Indômito

Bởi EAnoniima

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Tempos depois de começar a vingar a morte de sua mãe, Safrina Nieto retorna a Hausach, a pequena cidade onde... Xem Thêm

Prólogo
Capítulo 1| Retorno
Capítulo 2| Destruição
Capítulo 3| Sombras
Capítulo 4| Me Salve
Capítulo 5| Concentre-se
Capítulo 6| Mudanças
Capítulo 7| Noivado?
Capítulo 8| Direção
Capítulo 9| Desejo
Capítulo 10| Ações
Capítulo 11| Marcas
Capítulo 12| Verdades
Capítulo 13| Me Apaixonando Totalmente
Capítulo 14| Provocações
Capítulo 15| Aflição
Capítulo 16| Solitário Novamente
Capítulo 17| Piedade
Quantos gritos cabem no seu silêncio?
Capítulo 18| Demônios
Capítulo 20| Lágrima maldita

Capítulo 19| Novos laços

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Bởi EAnoniima

"Vou levá-lo para o outro lado
Onde você nunca estará sozinho."
(Zayn ft. Sia - Dusk till dawn)


Depois do diálogo unilateral da noite passada, assim que concedi a minha resposta a Zac, ele saiu e me deixou sozinha no quarto.

Havia se passado um dia e eu não o vi. Meus pensamentos estavam mais tempestuosos que o habitual. Eu tinha falado alguma coisa que não devia? Acreditava que não. Mas porque ele sumiu? Porque não falou "Poxa, obrigado pela resposta, demorada, mas ainda sim uma resposta". Eu estava esperando pelo menos um obrigado!

Eu sabia que meu mundo não gira em volta de Zac. Por que eu deveria me preocupar com isso? Tinha mais o que fazer, certo? Por exemplo, neste exato momento estou tendo mais uma aula entediante com Rose. Confesso que estava tendo um grande progresso, e dentro de alguns dias eu iria parar de usar a cadeira de rodas.

"Têm apenas dois dias que ela está usando a cadeira". Disse um dos ministros a Rose, e eu não pude evitar de sorrir com tamanha ousadia do homem. Amor, tem uma loba dentro de mim, faminta! E ela está fazendo de tudo para se curar e poder sair para caçar.

Era óbvio. Pelo menos para pessoas espertas, eu poderia contar nos dedos quem sabia que enquanto eu não alimentasse minha loba, não iria me recuperar por completo.

— Safrina, vamos tentar andar? — Rose me ajudava com os exercícios que o Dr Valentin tinha orientado, em intervalos de uma hora e meia todos os dias. Acelerando no processo de recuperação.

— Sim.

Já conseguia levantar apoiando nas barras que foram colocadas especialmente para que eu pudesse fazer os exercícios. A cada "sessão" eu percebia pequenas mudanças, pelo menos era o que eu estava sentindo. Minhas pernas estavam mais forte, porém não havia ganhado massa ainda. Não voltei a minha antiga forma corporal.

— Bom, Safrina. Acho que amanhã você já estará totalmente recuperada! — Rose parecia animada.

— Acho que lhe devo um "obrigada". — Arqueio uma sobrancelha.

— Sim! — O entusiasmo dela fazia com que as vezes meu estômago embrulhasse.

— Obrigada.

— Iremos melhorar isso. — Ela resmunga para o meu tom de voz extremamente seco.

— Escute, Rose. Eu não tenho nada contra você, mas também nada a favor. Como você é a mãe de Zac, que tal fazermos uma trégua? — Era inevitável, não queria prolongar aquilo. Acreditava que o mundo viveria em paz se todas as pessoas adotassem a sinceridade.

— Uma trégua? — Ela repete, refletindo minhas palavras. — Você será Luna do meu filho, tenho que aceitar conviver com você. Tudo bem, uma trégua será útil.

Concordo com a cabeça e me viro em direção a porta, mas lembro de algumas palavras que ela havia me dito antes de toda essa turbulência. Não tínhamos conversado ainda, não tínhamos esclarecido todos os assuntos que nos intrigavam. Eu sabia que nem eu e nem Rose iriamos fugir, mas era notável que tínhamos evitado o máximo possível. E eu não deixaria que continuasse assim.

— Quanto tempo você ainda tem?

— Para a sua felicidade, creio que vou conseguir ver meus netos. — Ela sorri debochada, o que normalmente me deixaria fervilhando.

— Oh, céus! Você é bruxa? — Finjo pavor. — Vai viver eternamente, pois não quero ter filho. Não tem como adiantar isso, não? — Meus lábios se curvam em um sorriso.

— Ha! Era para rir? Houve um tempo que você era mestra nos insultos, esse título agora é humilhante.

— Não era para sorrir, pode ter certeza. — Abro a porta da sala, ao que parecia aquele era o salão feito exclusivamente para Rose, e que tinha sido dividido para atender as minhas necessidades. Não era um ambiente ruim, chegava a ser agradável se não fosse pela companhia. As paredes eram de tons claros com ornamentos em dourados, típico da arquitetura antiga como o restante do palácio. — Tchau, sogrinha.

Estava me preparando para dormir. Agora eu banhava sozinha e não deixava tanta bagunça para trás. Detalhes como roupas molhadas porque a cadeira ficava ensopada e, ou eu secava com a toalha e a deixava encharcada ou as roupas ocupavam o papel da toalha. Demorava, mas o que importava é que eu não dependia dos outros, pelo menos neste quesito.

Os exames não deram em nada, eu estava bem. Precisava alimentar a minha loba, ela sim estava desnutrida, mas fora isso tudo estava normal.

Por ter essa vantagem, de ter uma loba dentro de mim, poderia ganhar massa no dia seguinte ao que ela fosse alimentada. Voltando assim, ao meu peso padrão. Estou fazendo de tudo para andar rapidamente. Logo eu iria caçar e recuperar toda a minha independência, e céus como eu estava com saúde do meu corpo.

Estava na cama, quando escuto alguns passos. Fecho os olhos, se fosse alguém iria fingir estar dormindo, para que ninguém enchesse a minha paciência.

A porta abre, uma pessoa entra e a porta fecha. Ouço alguém digitando no celular, depois a porta abre novamente e logo em seguida se fecha, e os passos vão para longe.

Abro os olhos.

— DEMÔNIO!

Zac estava no quarto, me olhando com um sorriso nos lábios, enquanto eu gritava, assustada.

— Sabia que estava fingindo. — Ele diz, todo cheio de si. Como se me conhecesse mais que eu mesma.

— Quem saiu? — Levei a mão ao peito, massageando-o e buscando um meio de distrair do susto.

— Eu fui mais esperto e te enganei. — Ele me encara, percebendo que eu queria mais informações. — Mandei um guarda que estava aqui de vigia, ir para o quarto da minha mãe assim que eu fechasse a porta. — Ele dá de ombros.

— Idiota. — Reviro os olhos.

— Quero te falar uma coisa.

— Seja direto. — Digo, sentando na cama.

— Quando você me deu a resposta...

— E? — O interrompi, para que chegasse logo onde queria.

— Eu só perguntei aquilo para você acordar mesmo.

— Eu já sabia. — Confessei e revirei os olhos. — E aqui estou eu, acordada.

— Certo, mas mesmo você sabendo que era só para que pudesse acordar, você procurou por respostas e quando encontrou, me entregou com confiança, como se aquela resposta dependesse da sua vida. — Ele disse, e eu o encarei. — Enquanto você estava em coma, eu percebi que não viveria mais nem um minuto longe de ti, eu percebi que você Safrina, é o motivo por qual eu respiro. — Ele falou calmamente, sem desviar os olhos de mim.

Minha visão ficou borrada pela quantidade de lágrimas que brotaram em meus olhos, mas não permiti que elas caíssem pelo meu rosto, meu orgulho era mais forte que isso. Não choraria na frente de ninguém. Mesmo que fosse Zac na frente.

— Não vim te ver hoje, pois estava escolhendo as palavras certas para lhe dizer. Safrina, eu te amo com todas as minhas forças, eu respiro por você, eu luto por você, eu dou minha vida por você. — Ele faz uma pausa, que para mim, pareceu durar uma eternidade. — Como devo expressar o meu amor por ti? Essa pergunta martelou na minha cabeça o dia inteiro. Até que eu notei que não encontraria as palavras certas, e mesmo se encontrasse, elas iriam desaparecer quando eu entrasse por essa porta. Então, cá estou eu. Lhe entregando todo o meu amor. Eu te amo, mas quero demonstrar isso para você todos os dias quando eu acordar, quando eu for dormir, quando brigarmos e discutirmos. Todos os dias, todas as horas, o tempo inteiro. E como poderia fazer isso?

Ele se aproximou de mim, sentou ao meu lado, pegou a minha mão e olhou nos meus olhos.

— Cheguei à conclusão quando nossas memórias começaram a dançar pela minha cabeça. Sabe, nós erramos, e da forma mais cruel percebemos o quanto erramos, sabemos o quanto isso nos afeta e das consequências que sofremos. E eu simplesmente não me importo, não importo com suas escolhas horríveis. Não estou dizendo que elas vidas não importam, de forma alguma. — Ele suspira, como se estivesse se perdendo em meio as palavras e aos pensamentos — Eu não me importo com o teu passado, Safrina. Por que eu sei que você não vai fazer dele o seu presente. Eu vi a sua mudança, eu vi a sua dor. E isso para mim diz tudo. Tudo o que você pode e vai se tornar, no que está disposta a pagar pelos seus erros, não pelo fato de que tem que pagar, mas porque se arrependeu no coração e na alma, e está pagando perante a si mesma, e o seu julgamento moral está sendo mais cruel do que outros poderiam ser. — A sua mão livre passa pelo seu cabelo, como se aqueles fios lhe dá-se força e os olhos fixos em todo o quarto, menos em mim. — Eu te amei desde o primeiro olhar desafiador, era tão pequena mas tinha um ego tão inflado. Eu te amei mesmo lutando contra esse sentimento. E eu sempre te amarei. — Seus olhos param em mim e ele sorri. — Safrina, aceita ser minha mulher, minha esposa? Passar comigo o tempo triste e difícil, mas também o tempo bom e alegre? Aceita se casar comigo?

Ele não fez isso. Zac, não fez isso.

Me pegou de surpresa, sabendo que eu as odeio. Mas essa era diferente, e me despertava sensações diferentes.

Algumas malditas lágrimas caíram pelo meu rosto, me dando a certeza de como eu queria aquilo.

Eu não acreditava em amor, para mim não passava de um sentimento super valorizado. Casamentos haviam feitos para dar errado, e não passavam de contratos com pessoas que queriam os mesmos caminhos. Porque se houvesse amor, não haveria tanta crueldade e mentira. Se houvesse amor não teria ferido gravemente tantas pessoas.

Mas desde que eu aceitara aquele acordo, desde que eu me impus a respeitar as ordens que me eram dadas, percebi que por tanto tempo eu olhei pelo ângulo errado.

Amor existe, e não é o sentimento que alguns dizem ter para justificar seus atos. É diferente, é puro e sincero. E era isso que Zac tentava me mostrar todos os dias, era esse amor simples e de uma magnitude tão grande que quase era palpável. Era isso que eu queria. Era assim que eu queria ver as coisas, com esse amor.

— Eu aceito.

Mal dei tempo dessas duas palavras saírem da minha boca para lançar meus braços pela sua nuca e o puxar para um abraço apertado.

— Pensei que você diria não, tive que escolher as palavras para te emocionar com cuidado. Entende o porquê do sumiço o dia todo? Foi difícil. — Ele falou como se tirasse um peso de suas costas.

E ele estava certo, eu nunca me imaginei em um casamento, nunca tinha passado na minha cabeça algo do tipo. O medo que ele tinha sentido, tinha fundamento.

Estávamos os dois surpresos com a mudança, que só tinha a agregar.

— Você escolheu as palavras certas. — Afastei nossos corpos para poder acariciar seu rosto. — Foram tão belas, que eu não pude pensar em dizer não. Tão belas que faço delas as minhas. Eu não vivo sem você, Zac Müller.



Hey, guys! Estou postando alguns trechos de Indômito no twitter, vamos interagir por lá?

E TAMBÉM ESTOU SURTANDO COM A CLASSIFICAÇÃO DO LIVRO!! ESTAMOS NA #66 POSIÇÃO E A CADA DIA CRESCEMOS MAIS!!

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