Amizade colorida com a GG

By BellaLivros

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Rafaela uma estudante de farmácia, sem autoestima nenhuma, gordinha, alias gorda vai, cem quilos distribuídos... More

Agradecida!!
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Pedido de ajuda!
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Alerta de novidade!!!

Capítulo Oito

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By BellaLivros

Estávamos próximo ao ponto que descemos como de costume, quando passei próximo ao banco que Wellington estava ele beijava a Tati loira, dói um pouco não nego, mas eu já passei por isso, e por sorte ele deixa claro que quer minha amizade, preciso apenas aprender a conviver com ele e esquecer esse sentimento idiota.

Virei o rosto e passei por ele, que me segura pela mão e Tati olha torto para ele.

-O que foi? -Pergunto um pouco irritada, seu toque me estremece e ele sabe disso.

-Amanhã as sete e meia, não esqueça minha xícara.

Fala e eu só concordo com cara de poucos amigos.

Saio do ônibus e minha cara de merda logo é percebida pelas minhas amigas.

-Você deveria falar para ele o que você tem sentido com essas ''brincadeiras'' dele. -Diz Milca.

-Vocês me conhecem né? -Falo olhando para um ponto invisível na minha frente.

-Claro Rafa. -Diz Ana e me abraça pela cintura.

-Pior que eu não sei o que fazer? -Não quero perder a amizade dele por conta desse sentimento idiota.

-Mas Rafaela, está claro pra gente que ele sente algo por você, nem que seja atração, observe mais minha amiga. -Diz Ana e eu a encaro.

-Vocês acham isso mesmo? -Pergunto parando no meio da rua.

-Claro. Respondem em uníssono.

-Rafa ele está perto de você o tempo todo, te da beijos no pescoço, te ajuda a fazer ciúmes para Alberto, você acha que a gente não reparou nisso hoje. -Milca fala e vejo Ana concordando com tudo.

-Rafa só queremos que você aproveite, mas você o viu com aquela garota hoje, ele tem atração por você, isso é fato, mas não caia mais uma vez nisso de paixão amiga, ele não vai mudar e talvez você só devesse aproveitar o momento.

-Uma amizade com benefícios? Isso que você propõe? -Falo.

-Exatamente, uma amizade colorida, sem apego, só aproveita o momento e não se apegue a sinais e nem fique triste quando o ver com outras, aliás faça o mesmo, beije na boca de quem você quiser. -Diz Milca e eu fico envergonhada.

-Acho que posso tentar evitar o sentimento não prometo, mas estou perdidamente louca para beijar aquela boca.

-Vai minha amiga, investe e divirta-se. -Ana fala e vejo o quanto ela mudou.

-Ana cadê aquela timidez toda? -Falo rindo e ela me olha vermelha.

-Está aqui ainda, mas preciso viver e conhecer pessoas e me apaixonar e desapaixonar, preciso viver amiga e você também, ergue essa cabeça se ame, você é linda.

Me despedi delas e entrei em casa quietinha pois papai já dormia, subi para o meu quarto e me olhei no espelho, observei cada detalhe, meus olhos, boca, nariz, cabelo, as bochechas rosadas, talvez Ana tenha razão, preciso viver, erguer a minha cabeça e me amar.

Me levanto e tiro minha roupa ficando apenas de lingerie, observo meu corpo, cada dobrinha, cada estria, cada manchinha, me olho nos olhos e lagrimas brotam dos meus olhos, a quanto tempo fui cega para mim, a quanto tempo evito de fazer isso, olhando para mim, lembro me dá minha história, lembro dos almoços com mamãe regados a massas e bolos gelados, dos churrascos e das noites no cinema com a minha família, cada momento bom da minha vida, havia comida e risadas, e me dou conta de cada quilo a mais, cada marca na verdade são registros do que eu sou, do que eu fui e de momentos que vivi. E ali eu me entrego ao choro, e me olhando nos olhos eu digo para mim mesma.

-Você é linda, cada marca é necessária e tem história, e eu te amo. -Fico ali me repetindo isso várias vezes, entro no banho, choro por muitos motivos, mas choro de felicidade por ter me encontrado e por ter a sorte de me ter, e o melhor de tudo, de ter a certeza de que quem me perdeu nesse caminho, não passam de idiotas.

Me deito e coloco o despertador, caio num sono profundo e calmo, aliviada e feliz, sonho com mamãe, correndo em um lindo campo gramado, cheios de flores amarelas e um céu azul, o mais lindo que já vi, ela me olhava e sorria.

Acordei as seis e meia com os primeiros raios de sol, me levanto, vou para o espelho do meu quarto.

-Bom dia amor da minha vida, você está linda e eu amo você.

Vou para o banheiro e tomo uma ducha rápida, arrumo meu cabelo em um rabo de cavalo alto, e passo hidratante pelo meu corpo todo, coloco minha calça jeans e meinha camiseta do uniforme da farmácia, passo um batom e um pouco de blush nas bochechas, sorrio para o que vejo no espelho e vou para cozinha.

-Bom dia pai. -Digo e ele me observa.

-Bom dia minha filha, você está radiante hoje. -Obrigada pai.

Nisso o barulho da buzina ecoa pela casa, papai vai recebe-lo, parece que sentiu muito a falta de Wellington.

-Entre, vamos tomar café, Rafaela já está organizando as xícaras.

Ele entra e nossos olhos se encontram, seu olhar me olha de um jeito diferente.

-Você está diferente, está linda e radiante, nunca te vi assim. -Diz e se aproxima me dando um beijo na bochecha.

-Bom dia pra você também. Digo e acabamos rindo.

Tomamos café e conversando sobre a festa, já avisei papai que não teremos hora para chegar, e Wellington precisou prometer que não beberia umas quinze vezes.

Fomos para a farmácia, seu Paulo nos recebeu como de costume, com café e olhamos na bancada o jornal já estava dividido, nos sentamos e olhei para Wellington e começamos a rir, pois aquilo tudo estava se tornando uma rotina gostosa para nos três.

-Se continuarem se olhando assim, por favor me chamem para padrinho. Diz seu Paulo sem desgrudar o olho do jornal e tomando um gole do seu café.

-Pode ter certeza seu Paulo. Wellington ri e logo em seguida Wellington foi para o segundo andar no escritório de notas e eu fui limpar algumas prateleiras.

O dia passou rapidamente e quando foi três da tarde pedi para ir embora, já tinha combinado com o seu Paulo, fiquei sem tirar minha hora de almoço para poder sair mais cedo, queria passar no salão por conta da festa.

-Seu Paulo até amanhã então. -Lhe dei um beijo na face e fui para o salão mais próximo.

Passei no salão, resolvi pintar meus cabelos num tom mel, e fiz um corte mais moderno, ele foi escovado e estava perfeito, sai do cabelereiro as cinco da tarde, íamos sair as seis e meia, Wellington me pegaria em casa.

Porém vi um vestido numa vitrine de roupas plussize, já havia comprado minha roupa, mas aquele vestido me chamou muito a atenção.

Entrei, experimentei e gostei muito do resultado, levei para casa.

Tomei meu banho e coloquei meu vestido e uma sandália de salto médio preta também, meu cabelo ficou todo de lado, fiz uma maquiagem forte, com delineado marcando meu olhar e batom nude, pois teríamos que ir a aula ainda, depois retocaria a maquiagem para ir ao show.

As seis e meia recebo uma mensagem de Wellington.

''Em cinco minutos chego aí.''

Fui para sala e papai não estava, ele tinha saído fazer umas compras.

Logo o barulho da buzina e das risadas dos meus amigos ecoaram pela minha sala, peguei meu material e minha bolsa, saí pela porta a trancando.

Vejo meus amigos me observarem e parem de riso, Ana e Milca sorriam e me faziam joínha, já Thomas ergueu a sobrancelha, Wellington que era o único que não tinha me visto ainda, parou de rir quando percebeu o silencio do carro, enfim nossos olhos se cruzaram e ele perdeu o riso e ali ficou me observando até me aproximar.

-Vai Thomas, para o banco de trás agora. -Ordenou Wellington e as meninas caíram na risada.

-Vixe, não precisa me expulsar também, tenho sentimentos. -Diz fazendo drama.

Me aproximo e ocupo o banco do passageiro.

-Você está linda Rafa, se não fosse tão minha amiga hoje você ia para o meu cafofo.

Mal ele sabe que é só ele chamar que eu vou. Mas me limito a um sorriso sem graça.

Fomos o caminho todo falando sobre a festa, e passamos no mercado antes da faculdade comprar umas bebidas.

Saindo do mercado encontramos Pedro na sua moto e mais dois carros de amigos dos meninos, eles iam para o centro ficar na praça e depois de lá seguiriam para a festa, resumindo eles não iriam para a faculdade, porém como eu, Milca e Ana tínhamos a sorte de ter uma apresentação nas duas primeiras aulas, Wellington nos levou para a faculdade e voltou com os amigos dele para a praça.

Entramos no pátio da faculdade e as meninas já começaram a me contar umas coisas.

-Rafa, Wellington e Thomas estavam com um papo sobre você antes de você sair da sua casa.

-Que papo? -Pergunto curiosa.

-Não sei direito por que aparentemente eles já vinham falando do assunto antes de passar em casa, então pegamos meio pelo meio a conversa. -Fala e Ana concorda.

-Mas o que vocês ouviram?

-Thomas falou sobre você não se achar bonita, entendi isso, e Wellington falou que só não ficava com você por causa da amizade, que não queria estragar.

-Como assim? -Falaram perto de vocês isso?

-Eu entendi que ele usou de exemplo Rafa, tipo que ele te pegaria fácil. -Diz Ana.

-Aí meninas eu não sei o que fazer, recebo tantos sinais de Wellington, sem contar que todo mundo acha que a gente tem alguma coisa, e eu não consigo decifrar.

-Rafa você é muito lerda. -Milca fala me olhando nos olhos.

-Como assim Milca?

-Rafa se você quiser ele vai te pegar de jeito isso é fato, e ele só não fez isso por conta da tal amizade de vocês, mas amiga se você quiser e conseguir não envolver sentimento aquele corpo vai ser todo seu. -Entendeu ou quer que eu desenhe?

-Você está falando sério, tem certeza? -Falo pois não consigo acreditar que ele me queira.

-Temos Rafaela. -Diz em uníssono.

-Vou fazer um teste hoje então e a gente vê no que dá, o único problema é não envolver sentimento.

-Pelo menos esse é sincero, e amiga, melhor um amigo te beijando sem compromisso, do que você apaixonada em segredo vai por mim.

-Vou me arriscar, vamos ver o que vai dar.

Fomos para a sala e nossa apresentação foi a primeira, pouco depois das nove já estávamos liberadas, passamos no banheiro retocamos a maquiagem, passei um batom vermelho dessa vez, e escureci meu olhar, pronta para o show e por umas boas doses de vodca e quem sabe a atenção de um amigo bonitão.

Saímos da faculdade e Wellington com Thomas nos esperava, entramos no carro e fomos para a praça com o restante do pessoal.

Chegando lá, vejo que Barbara e a Tati loira já estão lá, como concorrer com isso, elas são perfeitas, lembro-me do episódio de ontem, lembro da minha imagem no espelho, ergo a cabeça, abro meu melhor sorriso, todas somos belas, e nenhuma diminuía beleza da outra, não deve ter comparações e nem competições.

Me sento ao lado de Pedro e Thomas em um banco da praça, Wellington está com os amigos falando alguma piada ruim e dando risada.

Milca e Thomas estavam trocando caricias e eu vi isso, aliás eu vivi para ver isso, já Ana estava ao lado de um rapaz alto um pouco distante de nós, deve ser o peguete de ontem.

Não queria ficar de vela e nem olhando para a Pedro que mexia no celular sem parar conversando com uma moça chamada Bruna, sim eu dei uma olhada.

Me levantei e fui em direção ao banheiro, quando sai vejo Wellington encostado na porta.

-Está me seguindo? -Digo e dou uma risadinha.

-Te vi saindo e vim ver se precisava de alguma coisa, e está na hora de começar a encher a cara e não queria começar a encher sem você.

Me aproximo dele e ele arrega-la os olhos, mas não se afasta, dou um beijo em sua bochecha igual ele faz comigo, vejo seus olhos fecharem.

-Muito obrigada por ter lembrado de mim. -Digo rindo.

-Não tem de que. Me pega pela mão e sai me puxando, tento me soltar já que vejo todos os seus amigos nos olhando.

-Nem pense em soltar, você é minha amiga e a gente anda abraçado, de mãos e se eu quiser te dar um selinho que seja na frente deles, eles não têm nada a ver com isso.

-Você não faria isso com uma amiga. -Sorrio e ele me puxa para seus braços.

Cola nossos lábios em um selinho inocente, se afasta rapidamente pois eu sei que sentiu a mesma sensação que eu.

-Viu, não tem nada a ver, e continuamos amigos e meus amigos e os seus nem ligam para esse tipo de carinho, aliás sua boca é macia, vou fazer isso mais vezes. -Fala e cai em uma gargalhada.

-Se fosse só a boca macia né Wellington. -Falo rindo, referindo-se ao meu peso, referindo a ser gordinha.

Seus olhos escurecem, ele se aproxima e diz baixinho.

-Por favor, não me faça querer sentir a maciez do seu corpo, ainda quero ser seu amigo.

Ele se afasta e vai atrás das bebidas e fico ali imaginado o que ele quis dizer com isso, e acabo passando a língua pelos lábios, e meu corpo pedia por mais, Ah Wellington, eu não sei até quando nossa amizade vai durar. 

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