O DELEGADO E O MODELO (Livro...

Oleh KaiusCruz

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Preparem-se pois a segunda parte de nossa surpreendente história de amor vai começar... Preparem seus cor... Lebih Banyak

INTRODUÇÃO
PRÓLOGO
CAP.: 01 - ENCONTROS, REENCONTROS E SURPRESAS
CAP.: 02 - CONFLITOS
CAP.: 03 - FILHOS
CAP.: 04 - CONVIVÊNCIA
AVISO DE GRUPO WATSAPP
CAP.: 05 - DESAPARECIDO
CAP.: 06 - APOLLO
CAP.: 07 - OS GÊMEOS E AS AVENTURAS DE BRUNO E FELIPE EM SEXLAND
CAP.: 08 - CAVEIRA
CAP.: 09 - QUEDA
CAP.: 10 - TROPICAL E EQUATORIAL
BÔNUS : MOULIN ROUGE - AMOR EM VERMELHO
CAP.: 11 - PARADISE
AVISO
CAP.: 12 - DESAPARECIDOS
CAP.: 13 - DÉJÀ VU
CAP.: 14 - DESAFIOS
CAP.: 16 - IMPACTO PROFUNDO
AGRADECIMENTOS
ADQUIRA JÁ SEU EXEMPLAR OU LEIA DE GRAÇA NA AMAZON!

CAP.: 15 - CLOSER: PERTO DEMAIS

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Oleh KaiusCruz

"As chamas sempre queimam com a chegada de um vento forte, o medo sempre se esvai com a chegada da luz, e o amor sempre enfraquece quando surgem as primeiras dúvidas... Pois não se ama, quem não se admira, pois não se ama simplesmente em linha reta..."





(Kaius Cruz)


¥ Ouçam a música, vale muito a pena e vai ajudar vocês a entenderem o desenrolar deste capítulo...¥

*Por Lucas





Dizem que a melhor estratégia é manter os amigos pertos e os amigos mais perto... A exatos dois anos, eu fui atropelado e descobrir o amor da minha vida. Tudo bem, eu não contava encontra-lo nos braços de um cara alto e musculoso, isso é verdade, também não contava com o fato dele ser um exime delegado da policia federal.

Muitas são as surpresas que aconteceram comigo esses últimos dois anos, de morador do complexo de favelas da Rocinha, para garoto propaganda de grandes marcas de roupas, como Channel, Gucci e Dolce & Gabbana, além claro, das maiores delas, ou melhor das cinco maiores delas, pois é, por incrível que pareça só tenho dezenove anos e já sou pai de cinco filhos, um inclusive já é quase um adolescente. Amo meus meninos e meninas, como se fossem filhos do meu sangue, mas nunca os tratei diferente... e se trabalho muito, é por que, no fundo, no fundo, como todo pai, quero dar a eles tudo que a vida ainda não os tinha proporcionado, tudo que a vida ainda não tinha me proporcionado, além de poder dar certa segurança para meus pais e minha querida e amada vozinha, dona Lucena, que sempre me criou com muito amor...

Do meu trabalho, ainda dependem uma serie de ONG's e fundações, que visam amparar crianças e jovens em situação de riscos, que meu pai e minha mãe cuidam muito bem para mim.

Sei que meu marido sofre muito com isso, com as minhas inúmeras viagens, com os inúmeros desfiles e campanhas publicitárias das quais faço parte e faço questão de fazer, como os trabalhos para os hospitais que tratam de câncer infantil, sei que ele detesta quando faço novelas e minisséries, pois tem as cenas de beijo e de sexo, que ele fica nervoso. Como eu sei disso? Bom, sou eu que enfrento a fera quando chego em casa.

Guilherme as vezes tenta ser complacente e até releva alguns dos meus trabalhos, como os que tenho que fazer pelado ou utilizando roupas intimas. Sei que ele corta o maior bocado com isso, pois sei e sempre soube que tinha arrumado um homem dominador e muito, mas muito ciumento.

Agora estou eu aqui, de frente para a porta da sua sala, mas antes de abrir, resolvo fazer algo...

Pego meu celular e ligo para meu amigo Jojô...

- Alô!? Jojô... aqui é o Lucas, não fala nada apenas faça o que vou lhe pedir... tudo bem?! – nem deixo ele falar e já vou logo me explicando.

- Você tá onde?! – ele estava nervoso.

- Estou na delegacia! Agora tenho que desligar! Você tem exatos cinco minutos para fazer isso! Vou esperar vinte minutos... tchau!! – nem deixei ele falar nada, desliguei na cara dele, pois sabia que ele iria tentar me impedir ou tentar me dar algum tipo de conselho maluco.

Abro a porta de uma vez, Guilherme olha para mim e assustado pergunta:

- Lu-Lucas!? – ele gagueja nervoso, seus olhos pareciam que ia saltar.

Entro na sala lentamente e não falo nada, fecho a porta e indo em direção as persianas, a fecho também, nos deixando completamente a sós.

- Olá Guilherme... – ele se levanta de uma vez.

- Eu posso explicar... – me aproximo rapidamente dele e coloco o dedo em sua boca e interrompo:

- Shiiii... Não precisa explicar nada...

- Mas... Mas e as fotos? Na internet?! – Guilherme parecia apavorado. Eu me aproximo ainda mais dele e o abraçando, sussurro em seu ouvido...

- Guilherme... você é meu marido, o homem que amo e que acima de tudo, confio! Sei que você deve ter uma boa explicação, mas agora eu não quero explicações, o que eu quero mesmo é sentir a força do meu marido... pode ser?!

Guilherme olha dentro dos meus olhos e sua expressão, que antes era de apreensão agora reflete desejo, e seu sorrisinho safado completava a sentença. Como estávamos muito perto e eu estava morrendo de saudades, passei a mão por sua cocha, sentindo seus músculos rijos, malhados de seus muito exercícios que ele faz na sala de academia que tem na nossa casa. Subo um pouco mais a mão, num sinal claro de provocação e quando chego em seu membro, já o sinto duro como uma pedra...

Passo um pouco mais a mão por ali, deixando ele cada vez mais louco, mais desesperado, até que volto a olhar em seus olhos e pergunto:

- Posso?! – levo meu olhar em direção ao seu volume e ele apenas acena afirmativamente.

Vou me abaixando lentamente, sem retirar meu olhar dos dele, desço até ficar de joelhos, e meu rosto ficar de frente para o zíper de sua calça jeans.

Vou abrindo lentamente o zíper e sempre olhando em seus olhos, sem desviar o olhar de minhas reais intenções, coloco minha mão dentro de sua cueca e puxo meu objeto de desejo para fora, o cheiro de homem excitado de Guilherme invade meu nariz e de repente sinto minha boca salivar de puro desejo e luxuria por aquele pedaço de carne quente, macio e avantajado que pendia duro na minha frente.

Não aviso, apenas seguro firme na região da base de seu pau e caio de boca, matando minha vontade luxuriosa de experimentar o doce néctar que meu marido produzia.

O meu delegado, urrava e gemia forte, minhas chupadas eram firmes e ritmadas, fazia questão, mesmo seu pau sendo grande para os padrões, de me esforçar para engolir o máximo que podia, do jeito que eu sabia que ele amava.

- Ah! Ah! Ah! Lucas! Como eu te amo! Ah! Assim! Isso! Chupa gostoso! Vai! Ahhhhhhh....

- Tá gostando?! Tá ?! – falava com a voz carregada de paixão e luxuria, enquanto voltava a chupar os mais de vinte centímetros do meu marido super dotado.

- Tô adorando!!! Agora chupa mais vai! Assim!! Assim safado! Ah! Ah! Ahhhhhhhh.... – não sei se era o tesão reprimido por mais de duas semanas sem sexo, mas a gozada de meu marido deu naquele momento sublime, praticamente encheu minha boca, e olha que eu estava engolindo tudo, como eu gostava e ele também.

Subi de forma lenta e um tanto, quanto sensual, meu marido simplesmente caiu sentando na poltrona que ficava de frente para sua mesa, seu rosto era puro suor e satisfação. Seu pau ainda apontava para o teto, para fora de sua calça. Eu me sentei em cima dele, tomando cuidado para não quebrar o meu brinquedo favorito e perguntei:

- Gostou??!

- Muito... – meu marido arfava afoito.

Beijo sua boca e ficamos namorando, com Guilherme me apertando e me abraçando como sempre, até que minha barriga ronca, e caímos, os dois na gargalhada.

- Ainda não jantou?! – ele pergunta.

- Infelizmente não! Vim direto para cá! Vamos a um restaurante?!

- Com certeza! – meu marido parecia um menino de frente para um brinquedo novo.

Eu ajeito os cabelos bagunçados de meu querido marido e logo saímos da sua sala, todos na delegacia nos olhavam com certa surpresa, até Luiz Paulo parecia surpreso.

- Está tudo bem, casal do ano?! – sua pergunta parecia incerta, carregada de dúvidas.

- Com toda certeza! – eu mesmo resolvi responder. – E se nos der licença eu vou roubar meu marido por essa noite, se não se importa?! Tô morrendo de fome... Vamos a um restaurante...

- Opa! Se for pelo bem do casal e felicidade da nação... Pode até tirar férias, se quiser... – Luiz Paulo sempre gentil e brincalhão.

- Valeu parceiro!!!

- Pois vamos! – falei.

Saímos da delegacia, entramos em sua caminhonete e logo ele partiu em direção ao restaurante do Vinicius, que era o meu preferido.

Chegamos de frente para o restaurante, o percurso foi bem curto, saímos logo uma enxurrada de fotógrafos, paparazzo e alguns repórteres de revista de fofoca vieram com tudo para cima de nós. Segurei firme a mão de Guilherme, que ainda estava com seu distintivo pendurado no seu pescoço, olho em seus olhos sorrio e falo:

- Confia em mim! Ok?! – Guilherme apenas acena com a cabeça, afirmando. Olho para os abutres da imprensa marrom e ando com Guilherme até eles:

- Boa noite a todos! – comprimento a todos, que pareciam deveras decepcionados, com o fato de eu e meu marido estávamos juntos, de mãos dadas, como se nada tivesse acontecido.

- Angel... como você reagiu as fotos de seu marido com outro homem?! – um dos repórteres me perguntou e em seu rosto eu podia ver todo o cinismo, a espera de uma resposta minha, a espera de um deslize meu.

- Bem... como posso responder a sua pergunta... Ah, sim! Eu reagir normal!! – sorri cínico para ele.

- Como assim normal?! – outro repórter me perguntou.

- Simplesmente normal! Oras! Mas por que a pergunta?! Alias, por que tanto interesse no filho do governador?! – dessa vez sou eu que pergunto.

- Então você já conhece o filho do governador? – outro reporte curioso pergunta.

- Bom, pessoalmente nunca nos falamos, o que posso te dizer é que... ele é um bom rapaz e já foi a muitos eventos beneficentes realizados por minha ONG, junto com seu pai, mas contato mesmo, nunca tive nenhum... Mas se vocês quiserem saber de algo melhor, o ideal seria perguntar para o próprio Mauricio! Não é esse o nome dele?! Acho que sim! – termino de falar e logo começo a me direcionar para a entrada do restaurante.

- Angel!! Angel! Mais uma pergunta!!! – me viro para os repórteres e resolvo me manifestar, e sorridente falo:

- Olha pessoal... Sei que é o trabalho de vocês correrem atrás de celebridades e descobrirem coisas sobre elas, mas vou dizer a todos... Eu amo meu marido! Eu confio no meu marido! Eu sou pai de cinco filhos, e infelizmente meu trabalho, às vezes, toma muito do meu tempo, assim como acho que acontece com alguns de vocês, que já são pais ou mães, sei que tenho que fazer viagens e ficar afastado deles, mas eu sei que vocês entendem meu lado... eu tenho que sustentar uma família, assim como vocês; tenho que pagar funcionários que também têm suas famílias... e estou morrendo de fome, pois acabei de atravessar o atlântico... então, se vocês me permitirem, eu vou entrar nesse restaurante agora, e jantar ao lado do meu marido! Tudo bem para vocês?! – todos ali estavam com a cara no chão, pois acho que eles esperavam outra reação minha, e não um tapa de luva, olho para meu marido, que também estava muito abismado – Boa noite a todos!! – cumprimento a todos e finalmente entro no restaurante.

Por onde passávamos os olhares eram certeiros e os cochichos também. Todos estavam com seus celulares nas mãos, lendo coisas, que acho já estar no ar.

- Boa noite meu querido Angel!! Guilherme!! – o próprio dono do restaurante veio nos receber, cumprimentando primeiro a mim e depois a Guilherme, que nunca gostou de Vinicius, por achar que ele tem uma queda por mim.

- Boa noite Vinicius! – aperto a sua mão e logo depois ele aperta a de Guilherme, que estava com sua carranca.

Vinicius nos leva até uma mesa e logo nos oferece uma bebida por conta da casa.

- Obrigado pelo vinho Vini! – agradeço e logo depois ele nos deixa.

- Não a de que! Você é meu cliente vip!

- Vini?! – Guilherme pergunta com sua sobrancelha levantada, logo após Vinicius nos deixar a sós.

- Nem começa Guilherme!! Estou por aqui com você!! – faço gesto de cansaço e suspiro forte. Ele não fala nada. Passam-se alguns minutos com nós dois em silêncio, até que...

- Boa noite! Desculpe interrompermos o jantar de vocês é que eu e meu esposo, somos muito seus fãs Angel! E queríamos saber... será que você se importa de tirar uma selfie conosco?! – a moça que aparentava ter uns vinte e cinco anos, era muito bonita e vestia roupas elegantes, seu marido aparentava já ter passado dos quarenta, e estava bastante sem jeito, ou de má vontade.

- Claro! Claro que posso! Você quer como?! – pergunto.

- Assim!! – a moça se agarra em mim e logo começa a tirar fotos. Olho rapidamente para Gui e percebo que ele não estava gostando nada daquela situação. A moça termina de tirar suas fotos e logo volta para seu lugar com seu marido.

Volto a me sentar e logo o garçom aparece e fazemos nosso pedido. Primeiro chega a nossa entrada, logo depois o prato principal e por ultimo a sobremesa. Comemos, bebemos e Guilherme fez questão de pagar a conta, que Vinicius insistia em não cobrar, já que ele era muito fã meu.

Saímos do restaurante e poucas palavras eram trocadas por nós dois. Olho para fora do carro e fico vendo a paisagem.

- Você não vai falar comigo?! – Guilherme pergunta.

Me viro em sua direção.

- Eu é que queria saber se você não iria falar comigo... se iria passar a noite com a cara amarrada, com ciúmes até da minha sombra?! – fui sarcástico.

- Porra Lucas! Nem jantar a gente pode, que tem a droga de um fã para atrapalhar!! Fora aquele tal Vinicius, que é doidinho para comer você! E você não percebe!!! – o rosto dele estava vermelho.

- Baixa a tua bola ai, que eu não fiquei nervoso ou gritei com você por que você tava passeando pelo shopping com o filho do governador, não!!! – também estava furioso agora.

- Você não sabe o que realmente aconteceu!! – ele esbraveja.

- E nem quero saber!! – respondo firme e viro minha cara para o lado.

- Como não?! – ele diminui o tom.

- Olha Guilherme, pega o caminho da casa de seus pais, que muito ver meus filhos! – falo sem olhar para ele.

- Nossos filhos!! – ele corrige minha fala.

- Que seja! Agora por favor... nos leve até a casa de seus pais! – peço novamente.

- Tudo bem! – ele suspira fundo e um longo silêncio volta a se instalar entre nós. A viagem a caminho da casa de meus sogros fora longa e silenciosamente dolorosa.

Chegamos a casa de seus pais e logo desço e sigo em direção a mansão.

- Olá Angel querido!!! – Gustavo de repente aparece na sala, descendo as escadas. Eu nunca gostei dele, desde o dia em que ele tentou estuprar.

- Oi Gustavo! – Guilherme o responde, ao entrar em casa.

- Olá maninho! Como vai?! Aposto que vieram atrás dos pestinhas!? Estou certo?! – ele tinha um humor negro.

- Onde estão meus filhos Gustavo?! – pergunto sem muita paciência.

- Estão com meu pai! Na biblioteca! Agora ele não lembra mais que tem filho, depois que apareceram esses enjeitados que vocês adotaram como filho!! É meus netinhos para cá! Meus netinhos para lá... – ele falava dos meus filhos com cara de nojo.

- Deixa de besteiras Gustavo!!! – dr. Marcus de repente chega na sala, segurando Daniele nos braços, com Bruno e Ricardo logo atrás dele, e repreende o filho mais novo. – Eles são crianças! E precisam de carinho do vovô! Não é minha linda?! – meu sogro brinca com o narizinho de sua neta.

- É sim vovô! – Daniele responde sorridente.

Gustavo dar um longo suspiro e um sorrisinho sarcástico e logo volta para seu quarto, resmungando algo que não dar tempo de ouvir, já que meus filhos mais velhos correram até mim, me abraçando forte. O pulo que Daniele deu dos braços do avô foi incrivelmente rápido.

- Paizinho! Paizinho! Paizinho! Paizinho! Paizinho! Paizinho! – os três me abraçavam ao mesmo tempo.

- Estávamos morrendo de saudades do senhor... E o Bruno e o Ricardo ne deixavam eu assistir seus desfiles com ele pelo computador!! – Daniele, como sempre, fazendo suas fofocas.

- Isso não é verdade paizinho! – Bruno tenta se defender.

- É verdade sim! Eles também tavam tentando tirar o bloqueio do computador para poder ver mulheres peladas!!! – ela falou e correu para detrás de Guilherme, dando língua para os irmão, que lhe lançavam olhar de ódio.

- Isso é mesmo verdade!? – eu pergunto olhando para os dois.

- Não paizinho! Claro que não! – Bruno tenta se justificar.

- Não quero saber de ver meus filhos olhando porcarias na internet! Tão me ouvindo?! – olho para os dois.

- Tá paizinho... – Ricardo fala de cabeça baixa.

- Nós prometemos... – Bruno completa.

- Cadê os gêmeos?! – Guilherme pergunta. E o seu pai responde:

- Estão lá em cima, com as babás! – Dr. Marcus responde. – Vou lá buscar eles! – meu sogro vai atrás dos meus bebês.

Me volto para aonde estavam os três meninos e falo:

- Como vocês estão!? Estão fazendo o dever de casa direitinho?! Indo para a escola e tomando banho?! Hein, senhor Ricardo?!

- Estou sim paizinho! Tomo banho todos os dias!! – meu filho era metido a porquinho e foge do chuveiro, como o diabo foge da cruz.

- Lucas meu anjo! – Marrie vem descendo as escadas com Fernando nos braços, enquanto Dr. Marcus descia as escadas com Fernanda.

Sigo até onde eles estavam e dou um beijo em cada um dos meus bebês.

- Como meus tesouros estão?! Querem ir para casa?! Para onde o paizinho?! – os dois ficaram eufóricos, quando me viram.

Segurei cada um em meus braços e logo depois falei:

- Hoje eles vão dormi lá em casa Marrie! Para mim matar a saudade dos filhotes! – falo sorrindo para minha sogra, que olha de mim para o filho e fala:

- Mas você... você me pediu...

- Esquece o que eu pedir... Mas de qualquer forma, muito obrigado! – sorrio para minha sogra, que olhava para mim com tom de preocupação.

- Guilherme venha até aqui! No meu escritório! – Dr. Marcus chama o filho, e pelo seu tom, sei que a conversa vai ser séria.

- Bom, Marrie... eu queria pedir que você me disponibilizasse um de seus motoristas, para levar eu e as crianças para casa! Pode ser?!

- Você não vai esperar por meu filho?! – ela pergunta curiosa.

- Não... a conversa pode ser demorada e estou muito cansado... Por favor...

- Tudo bem... meu querido... tudo bem... – ela me olhava com cuidado.

- Vamos crianças! Vão pegar suas coisas...

- Mas por quê temos que ir paizinho?! – Dany pergunta curiosa.

- Porque o paizinho tá muito cansado da viagem, mas gostaria de passar um pouquinho com vocês! Eu não posso?! Você não tava com saudades de mim?!

- Tava sim! – ela me abraçou e logo correu para o segundo andar, para buscar suas coisas.

Fiquei com Marrie na sala a espera dos três e do motorista.

- Com licença dona Marrie, os carros já estão prontos! – avisa um dos motoristas.

- Ah, sim! Muito obrigado! Eles já estão indo! – Marrie explica e ele se retira.

- Então, você vai me dizer o que está acontecendo ou não?! – ela pergunta séria.

- Acho melhor você perguntar para seu filho Marrie! Acho melhor!

As crianças descem e logo abraçam a avó e seguem para fora, para onde estavam os carros esperando.

Pego os meus bebê e sigo para fora...

- Boa noite Marrie! – me despeço.

- Boa noite, meu querido! E Lucas... cuidado... Casamentos são sempre difíceis... Não pense que vai ser fácil sempre, que não vai!

- Eu sei Marrie... Eu sei... Mas é que... as vezes, seu filho... ele é impossível!

- Eu sei meu filho... eu sei... afinal de contas, eu sou casada com a versão mais velha e rabugenta dele! – ela fala rindo.

- Dr. Marcus não me parece ser rabugento! – afirmo.

- Acredite em mim... sou eu que estou casada com ele a mais de trinta anos!

- Se você diz... – dou de ombros. – Boa noite Marrie!!! – me despeço dela e sigo com os gêmeos para fora.

- Podemos ir! – falo para o motorista. Ele dar partida e logo vamos embora. Eu com os gêmeos num carro e os outros no outro carro.

O trajeto fora rápido e logo estávamos em casa. Agradeço os motoristas e logo depois vou ajeitar meus filhos para dormi.

- Boa noite!!! – beijo Daniele, a ultima que ponho na cama.

Sigo para meu quarto, entro no banheiro, retiro minhas roupas e entro no chuveiro, sentindo a água morna cair sobre meu corpo cansado. De repente começo a lembrar da forma como Guilherme me tratou dentro daquele carro e as primeiras lágrimas se misturam a água.... fico ali por um bom tempo... até que resolvo sair...

Termino de escovar os dentes e secar meus cabelos, visto meu pijama e vou para o quarto dos gêmeos, onde tinha uma cama, para que a babá pudesse descansar.

Dou uma ultima olhada para meus bebês, que dormiam como dois anjinhos, beijo a testa de cada um e vou me deitar...

- Boa noite... meus tesouros...





****





*Por Guilherme





Tinha acabado de chegar na casa dos meus pais, pois Lucas insistiu muito para ver nossos filhos. Tínhamos tido um momento maravilhoso na delegacia, fizemos amor, ou quase isso, então ele resolveu que queria ir jantar, mas porra, ele decidiu ir logo ao Vinicius! Ele sabe, que não gosto daquele chefe de meia tigela, metido a galã. Será que Lucas ainda não percebeu que aquele mané fica dando em cima dele de forma descara?!

Fiquei bravo. Fiquei mesmo! Mas porra... ela não colabora. Sabe que morro de ciúmes dele... – isso era o que tava pensando desde o momento que tivemos nossa primeira discussão dentro do carro. Ele faz sempre a mesma coisa, fica calado. É típico de Lucas, se ele tá muito chateado, fica calado.

Mas eis que eu percebi o meu erro... quando eu entrei naquele escritório...

- Tu é burro!? Ou tá fazendo cursinho?! – meu pai quase gritava comigo, foi só eu fechar as portas.

- O que foi que eu fiz!? – pergunto em minha defesa, mas havia esquecido que meu pai era um excelente juiz federal.

- Guilherme, Guilherme! Não ofenda a minha inteligência se fazendo de idiota! Você pensa que eu não vi a expressão de Lucas!? Pensa?! – ele estava alterado.

- Mas! Mas!

- Mas nada! Não criei filho meu para andar por ai como um vadio imbecil! Já basta seu irmão! Que é um vagabundo de marca maior!

- Mas pai... o que foi que eu fiz?! - ainda estava confuso.

- Um monte de merda Guilherme! Um monte de merda!

- Mas pai... eu tinha que ter ajudado o rapaz! Eu o atropelei! – saio em minha defesa.

- E fez muito bem! Era mesmo seu dever, socorre-lo, leva-lo ao shopping, leva-lo para comer no meio de uma multidão de pessoas, deixar que ele limpasse a sua boquinha como se você fosse um bebezinho indefeso... – meu pai estava sendo irônico, e ele nunca é irônico, pois isso é marca da minha mãe. – Me poupe e me economize Guilherme!!! – ele estava muito exaltado.

- Pai... eu... eu...

- Eu vi! Eu vi Guilherme! Os telefones do tribunal não parava! O Twitter não parava, o sites de fofoca não paravam! Agora me responda uma coisa... Mas não ouse mentir para seu pai... tá me ouvindo...?

- O que o senhor quer saber?!

- Você comeu esse garoto!? Esse filho do governador!?? – meu queixo caiu, nunca vi meu pai sendo tão direto assim na vida.

- PAI!!

- RESPONDA GUILHERME! EU TE FIZ UMA SIMPLES PERGUNTA!! E NÃO ADIANTA MENTIR... POIS EU ME LEMBRO QUANDO VOCÊ NAMORAVA A AMANDA CHRISTINA E VIVIA BOTANDO CHIFRES NA GAROTA!! ANDA! ME RESPONDA!!??? – Dessa vez a voz de Dr. Marcus saiu mais alterada, ele tava vermelho de raiva, como eu nunca tinha visto na minha vida.

- MAS O QUE SIGNIFICA ESSA GRITARIA TODA?!! – minha mãe entra com tudo no escritório.

- Eu que estou perguntando a este irresponsável do seu filho, como ele, sendo tão inteligente, fez uma merda dessas?!

- Marcus!! Que palavras são essas?! Isso é modo de falar com nosso filho!!! – mamãe tenta repreender meu pai, mas o simples olhar enfurecido dele, fez ela recuar rapidamente.

- Ah!!! Marrie, não ouse defender Guilherme agora!!! Pelo amor de Deus! Eu tô tentando botar a porra de um pouco de juízo na cabeça desse idiota!

- Eu não o estou defendendo Marcus! Mas por favor... olha como você está?! Do jeito que tá gritando acho que até os vizinhos já ouviram você!

- Desculpe... – meu pai suspirava forte, como se buscasse no oxigênio uma forma de se acalmar.

- Tudo bem... pai... – falo com medo, pois é, pela primeira vez tava com medo de meu pai, pois ele nunca gritara comigo daquela forma antes.

- Mas você ainda não me respondeu, você transou com aquele garoto!? – ele foi incisivo.

- Marcus!!! – minha mãe tenta mais uma vez repreende-lo.

- Fica quieta Marrie!! Tô falando com seu filho!! – Mamãe fica de boca fechada, de uma hora para outra. – Anda Guilherme!! Me responda!!

- Não! Nunca encostei um dedo naquele rapaz! E não, nunca trair Lucas! E isso nunca passou pela minha cabeça... Pois eu amo pai!! Eu amo muito!!! – as ultimas palavras vinham ao amargo sabor das lágrimas.

Meu pai estava agora, bem próximo de mim. Ele segura firme no meu queixo, olha dentro dos meus olhos e pergunta sério:

- E qual foi a merda que você agora!? Antes de chegarem aqui?!

- Nós discutimos feio... – falo sem jeito e levo um belo tabefe da minha mãe. – Aiiiiii!!!

- Seu irresponsável!!! Tá com a cabeça onde!!? Hein!? – minha mãe torcia minha orelha, como se eu fosse um moleque de oito anos.

- Ai mãe! Tá doendo!!! – eu reclamo.

- E é pra doer mesmo!! Então é por isso que ele não quis te esperar... é por isso que ele resolveu ir embora sozinho com as crianças!!!

- COMO É QUE É?! – me viro em direção a minha mãe.

- Isso mesmo que você acabou de ouvir Guilherme, seu precioso marido foi embora, sozinho! E sabe do que mais, ele tinha me pedido, lá no aeroporto, que eu pegasse as crianças e trouxesse elas para cá, para vocês terem a casa só pra vocês... mas o que você faz... discute com ele!!! Pelo amor de Deus meu filho...

Baixo minha cabeça ao me dar conta do tamanho da burrada, que acabei fazendo logo cedo...

- Acho que eu fiz merda!! – finalmente caio em mim.

- Uma bem grande! – meu pai completa.

- Vai lá filho... corre atrás do prejuízo... – minha mãe põe a mão em meu ombro e logo depois me abraça.

- Quero falar um negocio a sós com nosso filho! – meu pai fala e minha mãe se retira.

- Olha filho... compra umas flores... algo que seja muito especial para ele... e vai por mim, nada de chocolate ou algo comestível, esse povo da moda não come!

- Tá pai! Muito obrigado...

- Ah... e ia me esquecendo... Se tu não marcar presença, tu acaba abrindo mão pra concorrência!! – ele pisca para mim e fico sem entender.

- Simples meu filho... se tu não souber tratar seu companheiro... vai aparecer um lindo médico vestido de branco, todo bonitão, romântico e bom de lábia... e páh! Vai levar Lucas de você! – meu pai me abraçou e me deu dois tapinha nas costas.

- Que história é essa de médico vestido de branco?! – não tava entendendo nada.

- Depois eu te conto! Agora vai lá! E incendeia aquela casa! – meu pai me deixa sozinho no escritório pensando em tudo que tinha feito até ali.

Pego minhas chaves do bolso, meu celular e entro na internet a procura de uma floricultura aberta na Cidade do Rio aquela hora da noite, procuro, procuro... até que finalmente acabo encontrando...

Entro no meu carro, dou a partida e corro até a floricultura, que o GPS me indicava...

Estava eufórico, estava preocupado... meu corpo todo pinicava de nervosismo...

Chego na floricultura indicada e compro um buquê grande de rosas brancas, que sei, ser as preferidas de Lucas, por causa do nosso casamento. Pego o ramalhete e depois de pagar saio disparado no sentido de casa...

Quando de repente....

- Pah.... – o zumbido gerando pelo impacto invadia meus ouvidos, o sangue lavava minha camisa, enquanto meu carro capotava três vezes... vidro estilhaçado, e meu coração em pânico... até que a escuridão toma conta de tudo...

- Lucas.... eu... te amo... – apago.





*Continua....





VOTEM E COMENTEM...

MUITO OBRIGADO!





Em memória de:

- Raphael Martins Soares (*1981 – 1998)

- Guilherme de Albuquerque Silva (*1983 – 1998)

- Lucas Fontenele Soares Fonseca (*1981 – 1998)


"Ao quarteto Fantástico... Aqueles eram tempos de verão e alegria, nós éramos jovens e livres... mas a morte é poderosa... Eu vivi... e lembrando de nossa promessa, digo: Estaremos sempre lá esperando por você..."


*Obrigado meus amigos... sei que já fazem algumas décadas e era pra mim esta junto com vocês aí, quando aquele carro bateu e capotou, mas saibam que hoje estou com quase quarenta anos, mas não se preocupem... pois eu continuo LIVRE!

Kaius Cruz ( *1980 - )

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