Meias Verdades [Completo]

By robertasell735

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Mentiras, vidas secretas e vícios incontroláveis. Emily tem um vício que a domina. Michael esconde sua real i... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Epílogo

Capítulo 8

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By robertasell735

Depois de algumas horas de voo Michael desembarca no aeroporto de Barcelona. Alex o esperava com a mesma cara de mau humor de sempre. Michael já havia se acostumado com isso. Alex era a única pessoa que confiaria a sua vida, mas mesmo assim com o pé atrás.

– Alex, por favor, me de notícias boas. – junta ao outro no saguão do aeroporto e vão em direção ao carro. – Jonathan não estragou mais esse?

– Não deixei que acontecesse. Mas até que se saiu bem – faz uma pausa longa - Até certo ponto. – Alex pega as bagagens do chefe e coloca no porta malas.

– O que esse merdinha fez? – Michael hesita antes de entrar no carro. Alex abre a porta para que ele entre a conversa continuaria lá dentro.

– Ele bebe e se diverte demais e aqui não é assim um bom lugar para um rapaz com esses vícios. Há bebida e mulheres fáceis a disposição.

– Mas quanto aos negócios houve algum prejuízo? – o humor do Michael já havia ficado alterado.

– Não estão quase findados. Esperamos mesmo pelo Senhor.

– Moleque dos diabos! Deu muito trabalho para tirar a sua gangue do rastro da polícia no lance das docas. Detesto ter que sujar minhas mãos, mas dessa vez foi necessário.

– Sr. Hoffman sabia que eu podia ter feito o serviço. – Alex faria qualquer coisa que Michael pedisse, tinha um débito de vida com ele.

– Eu sei Alex, mas precisava de você aqui com Jonathan, se esse moleque ficasse perto de mim mais um dia também seria hoje comida de peixe. – Michael olhava a paisagem, mas não a apreciava.

Seguem rumo ao hotel. Chegando lá Michael vai direto para o seu quarto e começa a fazer as ligações importantes para terminar logo com isso e voltar para casa e ficar um tempo com a Emily. Viu que ela não estava muito feliz com tudo isso e a felicidade da mulher vinha sempre em primeiro lugar.

Michael não teve estudo em uma Universidade, mas nem por isso era ignorante, era de fato muito esperto e inteligente, o único defeito dele era não perceber as coisas que Emily fazia, o amor tem esse poder ele cega às pessoas e Michael estava cego quanto à Emily.

Alex aproveita que Michael está distraído e resolve ir até o quarto do Jonathan. Não gostava dele, mas também não via a necessidade de que houvesse brigas entre os dois. Bate mais de uma vez e não obtém resposta, sabia que estava lá dentro. Desmaiado de tanto beber provavelmente. Ele não hesita, tinha uma chave extra do seu quarto sabia que iria precisar, então providenciou uma. Entra e vê o que realmente imaginou: Jonathan desmaiado com uma prostituta do lado, se Michael visse haveria uma briga daquelas. Alex brutalmente acorda a prostituta a manda ir embora essa sai xingando e então se volta para Jonathan.

Jonathan era o oposto de Michael. Alto e malhado uma visão para o sexo feminino e masculino porque não? O garoto era muito bonito. A diferença de idade entre os dois era grande, quatorze anos. A única semelhança entre os irmãos era a cor dos olhos azuis intensos e o fato de Jonathan usar barba, mas a sua era usada mais rala quanto à do Michael era mais cheia.

– Jonathan! Acorda – Alex dava uns tapas de leve em seu rosto.

– Oi! Ei! O que? – Jonathan estava ainda sobre o efeito do que tinha ingerido na noite anterior então nem sabia direito onde estava.

– Acho bom dar um jeito nessa sua cara porque seu irmão acabou de chegar e não vai tardar dele querer falar com você.

– Porra Alex! Porque não me acordou antes? – Jonathan ao ouvir a menção sobre o irmão sai do transe quase que instantaneamente.

– Escuta aqui! – a voz de Alex vinha alta e seca - Eu não sou sua babá, consegue entender isso? O que você faz da sua droga de vida não é problema meu. Fiz muito em vir aqui te acordar e avisar que ele chegou. – Alex o solta e este cai de volta na cama.

– Sai daqui! Vou tomar um banho e encontro vocês depois. – Jonathan ficou apreensivo, tinha medo do irmão e esse medo não era pequeno.

– Acho bom estar com uma cara apresentável. – e sai do quarto de Jonathan.

Jonathan ainda meio zonzo levanta com dificuldades e vai tomar uma ducha para ver se recupera a consciência. Com Michael por perto tudo muda tem que andar mais do que na linha.

Michael nunca colocou um dedo em Jonathan, era enérgico com o rapaz sempre, mas agressivo nunca foi, afinal em uma luta corporal entre os dois Michael perderia com muita facilidade. Ele tinha uma influência em cima do irmão mais novo muito forte que era reforçada pelas pessoas que os rodeava. Na verdade essas mesmas pessoas criaram o mito Michael, pois foram poucas vezes que ele realmente sujou as suas mãos. Michael na verdade era um excelente manipulador e imparcial, um erro cometido não era perdoado. O único que recebia chances era Jonathan pelo fato de ser seu irmão e também porque gostava do menino apesar dele lhe ter roubado o pouco de afeto que seu pai tinha inexplicavelmente ele gostava do garoto, mas a sua paciência com as impudências deste já estavam ultrapassando os limites mais uma do Jonathan e seria a última.

– Cadê aquele merdinha? – Michael perguntava para Alex e não percebe Jonathan entrando.

– O merdinha se apresentando ao serviço! – Jonathan entra e faz graça para o outro em sentido de militar. Apesar do medo que sentia ele não se continha com seu jeito brincalhão. É bem provável que seja por isso que Michael acabava gostando dele, o irritava, mas também o divertia.

– É eu realmente subestimo a sua inteligência. – Michael vai até ele e lhe dá um tapinha em seu ombro – Vamos, quero você do meu lado nesse negócio, já está na hora de te envolver mais, quem sabe assim você leva as coisas mais a sério. Apesar de que com essa cara que está não sei se é uma boa ideia.

– Irmão, vamos combinar, mesmo assim do jeito em que estou é muito melhor que a sua! – Alex não se contém e dá um sorriso discreto para que o Michael não percebesse, o menino tinha razão o pior que ele estivesse sempre seria mais bonito que Michael.

Michael olha para ele com cara de poucos amigos e sai. Jonathan olha para Alex, este lhe dá um sinal com a cabeça como se falasse para ele: "é melhor o seguir e de boca fechada" e sendo assim, os outros dois em silêncio o seguem.

Nesse dia Michael se surpreenderia com as atitudes do irmão, apesar das piadinhas parecia ter caído na real e estava mesmo se importando e realmente sendo de grande ajuda para o fechamento do negócio. Jonathan também não tinha evoluído nos seus estudos, os quais foram custosos para terminar, sempre foi da farra e levava a escola com a barriga, mas era inteligente não como o mais velho, mas tinha seus momentos e quando se focava era ótimo. E ele aqui queria mesmo impressionar o irmão e o faria.

***

Naquela noite após ter se despedido de Tom no restaurante Emily visivelmente frustrada com a sua atitude volta a procurar por um velho conhecido. Precisava extravasar essa sua frustração com alguém.

– Que bom que atendeu! Está de volta na cidade? – Emily havia ligado para o Adam.

Adam um amante morno que Emily arrumou. Nunca se empolgou muito com ele, mas servia quando estava realmente necessitada de contato físico o que acontecia naquele momento. Adam era quatro anos mais novo que Emily. Moreno de olhos negros, usava os cabelos mais compridos. Não era assim muito cuidadoso com a sua aparência, vestia sempre de forma bem casual e devido à profissão que tinha: era pintor de quadros, vivia coberto de tintas.

– Estou sim. Porque você não vem até aqui? – diferente dela sempre ficava empolgado quando ela o procurava.

– Era justamente o que eu queria mesmo, já estou no caminho.

– Vou abrir um vinho para nós.

– Não preciso de vinho eu só preciso de você.

– Estou aguardando ansioso. – adorou escutar aquilo dela, praticamente já havia se excitado ao ouvir que ela precisava dele.

Emily sobe até o loft de Adam desesperadamente, este mal abre a porta e ela já o ataca, parecia o final do mundo. Como se nunca mais fosse fazer sexo novamente na vida. Adam mal conseguia respirar, porém estava gostando de sua atitude, só que a cabeça de Emily estava totalmente voltada para outro homem. Estava lá apenas usando aquele corpo para satisfazer os seus desejos. E o usou da forma que quis e da maneira mais urgente que encontrou. Tanto que ao término não se permitiu ficar ali abraçada como ele queria, precisava ir embora dali o mais rápido possível.

– O que está fazendo Emily? – Adam ainda estava sem fôlego e a vê se arrumando.

– Me arrumando, não é óbvio? – Emily estava de mau humor, o sexo com o Adam não tinha ajudado em nada. Na verdade havia piorado e muito o seu humor.

– Volta para cá, já é tarde durma aqui. – era o que ele sempre quis que Emily passasse a noite com ele e da forma como ela havia chego à noite lhe renderia mais um pouco de sexo.

– Adam! – olha com cara de cínica - Eu nunca durmo fora de casa, você sabe disso.

– Eu sei, mas nossa Emily o que foi aquilo! – Adam estava sem reação foi o melhor sexo que havia feito em anos.

– Que bom que gostou! – vai até ele lhe dá um beijo em sua testa.

– Podia abrir uma exceção hoje e dormir aqui comigo. – continuava a insistir e a segurava pelo braço.

– Não posso, o Michael é imprevisível ele pode voltar ou ligar em nossa casa, dificilmente liga no meu celular, somente o faz nos horários em que sabe que não estou em casa. – se desvencilha dele e termina de juntar os seus pertences.

– Você é incrível nessa parte. Ele realmente não desconfia de você?

– Não Adam, por isso tem que ser assim. – realmente nesse ponto de disfarçar Emily era a melhor. Conseguia se manter longe de marcas e cheiros. Dificilmente não estava em casa fora do horário em que Michael ligava, e ele ligava todos os dias quando estava fora, a sorte de Emily era que nesse ponto seu marido era previsível demais o que acabava facilitando as coisas para Emily.

– Preciso aprender com você, minha esposa anda me encurralando e... – Emily o interrompe, detestava essa parte do seu envolvimento com ele, como ele gostava de falar sobre a sua vida e isso não interessava em nada para Emily, esse era um dos motivos para que não quisesse mais nada com ele.

– Desculpa Adam, outro dia nós conversamos, eu preciso ir. – já estava na porta do loft apenas acena de longe e se vai.

Adam fica lá na cama completamente nu olhando para o teto sem entender muito bem que furacão foi aquele que o assolou. Emily era muito prática nesse assunto. Os seus casos eram apenas sexo e nada mais, não gostava de entrar ou dar detalhes, na verdade não duravam muito tempo com Adam acabou durando mais que o necessário, tanto que hoje era o seu ultimo encontro com ele. Teria que achar outro logo já que com o Thomas não havia dado certo. Era isso que a estava deixando de mau humor. Não queria ter de abrir mão dele assim logo no início antes de ter enjoado.

Emily chega ao seu apartamento e tem um acesso de raiva. Michael não estava ali, estava sozinha e isso a invadia de raiva. Gritava o nome do Michael, o xingava, quebrou algumas coisas pelo caminho até o seu quarto, estava descontando a sua frustração em um Michael ausente. Mas ela o culpava por estar daquele jeito. Era culpa dele, tinha que ser dele. Após alguns minutos depois o seu acesso de raiva estava jogada a sua cama com os olhos fechados, lembrando-se dos momentos que tinha tido com Tom e então o telefone de sua casa toca ao seu lado da cama. Era Michael lhe ligando para desejar boa noite.

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