Por Pedro
Depois que nos autorizei como tutores do filho da Alexa, estamos correndo com alguns tramites legais e também com os do casamento, pois precisamos apresenta-los na audiência para a guarda da criança. Já faz quase um mês que estamos correndo contra o tempo, nosso casamento é em três dias e a Mona parece uma pilha de tão nervosa, ela diz que não mas percebo seu nervosismo em pequenos atos.
- Posso entrar? A razão da minha visa coloca a cabeça em minha sala com um sorriso que ilumina meus dias.
- Sempre linda. Falo levantando e seguindo até ela e lhe dando um beijo.
- Vamos almoçar? Ela pergunta.
- Hoje não dá amor, preciso resolver esses processos. Falo apontando para uma pilha de papeis em minha mesa.
- Eu te ajudo. Ela propõe.
Antes mesmo de eu falar algo o furação hormonal em pessoa "PRISCIAL" entra em minha sala.
- Amiga eu e meus baby estamos com fome. Vamos comer? Ela fala.
- Amiga vou ajudar o Pedro com uns processos e c]vamos almoças aqui mesmo. Mona responde.
- Você me trocou mesmo pelo Pedro, em outros tempos você deixava tudo por mim, mas agora é só ele. Ela fala já chorando apontando para mim.
- Amor vai com ela, não se preocupe, traz um sanduiche para mim. A Pri precisa de você. Falo de forma carinhosa com a Mona e alto suficiente para que a doida possa me ouvir.
- você tem certeza? Pergunta ela olhando para os papeis.
- Tenho sim. Respondo.
- Oooooooba, então vamos logo! Grata a Priscila batendo palminhas.
- Amiga calma, não exagera, queria ver se fosse o Carlos que ficasse trabalhando com fome o que você faria. Ela fala mostrando irritação com a atitude da amiga. Isso só demonstra minha teoria que ela esta bem estressada, pois sempre tem muita paciência com as loucuras da Pri.
- Desculpa! Fala a Pri com a voz de choro.
- Ho amiga me desculpa, vem vamos comer e eu te dou um sorvete enorme de morango. Fala a Mona com carinha de arrependida.
- Amo você. Falo antes de ela sair, a mesma me dar um sorriso e diz sem som.
- Eu amo mais!
Passei à tarde entre processos e telefonemas de clientes chatos, a Mona me mandou um lanche, comi no escritório mesmo e no final do expediente ela me liga dizendo que já havia ido para casa, com a Priscila, que comeu muito e estava sonolenta. Aproveitei este momento para por meu plano de nossa lua de mel em prática, sei que falta, poucos dias, mas eu já tinha combinado tudo com o Carlos e com o sr. José e nós iriamos para um lugar magnifico e sei que ela certamente irá amar.
Dois dias depois:
- Mona você tem certeza que esta bem? Pergunto pela milésima vez.
- Estou. Ela responde de dentro do banheiro de onde esta a quase uma hora.
- Amor, estou ficando preocupado, deixe-me entrar, só para ter certeza que você esta realmente bem? Peço.
- Pedro vai trabalhar, você tem aquela audiência importante hoje e por favor me deixa aqui, eu estou bem. Ela fala e noto sua voz falhar parecia que estava chorando.
- Mas eu não posso sair sem te ver e te dar um beijo. Peço na tentativa de convencê-la a sair.
- Pedro eu preciso ficar sozinha, por favor! Ela pede e agora tenho certeza que esta chorando.
Não posso sair e deixa-la assim, mas realmente preciso ir a audiência, o que eu faço? O que eu faço? O que eu faço? Penso sozinho no quarto andando de um lado para o outro,
- Vou ligar para a Priscila. Falo alto.
- Não precisa ligar para ninguém, eu estou bem! A Mona abre a porta do banheiro, esta com uma aparência abatida, com os olhos inchados e um ar triste.
- Amor o que você tem? Por favor, fala comigo? Peço preocupado.
- Pedro eu, eu, eu .... Ela não consegue falar, pois suas lágrimas a impedem.
- Pelo amor de Deus Mona, o que aconteceu, por que você esta assim? Peço desesperado por vê-la nesse estado.
- Você merece algo melhor que eu. Eu não sirvo para você. Sou feia, gorda e tenho medo, tenho muito medo. Ela diz entre soluços.
- MORGANA MENDONÇA! Falo alto, fazendo-a olhar-me nos olhos.
- Ouça bem o que eu vou dizer: Você é linda, você é maravilhosa, é perfeita para mim, fomos feitos um para o outro, você não é gorda e sim gostosa, eu amo cada parte de seu corpo, cada dobrinha, sua bunda me deixa louco, estou com você por que te amo e preciso me segurar para não te atacar em todos os momentos que você esta próxima a mim, minha vontade é de tirar sua roupa e fazer você ser minha a todo o momento, só não o fiz ainda, porque prometi a mim mesmo que só faria isso após nosso casamento e você não sabe o quanto esta sendo difícil, pois você é linda e a cada dia que passa esta mais e mais. Todas as partes do meu corpo pedem por você, desde a menor célula até toda a minha pele, tudo te que e te acha linda, portanto, nunca mais diga estas palavras, pois o que sinto por você ultrapassa todas essas loucuras que foram ditas por você. EU AMO VOCÊ! E se isso não for suficiente eu irei ao centro da cidade na hora do pico e grito para todos ouvirem. EU AMO MORGANA MENDONÇA! Termino gritando as palavras e a pegando de surpresa com um abraço e um beijo que nos deixa sem ar.
Nada ela diz, mas retribui os beijos e ainda sinto suas lágrimas insistentes.
- Mona você é uma mulher forte, determinada e eu sou um homem orgulhoso por ter uma mulher assim como você a meu lado, então levante esta cabeça, seque estas lágrimas que dentro de algumas horas você será a senhora Pedro Alves e eu serei o marido mais bobo do mundo. Falo sorrindo e consigo finalmente arrancar um sorriso dela.
- Agora me conta o que te deixou assim? Peço.
- Não, agora não, vai para sua audiência e quando você chegar conversamos. Ela fala com um ar mais leve e um pequeno sorriso nos lábios.
- Você tem certeza que esta bem? Pergunto beijando-a.
- Agora estou. Eu amo você! Ela diz de forma carinhosa e me beija.
- Ok eu irei, mas assim que terminar voltarei e iremos conversar. Falo.
- Certo. Ela responde e nos despedimos com mais um beijo.
A deixo em casa, porém com o coração aflito, pois ela não é assim.
Por Mona: Horas antes
Hoje é a ultima prova do meu vestido e a Pri e eu iremos juntas.
- Ai amiga estou tão ansiosa para te ver de noiva. Ela fala.
- Também amiga, nossa parece que faz uma eternidade que o Pedro e eu ficamos noivos e só agora vamos casar. Falo feliz.
Chegando a loja uma das atendentes que nunca tinha visto antes na loja nos atende.
- Boa tarde senhoras. Ela fala.
- Boa tarde, vim para a ultima prova do meu vestido. Falo animada.
- Pôs não a senhora é a mãe da noiva? Ela pergunta depois de uma rápida entronchada de boca.
- Não querida ela é A NOIVA. Fala Pri.
- Certo, me acompanhem. Ela fala com certo ar de superioridade.
- Não gostei desta mulher. Fala a Pri baixo em meu ouvido.
- Calma amiga, ela só deve esta nervosa, pois deve ser seu primeiro dia aqui na loja. Digo tentando acalmar os ânimos da minha amiga.
- Pois esta fazendo um péssimo trabalho, se que mesmo continuar trabalhando aqui. Ela fala e agora mais alto para a mulher ouvir.
- Falou alguma coisa senhora? Pergunta ela.
- Não. Respondo.
- Esperem um minuto que irei pegar seu vestido. Qual seu nome? Ela fala.
- Morgana Mendonça. Falo e ela sai.
- Eu vou dar na cara dessa fulana se ela continuar com esse narizinho em pé para nós. Fala a Pri com raiva.
- Calma amiga, deixa para lá ela só deve esta tendo um mal dia. Falo.
- Mal dia, mal dia, mal dia ela vai ter se continuar assim. Ela fala, fazendo-me sorrir.
Assim que a atendente volta, vou ao provador e tento vestir o vestido, mas ele esta muito apertado, não entra. Fico dentro desse provador desesperada.
- Amiga e ai sai para eu ver. Fala a Pri mais animada.
- Não dá amiga. Falo já com a voz embaçada pelo choro.
- Como assim? Abre aqui para eu te ajudar. Ela fala e eu abro a porta do provador.
- Acho que esse não é o mesmo tamanho que provamos da outra vez. Ela fala.
- Claro que é, eu que sou uma gorda, sem futuro mesmo. Falo triste.
- Nada disso, espera. Ela pede e sai do provador e a ouço dizer.
- Ho mocinha, acho quer o vestido da minha amiga esta com o numero errado, você pode verificar e trocar, por favor?
- Acredito que o vestido seja este mesmo, o problema é a modelo e não o vestido, ela que é muito gorda. A atendente fala.
- Retire isto que você falou agora, ou eu vou fazer você ser demitida. Priscila fala, enquanto eu saio do provador chorando e digo.
- NÃO! Vamos embora, não terá mais casamento, o que eu estava pensando quando cogitei a ideia de casar com Pedro Alves o solteiro mais cobiçado, eu uma gorda, feia e que só continua engordando mais e mais a cada dia. Falo chorando e noto a risada da atendente e o olhar de pena misturado com ódio de minha amiga para mim e para ela.
- EU VOU PROCESSAR ESSA LOJA. Grita a Pri.
- Priscila vamos embora, eu preciso sair deste lugar. Falo baixo.
- Não amiga! Você não pode deixar isso assim, você é uma advogada, futura senhora Pedro Alves um dos maiores advogados deste país e não deixará essa mulherzinha de meia tigela te ofender desta forma. Fala minha amiga.
- Não posso fazer nada se ela esta certa, tudo que foi dito por ela é a verdade, eu sou uma gorda mesmo e se você não vai, eu irei sozinha. Falo já saindo da loja.
- Isso não vai ficar assim. Fala a Priscila e sai seguindo-me até o carro.
- Amiga, o que é isso? Essa não é minha amiga guerreira, forte e determinada. Ela fala assim que me alcança.
- Preciso ir para casa. Falo.
- Certo, mas eu vou ligar para o Pedro para ele ir ficar com você e vou contar tudo que esta loja te fez. Ela fala.
- Não precisa incomodar o Pedro com isso, eu já estou bem. Só me leva para casa. Peço triste.
- Mona... Não a deixo terminar.
- Pri você é minha amiga, então por favor leve-me para casa e me prometa que não dirá nada ao Pedro por favor. Falo firme.
- Tudo bem, mas me prometa você também que vai tirar essas minhocas da cabeça. Ela fala me abraçando e seguimos para casa.
POR PEDRO: MOMENTO ATUAL
Sai de casa deixando a Mona estranha, preciso descobri o que a fez ficar assim. Penso.
- Pedro, Pedro. Você esta me ouvindo? Pergunta o Sr. Moreira, meu cliente.
- Desculpe-me, o que estava dizendo? Pergunto e ele continua nossa reudinão antes da audiência.
Depois de quase uma eternidade ou melhor duas horas encerramos a audiência e pude ir para casa, mas antes decido ir a casa do Carlos e da Pri.
Assim que toco a campainha a Priscila a bre a porta e diz.
- Já te esperava.
- Porque? Pergunto.
- A Mona esta estranha, não é. Ela não pergunta e sim afirma.
-Sim e estou extremamente preocupado, hoje pela manha ela estava feliz, pois iria fazer algo secreto com você e quando voltou estava calada, quando fui para casa almoçar, comemos em silêncio e depois ela se trancou no banheiro chorando. Falo.
- AI EU VOU MATAR AQUELA FULANA! Grita a Priscila e dar murros na almofada que segurava.
- O que você esta falando Priscila? Pergunto.
- Não sei se devo te contar, pois prometi a Mona que não falaria nada. Ela fala em duvida.
- Por favor Pri, se você ama mesmo sua amiga, sabe que eu sou louco por ela e estou desesperado para saber o que aconteceu e como posso ajuda-la. Falo.
- Conte logo Priscila ou eu mesmo conto. Entra o Carlos na sala falando.
- Não se meta Carlos Simões! Fala a Pri parecendo brava.
- Ele precisa saber e você sabe disso. Ele diz sério.
- Ok, para poder ajuda-la você precisa saber. Ela diz e começa a me contar tudo que aconteceu na loja de noivas. M]Deixando-me com imediato ódio deste lugar e da atendente.
- Vou esmaga-los. Falo friamente.
- Pedro, calma não faça nada que possa se arrepender depois. Fala o Carlos tentando me acalmar, mas desde a metade do relato da Priscila estou de pé passando nervosamente as mãos pelo cabelo.
- Você não entende Carlos ela já sofreu demais, para agora esta passando por uma humilhação desta em seu dia, no nosso casamento. Falo rápido e com raiva.
- O que você for fazer eu topo, estou com sede de dar na cara daquelazinha. Fala a Priscila.
- Priscila, não piore a situação. Fala o Carlos.
- Preciso pensar e conversar com a Mona. Obrigada Priscila. Falo saindo.
- Por nada, só faça minha amiga feliz e já estarei mais que agradecida. Ela fala sorrindo.
Oi gente voltei.
Fiz este capitulo, lembrando de um fato que me aconteceu a um tempo atrás, infelizmente eu não tenho um Pedro em minha vida para defender-me e nem uma amiga doida igual a Priscila, mas me senti muito mal, por ter sido humilhada em determinada loja, não tive forças para me defender devido a tamanha humilhação que sofri e eu era uma adolescente, gordinha e ainda negra, o que eu podia fazer? Chora, foi isso que eu fiz. Mas isso são águas passadas e eu quero algo diferente para a nossa Mona então peço que esperem o próximo capítulo e teremos o desfecho desta situação lamentável, que muitas de nós passamos em determinadas lojas.
Obg pelos comentários e pelas estrelinhas continuem estou amando.
Ps. Está sem Revisão.
Bj.
Nadir B.