LÚCIDOS

By abrumag

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Enquanto Katrina dedica a sua vida em seu trabalho, Christopher busca a solução para os seus problemas na beb... More

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SÉTIMA DOSE

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By abrumag

Ele

Beber era mágico, era como se Christopher se transformasse em uma outra pessoa, era como se a bebida fosse capaz de amenizar todos os seus problemas e era por isso que ele sempre bebia, mais ainda quando estava mal.

Uma sensação de leveza já havia tomado conta do corpo de Chris e aquilo era tudo que ele queria sentir no momento. Chris começou a beber aos 19 anos de idade, mas antes disso ele já havia provado algumas bebidas. Depois disso, beber começou a fazer parte da sua rotina, e quando ele ficava alguns dias sem consumir bebidas alcoólicas, sentir o gosto de qualquer líquido forte em sua boca se tornou um dos seus maiores prazeres.

- Mais uma. - Apontou seu copo de cerveja vazio para o garçom.

O local já começava a ficar vazio devido ao horário, Chris ainda estava sentado em frente ao balcão enquanto Nicholas trocava beijos no meio da balada com uma loira que ele havia conhecido ali.

- Olha, eu tô aqui pra vender, mas eu acho que você já passou dos seus limites, não? - O garçom questionou, viu Chris fechar a cara no mesmo momento.

- Pega a cerveja pra mim. - Seu tom de voz estava alterado, demonstrando seu nervosismo.

Chris ficou de pé de frente para o garçom, se apoiou no balcão para não cair, tudo isso graças a grande quantidade de álcool que ele já havia bebido.

- Você mal está conseguindo ficar em pé. Eu quero vender minhas bebidas mas não quero que ninguém morra na minha frente não. - Falou mais alto para que a música alta não conseguisse atrapalhar o diálogo.

Chris tentou segurar o garçom pela camisa mas não conseguiu, era como se ele não tivesse forças. Seu rosto estava vermelho, o garçom conseguiu deixa-lo extremamente nervoso. Tentou pegar um dos copos que estavam vazios em sua frente mas o garçom conseguiu segurar as suas mãos com facilidade, ele estava bêbado demais para revidar.

- O que você está fazendo, Chris? - Nick se aproximou do irmão assim que viu o que acontecia no bar. - Você ficou maluco?

- Eu só quero mais uma cerveja. - Sua voz embriagada deixava claro o estado em que ele se encontrava.

O garçom o soltou quando viu o irmão se aproximar. Nick lançou um olhar envergonhado para o garçom que apenas forçou um sorriso. Ele já devia estar acostumado com aquilo.

- Você já bebeu demais, já é hora de ir embora. - Soou firme, viu Chris lançar um olhar furioso para o garçom e se distanciar do balcão no mesmo momento sem dizer nada.

Nicholas despediu do garçom com um aceno enquanto direcionava o irmão para o caixa da balada.

Foram o caminho todo sem dizer uma palavra e, assim que Chris chegou, foi direto para o seu quarto, nem notou a presença da sua mãe na sala.

- Christopher anda bebendo demais. - Nicholas comentou com Bethany que ainda estava acordada, lendo um livro na sala, provavelmente estava esperando por eles.

- Eu sei, e isso me preocupa. -  Seu tom de voz demonstrava tristeza, seu olhar dizia o mesmo.

- O pior é que ele é cabeça dura, não quer escutar ninguém. - Nick comentou enquanto depositava as chaves do carro na estante da sala.

Nicholas sempre foi um rapaz responsável. Gostava de sair, namorar e até beber de vez em quando, mas sabia muito bem os seus limites.

- Amanhã vou ter uma conversa com ele, meu filho, Chris vai ter que me ouvir. - Falou com um certo pesar, logo em seguida despediu de Nick e ambos foram dormir.

A noite passou muito rápido, ou então Christopher estava indisposto demais para enfrentar aquele domingo. Acordou assim que ouviu a voz de sua mãe lhe chamando, eles sempre tomavam o café da manhã juntos.

Tomou um banho e logo em seguida ingeriu um comprimido para dor de cabeça, ela sempre aparecia depois de uma noite de bebedeira. Desceu e cumprimentou seus pais e irmãos assim que se sentou à mesa.

- Pai, eu posso sair hoje? - Samantha aproveitou o silêncio no local para falar.

Gostava de pedir as coisas sempre quando tinha mais alguém presente, se ela levasse um não, pelo menos não seria uma resposta grosseira. Falava direito com Josh depois que notou que a resposta de sua mãe não mudava, ela sempre dizia que só deixaria Sam fazer alguma coisa se o pai dela também deixasse.

- Depende, pra onde você quer ir? - Interrogou a filha enquanto saboreava um pedaço de bolo.

- Em uma festa. É aniversário de uma amiga do colégio.- Forçou um sorriso, sabia que poderia ouvir um não do seu pai.

- Aniversário no domingo? - Nick fez seu questionamento, enquanto encarava o olhar assustado da irmã.

- O que que tem? O aniversário dela é hoje, e é só para os amigos mais próximos. - Respondeu de forma rápida, ela só queria acabar com a dúvida do irmão.

- Já estava me animando pra ir. Deve ser festinha de pijama, tô fora.

- E por acaso você foi convidado, Nicholas? - Chris entrou na conversa, fazendo com que a irmã segurasse o riso e o irmão fechasse a cara.

- Filha, não sei se é uma boa ideia. Ainda mais que o seu irmão não pode ir pra cuidar de você. - Beth comentou, notou a tristeza no olhar da filha no mesmo instante.

- Mas mãe... - Tentou falar mas foi interrompida por seu irmão mais velho.

- Se vocês deixarem, eu posso levar ela e buscar, não tenho nenhum compromisso hoje. -  Chris sugeriu para a felicidade da irmã.

Assim como Nicholas, Christopher também sentia ciúmes da irmã, mas depois que ele saiu da casa de seus país, começou a pensar de uma forma diferente. Era maravilhoso ter o seu espaço e a sua liberdade, e sabia que a sua irmã também precisava disso.

- Se for assim, por mim tudo bem. Só não quero que você demore muito.

- Obrigada, pai. - Sam sorriu para o mais velho enquanto recebia um sorriso do irmão.

Domingo era um dia para ficar em casa. Os cinco passaram a tarde toda conversando comendo e assistindo, era tudo que eles mais gostavam de fazer. Sabiam que era uma família diferenciada, sabiam que nem todos tinham aqueles momentos de lazer juntos. Apesar das correria do dia a dia, todos eles separavam o domingo para fazerem coisas juntos, inclusive nada. Mesmo não morando lá, todo domingo Christopher se juntava à eles, as vezes quando a sua semana era estressante só ao lado da família era que ele conseguia relaxar.

Quando já estava quase escurecendo, Chris e Sam subiram para se arrumarem. Assim que o relógio informou que já era quase oito horas da noite, Chris desceu e encontrou a sua mãe na sala, lendo um livro.

- Achei que eu estava atrasado mas a Sam nem desceu ainda. - Disse aliviado enquanto se sentava de frente para a sua mãe.

- Filho, eu queria aproveitar que ela ainda não desceu e conversar com você dois minutinhos. - Parou sua leitura para olhar nos olhos do filho, que a ouvia atentamente.

- Aconteceu alguma coisa, mãe? - Lançou um olhar em direção à mais velha, que matinha uma expressão preocupada em seu rosto.

- Eu estou preocupada com você, meu filho. Você anda bebendo demais e eu tenho medo que aconteça alguma coisa com você. Eu sei que você é um cara responsável, mas ontem quando você chegou aqui parecia outra pessoa. Hoje o seu irmão veio me falar que você queria brigar com o garçom, é isso que você quer pra sua vida?

Christopher abaixou a cabeça enquanto ouvia tudo que a sua mãe falava, o pior era saber que tudo era verdade. Chris sabia que ele estava exagerando, sabia que isso podia prejudicar a sua vida, mas ele não sentia vontade de parar. Também não queria que a sua mãe ficasse preocupada, não queria ser um peso pra ela e nem queria que os seus problemas fizessem parte da vida dela.

- Me desculpe, mãe, mas ultimamente eu ando com tanta coisa na cabeça que só a bebida consegue me distrair um pouco. - Foi sincero, de fato Chris usava a bebida como um meio de escapar dos seus problemas.

- Eu só quero o seu bem, meu filho. Eu me preocupo muito com você.

- Eu sei, mãe, e agradeço por isso. Mas pode ficar tranquila que eu vou tentar me controlar. - Sorriu antes de se levantar para ir depositar um beijo no topo da cabeça de Bethany.

- Vamos? - Samantha apareceu na sala assim que os dois pararam de conversar.

A garota estava com os cabelos soltos, um vestido soltinho florido, e uma sapatilha cor de pele. Sam foi questionada por sua mãe sobre não estar com uma roupa de festa e sem salto, ela apenas respondeu que era uma festinha simples e que não tinha necessidade para tudo aquilo. Se despediram de sua mãe e logo em seguida os dois saíram do apartamento, quando Beth estava prestes a retomar a sua leitura a porta se abriu e ela enxergou o rosto de Christopher no vão entre a porta e a parede.

- Mãe, pode ficar tranquila que hoje eu não vou beber. - Piscou e sorriu para ela antes de fechar a porta novamente.

Aproveitou o momento a sós com a irmã para conversarem. Sentia orgulho por ter uma irmã tão nova e ao mesmo tempo tão madura. Apesar de ser tão jovem, Samantha sabia conversar, sabia opinar sobre determinados assuntos e principalmente sabia ouvir. Mesmo sendo tímida, ela conseguia se soltar ao lado de Chris, se sentia a vontade para conversar sobre quase tudo com ele.

Quando um pequeno silêncio nasceu entre eles, Samantha sentiu vontade de questionar o irmão.

- Chris, e como você está? Você está tranquilo mesmo ou é impressão minha?

- Eu estou apenas fingindo, maninha, e pelo jeito está dando certo. Mas por dentro eu estou acabado. - Respirou fundo e segurou o volante com um pouco mais de força antes de continuar. - Mas uma hora isso passa, sempre passa.

- Eu queria poder te ajudar, Chris. - Sam abaixou a cabeça derrotada, sentia-se inútil por não saber o que fazer em momentos como aquele.

Christopher continuou em silêncio enquanto estacionava o carro em frente ao endereço que a sua irmã havia lhe passado, assim que o veículo parou por completo ele se virou para ela para continuar o diálogo.

- Você existe, quer ajuda maior que essa? Só em saber disso eu já tenho motivos o suficiente para continuar seguindo em frente.

Um sorriso sincero nasceu entre lábios de Sam após ouvir aquilo. Sentiu vontade de chorar mas tudo que ela menos queria no momento era estragar a maquiagem.

- Eu te amo. - Disse com ternura antes de abraçar o irmão pelo pescoço.

- Eu também te amo, demais. - Retribuiu o carinho na mesma intensidade. - Bom, agora vá curtir a festa porque não podemos chegar muito tarde, sabe como é o senhor Josh, né?

- E como sei. - Revirou os olhos fingindo estar incomodada antes de sorrir para o irmão.

- Então meia noite eu passo aqui para pegar a minha princesa. - Comentou assim que a irmã saiu do veículo.

- Só não se assuste se ela estiver sem o seu sapatinho de cristal. - Brincou antes de começar a andar em direção ao prédio.

- Juízo, viu? - Gritou quando ela já estava parada em frente ao portão de entrada.

- É o que eu mais tenho. - Respondeu depois que falou alguma coisa, que Chris não conseguiu escutar, na portaria.

E assim que ela entrou, Chris ligou o seu carro novamente e seguiu para o seu próximo destino.

Ele ainda tinha algumas coisas para resolver naquela noite.

Nota da autora:

Não esqueçam de comentar o que acharam, conversem com o Chris na ASK (@chrislucidos) e façam parte do meu grupo no Facebook ( Histórias da Bruna Magalhães). É isso, até o próximo capítulo. Beijos.

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