Amizade colorida com a GG

By BellaLivros

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Rafaela uma estudante de farmácia, sem autoestima nenhuma, gordinha, alias gorda vai, cem quilos distribuídos... More

Agradecida!!
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Pedido de ajuda!
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Alerta de novidade!!!

Capítulo Cinco

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By BellaLivros

-Pronta para realmente iniciar seu curso de farmácia, minha princesa? - Diz meu pai enquanto organizo meu cabelo mais uma vez, e retoco o batom.

-Acho que sim pai, estou muito animada! -Digo e me despeço do mesmo. - Preciso ir pai, senão perderei o ônibus! - Dou lhe um beijo na bochecha.

Saio e encontro minhas amigas já no ponto de ônibus.

-Ana, Milca, boa tarde princesas! - Digo lhes dando um abraço duplo.

As duas respondem em uníssono e as abraço, vejo que Wellington e Tomas não estão no ponto.

-O que está procurando? -Diz Ana com cara desconfiada.

-Por Tomas ele me pediu um dipirona. -Mentira, mas não tinha como justificar minhas erguidas no pescoço procurando por olhos claros e sorriso cativante.

-Sei. - Ana não costuma acreditar em mim, ou ela me conhece melhor que a mim mesma.

Quando um carro preto se aproxima e para bem ao nosso lado, e vi Thomas no banco do passageiro.

-Olha Rafa, entregue o dipirona para Tomas. -Diz Ana toda debochada.

Tiro da minha bolsa um dipirona e como Thomas me conhece estende a mão meio sem entender e apenas agradece.

-Obrigada Rafa. -Diz dando risadinha.

Quando olhos claros quase se deitam no colo de Thomas para me olhar.

-Ei, é só falar que me afastou ou saio do carro para você observar minha prima. -Fala Tomas e fico constrangida.

Vejo Wellington olhar diferente para Thomas e o mesmo fica mudo.

-Meninas vamos de carro hoje, vocês querem uma carona?

Não precisou perguntar duas vezes, Milca já saiu abrindo a porta do carro, entrou, olhou para Ana e eu.

-Ué vocês não vêm? - Com aquela cara de o que vocês estão pensando ainda e coloquem logo esses bumbuns no carro.

A porta do banco da frente se abre, Thomas desce e escorrega para o lado de Milca.

-Ei o combinado era apenas a carona, não que a bagagem eu tenha que levar. -Diz Milca tirando a cabeça de Thomas de seu ombro que se afofa que nem um gato pedindo carinho.

-Isso vai dar casamento ainda! -Digo rindo.

-E você e Welington serão padrinhos. -Diz Tomas dando um sorriso sínico, entendo com aquele olhar que ele me diz ''se você quiser jogar este jogo priminha eu também tenho cartas na manga.'' Fico muda e vou entrando no banco de trás.

-Não, você vai na frente, Wellington quer conversar com você sobre o trabalho. -Diz Tomás com os olhos lacrimejados, segurando a risada que está louco para dar, vejo Milca dando um murinho em suas costelas e falando baixinho, sossega!

Olho para Wellington que sorri e desfere dois tapinhas no banco do carro.

Vou para o banco da frente e me sento, seu perfume amadeirado entra em minha mente, fazendo com que grave cada sensação, ainda estou digerindo tudo que está acontecendo quando recebo um beijo na bochecha sem esperar e meio que saio do meu transe rápido demais e ele percebe que me assustei.

-Oxe Rafa está assustada hoje, está no mundo da lua mulher. - Fala e se vira para frente.

E de repente estava cheia de informações, cheias de sinais para dissecar, sentada ao lado de um ''amigo'', deveria arriscar, imaginar algo a mais? Me recuso, não é para mim, ele só está sendo educado e digamos que pegou uma certa liberdade, estamos apenas construindo uma amizade legal.

Ana entra no carro e seguimos para faculdade, no caminho Ana, Milca e Tomas falando sobre seus respectivos cursos, e Milca toda animada falando que não vê a hora de tirar sangue de alguém ou dar uma injeção, e se possível seria no Thomas para ela poder machuca-lo.

-Milca minha linda, tem várias formas que você pode me machucar e nem precisa esperar suas aulas práticas. -fala dando uma piscadela e vejo que Milca ficou sem graça, não creio minha amiga coração de pedra ficou sem graça, acho que Thomas está conseguindo entrar naquele coração de pedra.

Acabo rindo da cara dela, que fecha na hora e me manda a merda.

Wellington então coloca a mão na minha coxa para me chamar a atenção.

-Rafa como está sendo trabalhar na farmácia? É bem tranquilo lá né? - Fala e os olhos claros encontram os meus.

Ainda olho para seus dedos longos apertando minhas coxas e meu corpo reage, merda, ele me olha e saio dos meus pensamentos pecaminosos e dou lhe atenção.

- É bem tranquilo na verdade, minha função é atender e manter as prateleiras em ordem, tirar o pó, uma vez por semana uma faxineira passa por lá. - Digo ainda rápido demais, ofegante na verdade, pela sensação de sua mão em minha coxa.

Wellington presta atenção em tudo que falo.

-Você concorda comigo que a farmácia precisa de uma reforma, uma organizada, um toque de modernidade? - Diz e sério e continua atento ao volante.

- Sim na verdade o filho do seu Paulo, o Yuri vira para cá em breve está terminando a faculdade coisa assim.

-Não acredito que aquele mulherengo está voltado para o interior. - Diz animado o cachorro.

-Você o conhece? - Falo olhando para ele.

-Sim desde pequeno, minha avó e meu avô sempre moraram ali, então sempre vim nas minhas férias e Yuri estava aqui, saímos várias vezes no ano passado juntos, ele está numa enrascada em São Paulo, digamos que estava com uma garota lá, e na verdade gosta da amiga dela, um rolo assim, ele me fala que foi uma escolha errada que ele fez e não sabe como concertar.

-Poxa, deve ser complicado ficar nessa situação, gostar de uma pessoa e tentar encaixar outra em sua vida.

Wellington dá uma gargalhada.

- Pois é, somente Yuri para dar uma mancada desta, nunca que ficaria com uma, pensando em outra. -Diz rindo ainda.

-Mas voltando ao assunto, se seu Paulo autorizar tenho uma amiga, que é designer de interiores, se ele não quiser esperar, aliás eu mesmo depois de falar com seu Paulo posso falar com Yuri, sempre estamos conversando por mensagens.

-Se for para ajudar, seu Paulo não vai se impor.

-Vamos ver daqui uns dias, não vou chegar achando que sou dono do mundo também, quem sabe a ideia parta até dele, podemos só ir dando umas dicas, quem sabe ele se anime. - Wellington diz e concordo.

-Sim verdade, melhor juntos darmos algumas dicas de leve, quem sabe...

-Ahh Rafa só de ter um emprego, já estou contente, ao lado da minha casa ainda, alias em frente. Ah e quanto a dormir lá é verdade, quando quiser temos um quarto disponível, Thomas falou que você mora um pouco longe. - Fala e seus olhos se encontram com os meus novamente e já estou ficando acostumada com isso, e isso não é um bom sinal.

Aliás o que Thomas anda falando de mim para Wellington! e porque está falando? Fico com perguntas sem respostas e decido conversar com meu primo hoje, pois tem caroço nesse angu.

Olho para Thomas que dá de ombros e continua se afofando no ombro de Milca.

-Sim moro a alguns quilômetros, mas nada que quarenta minutos de caminhada não resolvam. -Falo rindo.

-Espera aí, nós chegamos na cidade quase meia noite e você entra no trabalho as oito, então você dorme lá ela uma da manhã e as sete no máximo está acordada para sair as sete e vinte se for muito rápida em se arrumar e tomar café. - Fala como se soubesse a minha rotina o que é engraçado demais.

-Pois é, na verdade acordo as seis e meia, para tomar um banho tranquila e tomar café, já estou me acostumando.

-Rafa não, isso é cansativo demais, vamos arrumar um jeito de ficar mais leve seus horários.

-Se você conseguir que eu durma na minha casa todo dia, eu aceito seus conselhos. Falo rindo.

Chegamos na faculdade, passamos pelas catracas e fomos para nossas salas, primeiro dia de aula muitas apresentações e amizades novas.

No intervalo fomos para fora da instituição, Milca, Ana e eu, logo em seguida chegaram os meninos, Tomas, Wellington, mais alguns que não tinha sido apresentada e umas meninas também, inclusive Barbara a moça que ficou com Wellington ontem e pelo jeito o quer de novo, pois está o tempo todo perto dele e Pedro, para minha sorte estava batendo um papo como se fossem velhos amigos com Tomas meu primo e me olhando de canto de olho, e eu não sei onde enfiar a cara.

Só arrumo problema, e para completar Alberto com a ruiva, devia saber que provavelmente a turma de Medicina Veterinária resolveu se juntar as novatas.

Quando Tomas viu Alberto, deixou Pedro falando sozinho e veio sentar do meu lado, passou o braço pelo meu pescoço e me beijou na bochecha.

-Nem me peça para sair, vou ficar aqui. -Me aconchego em seus braços.

-Obrigada! - Digo e nem percebo que Pedro se aproxima.

Ele me estende a mão fico meio receosa, constrangida por tudo que aconteceu na noite anterior.

-Prazer, meu nome é Pedro e você deve ser Rafaela prima de Thomas? -Me olha e parece que não me reconhece o que para mim nesse momento é maravilhoso.

-Prazer e sim sou a prima de Thomas. Falo sorrindo.

Ficamos ali batendo um papo descontraído, Pedro até me perguntou se o conhecia de algum lugar, eu fiz de desentendida e logo deu o nosso horário e voltamos para nossa sala.

Conhecemos mais alguns professores e fomos liberados um pouco mais cedo.

Minhas amigas e eu, passamos pelo banheiro e compramos alguns saquinhos de pipoca doce e fomos para o ponto, já tinha alguns estudantes e Tomas com Wellington estavam lá com o pessoal deles, não queríamos atrapalhar e fomos nos sentar na calçada um pouco mais para frente, comendo nossas pipocas e conversando coisas bobas, e admirando o céu, estava lindo, cheio de estrelas e uma brisa fresca tocava nossas faces.

Olhando as estrelas nem percebi quando um corpo se sentou ao meu lado.

-Hoje o céu está lindo mesmo. -Wellington fala e eu percebo sua presença e acabo sorrindo, ao longe vejo Barbara no olhar torto.

-Você me assustou. - Digo rindo.

-Você já deveria estar acostumada com a minha presença, já é o nosso terceiro dia juntos. - Olho com um ponto de interrogação na face para ele.

- Como assim? Nos conhecemos ontem? -Falo observando o movimento dos seus lábios.

- Não, não nos conhecemos no dia que você saiu da farmácia e nos esbarramos.

-O DIA QUE VOCÊ FALOU PARA QUE EU OLHASSE POR ONDE ANDO. -Falamos juntos esta frase.

-Mas esse dia nem conta, só nos esbarramos. - Falo e volto a olhar as estrelas, percebo que ele continua me olhar.

-Mas foi o dia em que vi seu sorriso pela primeira vez, você tem noção do quanto seu sorriso é lindo, e também aquele dia você estava radiante, você transpirava felicidade.

Fico meio perplexa com o que ele me disse do meu sorriso, mas resolvo responder para não ficar dissecando as coisas na frente dele.

-Foi o dia que consegui meu emprego e conheci seu Paulo, eu estava muito feliz mesmo.

- Mudando de assunto, Barbara está olhando para cá, porque não chama ela para vir até aqui. Pergunto percebendo o desconforto de Barbara nos olhando de longe.

-Não tenho nada com ela, foi só uma trans..., beijos, beijos. - Diz passando as mãos pelo cabelo.

- Pode falar transa, não sou tão puritana assim para não poder ouvir a palavra transa. -Digo rindo para ele.

- É que a gente acabou de se conhecer, estamos iniciando nossa amizade, não queria ser desagradável.

E lá estava a palavra ''amizade'', tudo que tinha que dissecar foi por terra a baixo, seremos amigos e isso está decido.

-Porem senhorita eu vi bem você saindo aos beijos com um carinha que se não me engano é Pedro da minha sala, e muito amigo de seu primo Thomas.

-Pelo amor, não toque nesse assunto mais, ele foi falar comigo hoje e fingi que não o conhecia, e como estávamos muito bêbados, creio que ele não se lembrou de mim também. - Falo envergonhada.

-Pode ficar tranquila, somos amigos agora, o que você me pedir em segredo eu vou guardar, e quanto a Barbara, poderemos ser amigos se ela quiser, mas não quero que ela confunda as coisas e acabe se apaixonando, não sou desses caras que fica só com uma, você entende né.

- Completamente. -Falo com um sorriso de lado e volto para as minhas estrelas.

Foi quando ele estendeu um papel para mim.

Era um panfleto de uma festa que terá na sexta-feira, será um show do Jorge e Matheus, chamamos as meninas que estavam com Tomas e Pedro a alguns metros.

-Vocês viram isso, será na sexta após a aula, pena que não teríamos como ir embora pois o show só vai acabar na madrugada com certeza. - Até que tive uma ideia.

-Então Wellington e se na sexta a gente dividisse combustível e você nos trouxesse para essa festa. -Falo fazendo a cara do gato de botas pidão.

-Você me pedindo com essa cara de cachorro que caiu da mudança, não tem como negar, vamos vir sim. -Você vem Thomas? - Meninas?

-Claro, todos respondem em uníssono.

-Sorte é do Pedro que mora aqui, nem precisa de carona e ainda vai de moto.- Diz Tomas e o pega pelo pescoço simulando uma briga.

E eu só espero que essa semana passe voando, estou doida para curtir uma festa, com meus novos amigos, e hoje Thomas não me escapa, vai me contar o que tanto fala de mim com Wellington. 

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