Capítulo 20| Lágrima maldita

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"Eu não sei bem como dizer como me sinto
Aquelas três palavras são ditas demais
Elas não são o suficiente."

(Snow Patrol – Chasing Cars)



Amar. O amor passa por várias fases, para amadurecer, para se fortalecer. Há uma frase bastante conhecida: "Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, até que a morte nos separe." Seria ela a ideal para descrever o amor, o verdadeiro amor?

Precisamos passar por várias fases, vários obstáculos de um longo caminho, para podermos alcançar a felicidade plena. Será que conseguimos?

Zac e eu passamos por este caminho. Ainda não estamos no fim, pelo contrário, é só o começo. Agora, vamos trilhar o nosso caminho, fazer a nossa história. Vamos escrever o nosso livro, juntos.

As famosas borboletas no estômago haviam sido citadas várias vezes por diversas pessoas quando encontravam o seu amado. Confesso que eu achava isso uma frescura, recapitulando, achava.

Eu não sentia essas borboletas quando via Zac. Borboletas não batiam naquela intensidade. Sentia algo mais intenso, como se uma eletricidade passasse por mim toda vez que ele estava perto, e quando ele se aproximava mais... não há palavras que pudesse explicar aquela sensação. No entanto, quando Zac me pediu em casamento, aquelas borboletas vieram, várias delas. E foi quando eu tive a certeza, de que ele era o meu companheiro, o meu amado, o amor da minha vida.

Eu já estava andando, não conseguia extrapolar, como por exemplo correr, mas sim dar pequenos passos que não exigiam muito do meu esforço.

Os preparativos para o casamento estavam avançados, pareciam ter pernas e com elas corriam contra o tempo. Eu quis escolher algumas coisas, como as cores. Seria roxo com branco, creio que isso significava muito para Zac. Também queria que a cerimônia fosse na clareira, o lugar onde eu pude fazer um belo e grandioso assassinato, e com público, seria fantástico me casar lá. Mas Zac não quis, então seria no jardim do palácio central. Depois da cerimônia teria uma festa, simples, somente para a família, amigos e os ministros.

E aproveitando para falar dos demônios de uma só vez, Zac havia falado com os ministros e eles marcaram o casamento para daqui dois dias. Eles queriam que fosse antes, mas não havia nem vestido e eu ainda não tinha saído da cadeira de rodas ou seja, aqui estou eu escolhendo um vestido para ficar pronto dentro de dois dias.

Graças a todos os lobos, eu não era indecisa! Já havia escolhido o modelo e a cor, porém ninguém aceitava a minha escolha.

— Senhora Müller, todas as noivas usam branco. Porque justamente o da senhora teria que ser diferente? — Perguntou o estilista, o qual eu nem sabia o nome.

— Ainda não casei, então não me chame de senhora. — Ele me encara, perplexo. — Qual o seu nome, querido?

— Weber.

— Pois bem, Weber. — Arqueio o corpo na direção dele. — Eu gosto muito de roxo, como já percebeu. Essa cor significa muito para Zac e para a minha pessoa. — Aponto para mim. — Porque não poderia ser essa cor? — Aprendi com Rose que deveria ser educada para conseguir algo, ajudava a agilizar o processo para obter o que queria.

— A decoração é de cor roxa! Não vão saber te diferenciar dela. "É a noiva ou parte da decoração?" — Ele disse.

Queria mata-lo, por ser tão ousado a ponto de dizer aquilo para mim. Mas era verdade. Então que cor poderia ser? Branco estava fora de cogitação. Queria algo diferente, que me representasse.

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⏰ Last updated: Dec 27, 2020 ⏰

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IndômitoWhere stories live. Discover now