Por Willy
Acordo com raios de sol invadindo o quarto, vejo uma mulher deslumbrante dormindo ao meu lado e percebo que a noite de ontem não foi apenas um sonho. Sento na cama e fico observando Maite dormir. Ela é tão linda, não me canso de observá-la, poderia passar horas olhando-a dormir. Tenho uma idéia.
Ela se mexe e vejo seus lindos olhos castanhos me observarem. Ela abre um sorriso, mas percebo suas feições avermelhadas.
- Bom dia linda. Digo lhe dando um sorriso.
- Bom dia. Diz se sentando ao meu lado na cabeceira sa cama.
- O café já está vindo. Digo acariciando seu rosto.
Ela me encara assustada.
- Que horas são?
- Calma ainda está cedo. Podemos tomar nosso café da manhã tranquilamente. Beijo sua testa.
- Mas e se a Bruna for no meu quarto e não me encontrar? Isso pode ser perigoso. Coloco o indicador em seus lábios.
- A gente dá um jeito. Você pode inventar uma desculpa, isso não é problema. Digo dando de ombros.
- Você vive me dizendo que eu não sei mentir. Diz com um sorriso no rosto.
- Isso é verdade. Maite você é uma péssima mentirosa. Rio e a beijo.
Nesse instante batem na porta. Me levanto e coloco o robe azul do hotel para atender a porta. Peço a Maite para ir para o banheiro. É melhor tomarmos cuidado por enquanto.
- Bom dia, senhor. Vim trazer seu café.
- Pode deixar aí. Aponto para o pé da cama.
Lhe entrego a gorjeta. Faço um aceno com a cabeça, ela responde da mesma forma e sai. Tudo o que eu pedi está aqui. Pego as rosas e coloco atrás de minhas costas e chamo Maite.
Ela vem em minha direção, com outro robe azul, com o rosto lavado e o cabelo preso. Olha para o café e dá um sorriso radiante pra mim.
- Hum estou morrendo de fome. Diz se sentando na cama.
- O que a senhorita andou fazendo para estar cheia de fome? Pergunto com ironia.
- Olha, pelo que me lembro, minha noite foi bem... cansativa por assim dizer. Diz erguendo uma sobrancelha.
- Cansativa? Não poderia ser satisfatória? Pergunto sorrindo.
- Satisfatória? É acho que sim.
- Isso é para você. Entrego as rosas vermelhas.
Ela me olha sem acreditar. Pega e cheira as rosas. Ela me encara e se levanta, me dá um selinho e me abraça.
- Obrigada. São muito lindas. Diz em meu ouvido.
Olho para ela e digo:
- Você é linda. Sorrio.
Acaricio seu rosto e eu a beijo. Tudo isso parece um sonho, tê-la em meus braços, dormirmos juntos, acordarmos juntos, é tudo tão intenso. Não quero deixar seus lábios, são tão macios. Em seus braços esqueço de tudo, de todos os problemas.
Terminamos o café e ficamos conversando sobre coisas casuais, gostos, situações, livros. Ela me contou que o maluco que ligava para ela voltou a perturbar seu juízo. Espero que a polícia o prenda logo. Conversamos mais um pouco. É tão bom conversar com alguém que me entende. Temos tantas coisas em comum que eu me surpreendi.
Gravamos praticamente o dia inteiro e a noite o elenco se reuniu em um renomado restaurante no centro de Miami. A noite foi muito agradável, conversamos rimos, o jantar estava delicioso e de vez em quando eu me pegava observando Maite. Ela estava como sempre linda, com vestido azul acima do joelho com o cabelo preso em um rabo de cavalo. De vez em quando me dava um sorriso cúmplice.
Quando voltamos para o hotel eu já estava sentindo falta de beijar Maite. Subi para o meu quarto e esperei cerca de 30 min. Pedi uma garrafa de champagne. Assim que deixaram a garrafa com champagne em meu quarto eu a peguei e fui até a porta. Observei se havia alguém no corredor, por sorte não havia ninguém.
Quando elevador apitou o andar de Maite, observei o corredor e constatei que estava vazio. Bato com cuidado em sua porta, ela abriu bocejando. Me olhou assustada e quando viu a garrafa em minha mão me olhou curiosa.
- O que faz aqui? Perguntou com uma sobrancelha erguida.
- Vim te fazer uma proposta. E dependendo do que você me responder a gente pode brindar. Digo com um sorriso no rosto.
Maite junto as sombracelhas com um olhar indagador e me convidou a entrar.
Entrei coloquei a garrafa da mesinha ao lado da porta e voltei minha atenção para Maite.
- Qual é a proposta? Perguntou Maite com os braços cruzados.
- Direto ao ponto. Gosto disso. Dei um sorriso. - Venha cá.
Estendi as mãos para ela. Fiquei encarando seus olhos negros.
- Eu quero que você esqueça tudo e todos nesses dias e só se concentre em nós dois. Depois dessa viagem se você quiser eu não te procuro mais. Eu quero que você seja minha pelo menos esses dias. Digo observando sua reação.
- Não sei se seria uma boa idéia, sua mulher me deu um aviso que eu ignorei momentaneamente, mas não sei como vai ser se ela descobrir o que está acontecendo. Diz Maite com os olhos fechados.
- Olhe pra mim. Ela abre os olhos. - Elizabeth não está aqui. E não tem como ela descobrir nada, pelo menos eu não falei com ninguém o que aconteceu entre nós, e você?
- Também não.
- Então não haverá problema. Me responda. O que você decide? Digo com o coração na mão.
Só vou ter mais uma semana para provar a Maite que eu a amo.
Ela segura minha cabeça e me beija com desejo. Retribuo com a mesma intensidade. Eu a quero tanto.
- Só durante a viagem. Depois você não vai mais me procurar.
- Se você não me quiser. Eu a interrompo.
Antes que ela fale algo, me viro e pego a champagnhe, encho duas taças e lhe entreguo uma.
- Vamos brindar a nós. Sorri para Maite e brindamos.
Ao terminarmos a bebida eu a beijei loucamente e a levei para a cama. Onde eu pude sentir o desejo dela por mim.
Sua pele macia encostava em meu corpo em chamas e aquilo me deixava louco.
De manhã, acordei com olhos castanhos brilhantes me observando. Ao perceber que foi pega Maite enrusbeceu.
- Bom dia. Disse tentando fazer com que ela relaxasse.
- Bom dia. Ela respondeu e eu abracei.
Cheirando seu corpo e acariciando seu cabelo macio.
- Hoje quem pediu o café fui eu. Concordei.
Ela me encarou. Se levantou.
- Eu vou tomar banho. Eu segurei seu braço.
- Eu posso tomar com você? Digo com uma ousadia que eu não imaginava ter.
Ela me olha assustada.
- Willy isso já é demais você não acha?
Sacudo a cabeça.
- Você concordou em ser minha durante a viagem. Por que eu não posso tomar banho com você? Eu não vejo problema algum. Digo torcendo para que ela não diga não.
- Tudo bem. Se você quer assim.
Diz seguindo para o banheiro e eu a sigo.
Entro no banheiro e vejo que ela vai direto para o chuveiro e tenho uma idéia. Ela liga o chuveiro e encharca o cabelo com água morna.
Entro atrás dela e a abraço. Ela se assusta. Eu a viro e a beijo. Eu a agarro apertando sua cintura. Fizemos amor mais uma vez. E perdemos a noção do tempo debaixo daquela água.
Hoje as gravações vão virar a noite. Vamos gravar cenas de Maria Desamparada e Maxmiliano na praia. Só poderei estar sozinho com Maite amanhã, mas já sinto sua falta sem ela ao meu lado.
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Beijinhos. Até a próxima.
Continuem comentando.