O DELEGADO E O MODELO (Livro...

By KaiusCruz

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Preparem-se pois a segunda parte de nossa surpreendente história de amor vai começar... Preparem seus cor... More

INTRODUÇÃO
PRÓLOGO
CAP.: 01 - ENCONTROS, REENCONTROS E SURPRESAS
CAP.: 02 - CONFLITOS
CAP.: 03 - FILHOS
CAP.: 04 - CONVIVÊNCIA
AVISO DE GRUPO WATSAPP
CAP.: 05 - DESAPARECIDO
CAP.: 06 - APOLLO
CAP.: 07 - OS GÊMEOS E AS AVENTURAS DE BRUNO E FELIPE EM SEXLAND
CAP.: 08 - CAVEIRA
CAP.: 09 - QUEDA
CAP.: 10 - TROPICAL E EQUATORIAL
BÔNUS : MOULIN ROUGE - AMOR EM VERMELHO
CAP.: 11 - PARADISE
AVISO
CAP.: 13 - DÉJÀ VU
CAP.: 14 - DESAFIOS
CAP.: 15 - CLOSER: PERTO DEMAIS
CAP.: 16 - IMPACTO PROFUNDO
AGRADECIMENTOS
ADQUIRA JÁ SEU EXEMPLAR OU LEIA DE GRAÇA NA AMAZON!

CAP.: 12 - DESAPARECIDOS

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By KaiusCruz

        "Encontrar o amor nunca foi fácil, e talvez nunca seja, talvez por que temos a mania de fugir dele. Muitas vezes, a pessoa amada está bem na nossa frente, mas somos tão cegos que nem percebemos a verdade, que não notamos o destino e o tempo, nos dando a oportunidade de amar e ser felizes de verdade. Abrir os olhos para a verdade, pode ser a tarefa mais difícil, que o homem em busca do amor pode ter... mas a verdade... a verdade... é que ela sempre vem. O amor é como a necessidade de água... cedo ou tarde, você terá a necessidade de toma-lo..."






(Kaius Cruz)


** Assistam ao videoclipe, pois a musica diz muito do que vai rolar no capitulo.**


*Por Apollo





Nunca pensei que seria capaz de me sentir tão completo, tão realizado nos braços de um homem, que não fosse Guilherme, mas tenho que confessar algo, muito embora eu nunca tenha feito sexo com Guilherme, tenho certeza, que ele nem se compara a Caveira, aliás, acho que nenhum outro homem se compara ao meu Caveira. Tudo bem que ele é muito bruto, mas tenho que ser franco... Eu adoro isso nele, a forma ele me segura firme, como ele puxa meus cabelos, a forma bruta como ele e fode, sim, Caveira não faz amor, ele me fode e o que é melhor me fode por completo.

Fico todo dolorido e muitas vezes literalmente arrombado, mas reclamar para quê? Se é disso que eu gosto... não sou nenhum tipo de masoquista ou sado, mas com ele eu descobrir uma coisa, adoro homens brutos, com jeito, pegada e cheiro de macho.

E Caveira definitivamente é macho, até me comendo ele deixa claro que ele é o macho e que eu vou ser para sempre sua fêmea. Se eu me importo com isso? Definitivamente não! Não sei se é amor... ainda, mas uma coisa é fato, gosto muito dele. E se meu destino é viver para sempre no meio dessa floresta, que seja com ele, ao lado dele... sentindo ele me invadindo e me possuindo todos os dias.

Ele tem o jeitão de militar mandão dele, mas até que ele fica bem sexy e charmoso. Amo a forma como ele provem nosso acampamento, como todos os dias ele dar um jeito de melhorar nossa situação aqui. Ele caça, nos protege, e de vez em quando, mata algum bicho perigoso ou peçonhento que tenho medo. Além de ser pai de um garoto incrível, o Junior. Que é um menino carinhoso, gentil e muito corajoso, mesmo com o autismo ele consegue se virar muito bem na floresta, ajudando o pai nas tarefas em que não sou muito bom.

E por falar em Junior, eis que ele nos pegou, eu e o pai dele no flagra, quer dizer, quase no flagra, pois fui rápido e logo cobri nossos corpos nus com os lençóis improvisados.

- Pai?! Seu Apollo?! Vocês... Vocês... – era Junior, que tinha invadido a barraca de uma vez, e pegando eu e o pai dele, todo suado e completamente nus.... Ele parecia confuso, sem entender nada... – O que vocês estão fazendo??

Por que vocês estão pelados?!

Eram muitas perguntas e dúvidas em seu rostinho infanto-juvenil. Olho para Caveira, que me encara e fala:

- Junior... Bem... Eu, seu pai e o promotor aqui... bom...

- O que pai?! – ele pergunta nervoso.

- Eu e o Apollo aqui... Bom... Eu e ele, nós dois... estamos juntos! – Caveira fala de uma vez e dessa vez sou eu quem me espanto:

- NÓS O QUÊ!!?? – estava surpreso.

Caveira se vira para mim e declara novamente:

- Estamos juntos, oras! Agora você é meu!! Entendeu?! – ele falava sem nem ao menos pestanejar.

- Juntos... Como assim?! – Junior continuava sem entender nada.

- É simples meu filho... Eu e o promotor aqui estamos juntos como se fossemos namorados! Como se fossemos marido e mulher... Entendeu agora?!

- Ah... – Junior demora um pouco para entender, mas logo volta a si – Quer dizer que seu Apollo é sua namorada papai?!

- Exatamente!!

- Mas é claro que não!! – Interfiro rápido.

- Como não Apollo?! Acabamos de fazer amor...? – Caveira fala rápido.

- Eu não sou sua namorada!! E muito menos sua mulher!! – falo nervoso, revoltado.

Mas não tivemos tempo de discutir, pois simplesmente Junior se jogou em cima de mim, me abraçando e me beijando de forma desajeitada.

- Quer dizer... que você e meu pai... vocês vão casar?! Vamos ser uma família para sempre?! E você vai me ensinar a ler e escrever histórias?! – ele estava eufórico e nem ligava para o fato de eu está completamente nu e que eu e seu pai estávamos juntos. A sua pureza era a coisa que mais me encantava, pois ele não tinha preconceito nenhum... seus olhos eram limpos de ódio e rancor, pois para ele... o que mais importava era a família que eu e o pai dele poderíamos formar...

Seguro ele nos meus braços e olhando em seus olhos, pergunto:

- Quer dizer... que você não se importa... de eu e seu pai...? Da gente... ficar juntos?! – pergunto meio sem jeito.

Ele apenas sorrir e então pergunta:

- Por que eu me importaria?! Se vou ter dois pais?! Um pai fortão e um pai super, mega inteligente!!! – diz ele eufórico.

Essa até eu me surpreendi... Nunca imaginei esse tipo de reação...

- Pois é filhão... Agora o pai fortão aqui e o pai inteligente precisam se vestir e ir tomar um banho... então dar no pé!

- Tá bom! Vou ali ver as armadilhas que coloquei pra pegar os passarinhos!! – ele fala animado.

Ele sai e logo depois eu e Caveira saímos em direção ao riacho... Tomamos banho e ele como sempre, querendo mais... Mas eu não aguentava mais, estava morto.

- Para Gabriel!! Que fogo é esse homem?! – falo meio irritado.

- Oras!? É vontade de te comer!!! Tô com muita vontade... Anda!! – ele insiste.

- Não! Não dar mais... a gente já fez muito... Você não cansa não homem?!

- Claro que não! Anda! Vamos fazer mais!!! – ele insiste tentando me agarrar. – Para Caveira!!! – De repente ele para de tentar me agarrar...

- O que foi?! – pergunto sem intender nada. – Por que parou?! Não quer mais?! – me viro para ele.

- Shiiiii...

- O que foi Caveira?! – pergunto nervoso.

- Cala a boca Apollo!!! – ele pede sério e eu me calo. – Tá ouvindo?! Você também ouviu isso?!

- Isso o que Caveira?! – estava nervoso, principalmente porque ele havia me mandado calar a boca.

- O barulho de avião... é um helicóptero Apollo!!! Um helicóptero!!! – fala animado.

Saímos correndo do riacho e colocamos nossas roupas as pressas...

- Meu Deus! Será?!!

- Corre Apollo! Corre... temos que ascender a fogueira, fazer sinal de fumaça forte... para que possam nos ver...

- Tá certo!! – corremos o mais rápido possível, e quando chegamos no acampamento, eis que uma imensa fogueira estava erguida e ao seu lado estava Junior, com um lindo sorriso no rosto...

Nos aproximamos, ele me abraça forte e chorando... fala...

- Vamos para casa!!! Vamos para casa... pai... – ele fala me abraçando, e pude ver o quão emocionado ele estava.

O barulho emitido pelo motor do helicóptero estava cada vez mais próximo... e mais perto... até que finalmente ele começa voar em circulo ao nosso redor...

- Estamos indo de volta pra casa... – sussurro no ouvido de Junior.





****





"- Estamos todos aqui... no aeroporto a espera do promotor Federal Apollo Aires Braga de Oliveira... que estava desaparecido em meio a floresta Amazônica a vários meses... – Falava uma repórter pela televisão. – Junto com ele estavam um homem e um rapaz de aproximadamente quatorze anos... todos vitimas de um acidente com um avião monomotor..." – eram vários jornalistas na porta do saguão do aeroporto a minha espera...

Saio do saguão junto com Caveira e Junior. Tento a todo custo fugir da imprensa... Lucas e Guilherme vieram me buscar...

Saio pelo portão e tento ir até eles, mas eis que algo acontece...

- Major Gabriel Novaes Fonseca...? – alguns homens fardados abordam Caveira, eu estava segurando a mão de Junior, quando isso aconteceu...

Vou até eles e pergunto:

- Mas o que está acontecendo aqui?!

Um homem que usava óculos escuros me encara e fala imponente:

- Eu me chamo Coronel Martins! Sou da policia interna do exercito brasileiro! – ele se volta para Caveira – E o senhor está preso pelo crime de deserção!!! – tudo acontece muito rápido. Caveira é algemado no meio de todos aqueles repórteres e câmeras e Junior ao ver o pai sendo levado começa a gritar e chorar desesperado... Dor e sofrimento marcava minha volta para casa...

- PAI!!? PAI!? PARA ONDE ESSES HOMENS ESTÃO TE LEVANDO!?!! PAPAI!!! PAPAI... NÃO ME DEIXE!!! – Junior gritava e chorava. Enquanto seu pai olhava para mim...

- CUIDA DELE APOLLO!!! CUIDA DO NOSSO FILHO!!! – ele grita e logo e colocado dentro de uma viatura com as cores e as armas das forças armadas brasileiras.

- Para onde estão levando meu pai seu Apollo?! Para onde?! – Junior pergunta chorando e os flashes e perguntas recaem sobre mim. Tento fugir com ele dali, mas a multidão ao redor não dar muito espaço para isso.

Não conseguimos nos mover, pois os repórteres não dão espaço... Junior já estava em pânico e se tremia muito, como se estivesse no meio de um ataque epilético.

De repente ele cai no chão e começa a se debater forte... uma espécie de baba espumosa começa a sair de sua boca... Ali meu desespero que já estava grande aumentou, então dei um grito:

- SOCORRO!!! ALGUÉM ME AJUDA!!! ELE TÁ MORRENDO!!! – um circulo de pessoas se formam ao redor de mim e de Junior, que se debate no chão, como se estivesse possuído por algum tipo de força ou singularidade sobrenatural.

- Saiam da frente! Saiam! Eu sou médico... – um homem de uns quarenta e cinco anos se aproxima rapidamente, se ajoelha ao lado do meu menino, o examina rápido e olhando para mim ele fala agoniado...

- Ele tá tendo uma convulsão!! Não vai aguentar por muito tempo... temos que leva-lo a um hospital urgente!!!

- Vamos!!! Me ajudem!!! – Lucas e Guilherme, que estavam ali perto correm e Guilherme pega Junior com a ajuda do médico e o leva até o carro dele...

Entramos todos, eu vou tentando acalmar Junior, enquanto Guilherme dirige apressado e Lucas liga para a emergência mais próxima de nós...

Como Guilherme estava usando a sirene da polícia foi fácil atravessar o transito caótico do Rio de Janeiro... e logo chegamos ao hospital... Como era uma unidade particular... logo que entramos fui logo falando:

- Eu me chamo Apollo Aires Braga de Oliveira, promotor federal deste estado! Exijo que esse rapaz seja atendido o mais rápido possível!!! – mostro minha credenciais para confirmar, pois estava muito aflito.

- Tudo bem senhor!!! – a médica fala nervosa. – Vamos pessoal!! Vamos é um caso grave de convulsão!! Temos que imobilizá-lo e seda-lo!

Eles levam ele para dentro e me impedem de prosseguir junto.

- O senhor fica aqui! – ordena um dos médicos.

Logo que Junior desaparece das minhas vistas pego o celular de Guilherme e faço algumas ligações...

- Verifique onde fica a prisão militar dele e também um advogado! O melhor na área criminal e militar... que Gabriel livre em menos de vinte quatro horas!!! – ordenava pelo telefone os meus assessores.

- Verifique também quem é o juiz militar que está cuidando desta questão... Quero contato direto com ele!!! Ok?! Também quero acesso total ao processo! Peçam para que o ministério público federal auxilie no julgamento deste caso... faça questão de ser bem enfático!

- Não tem mais e nem meio mais... – meu assessor anota tudo e logo desligo.

- Fica calmo Apollo!! – Guilherme toca em meu ombro tentado me acalmar, pois eu tava uma pilha de nervos.

- Não tem como meu amigo!! Não tem!!

- Anda... vamos nos sentar... pois só nos resta esperar... – dessa vez é Lucas quem me puxa, me levando para o banco de espera daquela sala solitária e desoladora.

Foram quase duas horas de pura angustia, até que o médico aparece...

- Anda doutor... Diga logo! Ele está bem!? O menino está bem?! – a cara do médico não era nada boa.

- Infelizmente não tem como eu lhe dizer...

- Como assim doutor?! – Guilherme interfere.

- O menino Junior entrou em coma e durante o processo de contenção ele teve algumas paradas cardiorrespiratória.... Ele teve um surto seguido de uma convulsão forte e além da forte queda de pressão devido as emoções fortes que ele sentira... – o homem de branco explicava de forma lacônica o prognostico de Gabriel Junior, filho único de Caveira, que neste momento está numa prisão militar...

- E agora doutor?! O que vamos fazer?! – pergunto nervoso.

- Infelizmente o jeito é esperar... Eu sinto muito... fizemos tudo que podíamos... – ele toca em meu ombro e logo depois se retira.

Puxo ele pelo jaleco e pergunto:

- Posso vê-lo, pelo menos?!

- Não! Só poderá vê-lo amanhã... ok?! A minha sugestão é que o senhor vá para casa, tome um bom banho e descanse... e não se preocupe, pois ele está em boas mãos... – Ele sai me deixando cada vez mais angustiado.

De repente o celular de Guilherme toca...

- É para você Apollo!! – ele me entrega o celular.

- Oi!? Pode falar...

- Então senhor... pelo que pudemos entender, a coisa parece ser bem grave! Pesa sobre o senhor Gabriel Novaes sérias acusações, inclusive a de traição! – falava o meu assessor do outro lado da linha.

- Como assim?!

- Ao que parece... o senhor Gabriel abandonou o exército brasileiro para se juntar com as forças revolucionarias da Colômbia... o que torna ele criminoso em diversas modalidades do código penal e militar...

- E o juiz?!

- Ai é que a coisa piora senhor...

- Como assim?! Como é que piora?!

- Ele será condenado por deserção, abandono de posto militar, crimes de traição, trafico de entorpecente, formação de quadrilha, associação para o crime, formação de guerrilha e crime contra a segurança nacional... além de outros que estão arrolados em seu extenso processo senhor... A coisa, pelo visto, vai lhe render pelos menos uns quinze anos de prisão... senhor!!! – o meu assessor explica o processo de forma suscita.

- Entendo... Mas faça como lhe pedir! Ok!? Aliás, você já o localizou? Sabe para onde ele foi levado?

- Sei sim! Ele está preso no quartel do exército, que fica na zona leste da cidade!

- Muito obrigado! Agora faça o que te pedir, por favor e compre um celular novo para mim... daqui a pouco nos encontramos no tal quartel... me espere lá! Só vou tomar banho e trocar de roupas!

- Tudo bem senhor... farei isso!!!

- Muito obrigado!! Tchau!

Apollo desliga a chamada e entrega o celular para Guilherme.

- Vocês poderiam me levar até meu apartamento!? Preciso tomar um bom banho, tirar essa barba e trocar de roupas... pois vou ter que enfrentar um senhor juiz militar...

- Claro Apollo!!! Vamos!





        

****





Guilherme e Angel levam Apollo para sua casa, ele toma banho, retira a barba e veste um terno imponente. Sai vestido para matar...

- Vamos?!

Eles voltam a entrar no carro e Guilherme resolve ajudar me ajudar, me levando até o quartel onde Caveira estava sendo mantido preso.

- Me explica o que tá acontecendo Apollo... não tô entendendo nada! – Guilherme pergunta.

- É uma história longa demais para ser contada agora meu amigo... muito longa...

- Tudo bem então...

A viagem toda é feita em silencio, com Guilherme e Lucas a todo momento trocando olhares, pensando que eu não estava percebendo.

A aflição e a dor dominam meu coração, minha mente e minha alma. Mas graças a Deus chegamos no quartel. Desço e me despeço dele, pois teriam cada um seus compromissos.

Sigo quartel a dentro e logo sou barrado por dois soldados que faziam a guarda...

- Parado ai senhor!! – um deles ordena. Retiro minha identificação do bolso e falo estressado:

- Saiam da minha frente, antes que eu der voz de prisão aos dois!!

- Me desculpe senhor promotor... – eles abrem passagem para eu passar e logo me dirijo ao setor administrativo.






****





Entro na sala e dou de cara com dois soldados altos e fortes, um deles, muito bonito por sinal. Eles me encaram firmes e um deles fala:

- Bom dia senhor! Em que posso ajuda-lo?!

- Bom dia! Sou o promotor federal Apollo Aires Braga e gostaria de ser levado ao seu superior... Ele tá com um prisioneiro que deveria está sob custodia da justiça federal do Estado do Rio de Janeiro!

- Por aqui senhor! – um deles pede para que eu o siga. Logo que ele para de frente para uma das muitas portas que estava ali e fala:

- Essa é a sala correta senhor! Pode entrar... o coronel já está a sua espera...

- Muito obrigado soldado! – falo estendendo a mão. Ele me olha nos olhos e logo depois me olha de cima abaixo e sorri safado ao apertar a minha mão.

- De nada promotor... – fala com um leve sorriso e tom de voz malicioso. Puxo a minha mão e falo:

- Pode ir agora soldado...

Ele sai e logo entro na sala, e acabo dando de cara com o coronel e também com ele... o próprio Caveira.

- Bom dia Coronel!?

- Bom dia promotor... Está bem longe de casa... não acha?! – pergunta sério.

- Vim atrás de um certo prisioneiro... que deveria está sob responsabilidade do estado e da justiça federal... – Olho para Caveira, que me encara nos olhos e pergunta:

- Cadê Junior senhor promotor?!

- No hospital... infelizmente... – ele se levanta de uma vez e pergunta nervoso:

- Como no hospital?! Cadê o meu filho?! Como ele tá?! – fala me agitando forte, segurando-me pelos ombros.

- SOLDADO! SENTIDO!!! – grita o coronel e logo Caveira me larga e fica em posição de sentido.

- Descansar soldado!!

Caveira me olha suplicante e pergunta mais calmo:

- Me diz Apollo... me diz... o que aconteceu?! – sua voz estava embargada. Não conseguia olha-lo nos olhos, pois sabia, que mesmo bancando o durão, Caveira ama o filho.

- Ele... ele... depois que você foi preso, teve uma espécie de ataque convulsivo, seguido de uma queda de pressão e uma parada cardiorrespiratória... ele... ele... ele está em coma! No hospital!!

Ele cai de joelhos no chão abaixa a cabeça e pela primeira vez... pela primeira vez... eu o vi chorar, frágil, derrotado... parecia um leão que fora domado... Dava até pena. Olho para o coronel... e seu olhar me dizia que a coisa tava feia...

- Calma major... – o coronel saiu detrás de sua mesa imponente, segura firme no ombro de Caveira. – Levante-se soldado! – ele puxa ele pelo braço.

- É meu filho Coronel... meu único filho senhor... – ele chorava de joelhos. Sua dor era quase palpável.

- O senhor também é pai senhor... – falo, tentando apelar para o lado emocional do chefe daquele local. – Entenda ele... por favor... – praticamente imploro.

- Levante-se Major! Agora! Pegue suas coisas e vá ver seu filho soldado! Isso é uma ordem!

- Como?! – perguntamos em uníssono.

- Levante-se homem! Vá ver seu filho... eu sou pai... tenho filhos, vá em busca de seu filho... e se apresente aqui no quartel amanhã até o meio dia... E promotor... ele está sob sua responsabilidade legal... – fala olhando para mim com um olhar carregado de seriedade militar. – Agora passe nos alojamentos... pegue seu uniforme soldado!! – dar três tapinhas nas costas de Caveira. – Você não tá parecendo um soldado brasileiro... Anda soldado!!

Caveira levanta de uma vez, e faz um gesto inédito... Ele simplesmente abraça forte seu coronel e fala eufórico:

- Muito obrigado senhor!!

- Tá! Tá! Agora vai soldado... antes que eu me arrependa...

- Senhor! Sim, senhor!!! – Caveira bate continência.

- Dispensado major! – o coronel retribui a continência.

Eu e Caveira saímos do quartel e entramos em um táxi. Ele parecia diferente... passava as mãos direto no uniforme camuflado e esverdeado do exército, que por incrível que pareça caia muito bem nele, como se ele estivesse pulando de felicidade por estar usando aquele uniforme militar...

- Como você tá se sentindo... quer dizer... usando este uniforme novamente...

- Não sei... me sinto bem e ao mesmo tempo estranho... – depois disso ele fica em silêncio

E assim fomos até o hospital... entramos e logo seguimos para a sala de atendimento, onde o médico nos atendeu...

- Boa tarde doutor... Sou o pai de Gabriel Novaes Fonseca Junior! E gostaria de saber como ele está?

O médico explica tudo que havia me explicado antes, e também fala que Caveira não poderia ver o filho, pois o mesmo ainda estava na UTI e não poderia entrar no quarto para vê-lo, por motivos de segurança para a saúde do filho dele...

Caveira e eu saímos da sala do médico e seguimos para uma área externa do hospital, sentamos em um banco e ficamos em silêncio... era algo estranho... tê-lo ali, ao meu lado... no mais absoluto silêncio.

Pego em sua coxa e falo:

- Vamos para casa?! – já era fim de tarde.

Ele vira para mim, e eu pude ver lágrimas silenciosas em seus olhos marejados.

- Você acha que meu filho vai morrer? – suas palavras saíram perigosamente vacilante. – Ou que ele vai acordar um dia?

- Eu não sei... sinceramente...? Eu não sei mais de nada... Eu sinto muito... – nos encaramos por alguns minutos e voltamos a olhar para frente. Foram longos minutos assim... olhando para frente, para o nada, para um horizonte escuro e cheio de incertezas...





****





*Por Lucas





Graças a Deus ele fora encontrado, só não sabíamos que junto com ele encontraríamos um homem e um menino. Pois é, finalmente Apollo fora encontrado e já estava a caminho do Rio de Janeiro.

Eu e Guilherme estávamos mais aliviados com o fato dele ter sido encontrado vivo e aparentemente bem. Pelo que ouvimos no seu telefonema, ele fora ajudado por uma espécie de ex-militar, justamente o homem que ele fora buscar na Colômbia, um criminoso, que pertencia ao exercito brasileiro, o tal de Major Caveira...

Nunca tive nada contra Apollo, tirando o fato dele ser muito afim, quer dizer, apaixonado por Guilherme, que de lerdo, nunca percebeu as olhadas que recebia dele. Mas ele me ajudou muito com a adoção das crianças, além de ser bastante respeitador. Então eu meio que fui deixando isso para lá.

Me lembro que das poucas vezes que chegamos a conversar, ele se mostrou bastante compreensivo e complacente. Ele não era uma má pessoa, apenas era apaixonado pelo meu homem.

Os dias passaram, e logo eles chegaram no Rio de Janeiro. Eu e Guilherme fomos busca-lo no aeroporto, mas ele não estava sozinho. Estava acompanhado de um rapaz de aproximadamente uns quinze anos e um homem muito, mas muito alto e todo fortão, o cara devia ter pelo menos uns dois metros de altura, parecia um monstro, além de que, se destacava no meio da multidão.

Ambos estavam barbudos e extremamente queimados do sol, que pegaram esses dias no meio da floresta. Ao olhar para Apollo, logo notei que tinha algo diferente nele, ele estava feliz... E não era por que tinha sido encontrado não... era algo diferente, pois seus olhos tinham um brilho diferente.

Mas a sua chegada, foi tão inesperada, quanto a prisão que ocorreu logo em seguida. O exercito brasileiro simplesmente apareceu do nada e deu voz de prisão ao tal Caveira, que fora levado do aeroporto quase que imediatamente sob fortes luzes de flashes e câmeras.

Ninguém tava entendendo nada, mas eis que outra surpresa ocorreu... o rapaz, que descobri ser o filho do tal Caveira, passou mal, muito mal.

Levamos ele imediatamente para um hospital particular próximo e lá ele fora internado em estado muito grave... O menino não estava nada bem, e pelo que Apollo relatou ao médico, o garoto, filho de Caveira possuía uma necessidade especial, pelo que eu e Guilherme entendemos, ele era autista e perdera sua mãe na hora de seu parto. Ou seja, era órfão, só tendo o pai de família...

Nunca tinha visto Apollo tão desesperado... Tudo bem que não nos conhecemos muito, mas uma coisa é fato, ele não era o mesmo Apolo de antes, agora ele estava diferente, não era aquele Apollo inseguro, calado, que tinha medo das coisas de enfrentar as pessoas.

Ele tava com uma postura mais séria, mais firme em relação as outras pessoas...

Eu e Guilherme ajudamos no que podíamos ajudar, afinal de contas, ele era amigo da família e estava sem ninguém por ele. A família dele, que havia desistido de procura-lo, já estavam vindo de São Paulo para o Rio, assim que descobriram sobre a sua volta para casa.

Deixamos ele numa espécie de quartel, onde ele iria ver o tal Caveira e voltamos para casa.

- O que você acha que aconteceu com eles no meio daquela floresta Guilherme?! – pergunto já dentro do carro a caminho de casa.

- Sinceramente? Não faço a mínima ideia.... – Guilherme parecia pensativo. – Só sei de uma coisa... Tempos difíceis virão por ai.... e espero que meu amigo Apollo esteja preparado...

- Como assim...?

- Acho que meu amigo... acho que ele e esse Caveira... tiveram alguma coisa nesses meses todos que passaram desaparecidos...

- Você acha que eles... que eles... tiveram alguma coisa enquanto estavam perdidos?!

- Eu tenho quase certeza! Mas vamos deixar isso para lá... e nos preparar para ajudar nosso amigo! Afinal de contas, ele também nos ajudou muito, quando tivemos que adotar as crianças... nossos filhos!

- É verdade...

Chegamos em casa e a família toda estava reunida atrás de informações. Explicamos tudo, nos mínimos detalhes e logo Dr. Marcus entrou no páreo, fez algumas ligações para juízes que eram seus amigos e logo depois falou com o próprio Apollo....





****





        

*Por Apollo





Os dias passavam rápido, cada vez mais rápido e nada de Junior melhorar. Ele ainda estava na mesma, em coma, graças a Deus nenhum de seus órgãos foram atingidos pela convulsão, mas infelizmente seu cérebro parece não querer responder a nenhum estimulo.

Eu ia vê-lo todos os dias, pois tinha desenvolvido por aquele garoto um sentimento estranho de carinho e cuidado, como se ele fosse meu parente, como se ele fosse meu próprio filho...

Temo pelo seu futuro, pelo futuro de seu pai. E por falar em seu pai, bom ele tinha autorização para ir ver o filho todos os dias, pelo menos isso.

Entrei com uma ação no juizado e ganhei a tutela e a curatela de Junior, enquanto ele estivesse internado e o pai dele sofrendo o julgamento no tribunal militar.

Não consegui muita coisa junto a justiça militar, mas contratei um excelente advogado especialista em direito militar para cuidar do caso de Caveira. O pai de Guilherme, Dr. Marcus também estava ajudando muito, fora ele quem conseguiu ajudar na apelação para que a prisão militar dele ficasse no sistema semiaberto.

Só uma coisa boa aconteceu neste meio período, foi o fato de Caveira poder ter reestabelecido sua patente, pelo menos para isso serviu o inquérito militar aberto a cerca de seu processo.

Graças ao advogado contratado, a maneira como a policia federal orquestrou sua prisão, fora considerada ilegal, os processos e acusações que pesavam sobre ele também perderam a validade, pois nada fora realmente comprovado ao seu respeito, as acusações de envolvimento com o trafico internacional de entorpecente também fora rechaçada, aja vista a falta de provas e alegações.

Outra coisa pesou muito a seu favor... a falta de testemunhas e documentos oficiais que comprovavam sua culpa aqui no Brasil. O advogado que contratei de fato era o melhor, pois no final das contas, o fato de ele ter conseguido salvar e manter seguro um promotor federal desta república, ajudou muito em como seu julgamento estava sendo conduzido.

No final das contas, ele acabou sendo julgado como Major e sua pena ficou restrita ao quartel por deserção.

Ele ficaria preso em regime semiaberto por um período de um ano mais ou menos, mas ainda iriamos recorrer desta sentença.

Tudo passava, mas Junior não acordava e todos já estávamos ficando preocupado.

- Como ele estar?! – Caveira estava me ligando do quartel.

- Na mesma... – suspiro forte.

- Quando você vai poder vir me ver novamente aqui na prisão do quartel?! Tô com saudades... – ele fala meio triste. – Precisando muito sentir o teu corpo e o teu cheiro novamente... – falava meio manhoso.

- Caveira... você sabe que não podemos! Você tá numa prisão militar... além do mais você sabe bem o por que?! Ou você se esqueceu, que você parece um leão no cio, quando estamos transando.

Ele bufa do outro lado da linha e resmunga:

- Tá com outro macho é?! Qual é o nome do sacana?! Hein?! Fala logo!!! – ele ordena furioso.

- Me respeite! Tá me ouvindo?! Não sou nenhuma puta para você tá fazendo esse tipo de comentário! Agora se me der licença, tenho que voltar ao trabalho! Passar bem!! – desligo o telefone furioso.

Não passa nem um minuto e meu celular volta a tocar, atendo e advinha... Era ele...

- O que você quer Gabriel?! – pergunto revirando os olhos – Quer me ofender novamente? É isso?!

- Que isso hein Apollo... tá bravo comigo é?! Pois só me chama pelo meu nome verdadeiro quando está bravo... – percebo que ele fala com mais paciência.

- Não estou com raiva... só preocupado com Juninho... e você me vem com essa de que eu arrumei outro homem?! Faça mil favor viu...

- Tá tudo bem... Desculpa!! – ele fala baixinho.

- O que você disse?! Não ouvir!? – me faço de desentendido.

- Me desculpa porra!! Me ouviu agora!! – Caveira nunca foi homem de pedir desculpas ou mesmo perdão.

- Tá Caveira... Amanhã eu paço ai para te ver... Mas nada de me pegar a força! Tá me entendendo?!

- Tá bom! Tá bom...

- Pois até amanhã... – falo.

- Até! – desligamos a chamada quase que ao mesmo tempo.

No outro dia fui visita-lo no quartel, ele era o único preso ali. Entro na sessão onde ficavam as celas e logo sou abordado por um soldado, que vivia ali, então já me conhecia, pois diariamente frequentava o quartel para buscar Caveira e leva-lo até o hospital.

- Bom dia! – falo cumprimentando o soldado de plantão.

- Bom dia senhor promotor.... – ele me cumprimenta sério.

Ele me leva até a cela de Caveira e este olha serio para ele e fala:

- Soldado... estou lhe dispensando de suas funções por enquanto... pode sair e nos deixar a sós! Ok! – Caveira dava a ordem ao soldado, que prontamente atendeu:

- Sim senhor! Senhor! – faz continência e logo se retira.

Despois que o tal soldado saíra, tudo ocorreu muito rápido, quando vi já estava nu com Caveira em cima de mim e me invadindo.

Do jeitão dele, ou seja, nada romântico, ele me jogou na cama, me mandou ficar de quatro e fez o que mas gosto que ele faz, me fodeu de forma firme e forte.

Caveira não era um homem, vamos dizer... Romântico... e pra ser sincero, eu amo ele exatamente assim... com esse jeitão de macho bruto dele.

Ele como sempre me fez dele, como só ele sabia fazer... chupei ele até ele gozar, pois sei que ele adora e eu também...

Tínhamos acabado de fazer sexo, estávamos suado e respirando pesado. Eu como sempre estava deitado em cima de seu peito suado, sentindo seu cheiro, enquanto ele fazia carinho em meus cabelos loiros...

- Tô ficando viciado em você... Sabia?! – ele fala e beija o topo da minha cabeça. Era sempre assim, carinho dele, só depois da foda, porque durante o sexo mesmo, ele sempre adora é meter forte.

- É mesmo?!

- Tá duvidando de mim é?! – pergunta meio zangado.

- É claro que não! Seu bobo... – subo um pouco e tomo sua boca com um beijo calmo e gentil, que ele logo retribui.

Ficamos assim namorando por mais ou menos umas meia hora, até que eu e ele nos levantamos, tomamos um banho junto, ele vestiu novamente seu uniforme do exercito e logo depois seguimos em direção ao hospital...

Chegamos ao hospital e logo que nos registramos, eis que vamos para a sala de espera...

- Pai?! – pergunto incrédulo, pois jamais imaginei ver meu pai aqui, no mesmo hospital que Junior estava internado.

- Oi filho... a quanto tempo?! – ele estava diferente, misterioso.

- Oi pai... – falo me aproximando lentamente – O que o senhor está fazendo aqui?!

- Viemos ver como nosso filho estava!! Não podemos?! – ele então me surpreende com um abraço forte. – Ah filho... ficamos com tanto medo de ter perdido você naquele terrível acidente... – ele fala chorando e pela primeira vez, sinto as lágrimas sinceras de meu pai escorrendo pelos meus ombros.

Saímos do abraço e ele olha para Caveira... são longos aqueles segundos em que eles passam se encarando...

- Então você é o major... que salvou meu filho?! – meu pai ainda estava emocionado.

- Sim. Sou eu!

- Muito prazer... – meu pai estende a mão para cumprimenta-lo.

- O prazer é todo meu... – Caveira aperta firme a mão de meu pai. Mas o silêncio que ali estava logo é quebrado com a chegada de minha adorada mãe...

- Oh meu filho! Meu filho!! – ela chorava desesperada enquanto me abraçava.

Conversamos bastante, até que um médico se aproxima e fala:

- Vocês são da família do paciente Gabriel Novaes Fonseca Junior?!

Caveira se levanta e responde rápido...

- Sim somos! Somos os pais dele!! – olha rapidamente para mim.

- Pois bem... ele acordou! – médico fala e logo caveira dar um pulo de alegria e um abraço e um beijo em mim, assim, do nada, na frente de todos.

- Vocês podem ir vê-lo daqui a pouco... ok?! – o médico sorria da atitude do major e logo depois nos deixa a sós.

Caveira olha para mim e em seus olhos eu podia ver toda a felicidade por finalmente saber que o filho estava bem e que tinha saído do coma...

- Ele acordou Apollo! Ele acordou! Meu filho... nosso filho... ele tá bem!!! – falava cheio de euforia, sem ao menos se importar com quem passava por ali ou ouvia a nossa conversa.

- Eu sei... graças a Deus!

Nos viramos em direção ao meu pai e minha mãe... seus rostos estavam em estado de choque...

- Mas o que significa isso?!! – podia ver fúria, ódio no semblante de meu pai....





*Continua....





Gostou?! Espero que sim!


Peço que gentilmente der seu VOTO, Seus COMENTÁRIOS e que me ajude a divulgar essa, que é a nossa história de amor, sonhos e fantasia...


Convido a todos para conhecer minhas outras obras:

- O DELEGADO E O PRISIONEIRO (LIVRO I)

- O PADRASTO (LIVRO I)

- O PRÍNCIPE E O LADRÃO

- AS CRÔNICAS DE RAFAEL

- A DAMA E O PEÃO


E lembrem-se sempre...

Vocês sabem que me adoram...

Kaius Cruz

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