Meias Verdades [Completo]

By robertasell735

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Mentiras, vidas secretas e vícios incontroláveis. Emily tem um vício que a domina. Michael esconde sua real i... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Epílogo

Capítulo 21

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By robertasell735


Todos deixaram a igreja que fora lindamente arrumada para aquele dia tão especial nas vidas de Jonathan e Hannah e seguiram para o salão de festas e assim prosseguirem com as comemorações.

– Mary, meus parabéns! O casamento foi lindo. – Michael cumprimentava a sua madrasta.

– Quem merece os parabéns seria Adele e suas filhas. Elas que organizarão tudo com Hannah – Mary sorri para ele, mas seu olhar estava em outra pessoa.

– Emily, esta aqui é Mary a última esposa que meu pai teve antes de falecer e mãe de Jonathan. – Michael faz as apresentações.

– É um prazer conhece-la. – Emily lhe estendeu a mão e sorriu.

– É muito bonita, Michael. Fez uma ótima escolha. – Mary retribui o gesto.

– Fiz? – Michael olhou para Emily – E o rapaz casou. – Michael mudou de assunto vendo o irmão ao longe todo feliz - Quem diria que aquele menino descabeçado casaria.

– Pois é. A menina colocou juízo ali naquela cabeça. – Mary percebeu que havia algo no ar e aceitou a mudança de assunto.

– E como colocou.

– Fiquem à vontade. Preciso cumprimentar as pessoas logo me junto a vocês... Quero conhecer você mulher linda. Michael te escondeu por tempo demais precisamos recuperar esse tempo perdido – Mary dizendo isso os deixa a sós.

– Muito simpática. Não só ela como todos aqui. Porque me escondeu isso? – Emily indagava Michael.

– Quando casamos meu pai ainda era vivo. Ele não merecia me ver feliz. Se visse como eu era feliz daria um jeito de estragar. – Michael suspirou - Ele deve estar muito satisfeito em sua cova vendo que consegui. Venha vou lhe apresentar a noiva.

Michael conduz Emily até chegar perto do casal de noivos, as pessoas os observavam e cochichavam baixinho. As mulheres a olhava de cima embaixo os homens disfarçavam, afinal ela era a mulher do "Sr. Hoffman".

– Meus parabéns ao casal – Michael abraça o irmão com carinho e depois segura uma das mãos de Hannah com delicadeza.

– Você está linda! Uma princesa! – Emily sorria para Hannah.

– Obrigada, Emily? – as duas se abraçam.

– Sim, meu marido deveria ter nos apresentando antes. – Emily troca olhares com Michael.

– Deveria mesmo, afinal somos todos da mesma família agora. – Hannah também olha para Michael de forma a lhe provocar.

– Teremos muito tempo de nos conhecer de agora em diante. Parabéns Jonathan, fez uma bela escolha. – Emily sorri para o cunhado.

Hannah e Michael estavam novamente naquele jogo de olhares, Emily percebeu o clima estranho entre os dois ficou apreensiva pela moça hoje era um dia especial para ela não iria permitir que ele estragasse.

– Podemos nos sentar? – Emily fala baixou ao ouvido de Michael – Estou precisando de uma bebida. – Michael retira os olhos de Hannah e coloca em Emily e a conduz em direção as mesas.

As mesas eram marcadas. Michael e Emily ficariam com Mary e os pais de Hannah junto de suas irmãs e maridos. Ao chegar na mesa reservada encontram-se com Joseph e os dois cunhados de Hannah, James e Richard.

– Sr. Joseph.

Michael o cumprimenta. Joseph contrariado retribui o gesto. Os outros dois homens também estendem a mão a Michael e apenas fazem menção com a cabeça para Emily.

– É Sr. Joseph... – Michael ao sentar do lado do velho, continua - Não é que uma de suas filhas acabou se tornando uma Hoffman. – Emily olhava intrigada para Michael.

– Tem coisas que tentamos evitar, mas o destino insiste em trazer de volta. Pelo menos essa casou-se com o melhor deles. – Joseph já era velho demais para sentir medo de Michael então já não media mais as suas palavras.

– Nisso tenho que concordar. Jonathan é o melhor de nós. – Michael agora se volta para James – Tenho que me desculpar por aquele dia. Foi muito inconveniente da parte do Jonathan ter mencionado meu namoro com a sua esposa.

– Não precisa se desculpar isso faz parte do passado de vocês eu entendo. – James entendia, mas não gostava.

– Muito bom. – Michael se volta para a esposa que ainda o olhava intrigada – Está confusa querida?

– Um pouco – Emily sorri para os presentes.

– Eu quase me casei com uma das filhas de Joseph – apontou displicentemente para Joseph ao seu lado – Na verdade não cheguei a pedir ela em casamento, mas era algo que queria naquela época. Enfim, Charlotte terminou comigo antes que isso acontecesse... Nossa como faz tempo tudo isso! – lembranças invadem Michael - Eu tinha uns vinte anos, praticamente um moleque. Naquela época eu não era nada do que sou hoje, talvez se tivesse me casado com ela não seria o que sou e nem ter feito tudo o que fiz. De fato, Hannah casou com o melhor dos Hoffman.

– Gostava dela? – Emily perguntou bem baixinho para Michael.

– Não como eu gostei de você. – a bebida desceu amarga para Michael. – Mas gostei muito dela.

Era muita informação para Emily em um dia. Conhecer seus parentes, pessoas próximas, ex-namoradas ou quase esposas. Emily não sabia o que fazer e nem como agir.

Michael não facilitava. Quase não saia do seu lado, era difícil para Emily ficar à vontade e conversar com as pessoas. A verdade é que Michael sabia que não era bem-vindo. As pessoas lhe cumprimentavam por medo e respeito. Manteve Emily ao seu alcance para não ficar sozinho. Seu pai apesar de ser um homem ruim, tinha a vantagem de ser carismático. Bob acabava obtendo o respeito por assim tinha de ser e não a base do medo como Michael fazia.

– Menina venha comigo, vamos retocar a nossa maquiagem e nos conhecer melhor. – Mary pegou na mão de Emily. Percebeu que a moça precisava de ar – Daqui a pouco voltamos. – Mary tinha o dom de falar com Michael.

– Obrigada! – Emily agradece – Estava precisando esticar minhas pernas.

– Como é louco por você, não é?! – a senhora sorria, mas sabia que algo não estava certo – Na verdade eu acho que é ciúmes em excesso e com razão você é uma mulher muito bonita.

– Tem coisas dele que não entendo. – Emily estava confusa, afinal o homem com esteve casada por sete anos não era aquele que estava sentado ao seu lado.

– Como assim? – Mary instigou. A curiosidade também estava lhe matando.

– O motivo disso tudo. Não entendo por que nunca falou sobre vocês. – Emily se olhava no espelho do banheiro seus olhos estavam pesados e tristes – Ele me disse que havia perdido os pais ainda muito novo.

– Querida, não posso contar a história dele para você, isso quem tem que fazer é ele. O que posso adiantar é que a vida que ele teve não foi nada fácil. E ser o que ele representa também não é.

– Ele nunca foi impulsivo comigo... – Emily pensou "até a pouco tempo quando descobriu que traia", ficou envergonhada e desviou os olhos do espelho ficando de costas olhando diretamente agora para Mary – Ele não é bom?

– Emily... – Mary segura às mãos da moça – O que ele faz e o que ele comanda não pode ser, senão as pessoas perdem o respeito.

– O que ele realmente faz?

– Você não sabe? – Mary não acreditou na moça, mas também não sabia o que se passava entre os dois.

– Desconfio. Ele é muito poderoso e coloca medo nas pessoas, todos aqui estão aterrorizados com ele menos Hannah.

– Essa menina. – Mary fecha a cara - Não sabe onde está se metendo. É bom Jonathan tomar uma atitude. – Mary estava preocupada com Hannah a menina podia colocar o filho dela em uma posição que no futuro atrapalharia a vida de todos.

– Não seria bom ver o Michael descontrolado... – Emily não queria nunca mais ver Michael daquela forma, apesar do terror psicológico que vinha enfrentando.

– Ele foi agressivo com você, querida? – Mary olha para Emily sério – Isso seria algo inusitado. Michael pelo que sabia nunca maltratou nenhuma namorada sempre as tratou muito bem.

– Ele sempre me tratou muito bem, Mary. Problemas conjugais sempre existem, não é? – Emily tentou disfarçar.

– Sim, claro. Temos de voltar, prometi que ia te devolver.

– Obrigada! – elas sorriem uma para outra e voltam para seus lugares.

A festa seguiu tranquila. Emily conheceu Charlotte e passaram boa parte da festa conversando. Michael apenas às olhava e tomava a sua bebida. Um pouco antes dos noivos irem embora, deixaram local. Voltariam para a prisão do apartamento.

– Podemos conversar ou vai me trancar naquele quarto novamente? – Emily retirou os sapatos e encarou Michael.

– Temos algo para conversar? – Michael sentou no sofá da sala de estar e jogou sua cabeça para trás fechando os olhos.

– Eu te fiz uma pergunta lá na festa... – Emily segue até a sala e senta na mesinha de centro de frente para ele – Você não me disse porque seu pai não desejava a sua felicidade.

– Ele me considerava um fardo, talvez eu fosse... – Michael faz uma pausa – Não, eu era mesmo um fardo para ele.

– Me conta sobre você, por favor. – Emily segura um de seus pés e retirando os sapatos – Mary falou que sua vida não foi fácil.

– Não tem nada de interessante para saber. – Michael permitiu aquele contato – A única coisa que precisa saber é que eu comando uma rede de tráfico de drogas, apenas isso.

– Lógico que preciso saber, Michael! Eu me casei com uma pessoa e agora você é outra completamente diferente! Preciso voltar a te conhecer.

– Ambos casamos com pessoas diferentes não é mesmo? – Emily não responde, apenas o observa – Não é? – Michael pergunta novamente, porém de forma calma e volta a jogar sua cabeça para trás.

– Você tem razão. Mas eu te contei o que tenho, você que não acreditou. – Michael torna a olha-la - Agora sobre de onde vim, isso eu não menti para você, conheceu meus pais, ouviu minhas histórias de infância. Sabe que eles foram ausentes e que fui criada por babás. – Emily estava nervosa – Nem sempre te trai se é isso que te incomoda. Não vejo dessa forma porque não tinha sentimentos por eles... – à medida que Emily falava Michael ia arregalando seus olhos – O único que nutri e ainda tenho sentimentos é por você.

– Então me amar é sair trepando por ai? – Michael vem com o corpo para frente ficando frente a frente com ela.

– Você me abandonou nesses últimos anos, aconteceu. – Emily deu de ombros.

– Aconteceu? – Michael suspira. Já não queria mais brigar ou discutir. Estava cansado e frustrado.

– Por favor! Fale-me sobre você! Preciso entender como será de agora em diante. – Emily vendo que ele não explodiria envolveu novamente os pés dele entre suas mãos.

– O que você quer saber, Emily? – Michael encaixou mais no sofá enquanto recebia a massagem em seus pés – Têm pessoas que não merecem felicidade. Eu devo ser uma delas... Deve ser por isso também que me esforço em destruir a felicidade dos outros.

– Não concordo com isso. – Emily balançava a cabeça.

– Como não? – Michael levanta a cabeça para olhá-la nos olhos - Eu quase te matei. Eu quis matar aquele homem com quem você trepava... Matei já várias pessoas.

– Eu acredito em você, ainda mais agora despois de descobrir o que você faz... – Emily fica com o rosto de frente ao Michael – O que é de se esperar, eu teria reação parecida com a que você teve se te pegasse com outra mulher, lógico que não com as mesmas proporções. – Michael a puxa para perto de si e a faz ficar ali encaixada com ele no sofá.

– Meu pai teve um romance idiota com minha mãe... – Michael decide contar sobre sua vida - Isso que eu faço. Essa organização que eu comando é passado de pai para filho e quando meu pai engravidou minha mãe, meu avô obrigou que se casasse com ela. Ela era filha de um parceiro do tráfico do meu avô. Sem alternativa casou e ficou com dois estorvos: eu e minha mãe.

Estava sendo um alívio para Michael colocar isso para fora. Emily encaixou ainda mais contra o seu corpo e o escutava atentamente. Michael continuava: - Minha mãe amava aquele desgraçado de verdade enquanto ele só a desprezava e me maltratava, tudo para atingir ela... – Michael busca os olhos de Emily - O que fiz com você naquele dia, meu pai fazia com minha mãe e comigo quase todos os dias. E tinha também suas traições que fazia questão de estampar na cara dela. Eu via o sofrimento da minha mãe... Entende agora como me senti quanto te vi lá com ele? Foi dilacerante.

Emily voltou seu corpo de frente para o dele e abraçou com força. Queria mostrar que conseguia compreender tudo. Também tinha consciência do que ele fez com ela e com Tom não era certo. Era muita dor para ambos.

– Como eles morreram?

– Minha mãe não aguentou cometeu suicídio. Eu tinha oito anos. O desgraçado morreu apenas alguns anos de infarto, espero que tenha sofrido porque é o que merecia muito sofrimento. – Havia muita amargura nas palavras de Michael.

– Então ele ainda era vivo quando nos casamos.

– Sim. – Michael volta a fechar os olhos – Ele fez uma cena quando soube que casei e não o convidei. Acredite, achei que ele fosse me matar. O desgraçado só não fez porque precisava de mim. Pode não parecer, mas a melhor coisa que fiz foi te manter afastada daquele homem.

– Acredito em você. – Emily levantou o rosto ficando cada vez mais próximos.

Cada um sentia o calor do hálito do outro. O beijo entre eles era inevitável naquele momento. Michael puxou Emily para mais perto. O beijo os preenchia. O corpo dela estava em cima do dele naquele sofá. Os corpos de ambos se entrelaçam as mãos dela escorregam entre os dois.

– Para! – Michael segura a mão da mulher impedindo de continuar.

– Por quê? Eu sei que você também quer... Tanto quanto eu. – era um misto de necessidade pela sua impulsividade e necessidade do carinho e do afeto dele que Emily buscava nesse momento.

– Sai de cima de mim! – Michael olha sério, mas com o olhar triste. – Anda, Emily! Sai! – Michael grita e Emily obedece.

– Por favor, não! – Emily suplica.

Michael foi até a porta do quarto que a mantinha e fica esperando. Emily não queria mais voltar para aquele quarto. Emily queria, não Emily precisa do contato de Michael.

– Entra! – Michael altera novamente sua voz.

– E se eu me negar a entrar? – Michael não responde apenas lança aquele olhar que causava medo, não que causava terror. – Eu sei que você ainda me quer porque se punir assim?

– Entra. – o olhar dele intensifica então Emily obedece.

– Para que viver assim? Me diz, Michael, para que? - Emily falava com ele com a cabeça colada na porta trancada a sua frente. 

Michael havia sentado no chão do lado de fora daquela porta trancada. Colocou a cabeça entre as pernas. Ele a queria com toda a sua força, mas o seu orgulho não deixaria que ela tivesse mais nada dele. Mesmo que isso o ferisse. Era dilacerante para Michael ter a mulher ali perto e não poder a tocar. Mas havia sido a sua decisão e sendo não podia voltar atrás.

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