Outro copo de amor, por favor...

By StoryLoverS2

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"Tens tanta sorte de ser eu e não ser outro qualquer a estar aqui..." Abanou a cabeça negativamente... More

Apresentação
"Frio"
"Sou imune a sentimentos..."
"Alvo fácil..."
"3 de Dezembro"
"Desilusão"
"A calma no caos..."
"Eu quero-te, David..."
"Beijo eterno"
"Um dia destes..."
"As aparências iludem..."
"Bom senso"
"Não sei... mas importa."
"Eu sorri..."
"Anjo"
"Quando eu não estiver lá..."
"Se me deixares..."
"O que quero fazer..."
"Saudades tuas..."
"Ajuda-me"
"Só tu..."
"Inspiração"
"Sem olhar para trás..."
"Não desistas, nunca..."
"Não me escapas..."
"Adoras..."
"Tudo..."
"Eu preciso de ti..."
"Não perde pela demora..."
"Tu queres...muito"
"Nunca."
"Não és de ferro..."
"Eu adoro-te, miúda..."
"Um no outro..."
"Minha..."
"Tesouro"
"Provocação"
"Onde estás?"
"Pessoa errada"
"Sua"
"Alternativa"
"Só tua."
"Louco, mas feliz..."
"Eu acho..."
"Aquilo que nunca fui..."
"A todos os níveis..."
"Explosão"
"Por essas e por outras..."
"Não posso"
"Relaxa"
"Miau"
"Uma casa vazia"
"Juntos conseguimos tudo..."
"Tu mereces"
"Antes que seja tarde..."
"Decadência"
"Julgamento da vida"
"É forte demais..."
"Não imaginas o quanto..."
"Não vivo sem ti..."
"I do, Diane..."
"Carência"
"Ela disse que sim!"
"Chegou a hora..."
"Ele é felicidade..."
"Noutros braços..."
"My boy..."
"Selvagens..."
"Vou fazer por isso..."
"Fica comigo..."
"Entre o céu e a terra..."
"Grande oportunidade..."
"Para que conste"
"Até à última batida..."
"Entre a espada e a parede"
"Para o que der e vier..."
"Tu és minha..."
"Continua a odiar-me assim..."
"Nunca!"
"A beleza do caos"
"A meu lado..."
"Vai ficar tudo bem..."
"Tão perfeito..."
"London"
~*~ FIM ~*~
AVISO IMPORTANTE
COMUNICADO

"Festejar"

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By StoryLoverS2

Ele deixa-me com a cabeça às voltas quando diz estas coisas. Eu não sei se isto tudo é verdade. Desde que cheguei aqui sinto que entrei noutro universo paralelo qualquer, e não consigo distinguir a realidade do sonho. É tudo tão... improvável. O simples facto de o ter conhecido, é tão improvável... o facto de ter gostado dele, e o facto de ele me ter escolhido a mim no meio de tantas outras raparigas indefesas do metro. E nós somos tão diferentes, mas tão iguais. Ambos achávamos que estávamos presos, e mostrámos um ao outro que as amarras que nos prendiam não passavam de fumo, como o do seu cigarro, que se enrola e evapora no ar, não se sente, não tem força.

Ele estava preso ao passado e ao peso na consciência. Estava amarrado à culpa, ao sofrimento, à dor, e ele merece tão melhor que isso para a vida dele. Enquanto isso eu estava presa à minha pequena vida insignificante feita de desejos e ideias que não são minhas. Vivia presa às exigências dos meus pais e aos seus dramas. Não passava de uma marioneta a ser trabalhada nas mãos deles, como se não tivesse vontade própria. Ambos merecemos liberdade... embora seja uma liberdade improvável, e embora nos sintamos mais livres quando estamos presos no meio destas quatro paredes e na escuridão... Mesmo embora nos sintamos mais livres quando estamos presos um no outro. 

A porta está trancada, a janela está fechada, no entanto nunca me senti tão livre em toda a minha vida. Acabei de planear a minha fuga daquela prisão a que chamo de família, e tem tudo para dar certo. Eu sei, bem lá no fundo, que ele é o melhor para mim.

Ele puxou o cobertor para cima de nós, deitou-se de costas na cama e eu deitei a minha cabeça no seu peito. Ele começou a brincar com o meu cabelo, que é algo que me deixa sempre mais calma. Aqui consigo ouvir o bater do seu coração e isso é reconfortante. Beijou a minha testa, e eu beijei o seu pescoço. 

"Dorme bem, princesinha má... amanhã temos muito que fazer." 

E a verdade é que adormeci mesmo, e adormeci bem mais rápido que o habitual. As suas mãos sempre a brincar com o meu cabelo trouxeram-me uma paz que não sentia há muito tempo, e o bater do seu coração a ficar cada vez mais pausado fez com que eu caísse num sono profundo, embalado pela sua respiração lenta. 

Ele acordou-me apenas de manhã, com um beijo nos lábios. Haverá melhor forma de despertar?

"Bom dia..." Cumprimentei, com os olhos ainda semicerrados. 

"Bom dia, Bela Adormecida..." Sorriu. "Acabei de testar, e aquela treta dos beijos encantados da Disney é mesmo verdade... acordaste mesmo. Achei que o prédio podia cair e tu nunca acordarias." 

"Estavas a chamar-me há muito tempo?" 

"10 minutos... mas deixa, para a próxima já sei que o que resulta mesmo é o beijo." Piscou-me o olho. "Agora toca a levantar. Hoje temos o dia cheio." 

"Não vais trabalhar?" 

"Tenho sete folgas que nunca tirei, já liguei para o meu patrão, disse que estou doente e que vou usar outra folga, mas que amanhã já vou trabalhar."

"Tens a certeza que não há problema?" 

"Tenho, não te preocupes. Agora veste-te. Vais ter de ir levar-me ao prédio do teu pai e depois vais ter de ir sozinha até ao teu prédio, e depois temos de fazer aquilo tudo que combinamos e temos de encontrar uma escola pública para pedir a transferência... enfim. Não vamos descansar muito hoje." Eu levantei-me da cama, muito a custo, arranjei-me enquanto ele fez café para os dois. "Quando puderes mostra-me as fotos do teu pai." Elevou a voz para que eu o ouvisse na casa de banho. 

Eu saí de lá e fui até à minha mala, que está no chão, à entrada onde ele a deixou ontem. Comecei a remexer nela até que se fez luz. 

"Foda-se... David, esquece o plano." Ele correu até onde eu estava. 

"O quê?" Arregalou os olhos. "Não! Porquê?" 

"Eu esqueci-me que estou sem telemóvel, e sem telemóvel o plano já era." Deixei-me cair de costas sobre a cama, a ver em frente dos meus olhos todo o império que construímos a cair por terra...

Ele ajoelhou-se no chão e tirou uma caixa de debaixo da cama. Abriu-a e tirou um telemóvel mais antigo. 

"Não é o melhor, mas funciona." Entregou-mo. "Eu tento oferecer-te um no Natal, ok?" Sorriu. "Mas não prometo nada." 

"Obrigada..." 

"Deixa-me gravar o meu número aí." Eu devolvi-lhe o telemóvel e ele gravou o seu número. "Esse foi o cartão que eu comprei ainda no aeroporto quando cheguei aqui e é o telemóvel que trouxe ainda de Inglaterra, depois comprei este e como trazia cartão, deixei esse para alguma emergência... agora até acabou por dar jeito."  

"Mas e as fotos do meu pai?" 

"Vai ter de ser à moda antiga. Descreve-o."

"Mas isso é tão falível, David..."

"É a nossa única hipótese. Descreve até ao mais ínfimo pormenor." Sentou-se na cama ao meu lado para me ouvir.

"É um pouco mais baixo que tu, magro, cabelo grisalho, sempre muito bem penteado, com risca ao lado, anda sempre de fato, normalmente preto ou cinzento escuro, pasta castanha, tem olhos escuros, nariz mais ou menos comprido, e tem um sinal no queixo. Se for ele vai entrar num BMW preto que costuma estar em frente ao prédio. O porteiro costuma ir buscar o carro dele à garagem cerca de 5 minutos antes dele descer. A matrícula do carro acaba Z0R6. É tudo o que me lembro." 

"Acho que consigo chegar lá assim..." Sorriu. "Casava contigo só por te lembrares da matrícula, miúda... és a maior." Nunca o tinha visto tão animado, e a sua animação contagiou-me. 

Voltou para a cozinha e eu fui atrás dele, bebemos o café e saímos. Deixei-o em frente ao prédio do meu pai, mas antes mostrei-lhe como ir até à traseira. Ele ficou encostado a uma parede em frente à entrada. 

"Boa sorte..." Desejei antes de me ir embora. Ele segurou a minha mão, puxou-me e desviou o cachecol, beijou os meus lábios. 

"Vai correr tudo bem, minha rebelde...princesa má." Sorriu e largou-me.

Apanhei o metro de novo para ir até ao meu prédio. Ele emprestou-me um gorro, um cachecol e um casaco, para mesmo que a minha mãe me veja de relance não me reconheça, só tenho os olhos à mostra, e dentro deste casaco dele, nem pareço eu. Estou com o olhos constantemente no telemóvel à espera de uma chamada ou de uma mensagem dele a dar-me carta branca para avançar com o plano. Esperei cerca de trinta minutos até que o telemóvel vibrou.

"Sim?" Atendi, já na expectativa. 

"O teu pai saiu, podes vir. Conduz com cuidado." 

"Ok, eu vou já. Conduzo sempre. Até já." 

"Ei, babe?"

"Sim?" 

"Nós vamos conseguir..." 

"Eu sei que vamos." Sorri e desliguei a chamada. 

Entrei na garagem do meu prédio, fui até ao meu carro, entrei, coloquei a chave na ignição e respirei fundo. Vamos a isto. Arranquei e saí da garagem. Conduzi, nem sei bem como, porque tenho as mãos a tremer, até ao prédio do meu pai, estacionei na traseira, onde o David já estava à minha espera. Saí do carro e ele entrou. Despi o seu casaco, tirei o gorro e o cachecol, entrei pela porta principal e o porteiro está no seu posto habitual. 

"Boa dia, o meu pai já saiu?" Perguntei, com a maior das simpatias. 

"Já sim, menina." 

"Ah que pena... eu precisava mesmo de ir a casa, mas deixei lá a chave." 

"Nós temos chaves extra de todos os apartamentos, posso emprestar-lhe uma, se depois a devolver."

"Claro, eu devolvo, não vou demorar muito." O porteiro entregou-me a chave, eu entrei no elevador.

Cheguei ao meu andar e abri a porta, guardei a chave no bolso. Fui até ao quarto em que estava a dormir. Ainda bem que não cheguei a desfazer as malas, assim é mais fácil. Eu tinha três malas, uma com a roupa do dia a dia, outra com a roupa de festa que nunca, repito: nunca uso, por isso essa mala está excluída, e uma terceira com sapatos. Abri a terceira mala, tirei os três pares que uso mais e coloquei na mala da roupa, dentro dessa mala coloquei também os livros da escola e o computador. Folheei o livro de história para ver se estava lá o que costuma lá estar, e que me faz falta, agora mais que nunca. E lá está o envelope. Tirei-o do livro e guardei-o na mala, debaixo de tudo. Fechei-a e saí. Passei pela sala, vi uns papéis em cima da mesa. Se for o que eu estou a pensar hoje é o meu dia de sorte. Peguei-lhes e comecei a ler... não acredito que são os papéis da autorização para a transferência, é bom demais para ser verdade. Dobrei os papéis e guardei-os no bolso. Quero sair desta casa o mais rápido possível. 

Saí, desci no elevador até ao primeiro andar e a partir dali fui pelas escadas para ter acesso à traseira sem o porteiro me ver. O David já está a postos para arrancar. Abri o porta-bagagens, meti a mala lá para dentro e dei duas pancadas para ele perceber que pode seguir. Voltei à entrada principal. 

"Obrigada pela chave. Está aqui." Entreguei-a de volta. 

"De nada, menina. Tenha um bom dia." 

"Obrigada, igualmente." Sorri, porque tenho razões para isso. 

Saí do prédio e o David está parado à minha espera. Entrei no carro, ele arrancou, com um sorriso nos lábios. 

"Conseguimos?" Perguntou, acho que ainda não consegue acreditar, e não posso julgá-lo porque eu também não consigo. 

"Conseguimos."

"Conseguimos!" Repetiu. "Deixa-me levar-te para casa, agora... temos de festejar."

Hey babes <3 Contra todas as probabilidades, e contra tudo aquilo que costuma acontecer nas minhas historias eles conseguiram! Será que o meu coração de pedra amoleceu, finalmente, com estes dois? Será que pela primeira vez eu tenho pena de fazer sofrer um casal das minhas histórias?? ahahaha

COMENTEM AS VOSSAS REAÇÕES, LANCEM OS VOSSOS FOGUETES E PARTILHEM COMIGO AS VOSSAS OPINIÕES SOBRE UM DOS UNICOS CAPITULOS NÃO DRAMÁTICOS E EM QUE TUDO CORRE BEM DESTA HISTÓRIA!

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continuação da história