ASAN QUO, GUARDIÕES REAIS: TE...

By mitch_prieto

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Rick seguia uma vida monótona trabalhando em uma empresa convencional após sua separação conjugal, quando fat... More

Nota do Autor
Um: Uma Mensagem do Além
Dois: Estamos Ficando Sem Tempo!
Três: Let's Rollets
Quatro: Antigo Futuro?!
Cinco: Viemos da Terra
Seis: O Kancarô
Sete: Vamos para a montanha!
Oito: Tatô, Tatô?
Nove: O que há em Trezerg, Glenzer?
Dez: Anza, o desalmado.
Onze: Arkeris terum trarfyka
Doze: Danton e Naara
Treze: O planeta Hoag
Quatorze: O exílio de Otiron
Quinze: Martague, Martagos
Dezesseis: Estrag sa urgh, deden cotrun
Dezessete: Está feito

Dezoito: É Zalek!

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By mitch_prieto

O quê? Acordei na minha cama? Na minha casa, na Terra?

Levantei rapidamente e fui até os outros cômodos da pequena casa e não vi ninguém... Onde estavam os outros? Onde eu estava? Quis sair dali imediatamente... Procurei minha adaga e encontrei-a pendurada na parede como um suvenir. Seria possível? Tudo aquilo apenas um sonho? Eu não podia acreditar que fora apenas fantasia!

Confuso e desesperado corri para fora, e olhei para o céu... Estava totalmente coberto por uma névoa ou algo muito próximo disso. Subi pela mesma rua que subira por meses para ir ao trabalho e ao virar para a avenida principal duas quadras acima de casa, me deparei com pilhas e pilhas de corpos de pessoas mortas. Mortons. Eles eram o motivo das pilhas de corpos, e extraiam algo dos cadáveres. De repente um morton que tinha asas e voava como que guardando o local, me avistou e veio rapidamente em minha direção... Corri contra ele com a adaga nas mãos, aproveitei uma pilha de corpos e saltei dela para ataca-lo. Quando estava perto de acertá-lo, acordei.

Na verdade, Baboo quem me acordou. Estava suando como se estivesse em uma sauna.

— Você está bem, Rick? — perguntou ela ao sentar-se na minha frente.

— Sim, estou Baboo. Eu quem estava aqui para te ver despertar, mas parece que deu errado — disse coçando a cabeça com vergonha de ter adormecido. — E você? Como está? — perguntei curioso.

Ela me olhou calma e tranquila, com doce sorriso no rosto, e disse:

— Agora sei de tudo.

— E aí! Conte-me! Quem era aquele tal Céros? O que ele tem a ver com você? — perguntei extremamente ansioso.

Baboo coçou a garganta, engoliu a saliva e disse:

— Ele é simplesmente o responsável por eu crescer sozinha. Mas agora entendo tudo! Obrigada por ter me apoiado! Admiro você muito mais por isso!

Eu realmente não sabia o que dizer, nem o que pensar. Ela não havia dito praticamente nada do que havia visto, agradeceu, levantou e saiu. E eu, fiquei ali sentado com todas as questões sem respostas. De qualquer forma foi bom vê-la de volta e bem.

Fui para a cabine e todos já estavam reunidos novamente.

— Nossa! Por quanto tempo cochilei? — perguntei espantado.

— Por mais tempo do que nós, isso eu sei! — disse Isabela.

— Rick, Baboo estava prestes a nos contar o que ela descobriu por Céros... — disse Joel retomando a conversa. — Prossiga Baboo.

— Vi tudo. Desde o início. Vi quem eram meus pais. Vi quem me tirou deles, vi que não fui abandonada, mas na verdade fui protegida da morte, e devo tudo a Céros que me acolheu e cuidou até que eu pudesse me virar sozinha.

— Que legal, Baboo! E você está feliz por isso? — perguntou Léa.

— Sim, estou muito feliz! Tenho me perguntado a vida inteira por que meus pais me abandonaram em um planeta tão perigoso, sozinha! Mas agora sei a verdade, e isso me confortou.

— Baboo, por que mesmo Céros te levou embora? — perguntei desconfiado.

— O Governador... Não me lembro do nome agora. Mas ele queria exterminar toda a linhagem do senhor Kerolat na época.

— Espere um pouco... Mas você é...? — intrometi-me interrompendo-a.

— Não, Rick... Até onde eu sei não sou sangue Real. Não entendi por que também, mas vi que meus pais eram cultivadores de oans, como os que vimos nos campos do Governador Gairo — explicou Baboo um tanto decepcionada.

— Baboo, conseguiu lembrar o nome do Governador? — questionou Elgie.

— Não, Elgie... Mas assim que lembrar te digo — avisou Baboo.

— Está bem, Baboo — disse Elgie olhando para mim...

Ela havia tido a mesma impressão que eu. As informações não estavam batendo, mas ela estava tão contente com o que tinha acontecido que decidimos não trazer aquilo à tona naquele momento. Então coloquei a outra questão que há pouco tinha me ocorrido.

— Mudando de assunto... Tive um sonho muito real com a Terra e mortons... — Mal disse algo sobre o sonho e Isabela dispara:

— Névoa no céu e pilhas de corpos?

— O quê? Vocês também? — disse Léa pasma.

— Que história de sonho louco é esse? — questionou Danton confuso.

— Danton, eles tiveram o mesmo sonho! Sobre a Terra! Você não entendeu ainda? — disse Naara tentando iluminar a mente de Danton.

— Ah! Isso eu entendi, Naara! — Danton leva a mão à cabeça, sentindo-se tolo. — O que não entendi foi por que só eles três tiveram esse mesmo sonho? Por que nós não tivemos esse mesmo sonho? O que ele significa?

— Isso é crítico... — preocupou-se Joel. — É muito provável que o sonho de vocês seja real.

— O quê?! — Danton não soube conter o espanto. — Você quer dizer que as pessoas na Terra estão morrendo aos montes? E nós estávamos aqui perdendo tempo enquanto Baboo tinha alucinações?

Aquela afirmação de Danton foi muito objetiva e dura, e, embora Elgie e eu acreditássemos que as visões tivessem sido manipuladas, não tínhamos a intenção de levantar aquilo naquele momento, porque sabíamos que acabaria transformando aquela conversa séria em uma total anarquia. No momento em que mais precisávamos estar unidos, estávamos nos separando por desavença e diferença de prioridades.

Danton continuou suas ofensas defendendo a ideia e que deveríamos retornar a Terra para salvá-la, enquanto Baboo alegava a necessidade principal de reiterar o medalhão Niur, e depois fazer qualquer outra coisa. Léa começou a chorar preocupando-se com seus parentes que não fazia ideia se já os havia perdido, mas esconjurava Baboo por dizer que ela não sabia o real sentimento de perder entes queridos. Anza, na tentativa de tornar pacífico o ambiente histérico que se havia instalado, acabou por se envolver emocionalmente pelas ofensas lançadas a ele. Naara pôs-se a prantear junto a Léa, enquanto Joel, Elgie, Isabela e eu estávamos observando toda aquela bagunça.

Então algo inusitado aconteceu e me pegou de surpresa. Embora ela fosse um ser de luz, havíamos nos desatentado a esse detalhe tão importante. Lumiá voou até o meio de todos e soltou um clarão que deixou todos cegos por alguns segundos, interrompendo aquela discussão desnecessária. Enquanto todos se levantavam aos poucos, e Lumiá ainda brilhando parada ao ar, disse uma frase que me fez compreender um princípio divino.

— Parem com essa disputa tola! Vocês não percebem que isso está separando a equipe? "Às vezes a luz nos cegará para que voltemos a enxergar nitidamente o que outrora nos era claro, e lembrarmos o que é mais importante".

Não foi preciso dizer mais nada. Eles haviam entendido o recado, e eu havia adquirido um respeito maior por aquele ser de luz, que nos ajudara a enxergar novamente o que estava ficando confuso.

Eu sabia agora o que deveríamos fazer. Não era o que eu queria, mas sim o que era preciso para o bem da humanidade e de todas as espécies em Ghore.

— Vamos dividir a equipe.

Todos me olharam com olhos de tristeza. Não era uma escolha fácil para eles, muito menos para mim.

— Como assim, Rick? — questionou Baboo.

— Temos que nos dividir para atender as duas necessidades principais, se ficarmos todos juntos, um de nossos objetivos não existirá mais, e além do mais, nossa equipe está grande o suficiente para uma divisão. Desta forma podemos ter Joel, Anza, Léa e Isabela voltando à Terra para fazer o que precisa ser feito, enquanto Danton, Baboo, Elgie, Naara e eu vamos atrás dos outros objetos Reais, das outras pedras dos Senhores e tentaremos recuperar o medalhão Niur.

— Rick, mas você tem certeza disso? — perguntou Baboo, com a consciência pesada.

— Sim, Baboo, é preciso, mesmo que por pouco tempo. Se bem que o pouco tempo é relativo, pois na Terra o tempo passa mais rápido que aqui. Mas a missão é simples, pelo tempo que estamos aqui, é bem provável que Gorilla já esteja trabalhando para tirar os sobreviventes da Terra. Vocês têm que encontrá-lo e mostrar a ele o caminho para Hoag.

— Gorilla? Quem é esse? ­— perguntou Léa perdida.

— Johnson... Johnson é Gorilla, Léa — expliquei.

— Está bem, senhor. Sei como proceder — respondeu Joel prontamente.

Ele era de fato um dos amigos mais leais que já tive. Nossa amizade e consideração um pelo outro crescia a cada situação complicada que tínhamos de enfrentar. E nesta, subimos mais um degrau, pois que estaria confiando a segurança de Isabela não apenas à Volt, mas também à ele, meu mais fiel amigo e companheiro.

— Lembrei-me do nome! É Zalek! — disse Baboo toda empolgada.

Olhamos todos para ela, espantados.

Ela, embriagada pelo sentimento de felicidade por saber de seus pais, esqueceu que Zalek, na verdade, era o Governador de Tercil, que era pai de Joel.

O silêncio foi ouvido por alguns segundos, que pareceram horas pela tensão que estávamos sentindo.

— O que você disse que esse Governador havia feito, Baboo? — perguntou Joel de forma sutil.

Quando Joel lhe fez essa pergunta, e Baboo olhou fixamente para Joel, conseguiu ver a fisionomia de Zalek em Joel, e disse:

— Era seu pai, Joel! Agora me lembro... Tercilo miserável... Tirou a vida de tantas crianças! — disse Baboo novamente, desmedida em suas palavras.

Joel, no entanto, se manteve calmo, não se deixando abalar por aquela emoção, mesmo sentindo muito a perda de seu pai, um homem honrado e fiel à verdade e à justiça, que nunca teria feito tal coisa. Essa foi a resposta de Joel:

— Acredito que você tenha sido confundida em algum ponto dessa história. Meu pai, Zalek, jamais faria tal coisa... Ele foi um homem honrado até seu último suspiro. Nunca se entregou a nenhum tipo de maldade ou corrupção.

— Joel! Sinto muito! Mas vi tudo o que aconteceu! Seu pai foi morto pelas mãos de Fragor, não foi? — perguntou Baboo esperando uma confirmação.

— Sim, Baboo. Ele foi morto pelas mãos de Fragor... Por isso temos que vingar sua morte! — disse Joel cerrando os punhos com raiva. — Ele foi morto acusado de traição aos Senhores de Ghore. Mas na verdade foi apenas um complô contra ele, pois Fragor já tinha a intenção de destruir os tercilos para dar lugar aos míntacos...

— Esperem aí! Agora que não estou entendendo mais nada! — disse Danton inconformado. — Acho que vocês estão usando os títulos errados... Como pode um tataravô matar o seu pai, Joel? Como isso é possível? Fragor já deveria estar morto na época em que você nasceu... Não deveria?!

— Na verdade, não Danton. — respondeu Joel. — Vocês Terráqueos vivem uma média de noventa a cem anos. Nós, tercilos e míntacos, somos as únicas raças neste sistema solar com a capacidade de viver dez vezes o seu tempo... Ou seja, de novecentos a mil anos, enquanto outras espécies como os martágos, os taturonianos e trezergons, os que conheceram, vivem de duzentos a quatrocentos anos.

Ficamos pasmos. Nem mesmo eu sabia que eles poderiam viver tanto assim.

— Agora faz sentido Fragor querer exterminar os tercilos — comentei. — Ele queria ser o único a viver por mais tempo, certo?

— Assim ele teria tempo de conseguir reunir tudo o que pretendemos reunir: Os Objetos Reais, o Niur e suas pedras preciosas — completou Elgie.

— Mas ele não conseguiu porque foi exilado em Otiron, certo? — participou Isabela.

— Exatamente. Vocês todos estão certos. O que não consegui entender é o porquê Fragor querer exterminar toda a linhagem de Kerolat, e não somente as crianças belacianas — indagou Joel intrigado.

— Não era Fragor quem queria exterminá-los, Joel! Era seu pai! — insistiu Baboo indignada por não estarmos acreditando em sua versão.

— Chega, Baboo! Não repita mais isso! Não sabemos quem era esse Céros para que possamos confiar em sua informação... — disse Isabela aborrecida.

— Céros era o braço direito dos Governadores de Belácia! Ele sabia de tudo, e sempre soube de tudo! Ele me disse que estava esperando o tempo certo para que a verdade pudesse ser revelada! E disse que eu não posso morrer em hipótese alguma! — completou Baboo enfaticamente.

Ficamos todos calados. Não sabíamos o que dizer. Até mesmo Elgie se restringiu de qualquer comentário. Nada mais seria dito até que descobríssemos precisamente o que era verdade e o que não era. Então Anza, nos salvando daquela conversa sem fim, informou que estávamos entrando em Belácia.

— Graças ao bom pai! — disse Danton entediado da viagem e da conversa.

Confesso que senti a equipe ainda um pouco deslocada. Separar Joel de Baboo me pareceu o mais correto a ser feito, além de ele ser o mais indicado para liderar a segunda equipe. Temia que pudéssemos perder a identidade e acabar nos separando definitivamente caso permanecêssemos juntos.

Ocupamos nossos assentos, vivenciamos novamente aquela turbulência desconfortável, adentrando a linda Belácia.

— Elgie? Animada? — perguntei ansioso.

— Confesso que sim, Rick. Ansiosa para saber como está o Governador... — disse ela enxugando o suor em suas mãos, mais preocupada do que ansiosa.

— Eu também estou! — disse Naara.

Glenzer começou a voar de um lado ao outro ansioso para experimentar aquele céu lindo, cheio de amigos tessínios. Volt também demonstrou alguma ansiedade em brincar naquela natureza gostosa de sua também terra natal.

— Como vamos proceder, Rick? — questionou Baboo.

— Tiraremos esse dia para descansar. Falarei com Gairo, depois caminharei com Joel. Amanhã nossos cursos serão distintos, mas com um mesmo foco — expliquei.

Descemos todos como combatentes cansados, mas ali éramos recebidos como heróis. Danton, Naara e Léa se envolveram com Isabela que já conhecia o local e, com livre acesso foram fazer seu passeio. Baboo, Joel e Anza foram para o palácio a fim de descansarem um pouco, enquanto Elgie e eu nos direcionamos para o salão de Gairo.

Ao chegar ao seu salão não o encontramos lá. Elgie perguntou a um guarda onde encontraria o Governador a este horário.

— Senhorita Elgie, após a morte de sua mãe o Governador passa a maior parte do tempo no jardim ou no salão dos heróis — orientou-nos o guarda.

— Obrigada! — Ela agradeceu, e saímos.

Seguimos em direção ao salão dos heróis, e lá encontramos Gairo, pensativo, com expressão séria, admirando uma estátua aparentemente nova.

— Vocês retornaram... — disse Gairo com voz murcha, sem mover os olhos da estátua —, sinto muito sua falta, Elgie. Ela era minha melhor amiga, minha companheira, minha confidente, meu amor. Os dias são difíceis sem ela... São eternos... Sinto-me tão inútil...

— Pai! Estamos aqui! — disse Elgie abraçando-lhe pelo lado.

— Meu amigo! Que bom vê-lo novamente! — falei entusiasmado ao apoiar minha mão em seu ombro esquerdo.

— Onde estão todos? Sobraram apenas vocês? — perguntou ele com olhos fundos e arregalados.

Senti profunda tristeza emanando de Gairo. Aquele grande Governador belaciano havia se diminuído tanto com a perda de sua querida esposa que já não parecia ser o mesmo.

— Pai, estamos todos bem. E o senhor? Não me parece nada bem! Tem se cuidado? Preciso do senhor vivo, Governador! — disse Elgie dando uma bronca em seu pai enquanto lhe olhava nos olhos.

Ele gentilmente retirou os braços de Elgie dos seus ombros e desviou o olhar dos nossos, olhando para baixo, derrubando aqueles ombros fortes.

— Como posso prosseguir? Ela era tudo para mim... Nada mais faz sentido... Eu poderia ter partido em seu lugar! Ou até mesmo junto com ela!

Ficamos em silêncio enquanto olhávamos um para o outro, Elgie e eu.

— Elgie, tem uma Ilúa atrás de seu cabelo! Há tempos não vemos uma Ilúa no palácio! — disse Gairo animando-se.

— Pai, essa não é uma Ilúa qualquer. Seu nome é Lumiá e ela fala! — disse Elgie abrindo um belo sorriso.

— O quê? — Notei o espanto de Gairo.

— Venha conhecer meu pai, Lumiá! — disse Elgie procurando a pequena Ilúa entre seus cabelos.

Como de costume, Lumiá saiu de trás dos longos cabelos de Elgie e com simpatia desigual, apresentou-se:

— Olá, senhor Gairo, me chamo Lumiá. Fui enviada pela sua esposa para acompanhar Elgie nesta jornada. Sei que está ansioso e tenho uma mensagem para você de sua querida esposa.

— Elgie, Rick? Poderiam dar-nos um tempo a sós?! — pediu Lumiá.

— Claro, Lumiá! À vontade. Estaremos no jardim — disse Elgie.

Ficamos Elgie e eu sentados no banco daquele belo jardim admirando a beleza de Bélia daquele ponto mais alto.

Vinte minutos depois vimos Gairo com Lumiá vindo em nossa direção. Seu semblante estava diferente. Agora Gairo apresentava determinação, postura firme, exatamente como eu o havia conhecido.

— E aí, senhor Governador? Melhor agora? — perguntou Elgie com um sorriso afetuoso.

— Entendo agora por que as coisas foram como foram, e como elas deverão ser — disse Gairo com uma postura admirável.

— Fico feliz por você meu caro! — falei-lhe com ar sereno.

— Muito bem! O que acham de uma farta refeição de heróis para compensar o cansaço? — sugeriu Gairo esfregando as mãos uma na outra.

Gairo solicitou aos guardas que reunissem todos os Guardiões Reais para uma refeição especial com ele.

Após tantos conflitos, situações de adrenalina e perigo, estar em um local belo e calmo como Bélia era tudo o que precisávamos no momento, mesmo que por pouco tempo.

Enquanto a equipe Asan Quo se fartava com a comida e ria das experiências, tirei um tempo para observá-los. Eles estavam contentes. Por mais que tivéssemos nossos desentendimentos isolados, éramos uma equipe unida e preocupada uns com os outros.

— Aproveitando que estou rodeado de terráqueos e belacianos, me expliquem como estou entendendo bélico? — questionou Danton curioso.

Olhamo-nos todos e rimos divertidamente.

Enquanto Léa e Isabela explicavam o fenômeno, pedi licença e juntamente com Joel saímos para caminhar.

Caminhamos alinhando os planos do dia seguinte, que seria difícil para todos nós. Dividir a equipe seria doloroso para todos, mas necessário. O tempo que permaneceríamos distantes não era a questão. A questão era que aprendemos a cuidar uns dos outros, como família, e, é claro, a distância que haveria entre eu e Isabela.

Uma nova era se iniciava, não apenas para nós terráqueos, mas para todo o sistema de Ghore. O mal nunca estivera tão forte, e o bem tão preparado. A esperança nos acompanhava a cada batalha que travávamos. Essa era de abnegação e sacrifícios, de perdas e vitórias, de aventuras e de descobertas de grandes guerreiros levava um novo nome e um novo significado pelo universo.

Na manhã do dia seguinte...

Estava juntamente com Elgie verificando a nave em que Isabela viajaria, certificando-me de que levavam tudo o que lhes era necessário e útil. Ao deixarmos a nave avistamo-los chegando.

— Senhor, estamos prontos para representar Asan Quo perante a humanidade — anunciou Joel acompanhado de Isabela, Volt, Anza e Léa em formação de equipe.

— Vão, Guardiões! E que o Criador vos guie!Vemo-nos em breve... — despedi-me sem abraços, beijos ou afetos maiores. Issonão era um "adeus", mas um "até logo". A jornada era grande e nossa Odisseiaestava apenas começando.

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