Amizade colorida com a GG

By BellaLivros

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Rafaela uma estudante de farmácia, sem autoestima nenhuma, gordinha, alias gorda vai, cem quilos distribuídos... More

Agradecida!!
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Pedido de ajuda!
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Doze
Alerta de novidade!!!

Capítulo Onze

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By BellaLivros

Ao adentrarmos reparo no quarto habitado a pouco tempo, ainda tem caixas no chão com roupas e um guarda roupa vazio, na parede em tons pastel tem uma grande tv e um vídeo game, alguns carrinhos de coleção, ao lado um notebook aberto e de papel parede lá está Vanusa, Olavo e Wellington, vendo a foto percebo traços familiares que ficam marcantes quando se conhece seus pais, me aproximo e observo a foto.

-Quem diria que você seria filho deles! -Falo e Wellington se aproxima e seu cheiro entra pelas minhas narinas, sinto sua presença colada em minhas costas, vejo que se abaixa um pouco e beija a curva de meu pescoço.

-Quem diria que você é a Rafaela no qual falaram por tantos anos nas nossas refeições, na preocupação em que minha mãe tem com você, e de como ela sofreu quando sua mãe partiu, ela sempre te liga ainda?

-Sim, ela me liga toda semana ainda, sua mãe é maravilhosa e me ajudou muito naquela fase difícil, afinal eu era adolescente ainda quando mamãe partiu, então sua mãe meio que fez o papel de mãe quando precisei, mesmo estando morando em outra cidade.

-Essa situação que estou é totalmente diferente das outras que já vivi. -Ele vira me para olhar seus olhos claros, que estão em chamas e a tensão sexual naquele quarto fica nítida, cada toque mesmo que leve queima minha pele.

-Que situação? -Pergunto sem entender.

-Você Rafaela, nunca vivi isso, de ter uma amizade tão grande com uma mulher e ao mesmo tempo ter tanto desejo de sua boca, olha onde estamos, no meu quarto, meus avós te conheceram, minha mãe te liga a tantos anos e eu nem sabia como era seu rosto, isso me deixa receoso as vezes, e te trouxe aqui para saber como vamos ficar, como será a nossa relação de amizade e desejo, precisamos ter acordos. -Fala e me puxa para um beijo quente, me encosta na parede e me aperta e sinto sua ereção na minha barriga.

-Wellington vamos sentar. -Peço, pois, essa última fala sobre acordo me deixou curiosa.

Nos sentamos e fiquei olhando minhas mãos e ele me pega pelo queixo e me faz olhar para ele.

-Que tipo de acordo Wellington? -Pergunto, com medo de sua resposta e se meu coração vai aguentar esse acordo é outra conversa.

-Rafa eu pensei muito antes de te beijar, pois te beijar não envolve só nos dois, envolve Thomas meu melhor amigo, envolve seu pai que adoro a muitos anos, envolve minha mãe, meu pai, envolve pessoas que amo, e te magoar magoaria essas pessoas, por isso quero te deixar claro que eu sinto atração por você, mas não estou apaixonado, quero ser seu amigo, amo sua amizade, sinto desejo por sua boca e seu corpo, mas será só isso, você está livre para beijar outras bocas e eu também, você terá a sua vida de solteira e eu a minha, e quando bater a saudade a gente se encontra e mata o nosso desejo.

Wellington fala aquilo que já sabia desde o início que começamos a ter esse ''caso'', porém agora ele foi claro, e ele tem razão, se apaixonar envolve muitas pessoas que amamos.

-Eu te entendo, tudo bem, você continua sua vida de solteiro e eu a minha, e a gente fica escondido também, não tem problema.

-Nem pensar Rafaela, não vou fazer igual Alberto fez com você, pelo contrário, quero que Thomas saiba, nossos amigos, que temos sim um rolo, mas é casual, as únicas pessoas que não quero que fiquem sabendo é seu pai e minha família, pois eles não entenderiam esse tipo de relação.

-Mas você não tem vergonha de mim? -Juro que foi sem querer, é que pra quem está acostumado com migalhas receber o que merece, parece tão estranho e difícil de ser verdade.

-Rafaela claro que não, tanto é que Thomas já sabe que ia te propor isso, e o restante do pessoal sabe que o selinho não foi à toa, o pessoal me conhece e sabe do meu interesse por você, tanto que já avisei Pedro que com ele você não fica mais.

-Como assim? Está doido? Ele nem lembrava que nós tínhamos ficado? E como assim com ele não? -Inúmeras perguntas surgem na minha cabeça.

-Rafa, Pedro se lembrou que vocês transaram, nem gosto de imaginar, mas nós não tínhamos nada, já marquei meu território, você pode ficar com quem você quiser menos com os meus amigos, e digo o mesmo, não ficarei com nenhuma de suas amigas ou conhecidas.

-Combinado e que vergonha. -Falo e coloco minhas mãos no rosto.

-Agora chega de falar, vem aqui e me dá um beijo que estou com saudade.

-Como assim saudade só foram alguns beijos.

-Estou com saudades Rafaela, não discute e me beija.

E automaticamente nossas bocas colam uma na outra, o corpo reage e quando percebo estou sem minha blusa, com mãos grandes em meus seios e um corpo grande e quente sobre o meu, e quando achei que ia sentir o prazer completo, alguém bate na porta.

-Wellington sua mãe está aqui? -Grita a avó de Wellington e daí foi só correria e roupas sendo pegadas do chão.

-Já vou vó. -Vejo Wellington apavorado, ele vem e me dá um beijinho.

-Vamos enfrentar dona Vanusa, só quero ver o que vou justificar. -Fala e dá uma gargalhada gostosa.

-Vamos e para de ser tonto para fazer isso dar certo. Me olho no espelho e meus lábios estão inchados, vou ao banheiro lavo o rosto e me ajeito o máximo que posso.

Ele pega na minha mão e me puxa para a sala.

-Oi mãe, que saudade. -Fala, mas vejo os olhos de Dona Vanusa querendo ver quem está atrás dele, pois ele literalmente me colocou atrás dele, como se me protegesse de sua mãe.

-Também estava meu filho, e quem você esconde aí atrás? -Fala e arremessa o filho para o lado, me olha e abre um sorriso, eu abro os braços e sinto uma lagrima cair, ela sabe o tanto que é importante para mim, o quanto ela foi essencial após a morte da mamãe.

-Não acredito que mal chego na cidade e te encontro aqui, vocês estão namorando? -Pergunta para Wellington e olha para mim com os olhos arregalados.

-NÃO. -Respondemos juntos.

-Somos melhores amigos Vanusa, eu trabalho com Wellington e estudamos na mesma universidade, e acredita que descobri que era seu filho quando ele se convidou para tomar café da manhã em casa e papai correu para abraça-lo.

-Bem a cara de Welington pedir para tomar café, pensei que eram namorados, tinha até ficado feliz, porque Wellington não leva nada a sério quando o assunto é mulher.

-Mãe não é assim também. -Diz e cruza os braços como criança mimada.

-Claro que é, não cai na dele não Rafaela, não vale nada.

Dou uma risadinha sem graça, mal ela sabe que se não tivesse chegado provavelmente ele estaria dentro de mim, e essa possibilidade me deixa louca de desejo, e fico envergonhada só com o pensamento em hora inapropriada.

Dona Vanusa me puxa para a pequena cozinha e prepara um café para a gente, sua mãe se senta do meu lado e Wellington do outro, me abraça perto da sua mãe e eu o olho torto.

-Somos amigos. -Diz, mas o olhar diz outra coisa.

Tomamos café da tarde com a mãe dele, conheci a história de amor dos avós maternos de Wellington.

Senhora Tereza começou a história contando o dia em que se conheceram.

-Meu José Antônio apareceu na pequena mercearia em que trabalhava na época com menos de dezesseis anos, ele veio com trabalhadores na finalização da construção da usina no ano de 1962, ele fazia parte de um grupo de engenheiros, eles moravam em uma casa muito bonita na avenida, eles alugaram para ficar três meses, e uma vez por semana um dos engenheiros vinha até essa venda para comprar mantimentos para a semana, eu já tinha pedido demissão na época, mesmo com dezesseis anos eu iria me mudar para São Paulo, para ajudar uma tia a cuidar dos filhos dela e ter oportunidade de estudar. Naquela semana José Antônio não era responsável por comprar esses mantimentos, mas o engenheiro responsável ficou doente e ele apareceu lá, foi amor à primeira vista, e ali mesmo marcamos um encontro naquela pracinha, mas afastada daqui no início da cidade.

-Eu conheço, é próxima a minha casa. -E a pracinha que eu e Alberto costumávamos ficar.

-E ali foi nosso primeiro beijo, o tempo que ele ficou na cidade foram os mais incríveis da minha vida, eu estava completamente apaixonada, mas ele precisava ir embora, as obras estavam acabadas, lembro-me que chorávamos feito crianças naquela praça, nos abraçando e fazendo juras quando a nossa reconciliação acontecesse.

E ele se foi, ele não tinha lugar fixo, e pegou meu endereço para me enviar cartas, mas eu também precisava seguir minha vida, fui para São Paulo para cuidar dos meus primos, e com os meses passando a saudade aumentava, sonhava com ele e com o dia do nosso reencontro.

Foi quando numa terça feira a tarde, quando fui buscar meus primos na escola, me esbarrei em um moço, quando nossos olhares se encontraram, lagrimas escorriam automaticamente e um abraço de saudade foi dado por longos minutos.

Ele tinha ido buscar os irmãos mais novos, descobri que a casa de sua mãe era muito próxima a casa da minha tia, quando nos reencontramos ele já me pediu em casamento, pediu demissão da empresa que trabalhava e conseguiu um emprego fixo, nos casamos em 1965, estava próximo a completar dezenove anos, e nunca mais nos separamos, tivemos dois filhos, Vanusa e Marcelo, e quando ele se aposentou voltamos para Piraju a cerca de vinte anos atrás, não vou te dizer que tudo foram flores, mas nosso amor foi e é tão grande que superamos tudo, e estamos juntos até hoje. E hoje agradeço a Deus pela febre do companheiro de trabalho dele e pelos filhos da minha tia, querendo ou não o destino trás o amor na nossa porta, por isso não devemos sair cassando, tudo que é de Deus é natural.

Quando vi já se passava das nove da noite, e precisava ir para casa.

-Wellington você me leva para casa? -Pergunto e vejo decepção em seus olhos.

-Vamos te levo sim.

Ao entrar no carro, sua boca já estava na minha, como um imã e suas mãos percorrem meu corpo de uma forma até rude.

-Preciso ir para casa. -Termino nosso beijo com selinhos.

-Você é muito malvada. -Fala e beija meu pescoço e me faz arrepiar.

-Em breve, calma aí esse fogo todo. - Digo e rindo ele me beija novamente.

Ele segue pelas ruas e conversando sobre locais que ele já aprontou quando era criança e quando vinha visitar os avós e eu caia na risada.

Chegamos em casa rapidamente, estava me despedindo quando meu pai apareceu na porta.

-Aí está vocês, o jantar está pronto! -Venham.

Olho para Wellington. -Vamos?

-Vamos quero ficar mais um pouco com você.

Descemos e ele foi segurando minha cintura até a cozinha, nos sentamos e logo os dois entraram num papo eufórico e engraçado e obvio que com as piadas ruins de Wellington.

Pouco depois das dez ele se despediu, fui com ele até o carro.

-Boa noite. -Falo e recebo uma piscadela.

-Boa noite.

E se vai com a promessa do café da manhã juntos amanhã.

[...]

A manhã chegou depois de uma noite mal dormida por mim, claro que com esse tanto de informação, sem conseguir controlar o coração que estava mais que apaixonado pelo meu melhor amigo.

Me levanto se arrastando, tomo um banho e desço para o café, as sete e meia como de costume eu e papai escutamos a buzina.

Abro a porta e ele já está com as mãos no batente.

Tomamos o café, papai e Wellington combinaram um churrasco na sexta feira, e vou chamar meus amigos claro.

Fomos para o trabalho e ele foi direto para a sala de notas, estava sobrecarregado de trabalho, mas de hora em hora, quando estávamos sozinhos ele descia para um beijo.

O dia passou rápido, ele me levou para casa e voltou para tomar banho e ir para a faculdade.

As seis já estávamos todos juntos no ponto, Milca e Thomas assumiram o namoro, com direito a aliança e tudo, passei a mão no meu colar de amizade colorida, e sorri, se é isso que posso ter no momento eu aceito, talvez seja só uma fase e logo o grande amor da minha vida aparece, eu sei que vou sofrer quando eu e Wellington rompermos, mas eu sei que isso vai ser inevitável, mas no fundo sempre fica o fio de esperança que no final ele vai me escolher e vamos ficar juntos.

Fui com Thomas ao meu lado no ônibus e Wellington sumiu para os bancos da frente.

-Eai como vocês estão? -Me pergunta enfim, sabia que ele estava curioso.

-Estamos bem, é apenas um caso sem compromisso, prometo não me apaixonar. -Minto.

-É isso que espero, não quero ver você sofrendo.

Me deito em seu ombro e fomos para a faculdade, chegamos lá as meninas vieram comigo e Thomas e Wellington foram na frente.

Tive que contar tudo para elas desde o início, do pedido de amizade colorida e do colar que ganhei e de como a nossa amizade é importante para nós.

-E nós sabemos que você já está perdidamente apaixonada, seu olhar não nega. -Estaremos aqui para você sempre Rafa. -Diz Milca e Ana concorda.

-Eu sei que é loucura, mas eu o quero tanto. -Falo olhando para meus pés.

-E não rolou nada ainda. -Pergunta Ana com cara de safada.

-Ainda não, eu quero logo, pelo menos se ele perder o interesse eu sofro menos.

-Para de ser boba Rafa, tudo pode acontecer, só se entregue e viva. Diz Ana.

É o que eu pretendo fazer, e já tenho um plano. -Digo e vou sorridente para sala, enfim vou ter o que sempre quis, uma noite com Wellington sem me preocupar com o que vai acontecer depois. 

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