Diego
Tem quase um mês que eu estou limpo, um mês que eu estou tentando fazer o certo. Eu estava com uma mulher incrível, uma mulher que mesmo conhecendo há pouco tempo eu poderia afirmar que amava. Eu poderia dizer que minha vida está uma maravilha, mas não está. Meu corpo implora pela maldita droga, todo dia está sendo uma luta. Enjôos, febres, tremores, calafrio e muitos outros são efeitos da maldita abstinência.
Eu não queria contar para ela, não queria deixa-lá preocupada, e mesmo se contasse, o que ela poderia fazer? Passar por essa fase só depende de mim e do meu alto controle. Eu cheguei aonde cheguei sozinho, e agora tenho que enfrentar todos esses obstáculos para conseguir recomeçar com a mulher mais incrível que já conheci.
Mesmo com toda essa merda que está acontecendo, ainda sim eu poderia dizer que estou vivendo o melhor momento da minha vida, Sara me faz feliz como nenhuma outra já fez. Quando estou com ela parece que tudo para e cada sorriso seu desperta uma montanha de sentimentos em mim.
Pala primeira vez em muito tempo eu estava me sentindo completo.
Assim que eu levantei da cama uma sensação ruim me consumiu, algo de ruim aconteceria e eu estava com medo de descobrir o que.
Depois de tomarmos café juntos pegamos o carro e seguimos para faculdade em completo silêncio. Eu não estava muito bem e não queria correr o risco de falar alguma besteira.
Chegamos à faculdade e cada um foi para sua sala, senti que ela estava chateada comigo e me amaldiçoei por isso. Decidi que depois da aula pediria desculpa e continuei fazendo meu caminho até chegar à sala onde teria a primeira aula.
Para ser bem sincero eu nem sei por que continuo frequentando a faculdade, no início eu fazia isso por insistência do meu pai, mas hoje, eu simplesmente não consigo me imaginar trabalhando em um escritório o dia inteiro com aqueles ternos e o cabelo penteado para o lado. Viver a vida que ele vive, sem tempo nem para respirar e sempre estressado. Logo o sinal tocou interrompendo meus pensamentos, peguei algumas coisa que estavam espalhadas pela mesa e sai da sala.
Eu estava encostado na lateral do meu carro, uma tontura forte me atingiu e por muito pouco eu não cai, respirei fundo e contei de um até dez para manter a calma, o que não durou muito, quando eu olhei para frente Sara estava vindo na minha e bem do seu lado com um sorrisinho irônico no rosto kaio me encarava enquanto dizia alguma coisa a ela. Senti meu estomago revirar, meu corpo ficou tenso e a sensação ruim que eu estava sentindo mais cedo voltou com tudo.
Com tantas pessoas no mundo, porque ela tinha que ser amiga do cara que mais quer me ferra?
Quando eles chegaram perto o suficiente a primeira coisa que eu perguntei foi, o que eles estavam fazendo juntos, como o esperado kaio começou a me provocar e no final despejou todo o meu lixo em cima dela. Eu fiquei sem reação, meu único medo naquele momento era de perde-lá, e pela expressão no seu rosto eu tinha quase certeza que isso aconteceria.
No demorou muito para o meu lado descontrolado entrar em jogo é quando eu vi kaio estava sentado na minha barriga desferindo socos no meu rosto. Eu joguei ele para o lado - nem eu sei da onde saiu tanta força - e fiz o mesmo, eu socava a sua cara com toda raiva que eu sentia, raiava por ele ter contado uma coisa que eu deveria ter contado para Sara, raiva dele ficar a trás da minha namorada, raiva por todas as vezes que ele me provocou e raiva por todas as vez que ele me provocaria. Minha mão já estava doendo quando alguém se aproximou e me tirou de cima do babaca. Minha respiração estava descontrolada, gotas de suor desciam pela minha testa e minha boca estava com um gosto amargo de sangue, mas mesmo com tudo isso eu não consegui evitar de sorri quando vi o estado do meu rival.
- espero que isso tenha sido o bastante para você ficar longe da minha namorada! - gritei enquanto um dos homens que separou a briga o levava para longe.
- vamos ver até quando ela vai ser sua namorada! - gritou de volta antes de sumir da minha vista.
Depois de o kaio ter ido embora e eu ter fica sozinho eu percebi que ela não estava ali, Sara tinha ido embora e novamente o medo de perde-lá me atingiu. Eu entrei no meu carro e dei partida em direção a minha casa, tentei ligar para ela algumas vezes, mas nada.
Eu estava péssimo, minha blusa estava encharcada de suor, minhas mãos tremiam sem parar e uma dor forte atingiu minha cabeça. Em um impulso eu mudei o caminho, e naquele momento eu sabia que me arrependeria mais tarde, mas a dor estava insuportável e mesmo que eu negasse precisava "dela".
****
Eu tinha passado a tarde inteira na rua, estava moreno de vergonha e não sabia como encarar ela depois de tudo que tinha acontecido. Mas tinha que acontecer, mesmo que ela me mandasse a merda eu precisava explicar a história de mais cedo. Eu estava sentado na causada de uma rua deserta, um pouco mais a trás algumas pessoas se amontoavam para destruir suas vidas juntas, eu sempre preferia ficar sozinho nessas horas.
Pela primeira vez em tempos eu estava me sentindo um lixo com tudo aquilo, normalmente a droga me fazia esquecer tudo, mas naquele momento a única coisa que passava pela minha cabeça é que a Sara nunca me perdoaria. Imagens dos nossos momentos juntos rodavam minha cabeça e sem que eu me desse conta, lágrimas começaram a descer dos meus olhos.
Levantei do chão e caminhei até meu carro, dirigi até o parque da cidade e fiquei um tempo parado ali, apenas observando a paisagem pelo para brisa e tentando ficar o mais sóbrio possível antes de ir atrás dela. Duas horas se passaram e uma chuva forte começou, respirei fundo e dei partida no carro. No caminho liguei para o Luiz e pedi seu apartamento emprestado, queria ficar sozinho com ela e sabia que Luiz ficaria na casa dos pais hoje.
Eu estava quase em casa quando vi uma garota caminhando na causada. Sua roupa estava toda molhada e seus cabelos longos e pretos estavam grudados nas suas costas. Sara. Eu amava aqueles cabelos compridos e mesmo que ela tivesse em outro planeta eu os reconheceria.
****
Eu estava sentado no sofá com ela nos meus braços, como eu imaginava nossa conversa tinha sido difícil, mas o pior era ver ela tão frágil por minha culpa. Era difícil explicar o quão mal eu estava me sentindo. E foi de repente e me pegando completamente desprevenido que seus lábios macios e delicados encontram os meus. Sara estava completamente entregue e naquele momento eu me esqueci de tudo, esqueci do dia conturbado que tivemos e a única coisa que eu queria era usar a droga que mais mexia com os meus sentimentos, a droga que me deixava completamente vulnerável, a droga que me viciou desde o primeiro uso, Sara Clark, a droga mais viciante que eu já usei.
- preciso de você Sara - sussurrei entre o beijo - preciso de você na minha cama - levantei do sofá e puxei-a comigo, entramos no último quarto do corredor sem para o beijo - quero fazer você minha pelo menos uma última vez... - falei deitando ela na cama e desci o beijo pelo seu pescoço. Suas mãos foram de encontro a minha nuca puxando meu cabelo, as minhas explorava cada parte do seu corpo. Suas pernas, sua bunda, sua barriga até chegar aos seus seios onde eu comecei a beijar e morder por cima da blusa. Levei minhas mãos ate a barra da sua blusa e puxei tirando-a do seu corpo, Sara levantou um pouco para que eu abrisse seu sutiã cor de rosa e o mesmo foi jogado em algum lugar pelo chão, com seus seios já livres, aproximei minha boca e comecei a chupá-los bom devagar. Eu queria aproveitar cada minuto daquele momento, não sabia se teríamos outro assim, e naquele momento essa era a última coisa que eu queria pensar. Depois de dar toda atenção para os seus seios - que com certeza é uma das minhas partes preferidas do seu corpo - eu beijei sua boca e foquei minha atenção em tirar sua calça. Abri o fecho e puxei atirando em qualquer lugar, levei minhas mãos ate sua intimidade e acariciei por cima da calcinha rendada. Sara soltou um gemido alto e esse simples ato fez meu membro pulsar dentro da cueca.
- você me deixa completamente louco... - sussurrei baixinho no seu ouvido enquanto penetrava dois dedos dentro dela - é a mulher mais gostosa que eu conheço... - continuei abaixando em direção a sua intimidade.
- haaa... Diego - ela gemeu arqueando o corpo quando minha língua entrou em contato com a sua intimidade.
Ouvir meu nome sendo pronunciando pela sua voz naquele momento, fez com que eu ficasse louco de tesão, seu olhar transbordava luxúria e ver ela na minha cama completamente entregue a mim era a melhor visão do mundo, saber que era os meus toques que causava aqueles gemidos, aquela expressão no seu rosto quando o orgasmo começava a se aproximar, não tinha nada melhor que aquilo.
Meu corpo implorava pelo dela e depois do intenso orgasmo que ela teve com a minha língua, eu não conseguia mais esperar, precisava sentir ela, esta dentro dela. E assim foi, tirei toda minha roupa sem quebra nosso contado visual nem por um segundo, e assim que me vi livre de todo aquele pano, voltei para cama, beijei seus lábios de um jeito calmo e forte ao mesmo tempo, enquanto isso eu arrumava meu corpo em cima do seu fazendo com que um encachace no outro, comecei a me movimentar lentamente e fui aumentando conforme seus gemidos.
- diz que você é minha... - pedi enquanto beijava e chupava seu pescoço - diz...
- eu... Sou... Eu sou sua... - Sara falou com a respiração pesada e entrelaçou as pernas ao redor da minha cintura, fazendo assim nosso corpo ficarem mais juntos e meus movimentos mais intensos - só sua... - completou depois de alguns minutos e eu sorri voltando a beija-lá.
Não demorou muito para que seu corpo começasse ater espasmos, um novo orgasmo estava se aproximando, eu aumentei a velocidade das estocas para que gozássemos juntos. Eu apertei seu corpo com força contra o meu e suas unhas foram cravadas nas minhas costas quando nos dois atingimos nosso prazer.
Me joguei para o lado e ficamos os dois assim olhando para o teto branco enquanto nossos corpos se acalmavam. Eu estava em transe, como se nada pudesse tirar a felicidade de mim, o que não durou muito, escutei um soluço e quando olhei para o lado, ela estava com a mão no rosto enquanto lágrimas desciam dos seus olhos molhando o lençol branco.
-esse é o nosso fim? - perguntou quando percebeu que eu estava a olhando. Foi como uma porrada no estômago, por mim nunca teríamos um fim