e mordeu o segundo milho da noite. "Essas paradas de desfile e foto e fofoca dá no saco, uma hora. Quando morreu o velho pensei que deu, né? Partiu cuidar da loja da família, que é menos ruga na cara."

"Então você não vai voltar?" Perguntei.

Acho que Jones percebeu alguma coisa que eu não queria, porque fez uma cara de pena. Eu odiava quando me olhavam assim.

"Rapaz, tu é novo demais pra sacar dessas paradas de moda. E a vaca com cheiro de talco, só te falo, os boatos não são poucos. Nem aqui tu devia tá, mas falo nada."

Eu arqueei uma sobrancelha.

"Como assim, eu não deveria estar aqui?"

Jones apertou os lábios e esfregou o cabelo para trás.

"Não entende mal, menino Michel. O Alisson é parceiraço meu. Quase irmão, manja? Mas tem umas paradas tensas na família dele, isso ferra a cabeça. Fico quieto, mas olha, é de cuidar."

"Hum... ok." Respondi, sem entender coisa alguma.

Pela cara do Jones ele queria dizer algo mais. Mas logo chegou o pessoal e ele foi cumprimentar a todos.

Eu permaneci onde estava, sorrindo tímido aos que vinham falar comigo. Por dentro eu rezava que o Grande Alisson chegasse logo, e me distraísse daquele desespero devastador.

Felizmente eu logo avistei Alisson, um pontinho de delícia atravessando a areia branca. Seu torso suado refletia o brilho laranja do por do sol, e a brisa do alto mar flamulava seus cabelos longos. Os músculos das coxas trabalhavam a cada passo, fortes e viris. Para o meu deleite, ele vestia apenas uma sunga. E era bem apertadinha.

Meu corpo reagiu na hora, então eu me virei de costas e sentei frente ao fogo, fingindo nem tê-lo visto. Àquela hora todos os outros pegavam ondas, e até Jones estava no mar, refrescando-se nas ondas mais próximas com alguns amigos.

Eu estremeci, temendo que o Grande Alisson seguisse direto ao mar para surfar com os outros, mas ele veio até mim. A felicidade foi tanta que me contive para não rir.

"E aí, novinho." Ele deu uma piscadinha. "Viu a Kandi por aí?"

O que era aquele maldito dia? Um teste sobre quantos banhos de água fria eu conseguia aguentar?

"Não, eu não vi sua namorada." Rosnei, me levantando e batendo a areia do corpo.

Alisson nem percebeu o escárnio na minha voz. Ele coçou seu delicioso peito tonificado, procurando-a entre os surfistas. Até aquele momento, só os caras haviam aparecido.

"Que mulher impossível." Ele bufou, e então riu para mim. "Tu tem sorte de curtir rola, novinho. Mulher é só incomodação."

Eu forcei um sorriso, sem saber como interpretar aquele comentário.

Alisson girou os ombros, se alongando de um jeito preguiçoso. Ele estava tão perto que eu podia ver a contração de cada músculo. Discretamente eu puxei ar, na esperança de sentir seu cheiro, mas a brisa soprava pro outro lado.

Droga, eu já estava duro de novo. Precisava aprender a controlar, ou Alisson me veria como um cachorro no cio.

"Quanto drama, só porque voltei pra casa naquela noite. Acredita que ela me deu gelo a semana toda?" Alisson revirou os olhos, mas pela cara ele não se importava muito. "Fazer o quê, vou pra casa de novo."

A última parte fez afundar meu peito.

"O quê?" Perguntei, sentindo uma dor quase física quando Alisson me deu as costas e voltou por onde veio. "Você não vai treinar hoje? E o luau?"

"Treinar? Cara, eu treino a semana toda. Eu venho pelas gatinhas, tá vendo alguma?"

Eu apressei o passo, acompanhando ao seu lado. Quando aquela desgraça acabaria? Ver as manobras do Grande Alisson era meu único conforto. Esperei a semana toda para vê-lo surfar e... outras coisas.

Querendo vencer minha timidez eu tentei falar alguma coisa, mas as palavras travaram na minha garganta. Quando chegamos ao fim da praia, minha voz finalmente saiu.

"Serve eu?" Gaguejei.

Alisson virou-se para mim, intrigado.

"Serve você o quê?" Ele franziu a testa e parou de andar, o que só me deixou mais nervoso.

"Eu..." Droga, minha pouca coragem estava se esgotando, suor descia pelo meu corpo e o vermelhão no meu rosto devia ser ridículo. "Eu... eu posso ser como uma mulher... você gostaria disso?"

Puta merda, acabei falando da forma mais imbecil possível. Eu estava nervoso demais, minhas pernas pareciam manteiga.

Os lábios do Alis estremeceram. Eu apreciei o esforço dele em conter o riso, porque se ele zombasse de mim naquele momento, eu nunca pararia de chorar.

"Vamos pra minha casa, novinho." Ele continuou andando. "Lá você me explica isso direito."

Eu mordi o lábio e segui logo atrás, com o coração vibrando no peito. Isso estava acontecendo mesmo. Eu finalmente iria... iria...

Ai, meu Deus, o que iria acontecer, exatamente?


****

Nota da autora

E aí lindos? Que tal o capítulo de hoje?

No próximo capítulo: Os hormônios de Michel não podem mais ser controlados, mas os mistérios de Alisson começam a ser revelados.

Beijos, e até a próxima!

Continue Reading

You'll Also Like

(sobre)viva By Erika S. Maso

Mystery / Thriller

22.5K 2.7K 58
🏅VENCEDOR DOS PREMIOS WATTYS 2021 EM SUSPENSE 🥇lugar em suspense no Concurso Relâmpago de Natal 🥉Lugar na segunda edição do concurso Mestres Pokém...
366K 36.8K 53
"Quando ele morrer, Pegue-o e corte-o em pequenas estrelas, E ele vai fazer a face do céu tão bem Que todo o mundo vai estar apaixonado pela noit...
13.5M 1M 72
Sinopse Elise Cortez por não conseguir ficar em nenhum emprego por falta da sua coordenação motora e azar, ela se vê sem saída ao aceitar sua...
45.4K 4.8K 17
Livro vencedor da categoria mistério do #GoldWinners. Faltando duas semanas para o término das aulas, um grupo de amigos se vêem em uma situação de r...