Capítulo 41 - Tormento

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Por Maite

Acordo no chão frio do meu banheiro cerca de meia hora depois. Me levanto o mais rápido que consigo, vasculho a minha casa toda e não encontro ninguém. Até porque se tivesse alguém em minha casa, no tempo que eu fiquei desacordada teria feito alguma coisa. Tranco tudo em minha casa e ligo para minha mãe. Pergunto quando Maria veio, ela disse que foi há 4 dias atrás. Ligo em seguida para Maria e a questiono se alguém apareceu em minha casa enquanto ela estava aqui. Ela me disse que meu namorado Eugênio veio me deixar uma surpresa, fiquei assustada com aquilo. Liguei imediatamente para ele.

- Alô minha linda. Diz Eugênio.

- Eugênio você esteve em minha casa esses dias que eu estava viajando? Digo com as mãos tremendo.

- Claro que não. Eu sabia que você não estaria aí. O que eu faria na sua casa sem você? Diz me questionando.

- Alguém esteve na minha casa enquanto eu estava viajando. A Maria, moça que faz faxina pra mim, disse que veio um rapaz aqui dizendo que era meu namorado, disse que se chamava Eugênio, estou muito assustada. No meu espelho do banheiro havia uma ameaça. Na última frase minha voz sai como um sussurro.

- Quer que eu fique hoje com você. Só pra você ficar mais calma? Pergunta.

Eu estou realmente assustada, até desmaiei, não quero ficar sozinha essa noite.

- Eu adoraria que você viesse. Digo tamborilando os dedos na mesa.

Estou tentando controlar meu nervosismo.

- Chego em meia hora.

- Tudo bem. Fico aguardando.

Enquanto Eugênio não chegava, resolvi ir tomar um banho quente e tento ignorar a mensagem em meu espelho. Enquanto a água quente corria pelo meu corpo, me lembrei do banho que tive com Willy em Miami, nós fizemos amor debaixo d'água, foi tão bom, estar com Willy é sempre bom. Fico me perguntando como vai ser de agora em diante, vou ter que me afastar de vez dele. Não quero que a louca da Elizabeth afaste ele dos filhos que tanto ama.

Isso seria algo terrível.

Eugênio chegou exatamente meia hora depois, fiquei feliz em vê- lo, apesar de querer outra pessoa ao meu lado nesse momento.

Sorri e lhe contei tudo o que aconteceu, meus batimentos cardíacos aceleraram e eu quase não conseguia respirar direito, mas me concentrei em lhe explicar nos mínimos detalhes. Eu estava apavorada com o que estava acontecendo.

- Maite há quanto tempo isso está acontecendo? Eugênio pergunta preocupado.

- Faz cerca de 2 meses e pouco. Eu já havia informado a polícia. Fiquei semanas sem receber nenhuma ameaça, mas invadir minha casa foi demais. Eu estou com medo, pode ser que o que aconteceu com você tenha sido por minha causa.

- Hoje você já ligou para a polícia? Precisa deixar todos avisados. E realmente, parando para pensar melhor, aquela ameaça em meu carro pode ter algo a ver com o que está acontecendo com você. Ele começa a andar de um lado para o outro.

- Estava esperando você chegar para me dar apoio. Digo segurando sua mão com força. - Vou ligar agora. A gente conta pra polícia o que constatamos, se for mesmo eles vão descobrir.

Pego o celular, informo tudo o que aconteceu e a polícia aparece em minha casa minutos depois, com cerca de três viaturas. A movimentação chamou a atenção de algumas pessoas. Depois de examinar toda a casa a polícia constatou que não havia digitais, só minha e de Maria. Eles pegaram o contato da Maria para interrogá-la.

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