Por Mona
Estou reunindo força para levantar deste chão, preciso me levantar.
- Ainda ai? Vem levanta você precisa comer. Fala a mulher que me recebeu no outro dia ainda mascarada.
- Me ajude, por favor. Peço chorando.
- Não, agora larga ele celular ele não vai fazer ligação mesmo. Onde estamos não tem rede. Ela diz de forma rude, vendo que ainda estou agarrada ao aparelho.
- Não quero comer. Falo.
- VEM LOGO, ESTOU SEM PACIÊNCIA. Ela agora grita.
- Prefere que eu o chame para te ajudar a levantar? Ela pergunta.
- Não, tudo bem eu como, eu como. Falo desesperada.
- Então vem. Ela fala e coloca um prato com um tipo de gosma.
Consigo levantar-me com muita dificuldade, minhas pernas estavam tremulas.
- Come logo. Ela fala e sai batendo a porta.
Não consigo largar o celular, olho para ele e a bateria esta quase no fim.
- Por favor, não descarrega, não descarrega. O pego e começo a andar pelo cômodo, procurando sinal de rede. Quando uma conversa que tive com o Carlos outro dia surge em minha mente.
Lembrança:
- Mona este celular novo é bem, mais moderno que o outro, olha ele tem uns aplicativos legais de segurança. Ele fala me entregando o aparelho.
- Depois você me diz como usar isso. Falo sem vontade de mexer naquele troço.
- Mas olha, é só você fazer esse comando e ele ativa o GPS e eu sempre vou poder te localizar. Ele fala me mostrando um aplicativo estranho.
- E quem disse que eu quero que você sempre me localize? Falo brincando.
- Eu, eu sei que você quer. Ele fala sorrindo e fazendo cocegar.
- Para, para Carlos. Peço sorrindo.
Mesmo assim não ativamos o GPS, ficamos rindo e conversando outras coisas e acabamos esquecendo de ativar.
Fim da Lembrança.
- Ai meu Deus, Carlos eu te amo. Mas será que funciona sem rede? Penso preocupada, mas mesmo assim, começo a mexer no celular e ouço a porta abrir, consigo esconder o aparelho antes da pessoa entrar.
- E então gostou da comida? Daniel Pergunta.
- Não. Respondo rápido e friamente. Não sei de onde tirei esta determinação, mas não deixarei ele me amedrontar.
- Olha ela esta arisca. Ele fala sorrindo.
- Você nem imagina o quanto. Respondo, agora o olhando nos olhos.
Aquele garoto que conheci a anos, não existia mais, a pessoa a minha frente era a transfiguração do ódio e do rancor. Ele tinha tatuagens e cicatrizes pelos braços, seu rosto ainda era lindo, mas sua expressão nada lembrava o garoto que conheci e destruiu minha vida.
- Eu estava com saudades de você. Ele fala se aproximando. O medo tenta me tomar, mas eu não vou deixar.
- Não se aproxime. Falo firme.
- Você não entende que eu te amo e que vivi todos esses anos esperando o momento de nos encontrarmos novamente, para continuarmos nossa historia de onde paramos. Ele fala e eu vejo loucura em seus olhos.
- Você só pode estar louco. Nunca voltaremos você destruiu minha vida. Digo triste, porém firme.
- EU DESTRUIR SUA VIDA, VOCÊ QUE ACABOU COM A MINHA, POR SUA CULPA PASSEI ANOS ATRÁS DAS GRADES. Ele grita descontrolado, assustando-me.
Não consigo dizer mais nada então ele fala.
- EU QUE SOFRI, POR ANOS, NAQUELE LUGAR, VOCÊ NÃO SABE QUE INFERNO É AQUELE, VOCÊ NÃO ENTENDE, TUDO QUE FIZ FOI POR AMOR. Ele ainda grita.
Quando ouvimos a porte ser aberta e a pessoa que eu menos imaginava entrar por ela.
- O que esta acontecendo aqui? Ela pergunta.
- Você?! Pergunto assustada vendo Alexa.
- Ajude-me, ele me sequestrou. Falo suplicando a ela.
Com ar de diversão ela se aproxima do Daniel e o beija.
- O que é isso, quem é você e qual sua relação com ele? Questiono sem entender nada e sentindo-me cada vez, mais desesperada.
- Eu não disse que não era para você entrar aqui? Ele fala de forma carinhosa com ela que faz bico. Essa desgraçada foi ela que me recebeu e que me trouxe essa gororoba para comer.
- Então vocês são cumplices? Pergunto.
- Claro que não, eu só estou ajudando o Dani a ter sua vida de volta que você sua orca tomou dele. Ela fala com desprezo na voz, o beijando.
- Eu não fiz nada, ele que... Começa o falar e sou interrompida por ele.
- CALE-SE. Ele grita me assustando.
- Querida deixe-nos as sóis, precisamos conversar. Ele fala de forma carinhosa novamente com ela.
- Certo. Ela lhe dar um beijo e sai.
- Vocês só podem ser loucos. Falo.
- Não, não somos. Agora nós vamos começar um joguinho. Ele fala.
- que joguinho? Pergunto preocupada.
-O Jogo será entre você, seu noivo aquele idiota e eu. Ele diz tranquilamente.
- NÃO. Grito.
- Não precisa gritar. Ele fala.
- Por favor, deixe o Pedro fora disso, eu faço tudo que você quiser. Falo desesperadas.
- O jogo já começou. Ele fala e sai, deixando-me desesperada sem saber que jogo é esse.
Autora narrando:
Minutos antes Alexa espionava a conversa do Daniel com a Mona, pois estava intrigada com os verdadeiros motivos para tudo isso. Ela aceitou participar deste plano que ao que tudo indica, já estava arquitetado a muito tempo por ele e por sua mãe, mas ainda desconfia dos reais motivos para tanto ódio e rancor que eles sentem por Mona. Quando ela ouve.
- Eu estava com saudades de você. Essa palavras a atingiram em cheio, pois esta apaixonada por este homem e agora ele diz sentir saudades de outra que ela acreditava ser o motivo de seu ódio.
- Não se aproxime. Mona Fala, mostrando o medo e a raiva que ela sente por ele.
- Você não entende que eu te amo e que vivi todos esses anos esperando o momento de nos encontrarmos novamente, para continuarmos nossa historia de onde paramos. Nesse instante ela pensa o que esta fazendo neste lugar, porque esta ajudando a esse homem que se declara tão abertamente a alguém que demonstra o desprezar.
- Você só pode estar louco. Nunca voltaremos você destruiu minha vida. Mona fala e Alexa, ver a expressão de Daniel se transformar em ódio novamente.
- EU DESTRUIR SUA VIDA, VOCÊ QUE ACABOU COM A MINHA, POR SUA CULPA PASSEI ANOS ATRÁS DAS GRADES. EU QUE SOFRI, POR ANOS, NAQUELE LUGAR, VOCÊ NÃO SABE QUE INFERNO É AQUELE, VOCÊ NÃO ENTENDE, TUDO QUE FIZ FOI POR AMOR. Ao ouvir essas declarações decide ter uma atitude e mostrar que ele a pertence, entra no cômodo e mostra a quem ele pertence.
Olha parta a Mona que esta com uma expressão de desespero e desentendimento do que esteja acontecendo.
Longe dali, ainda no hotel.
- O que faremos agora? Fala Pedro desesperado depois do telefonema informando as regras do jogo.
Carlos pega seu localizador e tanta mais uma vez inutilmente, localizar o celular da Mona.
- Vai amiga, por favor, eu sei que você vai lembrar-se de nossa conversa. Liga logo esse troço. Ele fala para si mesmo.
- Não tem uma forma de ativar isso a distancia? Pergunta a Pri.
- Infelizmente não, mas isso é uma boa ideia, vou criar um software para isso. Ele diz deforma pensativa.
Os minutos passam, transformando-se em hora.
- Ai meu Deus olha de novo esse treco. Fala Priscila apreensiva.
- Acabei de olhar. Responde Carlos exausto.
- O que significa essa luzinha aqui piscando? Pergunta Pedro se pronunciando depois de muito tempo.
- HAAAA. Grita Carlos.
- Essa é minha amiga, eu sabia que você lembraria. Ele diz pegando o aparelho e o celular, já ligando para o PF.
- O localizador dela foi ativado, estou mandando as coordenadas. Ele fala ao telefone e desliga.
- Vamos? Ele fala olhando para Pedro e Priscila.
- Para onde? Onde este troço esta mostrando que ela esta? Pergunta Pri.
- É um pouco longe, mas chegaremos, vamos logo. Ele fala já saindo do quarto sendo seguido pelos dois.
Por Mona
- Meu Deus, por favor, que eu tenha feito certo, não sei se ativei este aplicativo de forma correta, mas espero que sim. Ela fala sozinha, quando alguém entra no quarto.
- Com quem esta falando? Alexa pergunta.
- Com ninguém só estou orando para que este pesadelo acabe logo. Falo baixo tentando não chamar atenção para o celular que esta em minha mão.
- Venha o Daniel que falar com você. Ela fala me empurrando, mas antes consigo esconder o aparelho dentro da roupa.
- O que ele quer? Pergunto.
- Só te mostrar uma coisinha. Ela fala fria.
Ao chegar na sala me deparo com ele aquele miserável dando uns comprimidos a força a meu pai, que luta para não tomar.
- NÃO, POR FAVOR, PARE, DEIXE-O EM PAZ, FAREI O QUE VOCÊ QUISER! Grito desesperada.
- Tem certeza? Ele pergunta.
- Sim eu tenho. Falo chorando.
- Então que comecem os jogos. Eu sempre quis dizer isso. Ele fala sorrindo de forma diabólica.
- Pai, paizinho, você esta bem? Pergunto olhando-o, mas ele não responde.
- PAI. Grito.
- Me perdoe minha filha. Tudo isso é minha culpa. Ela fala chorando e noto sua expressão de desespero e arrependimento.
- Não pai, não é culpa sua, nós vamos sair deste pesadelo, eu prometo. Falo tentando me aproximar dele, porém sendo impedida pelo taxista.
- Largue-me, deixe-me ver como ele esta, por favor. Suplico.
Ele olha para o Daniel que assente e ele me solta.
Corro para junto de meu pai e o abraço, chorando.
- Paizinho, me perdoa, sei que é culpa minha, por você esta passando por tudo isso, mas eu prometo, que vou tirara o senhor daqui. Eu juro. Falo abraçada a ele lembrando-me do celular.
Ele nada diz, só sinto seu soluçar e depois mãos brutas me arrancando de seu abraço e me arrastando de volta para o quarto do pesadelo.
- Faremos o seguinte, você gravará um vídeo, onde dará as instruções a seu noivinho do nosso joguinho. Ok? Daniel fala.
- Certo. Respondo.
- Então vamos brincar. Ele fala vem até mim, aponta a cadeira e começa a me amarrar.
- Porque tudo isso? Pergunto.
- Só para dar um pouco mais de desespero nele e porque é divertido. Ele fala sorrindo.
- Você diz que me ama, mas esta me causando tanto sofrimento. Falo tentando persuadi-lo de toda essa loucura.
- Só estou mostrando o mínimo do sofrimento que você me causou querida Morgana. Ele fala baixo, junto a meu ouvido, causando-me arrepios.
Autora narrando:
Enquanto ele grava o vídeo com a Mona, Carlos, Pedro, Priscila e uma equipe de agentes da PF se aproximam de seu esconderijo.
Os Agentes da PF param os carros a cerca de um quilometro do local indicado e percebem que o celular de Carlos esta se movimentando para o mesmo lugar.
- Sr. seu celular esta em movimento e pelo que percebemos esta se encaminhando para o mesmo local que nós. Fala um dos agentes ao Carlos.
- Ótimo pegaremos todos na toca, com a boca na botija. Deixem-no chegar ao local e só depois invadiremos o lugar. Carlos Fala.
- Ok. Fala o agente e sai.
- Você tem certeza? Pergunta Pedro preocupado.
- Tenho, precisamos esta preparados para que nada de mal aconteça a Mona ou ao senhor José. Ele fala calmo.
- Tudo bem. Responde.
Ficam aguardando a pessoa com o celular do Carlos passar por eles e esperam alguns minutos para ele chegar ao local.
- Esta tudo certo, podemos seguir, estão no mesmo lugar agora. Fala um dos agentes. Neste momento o celular de Pedro toca, mostrando uma mensagem multimídia.
Ele olha para a tela do aparelho e consegue ver a Mona, ela esta amarrada e tem um homem a seu lado, não consegue ver seu rosto, pois esta acima da câmera.
- O que é isso? Pergunta ele atormentado com a cena. O Carlos toma o Celular das mãos de Pedro e olha para a tela.
- Esse desgraçado eu vou acabar com ele. Carlos fala e começa a rolar um vídeo.
Início do vídeo:
- Pedro, amor, me perdoa. A Mona fala chorando.
- NÃO O CHAME DE AMOR. O homem grita e lhe dar um soco no rosto. Fazendo-a quase cair da cadeira e sangue descer de seu lábio.
- Pedro ele quer que você... Ela fala, mas não consegue completar, olha para o homem e suplica.
- Por favor, não, ele é um homem bom, me mate, pode me matar. Ela fala suplicante chorando.
- Termine logo, precisamos começar a brincadeira. O homem fala e agora se abaixa na altura da Mona e todos podem ver seu rosto.
- Vamos fazer assim eu mesmo direi o que você tem que fazer ou quebrará nosso trato. Você lembra-se do nosso trato, não é Pedro? Ele fala olhando para a câmera, como se pudesse ver a pessoa que estava assistindo o vídeo.
- Então vamos à brincadeira. Ele fala e esbofeteia a Mona novamente.
- NÃO POR FAVOR, EU FAÇO, EU FAÇO. PODE FAZER COMIGO O QUE QUISER, MAS DEIXE MINHA FAMÍLIA EM PAZ. Mona grita e leva outra bofetada.
- Como essa gatinha esta muito arrisca vou acalma-la e dentro de alguns minutos te mando as instruções, por enquanto divirta-se com isso. Ele fala e parte para cima da Mona desferindo vários golpes até perceber que ela esta desacordada.
Neste momento a tela fica escura.
Fim do vídeo.
- ELE A MATOU, NÃO, NÃO É POSSÍVEL, CARLOS ELE A MATOU. Fala um Pedro transtornado.
- NÃO! Grita Priscila desmaiando e é amparada por um dos agentes.
- VAMOS RÁPIDO! Você, fique aqui e cuide dela. Grita Carlos dando ordem para o agente que amparou Priscila, entra no carro e segue para o local onde estão os celulares e possivelmente a Mona e seu pai.
Gente voltei!!
Agora o bicho pegou. Será que o miserável do Daniel matou nossa querida Mona?
Estou desesperada com eles para o próximo capitulo. Espero que estejam gostando.
Continuem comentando e dando estrelinhas estou amando.
Ps. esta sem revisão então perdoem os errinhos.
Bj.
Nadir B.