Capítulo 15 - Namorada

32.1K 2.1K 101
                                    

Já passava das sete horas da noite, eu estava terminado de me arrumar para sair com Diego, depois de passarmos o dia juntos no seu quarto assistindo filme e namorando, ele me chamou para ir ao cinema e agora eu estou terminado de me arrumar.

Depois de vestir minha roupa - um vestido rodado preto que batia no meio das coxas - eu Penteei meu cabelo deixando-o solto e calcei um solto - não muito alto - preto. Peguei uma bolsa da mesma cor da roupa e passei um batom nude nos lábios, entrei na frente do espelho e dei uma ultima conferida, ajeitei o cabelo que estava caindo no meu rosto e sai do quarto na mesma hora que Diego ia bater na porta.

- você está maravilhosa... - sussurrou me olhando cima a baixo.

- obrigada - sorri - você também está lindo! - comentei também o olhando de cima a baixo. Uma das coisas que eu percebi nesse tempo em que estamos juntos é que Diego raramente usa roupas claras. Em noventa e nove porcento das vezes ele está com calça Jeans, camisa preta, azul marinho, cinza ou vinho, e uma jaqueta de couro. Bem no estilo bedboy e não posso negar que gosto.

- está rindo de que? - perguntou desconfiado.

- qual o preconceito com roupas claras? - perguntei mais para provocar.

- acho que cores escuras me favorecem mais... - respondeu sorrindo - e você, qual o preconceito com calças?

Eu olhei para ele fazendo uma careta, não que eu não gosto, às vezes eu uso, mas normalmente eu prefiro vestidos ou saias para sair.

- eu uso calças - rebati enquanto descíamos as escadas de casa.

- muito raramente... - comentou - mas eu prefiro assim, fica mais sexy... - sussurrou a última parte bem perto do meu ouvido fazendo todo meu corpo se arrepia.

Assim que Diego encostou na maçaneta da porta, alguém chegou e abriu por fora. Sr. Collins nos observou por alguns minutos em silêncio e logo seus olhos fixaram na nossa mão - que estavam entrelaçadas.

- boa noite - desejou - vão sair? - perguntou voltando seu olhar para o filho.

- não, nos arrumamos para abrir a porta para o senhor - Diego respondeu grosso e irônico antes de sair andando e me puxando junto.

Entramos no carro e ele logo deu partida. Seguimos em silêncio por um tempo, mas logo ele começou a puxar assunto e assim seguimos uns vinte minutos até chegar ao shopping.

Diego tinha ido comprar os ingressos do filme, enquanto eu estava comprando nossa pipoca. Peguei o saco da mão da balconista e entreguei o dinheiro. Quando eu virei para ir de encontro a ele senti meu estômago revirar. Diego estava conversando com uma garota, e a vaca estava quase pulando em cima dele. Me aproximo - fingindo não me importar - e paro do lado dele que assim que me vê passa a mão pela minha cintura e me puxa para mais perto.

- Sara essa é a Camily, uma amiga da faculdade - apresentou a garota que me olhou de cima a baixo. Eu fiz o mesmo e reparei bem na loira a minha frente, alta, magra, cabelos curtos na altura dos ombros e olhos castanhos, a vaca era muito bonita. - Camily essa é minha namorada, Sara - Diego falou me fazendo sorri, namorada, olhei para ele que já me encarava com o seu melhor sorriso no rosto e Camily me olhou com os olhos arregalados.

- prazer - estendeu a mão na minha direção com um sorriso falso - não sabia que você tinha uma namorada - comentou com o meu namorado.

- estamos juntos há pouco tempo - explicou - acho que nosso filme já vai começar. Vamos amor - se virou na minha direção e acenou se despedindo da Camily.

- não gostei dela... - sussurrei baixinho enquanto caminhávamos até a sala. Diego soltou uma risada e pegou minha mão entrelaçando nossos dedos.

O filme durou cerca de uma hora e meia, e durante todo esse tempo Diego não desgrudou os lábios dos meus. Eu não tinha prestado atenção em nada, nem sabia do que se tratava o filme, era difícil resistir com uma tentação como ele ao meu lado. Eu estava nas nuvens, não acreditava que aquilo tudo estava mesmo acontecendo, era quase impossível acreditar que aquele homem que estava comigo era o mesmo que me tratou tão mal há alguns meses atrás.

- onde vemos comer? - perguntou quando chegamos à área de alimentação do shopping.

- Mc donald's - sorri feito uma criança.

Compramos nossos lanches e sentamos em uma mesa de frente para a janela de vidro que tomava toda a parede, dando uma linda vista da cidade iluminada por pequenas luzes. Era simplesmente lindo. Diego estava sentado na minha frente e a todo o momento seus olhos encontravam os meus, ele me olhava com toda atenção, observando cada detalhe, cada movimento.

- você adora me deixar sem graça né? - perguntei fazendo ele sorri.

- muito. - respondeu apenas.

Terminamos nossos lanches em meio a várias conversas, na verdade eu fiquei respondendo o questionário que ele me fazia. Quando ele acabou de comer soltou um longo suspiro e encostou as costas no encosto da cadeira.

- então vamos ver - pensou um pouco antes de continuar - seu nome é Sara Clark, vinte anos, órfã, uma irmã mais velha chamada Hanna que não gosta nem um pouquinho de mim - fez um bico fingindo está triste - está no primeiro ano da faculdade de medicina, sonha em ser médica, gosta de comer porcarias - apontou para as bandejas a nossa frente - ama torta de morango e está perdidamente apaixonada por mim... - sorriu convencido enquanto pronunciava a última frase - acho que já podemos nos casar - brincou.

- estamos juntos há dezoito dias e você só sabe isso sobre mim? - perguntei fingindo indignação.

- sei outras coisas, mas essas deixam para quando estivemos sozinhos... - sorriu com malícia e piscou na minha direção.

- e você? Você sempre fazer perguntas sobre mim, esta na hora de me contar sobre você.

- meu nome é Diego Collins, tenho vinte três anos, também sou órfão, tenho uma irmã mãos nova que injustamente ama você - fez uma careta - minha comida preferida é macarrão ao molho branco, minha vida é um caos - suspirou - e você é a única coisa boa que tem nela... - completou me olhando de um jeito intenso, sincero e carinhoso.

Senti uma pontada na barriga ouvindo suas palavras que de certa forma me transmitiram dor. Ele não tem nada, é uma pessoa tentando ser melhor, mas nem ele sabe como fazer isso.

- já está ficando tarde, vamos? - perguntou se levantando e na mesma hora cambaleou para trás se apoiando na parede.

- você está bem? - perguntei fitando seu rosto - você está gelado Diego! - exclamei preocupada quando encostei na sua mão.

- não é nada - pegou minha mão e me deu um selinho - só um mal estar passageiro - Diego me abraçou de lado e seguimos juntos até o estacionamento do shopping, quando estava entrando no carro vi uma gota de suor descer pela sua testa, o que era estranho contando que estava frio.

- Diego vamos ao medico - pedi botando o cinto de segurança - você está suando frio!

- Sara relaxa, foi só a minha pressão que abaixou um pouco, fica calma meu amor, eu estou bem - falou segurando meu rosto entre as mãos e beijou meus lábios logo depois.

Vinte minutos de completo silêncio depois, o carro parou em frente a mansão, Diego desligou o mesmo e desceu me acompanhando até dentro de casa. Quando chegamos na porta do meu quarto, ele me abraçou apertado e depositou um beijo na minha testa.

- desculpa por estragar tudo... - pediu me olhando.

- você não estragou - sorriu beijando seus lábios vermelhos e um pouco frios - foi perfeito.

- dorme comigo? - perguntou com um sorriso cheio de malícia.

- já conversamos sobre isso, não é certo ficar dormindo com você na casa onde eu trabalho - falei empurrando ele para longe. - vai dormir.

Ele sorriu e me puxou pela cintura colando nossos corpos, passou a mão envolta da minha cintura e apertou forte contra a dele, depois juntos nossos lábios, eu abri minha boca para sua língua entrar e senti ele explorar cada cantinho da mesma. Depois do melhor beijo da minha vida, nos afastamos e nos entre olhamos.

- boa noite, amo você - sussurrou e saiu andando em direção ao seu quarto.

Eu entrei no meu quarto e encostei meu corpo na porta atrás de mim, passei a mão pelo meu rosto e sem perceber deixei escapar um sorriso. Me preparei para dormir e deitei na minha cama virada para janela por onde entrava uma fresta de luz pela cortina.
Fiquei pensando em tudo e em nada ao mesmo tempo, até que o sono bateu e finalmente eu dormi.






=> Mais um capítulo pra vocês. Oq estão achando? Deixe a opinião de vcs.

A babá (COMPLETO)Where stories live. Discover now