Por Mona
Os médicos me examinaram, fizeram alguns testes para verificar se meu estado emocional estava recuperado. Não sei por que, mas me sinto super bem, parece que nasci de novo, lembro-me vagamente de tudo que me foi dito enquanto estava na total escuridão, senti o amor de todos os meus amigos, do meu pai e em especial do meu Pedro. Estou lutando por minha vida e minha felicidade. Amo cada uma dessas pessoas loucas que estão ali fora esperando para me ver, sinto-me amada por elas.
- Senhorita Morgana esta tudo bem? Um médico me pergunta. Nem havia percebido que estava chorando e sorrindo ao mesmo tempo.
- Está tudo ótimo doutor, só estou feliz. Digo sorrindo para ele.
- Então tudo bem, chamarei sua família e logo, logo estará de alta. Ele diz e sai.
E aquela multidão que amo entra enchendo ainda mais minha vida de alegria. Acompanhados logo depois por minha sogra, que entra com um sorriso de orelha a orelha.
- Minha querida. Ela diz assim que se aproxima de mim.
- Oi sogrinha. Digo.
- Amei o, sogrinha. Ela diz e todos no quarto riem.
- Acho que você precisa descansar. Diz o Pedro fazendo carinho em meus cabelos.
- Nada de descansar, já dormiu muito, vamos levantar desta cama. Fala a Priscila como sempre afobada.
- Mas. Tento falar, porém sou interrompido por ela.
- Nada de mais ou meio mais. Amiga, vem vamos tomar um banho, você esta muito pálida, seu cabelo precisa de uma hidratação e esse seu rostinho lindo de maquiagem. Ela dia se aproximando de mim.
- Não to com vontade de me arrumar, Pri. Digo de forma manhosa.
- Você não tem querer, tem um monte de piriguetes por ai, você Vi deixar esse pedaço de mau caminho andando por ai solto, com todas essas médicas e enfermeiras assanhadas dando em cima dele? Ela pergunta, olhando-me séria.
- Que história é essa Pedro Alves? Pergunto em tom de brincadeira.
- Eu não sei é a louca da sua amiga que vive imaginando coisas. Ele diz sorrindo se defendendo.
- Sim sei. E você vai lá no carro e pega minha mala, que eu vou ajudar minha amiga a ficar mais linda. Ela diz olhando para o Carlos.
- Pronto sobrou para mim. Ele diz.
- Vai logo e você vai com ele deixem só as mulheres aqui, vão saiam. Ela diz me fazendo sorrir.
- Desculpem. Digo baixinho para eles.
- Tudo bem, eu te amo. Diz o Pedro me beijando e saindo, junto com Carlos e meu pai.
- Amiga vem, vamos para o banheiro. A Pri fala.
- Tudo bem. Digo.
Ela e minha sogra me levam ao banheiro tomo banho, a Pri não sei de onde apareceu com secador, chapinha e sua mala de maquiagem. Me arruma, maquia, faz chapinha.
- Espera aqui. A Pri diz e sai.
Logo depois ela volta com meu médico.
- Olha ai doutor minha amiga já esta ótima acho que já pode lhe dar alta. Ela fala fazendo sua melhor feição de anjo.
- Nossa você realmente está ótima, vai a uma festa?! Diz o médico me olhando e sorrindo.
- Ai homens, quer dizer que mulher só se arrumar para ir a festa? Ela pergunta de forma desafiadora.
- Calma amiga, ele só esta e elogiando. Falo e olho para minha sogra que esta segurando o sorriso.
- Tudo bem, senhorita Morgana, mesmo antes de sua amiga doida me sequestrar, eu já estava trazendo sua alta. O médico fala sorrindo.
- Oba, vamos para uma festa! Diz a Pri.
- Nada de festa a paciente precisa descansar. O médico fala e sai.
- Estraga prazeres. A Pri fala para o médico e mostra a língua.
- Só você mesmo Priscila. Minha sogra fala sorrindo.
- Chama os meninos, estou com dó deles la fora a horas. Digo.
- Rapazes, venham. A Priscila coloca a cabeça na porta e os chama.
Assim que entram começa a bagunça e uma enfermeira veio de forma amistosa, nos expulsar.
- Senhorita Morgana pode ir já esta de alta e parem de tanto barulho, estão incomodando os outros pacientes. Ela fala e sai.
E todos nós sorrimos.
- Ai que vergonha, vamos logo embora. Digo.
Assim que saímos vejo o Pedro pegando uma direção diferente.
- Aonde vamos? Pergunto.
- Hoje passaremos a noite na casa de uns amigos e amanhã mesmo nos mudaremos daquele prédio. Ele diz sério.
- Não precisa amor. Digo triste, por esta causando tanto transtorno.
- Precisa sim. O Carlos achou um prédio pequeno seis quatro apartamentos, moraremos todos lá. Só estamos no impasse entre o Carlos e eu de quem paga o que. Ele fala de forma leve sorrindo.
- Quando isso tudo aconteceu? Pergunto surpresa.
- Enquanto você dormia. Ele olha e fala de forma carinhosa.
Quando chegamos era uma casa linda, toda em tons pasteis, com uma decoração moderna.
- Que lugar lindo amor! Digo.
- E hoje ele é todo nosso. Ele fala de forma carinhosa.
- Onde estão seus amigos? Pergunto curiosa.
- Viajando! Ele responde simplesmente.
- Então estamos invadindo a casa de alguém? Pergunto de forma divertida.
- Mais ou menos. Ele diz e me abraça pela cintura.
- Vem, vamos comer alguma coisa, comprei umas coisas, mas pedi também comida, já deve esta chegando. Assim que ele fala a campainha toca e é quase impossível não sentir meu coração em alerta.
- Droga! Digo baixo, porém o Pedro ouve.
- Aconteceu alguma coisa amor? Ele pergunta.
- Não nada esta tudo bem. Digo com meu melhor sorriso.
- Vou pegar a comida, ele me beija e segue para a porta.
Assim que ele sai, minha respiração começa a acelerar.
- Por favor fica calma, por favor fica calma, por favor fica calma. Fico repetindo para mim mesma, enquanto respiro profundamente.
Ouço passos e a voz que sempre me reconforta.
- Era o entregador mesmo. Ele diz e finalmente solto uma respiração pesada que havia prendido no momento que ouvi os passos.
- Mona você esta mesmo bem? O Pedro pergunta se aproximando.
- Agora estou. Digo e lhe beijo.
- Vamos comer. Ele chama, mas parece não acreditar muito no que falei.
- Estou com fome mesmo. Digo sorrindo, já conseguindo dominar a pânico que queria se apoderar de mim.
Comemos, em silencio, mas foi um silencio confortável, sempre nos olhávamos e sorrimos um para o outro. Mesmo quando não falamos nada sinto seu amor em mim.
Assim que terminamos, levanto-me retiro os utensílios da mesa, coloco na pia e começo a lavar.
- Não precisa amor, deixa ai. O Pedro diz.
- Precisa sim, você já teve muito trabalho por hoje, vai tomar um banho que eu termino rapidinho. Digo sorrindo.
- Você tem certeza? Ele pergunta.
-Sim amor, vai lá você esta cansada, eu já vou e nós namoramos um pouco e dormimos. Tá? Digo lhe beijando.
- Eu te amo. Ele diz.
- Eu amo mais. Digo e ele sai sorrindo, mas não antes de dizer.
- Eu amor muito, muito mais. E sai correndo.
Pico naquela cozinha que não é a minha, mas que me passa tanta paz que me faz pensar em tudo que passei nesses últimos meses, e em especial nesses últimos dias. Sinto novamente uma única lágrima solitária caindo, mas dessa vez não é de tristeza e sim de todas as decisões que decidir tomar: Vou vencer, vou amar, vou cuidar das pessoas que amo e acida de tudo vou acabar com todos que se atreverem ameaça-los. Penso fechando meu pulso em forma de força. Estou tão leve que acho que consigo segurar o mundo, precisava tomar essas decisões e de hoje em diante não me permitirei ser dominada pelo medo, nunca mais.
- Nunca mais! Digo, de forma firme sozinha.
- Nunca mais o que? Pergunta o Pedro que eu nem tinha percebido estava me olhando.
- Nunca mais me deixarei dominar pelo medo. Digo firme novamente.
- Fico muito feliz por isso e lembre-se eu sempre estarei aqui para te ajudar. Ele diz e me enlaça pela
Cintura e nos beijamos, como a muito tempo não fazíamos, neste momento aquele pânico de sempre não aconteceu e eu estava bem em seus braços, tinha tanto amor em tudo que fazíamos naquele momento que finalmente eu vi o Pedro o meu Pedro diante de mim e não a imagem de meus agressores, como sempre acontecia.
Nosso beijo foi se aprofundando, andávamos agarrados, como se fossemos um só, nunca perdendo o contato de nossos lábios, eu estava nas nuvens, sempre nos beijávamos, mas naquele momento foi diferente, eu estava totalmente entregue a ele, continuamos andando até que chegamos a um quarto eu nem tinha percebido que estávamos nos direcionando para lá, mas gostei.
- Eu te amo tanto. Digo assim que nos separamos para tomar folego.
Nunca tinha estado assim, tão entregue, eu quero ser dele, vi em seus olho0s que ele também me queria, nunca nenhum home me olhou como ele esta me olhando agora, é umas forma terna e ao mesmo tempo com paixão, vejo fogo em seu olhar.
- Eu quero você. Preciso de você. Hoje, agora! Consigo dizer em um sussurro.
Ele esta me olhando, sua respiração esta tão ofegante quanto a minha, seus olhos ainda estão em mim, à espera por uma resposta ao que falei esta me deixando nervosa e insegura. Ele vê minha expressão, me mostra seu sorriso lindo que eu tanto amo e me beija, caímos na cama, ele me beija, um beijo necessidade, carinhoso, voraz. Não sei como explicar o que estava sentindo neste momento, suas mãos passeavam por meu corpo, sentia calafrios quentes em cada troque.
- Eu te amo. Ele diz de forma suave em meu ouvido.
- Você não sabe a quanto tempo espero para ver seu corpo tão entregue assim. Ele continua falando em meu ouvindo.
- Eu também te amo, confio em você e quero ser sua! Falo assim que nossos olhos se cruzam.
Oi gente voltei.
- Noooossa que autora má!!!
Sei que é isso que vocês devem esta pensando de mim agora. Mas acredito que eles precisavam de um momento deles e será que hoje vai? Será que finalmente a Mona superou esse passado tenebroso? Quem viver verá.
Amo vocês e muito obg pelo apoio, os comentários e estrelinhas eu amei.
Continuem assim, isto me incentiva a continuar escrevendo, cada palpite que vocês dão me inspira. Amo ler cada comentário, obg.
Ps. Está sem revisão, então perdoem os errinhos.
Bj.
Nadir B.