Amizade colorida com a GG

By BellaLivros

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Rafaela uma estudante de farmácia, sem autoestima nenhuma, gordinha, alias gorda vai, cem quilos distribuídos... More

Agradecida!!
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Pedido de ajuda!
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Alerta de novidade!!!

Capítulo Doze

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By BellaLivros

Saímos da faculdade e Wellington me esperava no portão junto a Thomas, que viu Milca e a beijou, a vontade era a mesma que eu tinha de fazer com Wellington, mas isso eu não podia.

Ele olha para o casal e percebe meu desconforto, me estende a mão, vamos.

Abro um sorriso e de mãos dadas descemos para o ponto de ônibus, com olhares de especulação e de mulheres com cara feia.

-É só amiga dele. -Diz uma e escuto, quando olho se trata de Barbara.

Me encolho e tento soltar sua mão, foi uma reação sem pensar, ele para e me olha.

-Você se importa mesmo com o que elas falam? -Me olha nos olhos.

-Nos dois sabemos o que temos, e isso é o que realmente importa, deixa que falem, que pensem.

Segura mais forte minha mão e me leva para o ponto, vai até o bar e compra umas balas e uma Coca-Cola, sentamos e começamos a conversar com a turma e ele me serve, Barbara estende o copo para ele que lhe dá a garrafa, e ela faz bico e o chama.

-A gente pode conversar? -Fala e vejo que me olha e dou de ombros.

-Já volto. -Diz e se levanta e vai atrás dela.

Eles somem por cerca de meia hora, ela volta com um sorrisinho no rosto e o cabelo bagunçado, e lábios inchados e eu digo para mim mesmo.

-Você sabe que vai ser assim, não crie expectativas, só aproveita os momentos com ele e longe dele, observe ao redor, seu príncipe pode estar te observando.

Engulo em seco, tomo um copo de Coca, vejo Milca me olhando e fazendo que não com a cabeça, me levanto e é automático troco de lugar, e me sento próximo a Thomas, Milca e Pedro, obvio que não vou ficar com Pedro, essa não é minha intenção, pois eu e Wellington temos um acordo.

Mas só queria um tempo dele, eu é que não vou beija-lo depois de ter feito sabe-se lá o que com Barbara.

Pedro me chama a atenção.

-Está tudo bem?

-Sim, só estou cansada e com sono, essa rotina de faculdade e trabalho cansa demais. -Falo e bocejo.

-Pois é, eu trabalho em uma papelaria da cidade, e depois só passo em casa, tomo um banho e venho para a faculdade, e olha que nem preciso pegar estrada e já fico cansado.

-Queria eu poder morar na cidade da faculdade, bem mais prático.

-Sim com toda certeza, aqui sempre tem vagas de emprego, quando quiser só me avisar que te ajudo.

Ficamos batendo papo e até me esqueço de Wellington por algum tempo, Pedro é divertido e temos muita coisa em comum, adoramos pizza amanhecida com café e leite, para muita gente é nojento, mas nós gostamos.

O ônibus chega e vejo Wellington conversando com um rapaz que não sei o nome, o observo e seus ombros estão rígidos, aparentemente está nervoso, Wellington é bem estourado, comigo é um doce, mas com coisas que saem do seu controle ele estoura facilmente.

Me despeço de Pedro.

-Bom Pedro eu preciso ir para o ônibus, vou tirar um cochilo agora. -Falo rindo.

-Vai lá e tenha bons sonhos a gente se vê amanhã. -Ele me dá um beijo na bochecha e segue em direção a Thomas e se despede.

Eu sou uma das primeiras a entrar no ônibus, estou tão cansada, me encolho e coloco a cabeça em uma blusa de frio que fiz de travesseiro, e não percebo quando caio no sono.

Acordo e não sei nem em que lugar na estrada estamos, o ônibus está em silencio, ao meu lado não tem ninguém, Thomas deve estar com a Milca e Wellington com algum rabo de saia.

Vejo que a cidade se aproxima e enfim vou poder ir para a minha cama, chegamos no meu ponto as luzes internas do ônibus são acesas, levanto e me despeço das meninas e de Thomas, Wellington está sentado com Tati loira, hoje ele resolveu pegar todo mundo só pode.

Passo por eles e desço, sinto meus pulmões se encherem, sinto cheiro suave de flores, sigo meu caminho e entro na minha casa.

Antes de dormir coloco o despertador e olhos as mensagens.

''Boa noite, princesa!''

Wellington me manda provavelmente quando chegou em sua casa.

Estou tão cansada que resolvo não responder, tudo está tão bagunçado na minha cabeça que prefiro não acabar falando coisa que não devia, afinal eu estou morrendo de ciúmes e não temos nada, então não tenho direito de cobrar nada.

Pego no sono rápido, estou cansada e irritada, perdida em pensamentos que me atormentam.

Os raios de sol invadem meu quarto, acordo um pouco mais cedo, tomo um banho e me troco, Wellington já deve estar com papai já que escutei a buzina a um tempo atrás.

Desço as escadas e lá está ele, tomando café na minha xícara, sentado na minha cadeira, roubando meu lugar, minha vida e minha paz.

-Bom dia. -Falo e me sento ao lado oposto.

-Bom dia princesa. -Diz papai e coloca uma xícara de leite para mim, me sirvo com café e como umas torradas com o olhar de Wellington em cima de mim.

-O que foi? -Pergunto após minutos sendo observada.

-Nada, vamos para o trabalho? -Diz e se levanta se despedindo de meu pai.

-Vamos. -Engulo meu café e seguimos pela porta.

-Vai devagar Wellington e estou de olho em vocês. -Diz papai me deixando envergonhada.

-Pai não temos nada a ver, não faço o tipo de Wellington vai por mim. -O vejo me olhar torto.

Saímos, entrei no seu carro.

-Que história é essa de que não temos nada a ver? - Pergunta me dando total atenção.

-Você mesmo disse que eles não podem nem desconfiar que não saberiam lidar com esse tipo de situação. -Falo dando de ombros.

-Rafaela espero que seja só isso mesmo.

Ele se aproxima e cheira meu pescoço e automaticamente meu corpo reage e acabo rindo.

Encontro seus olhos e seus lábios colam no meu e por um segundo eu esqueço de tudo, esqueço das outras mulheres, esqueço que estou apaixonada, esqueço do meu sobrepeso, somos somente eu e ele.

-Estava com saudades disso. -Diz e sorri ficando concentrado dirigindo até a farmácia.

-Eu também. Respondo e as borboletas no meu estomago estão lá a todo momento.

O dia passou tranquilamente, muito trabalho, Sr. Paulo tagarelando como sempre e me orientando, sua esposa resolveu aparecer hoje então ficamos os quatro a tarde toda batendo papo e organizando a farmácia, conseguimos fazer algumas pequenas mudanças para melhorar o ambiente e para nos dar mais espaço.

Wellington me deixa em casa e me cobre de beijos, com a esperança de nos vermos mais tarde, pois íamos para a faculdade.

Era pouco mais de seis da tarde quando cheguei ao ponto de ônibus e não tinha ninguém dos meus amigos, apenas Tati loira, que quando me vê abre um sorriso e vem em minha direção.

-Oi você é a Rafaela né?

-Sim, porque?

-Eu queria te perguntar uma coisa, Wellington tem namorada?

-Que eu saiba não, por quê? -Pergunto e vejo que ela fica meio inquieta.

-Olha, não fala pra ele tá, por favor. -Concordo com a cabeça.

-Ontem estávamos apenas conversando e você como amiga dele e melhor como ele mesmo diz, sabe que temos um rolo, mas ontem ele não quis ficar comigo pois tinha um compromisso, e desceu atrás de você, aí eu pensei que ele estaria indo ficar com alguém ou até com a namorada, você sabe de alguma coisa? -Me pergunta e eu fico sem saber o que falar.

-Ontem ele desceu atrás de mim? Eu não o vi!

-Sim, você desceu e ele foi logo atrás.

-Desculpa Tati, mas não sei o que aconteceu, fui direto para casa e não o vi.

-Ah tudo bem, se você ficar sabendo de alguma coisa você me avisa, por favor.

-Falo sim. Digo e nisso Thomas chega.

Tati se afasta e Thomas vem ao meu encontro.

-Tudo bem? -Pergunto e ele me abraça.

-Tudo e você? -Estou bem, mas com uma dúvida.

-Fale Rafaela, que duvida.

-Wellington tem alguma ficante no meu bairro aqui?

-Não porquê?

-Tati veio me perguntar e me disse que ontem ele desceu atrás de mim, mas não o vi.

-Bom isso eu não sei, pergunte para ele que está vindo ali.

Quando olho para trás lá está ele, encostado em seu carro e Tati já foi ao seu encontro, ele fala algumas palavras com ela que vem em nossa direção, ela passa por nós com cara de poucos amigos e vejo Wellington me chamando.

-Vai lá ver o que ele quer. -Diz Thomas.

Vou em sua direção.

-Oi, tudo bem?

-Está tudo ótimo, me puxa para um abraço ali mesmo e beija meu pescoço.

-Não faz isso aqui. -Me solto dele e olho em volta.

-Você está com vergonha de mim Rafaela?

-Não é isso você sabe bem. -Digo olhando em seus olhos claros.

-Então você realmente se importa com o que esse povo pensa, já falei para você para com isso, por nós por favor, não faça mais isso.

Concordo com ele, não deveria me preocupar com a opinião dos outros.

-Já que estamos aqui, Tati loira veio falar comigo. -Digo e ele me olha.

-O que ela queria? -Fala cruzando os braços.

-Quer saber se você tem namorada, ou se está com alguém do meu bairro, pois ontem você desceu atrás de mim no ponto e não quis ficar com ela.

-Então é isso que ela veio me questionar também, agora de pouco.

-Eu não te vi ontem depois que sai do ônibus.

-Claro que não, você anda distraída e com o celular na mão, achei muito arriscado você ser tão distraída assim e muito perigoso, tem que ficar mais atenta Rafaela.

-Nossa ta bom, não precisa brigar também.

-Nem estou brigando, só chamando atenção e resumindo essa história, desci no seu ponto pois deixei meu carro aqui perto ontem, tinha a intenção de sair com você depois da faculdade, mas você nem respondeu minha mensagem.

-Eu não sabia e também não ficaria com você ontem não, você saiu com Barbara, veio com Tati no ônibus, pensei que tinham ficado, outra parte desse acordo é que não ficamos no mesmo dia que ficamos com outras pessoas.

-Eu não fiquei com nenhuma delas ontem, fiquei o tempo todo de olho em você e Pedro, mas como o papo estava bom, não quis atrapalhar, mas eu queria ter ficado com você ontem.

-Então você ficou me observando com Pedro. -Dou um soco em seu braço.

-Sim, faz parte do nosso acordo e queria ver se você ia cumprir. -Faz cara de desconfiado.

-Sem drama Wellington, você não me conhece ainda, eu sou do tipo que cumpro acordos.

E também depois de ter provado seu beijo, provavelmente por um bom tempo não provarei outro, mas essa parte não lhe disse.

-Voltando ao assunto, o que nos falta é comunicação, qualquer coisa era só ter me mandado uma mensagem mais cedo também, que não causaria todo esse rolo.

-Rafaela você está chamando minha atenção? -Pergunta fazendo cara de bravo de Taubaté.

-Nem um pouco, só disse que nos falta comunicação.

Ele me puxa e me dá um abraço e um beijo na testa.

-Vamos no meu carro hoje, mas só nos dois, já combinei com Thomas e as meninas, precisamos de privacidade.

-Não acredito que você fez isso.

Olho em direção aos meus amigos que me mandam um aceno e sorrisos maliciosos, e meu rosto queima.

Ele me dá um selinho e quando vejo Tati loira, me olha com uma cara de ponto de interrogação.

Wellington percebe.

-Quando ela perguntar com quem estou ficando do seu bairro novamente, pode falar o que quiser, que estamos juntos, que somos amigos coloridos, namorados o que você quiser.

Olho assustada para ele.

-Wellington não posso fazer isso, somos amigos coloridos, e aí ela vê você com outra e eu fico com a fama de corna. -Falo rindo.

-Pode deixar que você não vai ficar com fama de corna.

Fico sem entender e meu coração pobre coitado se enche de esperanças.

Ele abre a porta do carro e eu me sento, vejo olhares, inclusive de Alberto que chegou ali e não havia percebido.

E lá vamos nos dois, apreciando a paisagem, ouvindo um bom som, com os braços ao lado de fora sentindo a textura do vento entre os dedos, o sol se pondo, o céu em tons alaranjados, as arvores com cores, formatos e cheiros diferentes, observo tudo e aproveito a calmaria que a aquele momento me trouxe, como se tudo fosse perfeito, ao olha-lo nossos olhos se encontram e meu sorriso aumenta automaticamente.

-Sabia que amo a cara de boba que você faz para as coisas mais simples que a vida pode te proporcionar, te vejo feliz com coisas tão banais, você me encanta Rafaela.

Ele me dá um selinho breve.

-Hoje não vamos para aula. -E isso é um comunicado, você não tem direito de escolha.

-Ok, não sabia que nessa relação de amigos que se pegam eu não tinha opção.

-Hoje não, hoje quero aproveitar sua presença.

Não questiono de jeito nenhum, afinal eu o quero de todas as formas, até pensei que íamos para algum apartamento de amigo dele ou motel, mas não, quando chegou a cidade de Avaré ele foi em direção ao cinema que fica na entrada da cidade, estacionamos e ele pegou em minha mão, eu não acreditava que isso estaria acontecendo, enfim pude acreditar que ele não tem vergonha de mim, por mais que estejamos em uma cidade fora da nossa, ele sempre morou em Avaré, então conhece muita gente aqui.

Me guiou e escolhemos nossa cadeira no cinema, era uma quarta-feira brava então não havia muitas pessoas, sentamos na penúltima fileira sozinhos e não me perguntem que filme assistimos, pois, minha boca não desgrudou de Wellington e suas mãos percorreram meu corpo inteiro.

Saímos de lá loucos de desejo e de hoje não passa com toda certeza, pensei agora sim, vamos para um motel algum lugar sei lá, mas não ele me levou para uma pizzaria bem aconchegante ali por perto.

Não escondi minha frustação, me chamem de tarada, mas quem nunca?

-Pensei que ia me levar para algum lugar mais discreto, pensei que queria isso tanto como eu, falo entre beijos pouco antes de entrar no estabelecimento.

-Calma, para que pressa, temos tempo e quero ficar o máximo de tempo que puder com você hoje.

-Desculpa. -Falo envergonhada.

-Desculpa por me desejar, desculpa eu te devo, pois estou tentando ser agradável, mas estou louco de vontade de te levar daqui e ter você para mim.

Nos sentamos e pedimos uma pizza e duas taças de vinho tinto.

Comemos num clima leve de muitos risos e as famosas piadas sem graça de Wellington.

Terminamos de comer e fomos para o carro, sentei ao seu lado e ganhei um beijo com gosto de vinho.

-Agora sim, vamos matar o seu outro desejo. E a cor de seus olhos mudaram, ficaram em um tom mais escuro e o desejo me arrepiava a pele, deveria ser proibido ser tão sexy assim.

Seguimos pelas ruas e parece que nunca chegávamos, ele me levou para um próximo ao cinema, em menos de dez minutos estávamos no portão de entrada e ele escolheu o melhor quarto, ao adentrarmos havia pétalas de rosas na cama e um bom vinho, havia também alguns chocolates e guloseimas, e inclusive um doce de leite que sempre compro quando estou com ele, provavelmente ele planejou isso há um bom tempo. 


Comentários, não prometo capitulo Hot, não estou conseguindo escrever, mas sensual sim...

estrelinhas por favor.

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