Ligação On
- Alô?
- Alô? Eu gostaria de falar com a Fernanda.-disse a voz do outro lado.
- Sim. É ela, quem fala?.
- Sou eu o Felipe. Preciso falar com você.
- Felipe? Como conceguiu o meu numero? E o que quer falar comigo?
- Eu vou te explicar tudo. Mas me encontre no restaurante que fica ao lado do hospital. Conheçe?
- Sim! Sei onde é. Mas não vai dar pra te encontrar... Eu tenho muitas coisas pra fazer.
- Não enrrola Fernanda! É muito serío o que eu tenho pra te dizer.
- Quando?
- Daqui meia hora, tudo bem?
- Vou ver o que eu faço, e te encontro lá. O Bruno irá comigo.
- Não! É melhor não. Acredite que é melhor você ir sozinha.
- Não entendo o motivo mas tudo bem.
- Logo logo você vai entender.
- Bom... Tial.
Ligação Off.
O que o Felipe quer comigo? O que será? E porque o Bruno não pode ir? Eu não entendo.
Nossa! Como foi bom ouvir a voz dele. Como eu me senti tão bem.
Para Fernanda!. Não começa. Em menos de um mês você vai se casar. Então se controla ai garota.
Esperei o Bruno sair para trabalhar, então até o Felipe.
Cheguei nesse restaurante. Lá estava ele.
Me sentei.
- Então? O que quer comigo? Porque quis me encontrar aqui? E porque o Bruno não pode vir comigo?
- Fernanda! Quem faz as perguntas aqui sou eu.
Nossa! O Felipe estava serío.
Não entendi o porque.
- Como assim Felipe? Não estou intendendo.
- Olha isso!.-ele jogou um papel na mesa.
- O que é isso? Porque está me dando esse papel?
- Pra te desmentir Fernanda.
Não! O Felipe não fez isso! Ele... Porque ele fez isso?.
- Um teste de DNA ? O que eu tenho haver com isso?
- Chega Fernanda! Chega de mentiras. Eu já sei que a Ana Maria é minha filha. Eu já sei!.
E agora? Eu já não posso mais mentir. Ele tem provas.
O que eu faço?.
- Ma...Mas...
- Para! Para! Você não vai mais mentir pra mim. Eu te perguntei uma vez e você me disse com toda certeza que a Ana Maria não era a minha filha. Mas é claro que eu não acreditei.
- Você fez o teste sem minha permissão? Você não tinha esse direito.
- Você não tinha o direito de esconder isso de mim. Eu tenho uma filha e não sabia. Porque mentiu Fernanda? Porque não me contou a verdade? Porque me deixou sem saber? Eu não te entendo Fernanda.
- O que queria que eu fisesse? Eu havia ido embora, não faria nenhum sentido eu voltar dizendo que estava gravida.
- Não faz sentido é você mentir pro cara que mais te ama nesse mundo.
O que ele disse?? Ele me ama? Me ama? Mas...
Caramba! Ele me ama.
- O que você disse? Depois de todo esse tempo você ainda me ama?
- Do que isso importa? Eu ainda te amo Fernanda. Eu não queria te amar tanto. Mas infelismente eu amo. Amo tanto que chega a doer.
- Pensei que já não me amava mais, e você me disse que amava sua namorada.
- E você disse que ama o seu noivo.
- Felipe!... Me perdoa... Me perdoa por eu não ter dito a você que a Maria é sua filha. Por favor me perdoe, mas eu tive medo.
- Medo? Medo do que Fernanda?
- Medo que você tirasse ela de mim. Eu não sei porque pensei nisso, mas eu pensei. Eu não queria ter mais nenhuma ligação com você. Por isso não te disse nada.
- Eu tinha o direito de saber. Mas tudo bem. Agora que já sei que ela é minha filha, vou aproveitar o tempo perdido.
- O que? Eu não entendi.
- Como não? Eu vou conviver com a minha filha.
- Não não vai! Claro que não.
- O que? É claro que eu vou. Ela é minha filha e eu tenho esse direito.
- Felipe ela já tem um pai. O Bruno á ama como filha.
- Mas ele não é o pai. Eu sou, eu vou cuidar da minha filha.
- Não você não pode fazer isso. Se o Bruno descobri que te encontrei ele vai ficar com ciumes e vamos acabar brigando.
- Eu não vou a trás de você, e sim da minha filha.
- Não faz isso Felipe. Deixa tudo como está. Eu sei que você está vivendo bem, Não precisa se preocupar com a Maria. Ela tem casa, comida, e já tem o meu amor e do Bruno.
- Fernanda! Nada do que me falar vai mudar a minha decisão. Eu vou lutar pra ter a minha filha ao meu lado.
- Eu não vou deixar você tirar a minha filha de mim.
- Eu não quero tirar ela de você. Eu só quero ter os meus direitos de pai.
- Eu te prometo Felipe, se você pensar em contar pro Bruno a verdade que você é o pai da Maria... Preste atenção no que eu te digo... Eu fujo com a Maria pra outra cidade, e você nunca mais vai nós ver.
- Você não faria isso!.
- Que apostar?
Eu não vou deixar ele tirar minha filha de mim.
Então se ele tentar eu fujo com ela.
Eu me levantei para ir embora, Felipe segurou em meu braço me puxando pra bem perto dele.
Confesso que foi dificíl me segurar, e não agarra-ló ali mesmo e enche-ló de beijos.
- Não faça isso.
- Então não me provoca. Eu não estou mentindo, se contar para o Bruno, eu desapareço.
- Iria deixar seu noivo?
- Por minha filha... Sim!.
Me soltei, e sai.
Fui embora sem olhar pra trás.
Eu não estava acreditando no que havia acabado de acontecer.
Não desabei na frente do Felipe, mas voltei para casa em choros.
(....) Já em casa.
Cheguei sentei-me na mesa, abaixei a cabeça e continuei a chorar.
Então fui enterrompida.
- Fernanda? Novamente chorando?-disse Ana chegando do trabalho.
- Ana? Que bom que é você.
- O Bruno ficou no trabalho. Ele tinha muitas coisas pra fazer, então vai almoçar por lá. Mas porque está chorando? O que houve? Aconteceu algo com a Ana Maria?.
- Não! Ela está bem!. Está na escolinha.
- Então porque está chorando?
- É o Felipe Ana! Eu acabei de falar com ele.
- Ele esteve aqui?.
- Não! Eu fui me encontrar com ele. Em um restaurante não muito longe daqui.
- Porque você foi se encontrar com ele Fernanda? Por acaso está rolando algo...?
- O que? Não! Claro que não Ana. Eu sou apaixonada pelo Bruno, eu nunca seria capaz de trai-ló.
- Sim... Mas o Felipe é o cara que você sempre amou. eu sei que você não ama o Bruno. Então...
- Não Ana. Eu posso não ama-lo ainda, mais vou amar. Eu sei que vou.
- Bom... Mas me diga, porque está chorando? O que foi que disseram?
- O Felipe descobriu que é o pai da Maria.
- O que? Como assim Fernanda?
- Ele fez o teste, e agora ele sabe que a Maria é a filha dele.
- Mas... E agora?
- E agora Ana, ele quer ter os direitos de pai. Ele quer fazer parte da vida da minha filha.
- Mas o Bruno nunca irá aceitar isso. Ele ama a Maria como filha.
- Eu sei Ana. Mas isso não é tudo.
- Tem mais?...
- Sim!. O Felipe disse que ainda me ama.
- Não! Serío? Caramba! Ele ainda te ama. Ele sabe que você também o ama?
- Não! Claro que não. Ele pensa que eu amo o Bruno. E espero que ele continue pensando assim.
- Eu não concordo com isso.
- Com o que?
- Você o ama, ele te ama então porque não estão juntos?
- Ana, eu vou me casar você se esqueceu? Eu não posso simplesmente chegar no Bruno e dizer que não o amo, e que sempre amei o Felipe. Não eu não posso.
- Mas é isso que quer? Essa é sua vontade?
- Não. Eu não quero deixar o Bruno, estou feliz com ele. E dentre de algumas semanas iremos nós casar.
- Bom!... Então boa sorte.
-Obrigada amiga, eu vou mesmo precisar.-á braçei.
Então passou-se o dia.
Era noite. Não estava conceguindo dormir.
Então fiquei a espera do Bruno.
Ele então chegou.
Me deu um beijo e começou a tirar a roupa, para dormir.
- Boa noite meu amor.-disse o Bruno.
- Boa noite. Como foi o trabalho?
- Ah foi cansativo como sempre. Fiquei só imaginando quando chegasse em casa, e visse a mulher maravilhosa que tenho dormindo como um anjo. Mas vejo que foi melhor ainda, á encontrei acordada.
- Seu bobo. Como não concegui dormir, fiquei te esperando.
- Espera ai, você está com aquela sua camisola que me deixa louco?
- Qual? Essa?-tirei o coberto.
- Ah não faz isso comigo. Estou tão cansado.
- Ah então você não vai querer hoje? Tudo bem então.-coloqueio coberto novamente.
- O que? Você tá maluca? Eu sou apaixonado nesse seu corpo.
- Mas você está cansado. Não vai dar conta.
Logico que eu estava provocando.
- Você quer apostar?
- Eu quero.
Brubo então pulou em cima de mim. Começou a me beijar com uma vontade enorme.
Enquanto nós beijavamos, Bruno disse algo que estragou totalmente o clima.
- Ah, amanha o medico da Maria vem aqui tá.
- O que?-enterrompi o beijo.
- Porque parou? Só disse que amanha, aquele medico que estava cuidando da Maria, virá aqui.
- O que ele vai fazer aqui Bruno?
- Eu me encontrei com ele hoje. Conversamos bastante. Eu pedi pra ele vim aqui ver se está tudo bem com a Maria.
- Poxa Bruno. Porque você fez isso? Pra que vim um estranho aqui ver a Maria? Ela está bem.
- Ei, lembra que a poucos dias Maria teve umas febres altas? Então e se for algo serío? É bom ele olhar.
- Mas.... Ah Bruno! Como é mesmo o nome dele?
- Me disse que se chama Doutor Diego. Porque?
- Ah! O Doutor Diego. Pensei ser um outro que não fui muito com a cara dele.
- Bom! Agora já pode ficar tranquila. E por favor podemos voltar para onde paramos?
- Ah seu safado. É claro que podemos.-voltamos a nós beijar.
No outro dia.
- Bom dia meu amor.
- Bom dia meu bobão.
- Que noite em!.
- Você vai dizer isso todos os dias?
- Mas é claro. Cada dia é melhor. Todo dia me apaixono mais.
- Você é mesmo um bobo.
- Sim, sou um bobo apaixonado. amor...
- Diga? ...
- Vamos sair hoje?
- Sair? Ah não, chega de restaurantes Bruno.
- Não, não é em um restaurante, e sim em um show.
- Show? Que show Bruno?
- Do Ed Sheeran, o que acha?
Aaaaaaaaaah
- O que? Você tá brincando né? Eu amo esse cara. Não brinca comigo.
- Eu não estou brincando amor, e pera ai... Você ama ele?
- Meu Deus! Esse cara é maravilhoso. É claro amor, vamos sim.
- Espera ai... Você ama ele?
- Ai seu bobo. Vamos descer para tomar um otímo café.
- Claro vamos, mas espera ai você ama ele?...-risos.
Depois de ir ver a Mariadecemos para cozinha. Ela ainda estava dormindo, então não quis acorda-la.
Descemos as escadas abraçados e aos beijos.
Foi então que apareceu ele.
- Ah você veio mesmo.-disse o Bruno indo até ele.
- Sim! E onde está ela? A pequena Ana?.-disse ele. O Felipe.
Mas porque ele? Porque o Felipe? O que ela estava fazendo aqui na minha casa?
Ele me olhou com uma cara tão estranha, quando me viu aos beijos com o Bruno.
Mas porque o Felipe fingiu ser o Doutor Diego? Eu não entendi.