Summer with you -Shawn Mendes...

By MafaldaPalmela

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Savannah é uma rapariga comum. Filha de emigrantes portugueses vive em New Jersey com os seus pais e irmãos d... More

Prólogo
1º capítulo
2ºcapítulo
3ºcapítulo
4ºCapítulo
5ºCapítulo
6ºCapítulo
7º Capítulo
8ºCapítulo
9ºCapítulo
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
13ºcapítulo
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capitulo 23
Capitulo 25
Capitulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 34
Capítulo 35
Capitulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capitulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capitulo 43
Sequela

Capítulo 33

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By MafaldaPalmela

Depois de mil beijos, prendas e desejos de muitas felicidades, consegui escapar das garras das minhas tias e tios que não via há anos. (problemas de ter famílias enormes...). A sala cheia ficou para trás, e, já me fazia ao caminho da parte de fora da casa para ir ter com o Shawn e os meus irmãos quando um corpo me bloqueia a passagem do longo corredor em tons de madeira e dourado. Mesmo em frente à porta que dava acesso à cozinha estava a pessoa que eu menos desejava ver. As minhas pernas tremeram, o meu coração saltou e parecia que eu o ia vomitar. Senti a minha cabeça a ficar zonza e a voz não queria sair. Estava tudo a acontecer de novo, tal como no dia em que o encontrei no riacho. O Sam estava à minha frente, com um sorriso maldoso e os seus olhos castanhos claros estavam escuros. Tentei virar costas e sair, correr, mas ele agarrou-me. 

A força da sua mão no meu braço era muita, o que me fez gritar, mas ele tratou de me olhar de forma ameaçadora. Aproximou a sua cara do meu rosto, e esta simples ação já me deixava enjoada, apetecia-me cuspir-lhe na cara, gritar, bater-lhe, mas o meu corpo não reagia. 

-Não te atrevas a fazer nada Savannah, tenho uma faca, e era uma pena que uma menina morresse no seu décimo sexto aniversário, não era?- disse ele ao mu ouvido.

 Esta era a altura em que o meu herói devia entrar pela porta, em que a minha mãe chegava e lhe dava um murro ou o meu pai lhe dava com a caçadeira do meu avô, em que os meus irmãos lhe davam uma coça, em que EU me poderia salvar e ser a minha heroína. Nada disso aconteceu, porque não era um filme ou um livro, era a pura realidade e, a realidade era que estavam todos demasiado divertidos para saírem das salas de convívio, para irem pelo corredor lateral pouco utilizado, para me verem, e eu, estava a meio de um ataque de nervos que não me iria ajudar de todo. 

Ele riu-se ao ver a minha expressão de medo. Como? Como é que gostei de alguém assim? Como é que tive coragem de estar com ele? Como é que não percebi antes, não disse  a ninguém?

-Vamos, tenho uma prenda guardada para ti desde o ano passado. Está na altura de a receberes, não achas?  

Arrastou-me por outro corredor da casa até ao lado de fora, e iamos a caminho do sítio que eu menos queria ir, do sítio que me trazia recordações que eu queria, e que tentara esconder. O riacho. Não o consegui parar, mesmo tentando fugir, e de qualquer maneira ele tinha uma faca. Senti-me tão indefesa, tão insegura, pequena, insignificante, e o pior era que eu já sabia o que me esperava e a ansiedade vinha ao de cima. 

Não me conseguia controlar ou defender. Eu, que sempre fora uma rapariga independente que sobrevivia a 5 irmãos, estava sem nenhuma opção. As pessoas não pareciam prestar atenção ao que as rodeava, mas a verdade é que mais tarde ou mais cedo alguém daria por falta da aniversariante, eu só esperava que fosse mais cedo. O Sam mostrava o seu sorriso manhoso, repugnante ao qual eu tinha caído de amores antes, e por vezes falava, mas sempre que ouvia a sua voz só me apetecia vomitar, cuspir-lhe na cara ou chorar, sendo que qualquer uma seria provável de acontecer a este ponto. 

Chegamos ao tão esperado sítio, e sou atirada contra uma árvore, de forma bruta, e acabo por cair no chão. Ele olha para mim, olhos cheios de maldade, um sorriso vingativo. 

-Agora, vais ser minha. -diz, aproximando-se cada vez mais de mim. 

O medo foi mais forte que eu, mas de dentro de mim veio uma força súbita, algo que eu não estava à espera. Dei por mim a dar um murro na cara de Sam, com mais força do que o que eu sabia que tinha. Com este golpe inesperado não foi difícil de escapar. Corri o mais que podia, a esperança ainda se via, ainda tinha tempo de fugir, de fugir de mais um pesadelo. 

Isto é só um sonho Savannah, é mais um dos pesadelos. Vais acordar mais uma vez e perceber que está tudo bem. Só um sonho, só um sonho. 

O problema é que não era um sonho, a esperança morreu e tudo pareceu cair quando os braços de Sam me agarram mais uma vez. Eu não ia acordar porque o que estava a acontecer era bem real. Esperneei quando ele me levantou, gritei, tentei livrar-me dele. Estava já sem esperança, eu sabia que ele era muito maior, mais forte que eu, mas eu tinha que tentar, eu tinha que fugir. mas ele não gostou da resistência. Atirou-me ao chão mais uma vez, desta vez, deitado sobre mim levantou-me os dois braços, mantendo-os fixos sobre a minha cabeça com uma das mãos, a outra começava a tocar o meu corpo, explorar, tudo de novo, como se nunca me tivesse tocado, como se nunca me tivesse conhecido. 

Foi aí que mais lágrimas me correram do rosto, lágrimas sem esperança, lágrimas de medo. Eu não me ia safar. Por momentos tentei ainda pontapeá-lo mais uma vez, mas ele não demorou em dar-me um estalo, obrigando-me a ficar parada, indefesa, sobre o seu poder. 

-Tenta ser uma boa menina, está bem Savannah? Quanto mais resistes mais demora. -sussurrou ele ao meu ouvido enquanto me tocava em todos os sítios do meu corpo. 

Shawn POV

Corri para o ribeiro o mais rápido que consegui, as minhas pernas sem pararem, o meu coração batia mais rápido, toda a adrenalina e raiva que me corriam no corpo ajudavam-me a chegar ao meu destino da maneira mais rápida. O vento na minha cara, as silvas que me cortavam os tornozelos, nada me parava, só pensava nela, sozinha e nele. Sabia que dentro de pouco tempo os irmãos dela estariam à sua procura pela casa toda, mas sabia também que chegariam ao ribeiro por ser o único sítio sem pessoas para onde ele poderia possivelmente ir.  

De momento estava sozinho, e era sozinho que teria de enfrentar o monstro que era Sam. Ao longe já via dois vultos que quase que se misturavam, sabia que tinham que ser eles, o Sam em cima dela. Os soluços da Savannah já se ouviam de onde eu estava, e também os risos de Sam, os sons de beijos. Nada me podia ter irritado mais. Em pouco tempo cheguei ao local onde tudo acontecia. 

Debaixo de Sam Savannah chorava, esperneava levemente, quase como se já não tivesse força para resistir, quase como se estivesse para desistir. Eu só queria que ela aguentasse mais um minuto, um minuto para eu poder atacar o gajo que a estava a magoar da melhor maneira. Por favor. Olhei para ela por de trás de umas árvores onde me tinha escondido. Ela olhou para mim. Os seus olhos marejados, inchados e vermelhos pareceram ganhar brilho, esperança, mas rapidamente olhou para Sam e foi visível a sua preocupação. Dividida, como se quisesse ser salva, mas não quisesse que eu me magoasse. Eu tinha o mesmo medo. O Sam era mais velho que eu e eu sabia que rapidamente me podia deixar inconsciente, mas a minha única esperança era que, no momento e que eu o atacasse a Savannah fugisse, fosse buscar os irmãos, alguém. 

Ele levantou-lhe o vestido completamente e vi as suas mãos dirigirem-se para a roupa interior da rapariga que gritou e esperneou. Não aguentei mais. Atirei-me ao Sam que estava de costas para mim, tirei-o de cima da minha namorada e pus-me em cima dele, dei-lhe um soco no olho que já tinha um corte, dei-lhe outro no nariz. 

-Shawn! Cuidado- gritou a Savannah. Não olhei para ela porque a minha raiva era tanta,mas a sua voz tremia, ela estava nervosa, ainda a chorar, em pânico. 

-Sai, Savannah- disse dando um murro no maxilar do rapaz logo a seguir. 

Ouvi passos por de trás de mim e presumi que seria a Savannah a fugir, mas quando dei por mim outro par de braços agarrava os braços de Sam. olhei para trás e os irmãos dela já estavam lá. 

Logan agarrava a Savannah que soluçava e chorava no seu peito, o Luke agarrava as mãos de Sam dando passagem ao Ed para que lhe pudesse esmurrar o estômago uma e outra vez. Corri para ir ter com a minha namorada, despenteada, lavada em lágrimas, assustada. Ela largou o Logan e correu para os meus braços.

-Desculpa, desculpa, desculpa.- sussurrei no seu ouvido.-Não te devia ter deixado sozinha, devia ter vindo mais cedo. -A resposta dela foi mais choro, agarrando-me com mais força como quem diz obrigada. E ficámos assim mais uns momentos. O barulho de fundo eram apenas gemidos de dor do Sam, e gritos raivosos dos rapazes. 

Ouvimos as sirenes vindas de longe. Já estava tudo bem. A cara de Sam estava cheia de sangue, ele quase inconsciente. Levamo-lo , quase de arrasto, até aos portões da quinta, onde dois guardas rapidamente o algemaram e levaram para um carro da gnr. Savannah largou-me e foi imediatamente ter com a sua mãe, agarrando-a, e o seu pai veio logo depois de gritar de longe com o Sam, já dentro do carro da polícia, encostado ao vidro da janela.  A Kika correu também para junto dos irmãos de Savannah, abraçando Logan. A avó acabou por dar por terminada a festa e todos foram rapidamente embora. 

-Desculpem, vamos ter que conversar com todos os que estiveram no local, incluindo a menina... -disse o agente.

-Tem que ser agora?- perguntou Sofia- Ela está bastante abalada...

-Sim, minha senhora, temo que tenha que ser. -respondeu

-E vamos ter que ir para a esquadra?- perguntou de seguida. 

-Não,podemos falar com todos aqui.- disse o agente

Uma mulher agente chegou de seguida, e fomos todos para dentro de casa. As sirenes foram embora, e para trás ficou uma festa que Savannah não esqueceria, infelizmente pelos piores motivos. 

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Então meninas? Capítulo MUITO intenso! Espero que tenham gostado, por favor comentem e digam o que acharam!

Beijinhos




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