Gente depois de tanto esperar, essa viagem finalmente vai acontecer. Apertem os cintos pois as coisas vão ficar turbulentas. Vamos simbora.
Por Willy
Meus filhos fizeram questão de me acompanhar até o aeroporto, por consequência Elizabeth veio junto, não ia discutir, pois alguém tinha que levá-los para casa.
O elenco marcou de se encontrar as 10:30 para nos reunirmos antes da viagem, o embarque seria as 11:15. Cheguei as 10:20, encontrei Adriana e Victória no meio das malas e alguns câmeras também. Cumprimentei a todos, Elizabeth também. Quando deu 10:30 todos já estavam reunidos, vi Maite chegar com Bruna, carregando várias malas. Recebemos informação de como seria nossa viagem, as gravações de tudo. Conversamos durante um tempo e depois nos dispersamos, em certo momento Elizabeth disse que iria ao banheiro.
Assim que ela saiu procurei por Maite. Não achei. Onde ela estava?!
Fiquei com meus filhos e em instantes Elizabeth estava de volta com um lindo sorriso no rosto. Não entendi o por que.
Por Maite
A semana passou voando, gravei a música com Christian, foi muito especial, queria poder voltar no tempo. Sentia muita falta dos meus amigos do RBD. Mesmo com alguns desentendimentos nós nos divertíamos muito.
Acordei muito animada, a viagem é hoje. Deixei minhas malas arrumadas ontem para não ter atraso, mas Bruna acabou se atrasando.
Esses dias tentei ficar o mais distante de Willy que pude, estar com ele era a melhor coisa do mundo, mas eu não podia magoar Eugênio por um capricho meu. Estar afastada era o melhor que eu podia fazer.
Ao chegar no aeroporto todos já estavam esperando, Eugênio não pode me acompanhar pois estava gravando.
Percebi Elizabeth e os filhos de Willy ao seu lado. A reunião entre o elenco começou, durou cerca de 15 minutos, depois todos se dispersaram. Dei uma corridinha ao banheiro, para não me atrasar na hora do embarque.
Ao sair do reservado, encontro Elizabeth na porta, com a mesma fechada atrás de si. Ela me olhava de um jeito que me deu medo.
- Oi. Falei por educação.
- Oi. Queria falar com você antes do embarque.
- E por que tinha que fechar a porta pra isso? Perguntei levantado uma sobrancelha.
- Porque não queria que ninguém nos interrompesse. E agora vamos ao ponto principal dessa conversa, eu vim te dar um aviso. Começou em um tom ameaçador. - Espero que nessa viagem você não aproveite para se jogar em cima do meu marido. Entendeu? Se eu desconfiar que vocês dois passaram mais tempo juntos que o necessário, eu vou fazer um escândalo, vou dizer que você destruiu uma família perfeita e que não tão boazinha quanto parece. E ainda por cima, o Willy não vai mais ver os filhos. Vou dizer tanta coisa a eles que não vão mais olhar na cara dele. Agora é você quem decide.
- Você é maluca? Só pode. Pra vir falar tanta besteira pra mim, você só pode estar desequilibrada. Digo tentando me defender.
- Está avisada. Depois não vai dizer que eu não avisei. Ela se vira e sai.
Fiquei respirando fundo no banheiro para me controlar, pois o meu instinto era voar em cima dela, mas consegui me controlar.
Eu já tinha tomado a decisão de me afastar de Willy e essa cena de Elisabeth só confirmou minha decisão.
Saí do banheiro, me encontrei com Bruna e fomos para o setor de embarque. Eu estava revoltada por aquela mulher vir falar aquele monte de besteiras pra mim. Nesse momento me senti tão egoísta, queria voltar e falar um monte de besteiras para ela, mas já estava embarcando.
Entramos no avião e fomos nos acomodando, me sentei em meu lugar que era na janela, agradeci mentalmente, mas meu agradecimento acabou por aí, quando ouvi sua voz e vi seu corpo sentando ao meu lado. Olhei assustada para ele, eu não acreditava que isso estava acontecendo, não podia acreditar que ele iria viajar ao meu lado.
- Oi. Diz com um sorriso radiante. Parece que vamos viajar juntos.
Seu sorriso se alarga. Fico me perguntando por que essas coisas tem que acontecer comigo. Sorrio.
- Pelo que parece sim. Vamos passar praticamente três tendo que olhar um para a cara do outro. Digo irônica.
Ele balançou os ombros, se aproximou e disse:
- Eu não me incomodaria em passar um dia inteiro olhando o seu rosto.
Fico vermelha instantaneamente.
Como ele pode dizer essas coisas pra mim?!
Fico encarando a janela tentando em vão esquecer que Willy está ao meu lado, o meu racional me diz para que eu me acalmar e ignorar a presença dele, mas meu emocional me diz pra me jogar em seus braços e esquecer todo o resto. Em segundos a aeromoça nos dá os avisos básicos da viagem. E assim o avião decola rumo a Miami.
- Sabe qual é a melhor coisa de se estar dentro de um avião? Pergunta Willy com o olhar divertido.
- O quê? Pergunto.
- É que você não pode fugir de mim. Mesmo que tente, vai ter que me aturar por duas horas e meia. Diz um sorriso satisfeito.
- Não acho que serei uma boa companhia hoje. Digo tentando encerrar o assunto.
- Você é sempre uma boa companhia. Mesmo quando está tentando não ser. Diz com um sorriso maravilhoso.
- Hoje você quer me tirar do sério? É esse o seu objetivo? Por que se for está conseguindo. Digo irritada.
Eu quero manter a maior distância possível de Willy, apesar de todas as minhas moléculas me atraírem para ele.
- Por que você não pode ter uma conversa normal com seu colega de trabalho? Willy fica me encarando.
- Você é tudo, menos meu colega de trabalho. Digo revirando os olhos.
- Nossa! Agora você me ofendeu! Se nem seu colega de trabalho eu sou, então o que eu sou? Eu sou tão insignificante assim? Pergunta tentando fingir ressentimento.
- Para, você não é engraçado. Até tenta, mas faz isso muito mal. Mordo o lábio inferior para conter o riso.
- Parece então que empatamos. Eu não sou um bom palhaço e você é péssima em tentar afastar as pessoas. Olho boquiaberta para ele.
- Do que você está falando?
- De você fazer de tudo pra fugir de mim, se não queria que eu me aproximasse era só falar na minha cara. Aliás você tem uma ótima oportunidade agora. Ele parece irritado.
- Willy... Não tenho palavras. - Eu te avisei na nossa última conversa que não iria me afastar de Eugênio e também não vou enganá-lo. Sei o que quer de mim e não pretendo retribuir. Falo baixo.
- Engraçado, que você sempre coloca ele como obstáculo, mas nunca me diz o que quer de verdade. Diz me encarando com fúria.
- Olha só, aqui não é o lugar ideal para termos essa conversa, não preciso de platéia. Agora eu estou irritada.
Fico me perguntando se alguém do elenco pode nos ouvir.
- Se só consigo falar com você assim, então acho que é o melhor lugar para termos essa conversa. Cruza os braços e me encara.
O encaro durante um tempo.
- Quer saber? Eu não preciso disso. Vou ao banheiro, pelo menos lá você não pode me seguir. Levanto.
- Vai fugir de novo? Pensei que você fosse diferente, mas estou vendo que é uma covarde. Diz com um olhar furioso.
Me aproximo dele com raiva e falo:
- Eu não tenho que ficar aturando você nem a louca da sua esposa, entendeu? Coloco a mão na boca.
- O quê? O que foi que disse? Pergunta com a expressão confusa.
Maite pra quê você foi abrir essa bendita boca?
- Nada, eu preciso ir ao banheiro. Vou depressa em direção ao banheiro.
Merda! Pra quê eu fui falar isso?!
Ele não podia saber disso, mas eu estava com tanta raiva. Me olho no espelho e percebo que lágrimas rolam por minha bochecha.
Preciso me afastar dele.
Por Willy
Do quê Maite estava falando?
Não vou deixar ela me enrolar, vai ter que me contar essa história direitinho.
Depois de uns dez minutos Maite volta para o meu lado, já se passou meia hora da viagem.
- Maite que histó... Ela me interrompe coloca o dedo em meus lábios.
- Me deixe quieta por favor, eu quero ficar em silêncio. Estou com dor de cabeça. Mais tarde se quiser conversar a gente conversa. Diz com o rosto triste.
- Desculpe se te importunei, não queria te chatear, mas se quer conversar mais tarde a gente conversa. Ela assenti.
Pega um enorme fone de ouvido na bolsa, liga o ipod, fecha os olhos e se desliga.
Passamos a viagem inteira sem falarmos mais nada.
Faltando quinze minutos para pousarmos, olho para Maite e identifico lágrimas em seu rosto. Com cuidado, encosto meus dedos tentando secar as lágrimas, ela se arrepia e me olha assustada.
- O que foi? Por que está chorando? Pergunto preocupado.
- Estou com uma enxaqueca terrível. Diz olhando para a janela.
- Você mente tão mal. Se não quer falar não vou insistir. Na verdade quero sim, mas me contenho.
- Willy, é que... Ela começa, mas a aeromoça nos avisa que iremos aterrisar.
- Depois a gente conversa. Encerro o assunto.
Quero muito ficar a sós com Maite e conversar de verdade com ela, e agora em Miami vamos ter bastante tempo para isso.
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Amores é isso.
Adoro os comentários, continuem comentando.
Bye bye até a próxima. Beijinhos!!!